Rendo Graças ao autor desta imagem
Por que este mundo ilusório,
no qual vivemos,
nos parece existir?
Porque tu existes dentro dele: tu projetaste a tua consciência em qualquer coisa que foi projetada. É um sonho, ou um pesadelo. Isso quer dizer que, se tu vês assim, és tu que és parte integrante e totalmente inserida na Ilusão. Será que alguém que esteja morto se pode preocupar ou dar peso ao que ele era antes? Será que ele vai levar a sua casa, a sua mulher, os seus filhos, o seu dinheiro? Responde objetivamente a esta questão.
E bem, é o mesmo princípio entre o Absoluto e o Si. Quando tu dormes, o mundo não existe. Tu não estás consciente do mundo, tu não estás consciente dos teus filhos, da tua mulher: tu dormes. Tu colocas a questão nesse momento? Tu deverias. Se tu bates nesse saco de comida, ele fica doente, ele sofre. E tu dizes: «eu estou doente». Isso quer dizer o quê? Que tu existes nesse corpo: ele toma a tua consciência.
A tua consciência se exprime e se imprime lá dentro. Tu podes ver? Tu podes ver as mãos, os pés, mas podes ver, além da ponta do teu nariz, sem espelho? Tu podes ver atrás de ti, sem espelho, sem te virares? Há, portanto, uma polaridade (um eixo, se tu preferes). Tudo isso não existe: é um sonho. E quando tu sonhas, tu sabes muito bem que o sonho é mais real que o Real, nalguns casos.
Mas o real desse mundo não é a Verdade. O Real é o que é imutável, sem movimento, no centro, o que sustem tudo o resto. Coloca-te a questão para resolver o enigma, para além do que se passa durante as tuas noites: qual é a finalidade, neste mundo? Qual é a tua finalidade, enquanto saco de comida e de consciência agarrada a esse saco? Será que tu, também, me podes dizer quem tu eras antes? Tens a lembrança, a memória, o vivido? Isso não é possível. E aí, isso te parece sólido? Não: foi construído no vento. Mas eu adicionaria: cabe a ti ver. Se tu pensas que o que tu vives é real (porque há sofrimento ou porque há Alegria), então, não te interessa o Absoluto, contenta-te com o Si.
A maior parte dos humanos que buscam o Si não buscam senão um melhoramento das suas condições na personalidade. Um ser melhor, um bem-estar. Enquanto que o Absoluto é o não-Ser. O bem-estar e o ser melhor não têm nada a ver com o não-Ser. Mesmo que isso nada tenha a ver com o mal-estar. Com qualquer que seja a qualificação do ser. O que quer que seja que tu experimentes, nos momentos de satisfação, de prazer, de desprazer, de sofrimento. Isso te parece real, porque tu lhe concedeste um peso, porque há regras, limites, estruturas.
Tributários deste mundo, exclusivamente sobre este mundo. Será que quando morres, tu pagas os teus impostos? Será que te levantas de manhã, será que te deitas à noite? Será que tu comes? O que é que desaparece, o que é que permanece? O que é que reencarna, à priori, senão o «eu» dos complexos inferiores? Numa forma diferente, num mental diferente, numa experiência diferente, em diferentes relações com o mundo. Mas, finalmente, isso não faz nenhuma diferença: é a mesma coisa, é a Ilusão.
A tua consciência se exprime e se imprime lá dentro. Tu podes ver? Tu podes ver as mãos, os pés, mas podes ver, além da ponta do teu nariz, sem espelho? Tu podes ver atrás de ti, sem espelho, sem te virares? Há, portanto, uma polaridade (um eixo, se tu preferes). Tudo isso não existe: é um sonho. E quando tu sonhas, tu sabes muito bem que o sonho é mais real que o Real, nalguns casos.
Mas o real desse mundo não é a Verdade. O Real é o que é imutável, sem movimento, no centro, o que sustem tudo o resto. Coloca-te a questão para resolver o enigma, para além do que se passa durante as tuas noites: qual é a finalidade, neste mundo? Qual é a tua finalidade, enquanto saco de comida e de consciência agarrada a esse saco? Será que tu, também, me podes dizer quem tu eras antes? Tens a lembrança, a memória, o vivido? Isso não é possível. E aí, isso te parece sólido? Não: foi construído no vento. Mas eu adicionaria: cabe a ti ver. Se tu pensas que o que tu vives é real (porque há sofrimento ou porque há Alegria), então, não te interessa o Absoluto, contenta-te com o Si.
A maior parte dos humanos que buscam o Si não buscam senão um melhoramento das suas condições na personalidade. Um ser melhor, um bem-estar. Enquanto que o Absoluto é o não-Ser. O bem-estar e o ser melhor não têm nada a ver com o não-Ser. Mesmo que isso nada tenha a ver com o mal-estar. Com qualquer que seja a qualificação do ser. O que quer que seja que tu experimentes, nos momentos de satisfação, de prazer, de desprazer, de sofrimento. Isso te parece real, porque tu lhe concedeste um peso, porque há regras, limites, estruturas.
Tributários deste mundo, exclusivamente sobre este mundo. Será que quando morres, tu pagas os teus impostos? Será que te levantas de manhã, será que te deitas à noite? Será que tu comes? O que é que desaparece, o que é que permanece? O que é que reencarna, à priori, senão o «eu» dos complexos inferiores? Numa forma diferente, num mental diferente, numa experiência diferente, em diferentes relações com o mundo. Mas, finalmente, isso não faz nenhuma diferença: é a mesma coisa, é a Ilusão.
Mas alegra-te, porque, o que quer que faças, o que quer que sejas ou não sejas, tu irás para onde te levam as tuas próprias ilusões. Mas em definitivo, o Absoluto permanece: é o que tu És. Mas lembrem-se, não há nenhuma solução possível para passar do que é conhecido ao que é Desconhecido, neste sentido.
Bidi
12-05-2012
Rendo Graças às fontes deste texto:
http://www.autresdimensions.com/article.php?produit=1442
Tradução: Cristina Marques, António Teixeira e Josiane Oliveira
Tradução: Cristina Marques, António Teixeira e Josiane Oliveira
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