Rendo Graças ao autor desta imagem
A Onda da Vida começou a subir e parou.
Pode-me orientar para que eu possa
emergir do caos?
É preciso passar pelo caos.
É preciso passar pelo caos.
Enquanto tu não estiveres morta,
tu não podes encontrar o que tu És.
Por que refutar o caos? Ele está aí, tu não És isso. Não faças nada, não lutes contra: olha-o. Tu és isso? Isso prova que tu estás identificada com esse caos, mas tu não És esse caos.
O caos se refere ao efêmero, quaisquer que sejam as palavras que aí coloquemos. O caos não traduz senão o caos do ego, o caos do corpo, o caos dos pensamentos. Mas agradece ao caos, observa-o e, se tu estás lucida e o vês, tu sabes bem que tu não És isso. E se tu pensas sê-lo e vivê-lo é porque tu ainda estás, em alguma parte, apegada.
Porque o ser humano crê estar apegado à sua família, aos seus filhos. Mas vocês estão tão apegados aos vossos sofrimentos, mesmo se vocês dizem (e, sobretudo, se vocês dizem): «eu não quero sofrer».
Lembra-te: tu não tens que lutar contra o caos. Não há solução para ele. Olha-o, observa-o e tu constatarás que tu não És nada disso. Nesse momento, o sofrimento deixar-se-á ir, o caos se dissolverá em si mesmo, não por uma qualquer ação, não pela aplicação de um curativo. Sê lúcida.
Tu o disseste: tu estás lucida mas ainda há, em alguma parte, uma adesão a estas projeções. Então, certamente, poderiam dizer-te que está ligado ao que tu viveste no passado, mas isso não tem nenhuma espécie de importância.
Observa, no instante. Não procures causas que possam ser verdadeiras ao nível da cebola, mas não noutro lugar, e sobretudo não no Absoluto. Olha o caos. Será que tu És isso? Definitivamente, não. É impossível. Observa lucidamente e livra-te disso, não lutando contra, não levando aí uma solução (porque tu o reforçarias). Mas simplesmente porque tu exprimiste essa lucidez, tu tens a capacidade real.
Será que o caos está aí quando tu dormes? Certamente que não. E quando tu acordas, ele está sempre aí. Onde está ele enquanto tu não estás aí? Reflete. É muito simples. Não é um enigma ou uma charada. Que tens medo de deixar, se não a tua pequena pessoa efémera?
Nenhuma perfeição eterna pode ser obtida no efêmero. Tu podes ter a ilusão, da mesma forma que tu podes transformar um rosto com maquiagem, ou tornar visível, pelas roupas: chamar a atenção e o olhar para qualquer coisa que não a Verdade, a fim de não ver o que nasceu. É o mesmo princípio: solta-te, refuta.
Nenhum caos pode atingir o que tu És, qualquer que seja o grau de sofrimento, qualquer que seja o grau de lucidez. Tudo isso não é senão uma cena de teatro. Tu tens já a oportunidade do observador, de estar lúcido, como tu dizes. Então, vai mais longe.
É suficiente não te inscrever nesse caos, é suficiente não lutar contra, mas, simplesmente e objetivamente, olhá-lo. Se tu fizeres isso, então, se eu o posso dizer, está ganho.
Todo o problema vem, em definitivo, do medo: o medo de perder o corpo, o medo de sofrer, o medo do abandono. Mas tu não podes abandonar o que tu És, de toda a Eternidade. Tu És Absoluto.
O caos é uma lixiviação do efêmero. Permanece tranquila, deixa agir, mas tu não És nada disso. Aceita-o. Vê-o. É muito simples.
Mas se a tua lucidez te leva a querer agir ou querer reagir, então tu te inscreves, a ti mesma, em qualquer coisa que vai durar no efêmero. Então, se tu fizeres a tentativa de aplicar o que eu disse, de forma extremamente rápida, a tua lucidez se tornará ainda mais clara. Tu não poderás ser alterada por esse caos que não te concerne de forma nenhuma.
Neste gênero de questão que tu colocas, aí também, há etapas, não para o Absoluto, mas etapas de lucidez que devem ser atravessadas, umas atrás das outras, não lutando, não se opondo, mas antes olhando, não somente a situação, não somente o caos, mas antes a ti mesma, para além desses sofrimentos, para além desse caos.
Então, nesse instante, haverá um instante, detectável entre todos, onde qualquer coisa bascula. Tu passas do efêmero, se o podemos dizer, ao Absoluto, mesmo que aí não haja passagem, nem basculamento, nem retorno. Mas isto, a Consciência o percebe claramente. Mas, aí também, tu não és o que se apercebe claramente disso. Aí também, é preciso ir além.
Fazer isso, observar isso, é não mais dar peso ao caos, não mais dar atenção ao efêmero, às crenças, às suposições, mas antes se aproximar da Infinita Presença. E aí, o Absoluto está paticamente aí, para ti.
A procura da perfeição, como a culpabilidade que tu exprimes, não são senão medos. Mas tu não tens que lutar contra esses medos, tens apenas que os olhar (como para o caos), de ver que isso está ligado, que isso funciona em sinergia no seio do efêmero, mas não pode, em caso nenhum, tocar ou alterar o que tu És, na Verdade.
Aceita, portanto, a tua imortalidade. Tu não és nem esse corpo, nem o que tu viveste, nem as tuas atividades. Tu és o caos e é nesse caos pessoal, individual (que é uma morte mítica e mística), que o Absoluto está. Esse momento de terror que te faz crer no fim, não é, de fato, senão a abertura ao Verdadeiro, quer dizer, ao Absoluto.
O caos se refere ao efêmero, quaisquer que sejam as palavras que aí coloquemos. O caos não traduz senão o caos do ego, o caos do corpo, o caos dos pensamentos. Mas agradece ao caos, observa-o e, se tu estás lucida e o vês, tu sabes bem que tu não És isso. E se tu pensas sê-lo e vivê-lo é porque tu ainda estás, em alguma parte, apegada.
Porque o ser humano crê estar apegado à sua família, aos seus filhos. Mas vocês estão tão apegados aos vossos sofrimentos, mesmo se vocês dizem (e, sobretudo, se vocês dizem): «eu não quero sofrer».
Lembra-te: tu não tens que lutar contra o caos. Não há solução para ele. Olha-o, observa-o e tu constatarás que tu não És nada disso. Nesse momento, o sofrimento deixar-se-á ir, o caos se dissolverá em si mesmo, não por uma qualquer ação, não pela aplicação de um curativo. Sê lúcida.
Tu o disseste: tu estás lucida mas ainda há, em alguma parte, uma adesão a estas projeções. Então, certamente, poderiam dizer-te que está ligado ao que tu viveste no passado, mas isso não tem nenhuma espécie de importância.
Observa, no instante. Não procures causas que possam ser verdadeiras ao nível da cebola, mas não noutro lugar, e sobretudo não no Absoluto. Olha o caos. Será que tu És isso? Definitivamente, não. É impossível. Observa lucidamente e livra-te disso, não lutando contra, não levando aí uma solução (porque tu o reforçarias). Mas simplesmente porque tu exprimiste essa lucidez, tu tens a capacidade real.
Será que o caos está aí quando tu dormes? Certamente que não. E quando tu acordas, ele está sempre aí. Onde está ele enquanto tu não estás aí? Reflete. É muito simples. Não é um enigma ou uma charada. Que tens medo de deixar, se não a tua pequena pessoa efémera?
Nenhuma perfeição eterna pode ser obtida no efêmero. Tu podes ter a ilusão, da mesma forma que tu podes transformar um rosto com maquiagem, ou tornar visível, pelas roupas: chamar a atenção e o olhar para qualquer coisa que não a Verdade, a fim de não ver o que nasceu. É o mesmo princípio: solta-te, refuta.
Nenhum caos pode atingir o que tu És, qualquer que seja o grau de sofrimento, qualquer que seja o grau de lucidez. Tudo isso não é senão uma cena de teatro. Tu tens já a oportunidade do observador, de estar lúcido, como tu dizes. Então, vai mais longe.
É suficiente não te inscrever nesse caos, é suficiente não lutar contra, mas, simplesmente e objetivamente, olhá-lo. Se tu fizeres isso, então, se eu o posso dizer, está ganho.
Todo o problema vem, em definitivo, do medo: o medo de perder o corpo, o medo de sofrer, o medo do abandono. Mas tu não podes abandonar o que tu És, de toda a Eternidade. Tu És Absoluto.
O caos é uma lixiviação do efêmero. Permanece tranquila, deixa agir, mas tu não És nada disso. Aceita-o. Vê-o. É muito simples.
Mas se a tua lucidez te leva a querer agir ou querer reagir, então tu te inscreves, a ti mesma, em qualquer coisa que vai durar no efêmero. Então, se tu fizeres a tentativa de aplicar o que eu disse, de forma extremamente rápida, a tua lucidez se tornará ainda mais clara. Tu não poderás ser alterada por esse caos que não te concerne de forma nenhuma.
Neste gênero de questão que tu colocas, aí também, há etapas, não para o Absoluto, mas etapas de lucidez que devem ser atravessadas, umas atrás das outras, não lutando, não se opondo, mas antes olhando, não somente a situação, não somente o caos, mas antes a ti mesma, para além desses sofrimentos, para além desse caos.
Então, nesse instante, haverá um instante, detectável entre todos, onde qualquer coisa bascula. Tu passas do efêmero, se o podemos dizer, ao Absoluto, mesmo que aí não haja passagem, nem basculamento, nem retorno. Mas isto, a Consciência o percebe claramente. Mas, aí também, tu não és o que se apercebe claramente disso. Aí também, é preciso ir além.
Fazer isso, observar isso, é não mais dar peso ao caos, não mais dar atenção ao efêmero, às crenças, às suposições, mas antes se aproximar da Infinita Presença. E aí, o Absoluto está paticamente aí, para ti.
A procura da perfeição, como a culpabilidade que tu exprimes, não são senão medos. Mas tu não tens que lutar contra esses medos, tens apenas que os olhar (como para o caos), de ver que isso está ligado, que isso funciona em sinergia no seio do efêmero, mas não pode, em caso nenhum, tocar ou alterar o que tu És, na Verdade.
Aceita, portanto, a tua imortalidade. Tu não és nem esse corpo, nem o que tu viveste, nem as tuas atividades. Tu és o caos e é nesse caos pessoal, individual (que é uma morte mítica e mística), que o Absoluto está. Esse momento de terror que te faz crer no fim, não é, de fato, senão a abertura ao Verdadeiro, quer dizer, ao Absoluto.
Certamente o corpo,
certamente os pensamentos,
vão fazer de tudo para evitar que penses assim.
Bidi
29-06-20112
Rendo Graças às fontes deste texto:
Tradução: Cristina Marques e António Teixeira
Nenhum comentário:
Postar um comentário