quarta-feira, 20 de março de 2013

O PONTO DE VISTA PARA LER O GITA - NISARGADATTA MAHARAJ

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     ADVAITA VEDANTA     
 
NISARGADATTA MAHARAJ
 
O PONTO DE VISTA
PARA LER O GITA
 
 
Numa das sessões, uma distinta dama que visitava Maharaj
fez uma pergunta sobre o Bhagavadgita.

Enquanto ela formulava sua questão nas palavras adequadas, Maharaj, repentinamente, perguntou-lhe: “De que ponto de vista você lê o Gita?”

Visitante: Do ponto de vista de que o Gita é, talvez, o guia mais importante para o buscador espiritual.

Maharaj: Porque você da uma resposta tão tola? Certamente, ele é um guia muito importante para o buscador espiritual; não é um livro de ficção. Minha pergunta é: Qual o ponto de vista do qual você lê o livro?

Outro visitante: Senhor, eu o li como um dos Arjunas do mundo, para cujo benefício o Senhor foi tão generoso expondo o Gita.

Quando Maharaj olhou ao seu redor aguardando outras opiniões, houve apenas um murmúrio geral de aprovação a essa ultima resposta.

M: Por que não ler o Gita do ponto de vista do Senhor Krishna?

Esta sugestão suscitou dois tipos simultâneos de reação de assombro de dois visitantes. Uma das reações foi uma exclamação escandalizada que claramente significava que a sugestão era equivalente a um sacrilégio. A outra foi de um único e rápido bater de palmas, uma ação reflexa, obviamente, indicando alguma coisa como o "Eureka!" de Arquimedes. Ambos os visitantes envolvidos estavam como que embaraçados por suas reações inconscientes e pelo fato de que as duas eram opostas uma à outra. Maharaj deu um rápido olhar de aprovação ao que havia batido palmas e continuou.

M: Muitos livros religiosos são tidos como a palavra de alguma pessoa iluminada. Por mais iluminada que seja uma pessoa, ela deve falar a partir de certos conceitos que achou aceitáveis. Mas a extraordinária distinção do Gita é que o Senhor Krishna falou do ponto de vista de que ele é a fonte de toda a manifestação, isto é, não do ponto de vista de um fenômeno, mas do númeno, do ponto de vista de que ‘a manifestação total sou eu mesmo’. Esta é a exclusividade do Gita.

Agora, disse Maharaj, considerem o que deve ter acontecido antes que qualquer texto religioso antigo tenha sido escrito. Em todos os casos, a pessoa iluminada deve ter tido pensamentos que colocou em palavras e as palavras usadas podem não ter sido muito adequadas para comunicar seus pensamentos exatos. As palavras do mestre poderiam ter sido ouvidas pela pessoa que as escreveu e o que ela escreveu, certamente, seria de acordo com seu próprio entendimento e interpretação. Depois deste primeiro registro manuscrito, várias cópias dele teriam sido feitas por diversas pessoas e tais cópias conteriam numerosos erros. Em outras palavras, o que o leitor de qualquer tempo particular lê e tenta assimilar pode ser totalmente diferente do que realmente o mestre original pretendeu comunicar. Acrescentem a tudo isto as interpolações inconscientes ou deliberadas feitas por vários eruditos no curso dos séculos, e vocês entenderão o problema que eu estou tentando comunicar a vocês.

Disseram-me que o próprio Buda falou apenas na linguagem Maghadi, enquanto seu ensinamento, como foi anotado, está em Pali ou em Sânscrito, o que poderia ter sido feito apenas muitos anos mais tarde; o que agora temos de seus ensinamentos passou por numerosas mãos. Imaginem o número de alterações e acréscimos que foram infiltrados nele por um longo período. Não seria surpreendente que haja agora diferenças de opinião e disputas sobre o que Buda realmente disse, ou quis dizer?

Nestas circunstâncias, quando peço a vocês que leiam o Gita do ponto de vista do Senhor Krishna, peço que abandonem imediatamente a identidade com o complexo corpo-mente quando o lerem. Peço que leiam de acordo com o ponto de vista de que vocês são a consciência desperta – a consciência de Krishna – e não os objetos fenomênicos aos quais ela deu sensibilidade – para que o conhecimento que está no Gita seja verdadeiramente revelado para vocês. Vocês entenderão, então, que, no Vishva-rupa-darshan, o que o Senhor Krishna mostrou a Arjuna não era seu próprio Svarupa, mas o Svarupa – a verdadeira identidade – do próprio Arjuna e, por conseguinte, de todos os leitores do Gita.


Em resumo, leiam o Gita do ponto de vista do Senhor Krishna, como a consciência de Krishna; vocês então compreenderão que o fenômeno não pode ser ‘liberado’ porque ele não tem nenhuma existência independente; é apenas uma ilusão, uma sombra. Se o Gita for lido neste espírito, a consciência, a qual tem se identificado erradamente com o complexo corpo-mente, tornar-se-á consciente de sua verdadeira natureza e se fundirá com sua origem.
 
 
 
 
De: "Sinais do Absoluto"
Dialogos resolutivos com Sri Nisargadatta Maharaj
 
 
 
 
 
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sexta-feira, 15 de março de 2013

VOLTAR A TORNAR-SE CRISTO - YVONNE AIMEE DE MALESTROIT - 30-04-2011 - COM ÁUDIO

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YVONNE AIMEE
DE MALESTROIT
30/04/2011




VOLTAR A
TORNAR-SE CRISTO


Tenho a grande Alegria de intervir nesse Canal.
Eu fui, em minha última encarnação, Irmã Yvonne Amada de Malestroit.
Hoje, eu me apresento a vocês como Estrela KI-RIS-TI.

A vocês todos, meus Irmãos e Irmãs, aqui presentes, e que lerem ou ouvirem o que tenho a dizer-lhes, eu transmito o meu Amor, que é o seu.

Eu começarei, se vocês o permitem, por um breve sobrevôo do que foi minha Vida, não tanto a título de uma memória, mas, antes, a título de exemplo do que vai tornar-se sua Vida, de vocês todos, se vocês o aceitam.
Se vocês acolhem, em vocês, sua Dimensão CRISTO, seu estado CRISTO.

Eu dirigi, em minha vida, uma comunidade religiosa, numa região da França, muito próxima de um lugar mágico, chamado Brocéliande.

Eu efetivamente fiz parte de uma congregação Católica Romana porque, no início do século precedente e até minha morte era muito difícil manifestar esse estado deCRISTO em outros lugares que nesses espaços, ao menos para um Ocidental.

Aqueles que quiserem pesquisar o que foi minha Vida e o que se realizou em minha vida, efetivamente, independente de minha própria vontade ou de qualquer atenção ou desejo de minha parte, encontrarão facilmente.

Hoje, eu represento e eu porto a Estrela CRISTO.
O eixo que foi o meu, em ressonância com minha Irmã Hildegarde de Bingen, que viveu muito tempo antes de mim, esse eixo KI-RIS-TI/REPULSÃO é o Eixo que veio, progressivamente e à medida dos séculos, tentar retificar a Luz alterada (ndr: esquemas na rubrica «protocolos/Yoga Integrativo»).

Em minha vida, muitos mecanismos, que os humanos chamam, hoje ainda, sobrenaturais, foram meu lote quotidiano.
Minhas lágrimas transformavam-se em diamantes, meus vômitos de sangue transformavam-se em cravos e forravam minha cama.
Eu estava em inúmeros lugares ao mesmo tempo, no mesmo corpo físico que eu habitava então.

Eu pude assim intervir, durante a segunda guerra mundial, ao mesmo tempo no monastério, na congregação que eu dirigia e, ao mesmo tempo, a milhares de quilômetros dali.

Eu atravessava numerosos sofrimentos, mas mesmo esses sofrimentos tornaram-se, eles mesmos, estados profundamente diferentes desse sofrimento.

Hoje, vocês serão chamados a tornar-se CRISTO e, portanto, a manifestar essa criação espontânea da Beleza e da Verdade.

Naquela época, aquilo foi chamado milagre, do qual inúmeras de minhas Irmãs e de observadores foram as testemunhas privilegiadas, até um de seus chefes de Estado que assistiu à incorruptibilidade de minha carne, bem após minha morte.

Diferentemente de minhas Irmãs mais jovens que viveram no início do século XX, como Gemma Galgani ou Santa Teresa do Menino Jesus, meu Caminho foi aquele da Fusão Consciente e Integral com o CRISTO.
Eu não fui unicamente uma de suas Esposas, assim como a denominação dada naquela época, mas eu fui Ele mesmo.

Eu me juntei, portanto, em minha vida, ao que é chamada, hoje, essa Androginia Primordial, permitindo realizar a Fusão do Ele e do Ela, como lhes disse minha Irmã Anna.
Isso, eu o vivi em minha vida.

Essa fusão da Androginia dá acesso à dimensão real do ser humano, como Filho Ardente do Sol, Filho do Um, Filho da Eternidade, CRISTO.
Essa Fusão permitiu-me, então, desvendar e revelar uma mestria total da Graça, não no sentido de um controle, mas na manifestação dessa Graça, em múltiplos setores de minha vida, em múltiplos estados de Êxtase que eu vivi então.

Eu fui, portanto, de algum modo, por meu corpo e por meu Espírito, a testemunha privilegiada dessa Androginia Primordial, que corresponde à reunificação das polaridades e permitindo, então, manifestar a totalidade da Verdade nesse mundo de Ilusão.

Eu começava a manifestar isso enquanto, paralelamente, no Oriente, um ser, ele também, compreendeu o que era a chegada dessa Luz: o bem amado Sri Aurobindo.
Na mesma época (ele, no Oriente, e eu, no Ocidente), nós manifestamos (ele, num modo de compreensão, e eu, num modo material) o que era ver essa Luz que voltava e, cada um ao seu modo, densificamos e manifestamos em nossa Vida (nos escritos dele, mas também eu, em meu próprio testemunho de Vida).

Voltar a tornar-se CRISTO ou tornar-se CRISTO, é, portanto, reencontrar sua herança natural.
É redescobrir sua Dimensão, para além da aparência desse Corpo, para além da aparência de tudo o que faz esse mundo.
É entrar na resistência, de algum modo, contra a Ilusão do mundo, não rejeitando essa Ilusão, mas, efetivamente, transcendendo-a, inteiramente.

Tentando por os meus passos nos passos de CRISTO, como Esposa, num primeiro tempo, nesse desejo de Simbiose, em meu desejo de desvanecimento e de dissipação mesmo de minha própria pessoa em Seu Seio, eu compreendi, então, que nós não estávamos separados um do outro.
E eu vim então a manifestar o que meus contemporâneos chamaram os milagres, que são, de fato, apenas o resultado do estado CRÍSTico.

Quando CRISTO veio, há dois mil anos, ele anunciou já seu retorno, bem além das vicissitudes de um corpo, em Espírito e em Verdade, tal como ele partiu.
Eu simplesmente estava adiantada em duas gerações.

Tornando-se Ele, vocês voltam a tornar-se vocês mesmos.
Vocês saem dos papeis.
Vocês saem de toda projeção, de todo desejo.
Vocês saem também de toda dependência.
Vocês saem de toda insuficiência e de toda imperfeição, sem querer, contudo, trabalhar nessas insuficiências e nessas imperfeições, mas, simplesmente, afastando (aparando, de algum modo), os maus ramos.
Mas sem querer fazê-lo, simplesmente por uma tensão.

Assim como o exprimiu minha Irmã de Eixo, Hildegarde de Bingen, essa tensão para Ele, para esse Absoluto, faz com que, a um dado momento da existência humana, realize-se essa Simbiose, essa forma de Fusão conduzida, conduzindo, ela mesma, à Androginia Primordial (bem além da simples identificação, desarmando as armadilhas da personalidade que querem atribuir-se a Luz), tornando-se CRISTO.

Isso necessita passar por certo número de mortes.
Isso necessita passar por certo número de choques.
Isso necessita passar por certo número de desilusões.
E, também, por certo número de sofrimentos.

Mas esses sofrimentos não são buscados, como alguns os buscaram.
Eles surgem por si mesmos, nessa simbiose, porque, voltar a tornar-se CRISTO ou tornar-se KI-RIS-TI, é não mais deixar lugar, em si, para qualquer Sombra.

Como o disseram outras Irmãs, é tornar-se, inteiramente, Transparente para a Luz, não mais existir, independentemente da Luz.
Quer dizer não estar mais presente nesse mundo, ao mesmo tempo estando sobre esse mundo.

Hoje, a humanidade toda, inteira, apronta-se para viver o batismo do Fogo, o retorno do Espírito, o retorno do CRISTO.
Para isso, é preciso deixar, efetivamente, como Ele disse em sua vida, todo o lugar.

O impulso íntimo para Ele, a identificação, depois a Simbiose com Ele, pode-se viver apenas se tudo o que foi ilusório, tudo o que foi resistência, tudo o que foi desejo, tudo o que foi vontade pessoal estiver totalmente aniquilado por esse Fogo do Espírito, transformando-se, vocês mesmos, nesse Fogo devorador, que, no entanto, não queima.

Tornar-se CRISTO é tornar-se rei de Amor, coroado de Sua Coroa, regenerado e ressuscitado no Fogo do Coração.
É deixar passar a Luz.
Tornar-se o receptáculo de Seu Sopro e de Seu Espírito faz com que seu sopro e seu Espírito não possa mais ser assimilado ao que quer que seja nesse mundo.
Em outros termos, é viver a Humildade, a Simplicidade, inteiramente.

Viver a Simbiose em CRISTO é apagar-se totalmente.
É não mais reagir ao que quer que seja ou a quem quer que seja.
Viver apenas para essa Transparência.
Viver apenas para tornar-se isso, sem qualquer outro pensamento, sem qualquer outro desejo, sem qualquer outra vontade.

Para isso, a personalidade deve fundir e desaparecer.
Não por sua própria negação, não por um trabalho próprio, mas nesse ato, tão nobre, que há dois anos o Arcanjo Anael chamava o Abandono à Luz.
Esse Abandono, como ele dizia, é uma Doação de Si, total, à Luz.

O que nós vivemos, uns e outros, nesse mundo, pertence irremediavelmente a algo falso, a algo privado de Luz.

É necessário, para isso, aceitar, bem além da definição do pescador, que nós somos aqui apenas Sombras.
Esqueletos vazios de qualquer Fogo, brilhantes de ausência de brilho, superficialidade.
Sem, no entanto, nos condenar, sem, no entanto, nos julgar, sem, no entanto, condenar quem quer que seja ou julgar quem quer que seja porque, em definitivo, cada Irmão e cada Irmã, mesmo que, hoje, não sirva à Luz, servirá um dia e tornar-se-á essa Luz.

É apenas uma defasagem de tempo, uma defasagem de espaço.
Mas, fundamentalmente, cada Irmão e cada Irmã é, efetivamente, Um em CRISTO, mesmo se ele o recuse.

Então, transcendendo todos esses limites impostos pela Sombra na qual estamos, torna-se possível a nós, pouco a pouco ou de maneira fulminante, viver essa Identificação e essa Simbiose com Ele, e tornar-se real e concretamente Ele.

Aceitar ser um rei de Amor é aceitar não ser rei de ninguém aqui embaixo.
Aceitar tornar-se o CRISTO é renunciar, como Ele, ao reino desse mundo.


Isso pode parecer difícil, é claro, uma vez que, hoje, sobretudo neste período, o culto da individualidade, o culto da personalidade é empurrado ao extremo.
Jamais o sofrimento foi tão grande nesse mundo, devido mesmo a essa reivindicação.

A Sombra reforça a Sombra, mas a Sombra se tornará, um dia, Luz.
Para isso, é preciso que a Luz ilumine a Sombra.
Não há nem Bem, nem Mal, em definitivo.

Viver o CRISTO é viver o Espírito do CRISTO, tornar-se Ele, é transcender o Bem e o Mal.
É sacrificar-se para a Luz e não ser sacrificado pelos outros.
Sacrificar-se a Si mesmo é voltar a tornar-se Sagrado.
É reencontrar a verdadeira Vida.
É viver para além da Dualidade, manifestar esse estado chamado a Unidade, que concorre para estabelecer, permanentemente, sua Alegria, o que quer que viva esse Corpo e o que quer que viva sua personalidade.
É não mais estar identificado aos seus piores sofrimentos, até que estes se transformem, eles mesmos.
É nada reivindicar mais do que ser o CRISTO.
É, sobretudo, descobrir e revelá-lo em Si, porque Ele sempre esteve aí, escondido no mais profundo do Coração, esperando esse momento, esse momento coletivo que chega agora, assinalando o fim da Sombra.

É claro, a Luz dá medo.
Ela dá medo para quem, ou para o quê?
Ela dá medo, obviamente, para aquele que está na Sombra e que julga tudo conforme sua própria Sombra, seu próprio medo.

O Amor é ausência de medo.
A relação humana de amor é asfixiada pelo medo, porque, assim que há amor, há medo de perder o amor.
Isso não é o Amor.

O Amor está além desse medo.
O Amor, justamente, é não mais viver o medo.
É abandonar-se totalmente, pelo processo de Simbiose, a Ele.

Vocês se tornam Ele, em Verdade e em Unidade.
É acolhê-lo na Luz, como dizia o bem amado João, em Unidade e em Verdade, para fazer apenas Um, abolindo a distância, permitindo, então, a tudo o que era do domínio da Sombra, em vocês, desaparecer.

Mesmo o sofrimento, naquele momento, não é mais um peso, mas torna-se uma leveza.
Isso é, certamente, difícil a aceitar pela personalidade, porque, quando a personalidade sofre, ela se torna pesada.
Ela recrimina e manifesta e exprime esse sofrimento.

Mas, para o Ser que se abandona em CRISTO e que se torna CRISTO, o próprio sofrimento não pode mais ser essa densidade e essa gravidade.
Ele se transcende por si, permitindo ser aceso e resplandecente pelo Amor.

Frequentemente foi-lhes feita referência do Coração e, sobretudo, do Fogo.
Sim, o Coração é um Fogo.
O Amor é o Fogo do Espírito.
É um Fogo.
Um Fogo devorador, mas, obviamente, que não devora o Amor.
Ao contrário, que vai devorar tudo o que não é o Amor, a fim de deixar aparecer o Diamante de seu Coração.
Sua dimensão de Filho Ardente do Sol, de KI-RIS-TI, de CRISTO.

É claro, o homem tem medo do Fogo, porque o Fogo representa, para ele, a loucura e o fim da personalidade.
O Fogo representa também o sofrimento, porque o Fogo ilumina.
Ele é uma fonte de água viva vindo grelhar as Sombras, alquimizando-as na Luz do Amor e fazendo-as resplandecer em mil Fogos.

Mas a personalidade não pode compreender o Fogo.
Somente o Amor pode compreender o Fogo.

A Luz é um Fogo.
Esse Fogo destrói a Ilusão, é exatamente o que acontece atualmente sobre esta Terra, é atualmente o que acontece em cada um de vocês, em tempos e em espaços diferentes.

Então, não julguem aquele que, pelo momento, está na resistência em relação a esse Fogo, porque ele está apenas defasado no tempo, mas ele possui estritamente a mesma identidade que vocês, para além da personalidade.

Quando alguns dos Anciões, quando alguns Arcanjos falam a vocês dessa Unidade ou de «Tudo é Um», eles não falam de um conceito ou de uma ideia.
Eles falam, realmente, da Verdade do Fogo, da Verdade do Amor, que não pode ser vivida na consciência e nessa carne.
Porque essa carne viverá sua ressurreição, nesse corpo chamado de Existência ou de Luz, pondo fim à separação.

Então, cada ser humano vive, em seu espaço e em seu tempo, essa Revelação do Fogo, alguns na negação e na recusa total.

Vocês todos conhecem isso, ao redor de vocês, entre seus parentes, que foram atraídos pela Luz e que não puderam tornar-se essa Luz.
Não os julguem.
Eles estão, simplesmente, numa defasagem de tempo e de espaço, porque eu digo, efetivamente, que toda a Terra é chamada, em um momento ou em outro, assim como todos os seus habitantes, a voltar a tornar-se o CRISTO, sem exceção alguma.
E não pode haver, porque toda Consciência é animada pelo Fogo do Amor, mesmo se este não seja reconhecido, ou seja rejeitado ao longe.

O Fogo é o princípio que anima toda a vida, não pode ser de outro modo.
Simplesmente, alguns o rejeitam, por medo, por ignorância, por experiência.
Mas, para além desse espaço/tempo que nós percorremos, uns e outros, não há tempo.
O tempo não é mais o mesmo.

Então, o que lhes parece muito afastado da Luz, hoje, no olhar que vocês levam sobre um ou outro além de vocês, é, de fato, apenas a distância de espaço e de tempo que deve levá-lo a tornar-se, ele também, o mesmo CRISTO que vocês.

Eu quero voltar também nessa noção de Humildade, de Simplicidade.

Na hora em que, hoje, a humanidade e o conjunto desse sistema solar vai viver o que foi chamada a Ascensão, que está vivendo-a, muitos seres humanos, Irmãos e Irmãs (que não estão no mesmo espaço e tempo que o CRISTO Interior), sobrecarregam-se de conhecimentos supérfluos.
Sobrecarregam-se de rituais supérfluos.
Sobrecarregam-se de adoração de algo de exterior a eles, fazendo uma busca exterior, enquanto a única busca a efetuar é a Interior.
Ela consiste em descascá-los, em arrancar-lhes tudo o que não é CRISTO.
Isso não necessita nada mais.

O conhecimento exterior não os levará jamais ao Coração.
Ele dá a ilusão de levá-los ao Coração.
Ele dá a ilusão de controlar e de ir para o CRISTO.
Ora, nada é mais falso.

Agindo assim, alguns de seus Irmãos e de suas Irmãs voltam as costas ao CRISTO e não vão para Ele, mas dele afastam-se.
Mas eles ali voltarão, em outro espaço/tempo.

Então, não os julguem, mas, simplesmente, irradiem o que vocês são.
E não hesitem, sobretudo, em dizer.
Vocês não poderão mudar ninguém, mas, simplesmente dizendo e exprimindo o que vocês vivem, vocês afirmam seu papel de Semente Estelar e de Filho da Lei de Um.

Olhando, nos olhos e no Coração, aquele que põe tempo e espaço entre ele e CRISTO, porque ele renuncia à sua soberania integral, porque ele renuncia à sua própria autonomia e à sua própria liberdade.
Então sim, vocês têm o direito de dizer a ele, vocês têm o direito de irradiar para ele, a fim de que o espaço e o tempo dele aproximem-se, se isso está na ordem das coisas, de sua dimensão de CRISTO Interior.

Viver CRISTO é não mais sofrer, qualquer que seja o sofrimento.
Estar em simbiose com CRISTO é estar na Alegria, quaisquer que sejam os eventos, exteriores ou Interiores, mesmo para esse corpo.

Em CRISTO não existe mais sofrimento.
Mesmo o sofrimento não é mais um sofrimento.
Mesmo a distância não é mais uma distância, porque vocês realizam a Unidade, naquele momento.
A Unidade não é nem Bem, nem Mal.
A Unidade é um estado além da Dualidade e, portanto, além desse mundo, que deve manifestar-se nesse mundo.

Tornar-se KI-RIS-TI é acolher o Fogo.
Esse Fogo devorador que virá queimar o que há a queimar e, ao mesmo tempo, acender o que há a acender, a fim de fazê-los voltar a tornar-se esse Filho Ardente do Sol.

Isso não necessita conhecimento algum.
Isso não necessita qualquer ser exterior, sobretudo agora.
Isso necessita, simplesmente, a Doação de si mesmo.
Essa Doação de si mesmo é um sacrifício.
Mas esse sacrifício, eu repito, não é a negação do que quer que seja.
É, justamente, a aceitação de tudo o que faz a Vida, de tudo o que faz o Fogo, de tudo o que faz o Amor.

Vocês são chamados, uns e outros, a retificar, pela Cruz da Redenção, o Eixo falsificado de que lhes foi feita referência.
Apenas você é que pode retificá-lo em você.
Apenas você é que pode abrir a porta para Ele.
Apenas você é que pode tornar-se CRISTO, por simbiose.
Apenas você é que pode tornar-se borboleta, ninguém mais pode fazê-lo em seu lugar.
É sua incumbência.
É o único modo de reencontrar a Liberdade e a Autonomia.
Não há outro.

Como vocês sabem, nós fomos todos confinados num corpo, privados do acesso Consciente à Luz.
Buscando a Luz no exterior de nós, num ser, num amor, numa posse, numa identificação a uma religião ou a uma esperança, qualquer que fosse.
E isso gira sempre, mais ou menos rápido.


O Amor, infinito e eterno, esse Fogo do Amor, em contrapartida, não conhece transformação.
Ele está aí, de toda a Eternidade, em toda Criação, mesmo falsificada.
É a vocês que cabe realizar sua Dimensão de CRISTO.
Nenhum ser poderá fazê-lo em seu lugar.
E, para isso, vocês devem, certamente, aceitar morrer.
Morrer para si mesmo.
Morrer para o que vocês creem estar fora dEle.
Morrer para uma esperança, qualquer que seja.
Morrer para uma espera, qualquer que seja.
Morrer para o sofrimento, como morrer para o prazer.
Morrer para o desejo.
De algum modo, entrar na Repulsão a tudo isso.

Não de maneira ativa, fazendo, mas, bem mais, tomando consciência de que nada de tudo isso pode ser o objetivo a atingir, porque jamais ele será satisfeito.

A única satisfação pode encontrar-se apenas na Fusão e na Simbiose com CRISTO.
Então, é claro, Ele não portará esse nome nas outras tradições, em outras culturas.
Pouco importa.
É sempre a mesma coisa de que falamos, do mesmo Fogo e do mesmo Amor.

A Redenção não passa pela Crucificação.
Ela passa pela Ressurreição.
A Crucificação é apenas uma imagem, que foi disfarçada.
É simplesmente a Renúncia.
Essa Renúncia, não daquilo que alguns religiosos renunciam no mundo, mas, antes, daquilo que evolui no mundo e que, ao mesmo tempo estando lúcido de que percorre esse mundo, renuncia a todos os atrativos e a todas as seduções.
Não por um ato de vontade, porque a vontade nada pode contra o desejo, mas, justamente, Abandonando totalmente a vontade pessoal a Ele.

Aí está a Ilusão de inúmeras crenças, hoje, que querem fazê-los crer que, trabalhando em vocês mesmos, que trabalhando em seus defeitos, vocês vão se pacificar e vocês vão tornar-se Luz.
Jamais a personalidade, trabalhando na personalidade, poderá encontrar a Luz.
É uma Ilusão.

Ela encontrará circunstâncias efêmeras.
Ela encontrará momentos de prazer, momentos de sentimento de liberação, mas isso não irá jamais, efetivamente, adiante.

Somente o Fogo do Amor, essa Simbiose com o CRISTO, pode despertá-los.
E isso não passa pela vontade.
Isso não passa pelo desejo.
Isso não passa por um trabalho.
Isso passa, literalmente, por sua própria morte a tudo isso.

Vocês apenas podem tornar-se CRISTO assim.
Se vocês não aceitaram isso, vocês não podem penetrar o Fogo do Espírito.

Assim é o sentido do Abandono à Luz.
Assim é o sentido do Abandono e da Fusão a Ele.
Não há meia-medida, porque logo que o Fogo do Espírito os invade, vocês percebem e sentem esse Fogo.
Ele vem queimar tudo o que não é o Fogo.
Ele vem queimar tudo o que não é a Luz.
E vocês percebem, claramente, naquele momento, o que é da ordem da Luz e o que não é da ordem da Luz.

Vocês não podem manter qualquer Ilusão, qualquer que seja.

Tornar-se CRISTO é verdadeiramente um sacrifício, mas um sacrifício de quê?
Da Ilusão, nada além da Ilusão.
E, sobretudo, não da Verdade, bem ao contrário.
É redescobrir e voltar a tornar-se a Verdade, como Ele dizia.
Naquele momento, voltar a tornar-se o Caminho, a Verdade e a Vida, pelo Fogo do Amor e do Espírito.

Todo o resto desaparece.
Todo o resto é aniquilado.
Toda a Ilusão deste mundo desaparece.
Todas as construções mentais, erigidas progressivamente e à medida da Vida, desaparecem.
O Fogo queima tudo.
Tudo o que é acessório.
Tudo o que é inútil.
Tudo o que obstrui e tudo o que torna pesado.

Tal é CRISTO, quando está em Simbiose com vocês.
Tal é o CRISTO, quando vocês abrem-Lhe a porta.
Tal é o CRISTO, quando o Fogo do Amor revela-se.

É um Fogo Ardente como o Sol, o que fez com que alguns dos Anciões identificassem mesmo o Sol como esta Fonte de CRISTO, como o bem amado Comandante dos Melquisedeques (ndr: Omraam Mikhaël Aïvanhov).
O Sol, como João disse (Sri Aurobindo), foi liberado.

Vocês podem tornar-se o Sol, inteiramente e em Verdade.

CRISTO foi chamado também o Logos Solar ou o Princípio Solar.
É exatamente o que Ele é.
Este Fogo que aquece e que queima tudo o que não é Ele.

Quando vocês penetram esse estado, quando se tornam Ele, então o milagre, o milagre da Criação Instantânea, do qual falaram as minhas Irmãs, realiza-se em sua vida.
Tudo se torna Facilidade.
Tudo se torna Evidência.
Tudo se torna Sincronia.
Nenhum mal, nem nenhum bem, pode tocá-los, porque vocês estão na Unidade.

Pretender o bem não é suficiente, porque pretender o bem significa que há já o mal.
Ser para além do Bem e do Mal, é ser Um.
É voltar a tornar-se Ki-Ris-Ti.

Vocês serão chamados, durante este mês de maio, cada um ao seu modo, a voltar a tornar-se esse CRISTO.
Ele vai bater à sua porta, de múltiplas maneiras, que é a mais adaptada para cada um, a fim de desvendar as últimas sombras, fazê-las cair, dissolvê-las.

Para isso é necessário aceitar verem-se.
Não é necessário fugir.
Não é necessário dar as costas a Ele.
Nenhum sofrimento, seja físico ou psicológico, pode impedir CRISTO de estabelecer-se, se vocês o acolhem.
Mas Ele não pode forçá-los.
Ninguém pode forçá-los.
Do mesmo modo que ninguém pode realizar isso em seu lugar, é você mesmo que deve tomar esta decisão.

Vocês estão na aurora do dia novo.
Vocês entraram nesse dia novo.

Então, ninguém sabe quanto vai durar esse dia, porque dependerá da Terra, e também de vocês, do lugar em que vocês estão localizados no tempo e no espaço desta Terra.

Cabe apenas a vocês viver a Verdade do CRISTO.

Naquele momento, vocês saberão, porque vocês vivem esse Fogo.
E esse Fogo não pode enganar, porque ele estabelece uma queimadura: essa queimadura, que não queima, é ligada à própria Luz.

Vocês verão, então, que tudo o que era supérfluo, acessório e inútil será cortado de vocês.
Não são vocês que o fazem, é o CRISTO.
Aceitem.

Olhem-se tal como vocês são.
Olhem todas as crenças.
Olhem todos os estados que são os seus, todos os humores que os percorrem ainda hoje, que são marcadores que, a partir da hora do desaparecimento deles, vocês mostrarão esse Fogo do Amor.

É preciso, para isso, desidentificarem-se totalmente do que vocês creem ser.
Que isso seja, mesmo, o nome dessa identidade ilusória e provisória.
Vocês devem desembaraçar-se de todos os seus hábitos e condicionamentos.
Vocês devem apresentar-se novos, nus, frente a Ele, a fim de entrarem na Simbiose.

A hora chegou de sua Ressurreição.
Isso, as Irmãs e os Irmãos foram numerosos a anunciar.
Cabe a vocês vivê-la, em sua carne e em seu Espírito.

O marcador disso é o Fogo do Coração, essa Presença (aquela que o Arcanjo Uriel, paciente e minuciosamente, instalou sobre a Terra), permitindo-lhes, então, aproximar-se do CRISTO.

A Simbiose está agora à sua porta.
Cabe apenas a vocês, e verdadeiramente apenas a vocês, vivê-la.
Ninguém pode vivê-la em seu lugar.


É uma Revolução Interior que vocês devem efetuar sozinhos, absolutamente sozinhos.
Nesse face a face entre seu corpo efêmero e seu Corpo de Eternidade, chamado Julgamento Final.

Esse Julgamento Final não é uma condenação, é uma Liberação.
Mas, para isso, é preciso ir para além de seus próprios medos.
É preciso ir para sua dissolução, essa pequena morte que é, de fato, a Ressurreição.

Lembrem-se de que, no mundo que percorremos, uns e outros, tudo está invertido, tudo está falsificado, tudo está transformado, justamente, para evitar a Luz.

É tempo, hoje, de viver essa Revelação, e dela fazer sua Revolução Interior.
Não através da negação desse corpo, porque, como sabem, esse corpo é o Templo que acolhe o CRISTO.
Esse corpo deve ser transcendido.
Apenas vocês é que podem transcender a si mesmos.

A Luz está aí.
Todas as Consciências Unificadas da Criação, sem exceção, estão ao redor de vocês.
Elas estarão em breve em vocês, quando o Anjo Metatron vier liberar o que há para liberar em vocês, em 14 de maio.

É naquele momento que será necessário viver sua Ressurreição, sua Simbiose no CRISTO.
Voltar a tornar-se o Filho Ardente do Sol.

Iluminar-se a si mesmo, não por uma iluminação exterior, trazida por qualquer Deus ou qualquer ser humano, como vocês e eu, mas por si mesmos.

A hora chegou de levantar-se, de despertar-se.
A hora chegou de voltar a tornar-se CRISTO.

Como uns e outros o disseram, vocês são os Filhos do Um, os Filhos da Lei de Um.
Vocês são Ele.

Então, pelo momento, talvez, para muitos de vocês isso era apenas um conceito, ou uma busca.
Muito em breve, isso se tornará uma Verdade para viver, e não mais uma busca.

Vocês constatarão por si mesmos que, quando o Fogo do Espírito se revela, todos os conhecimentos exteriores, todos os conhecimentos das histórias, quaisquer que fossem, não têm mais qualquer sentido, se não é o sentido de afastá-los da Luz.

Vocês se aperceberão, então, que nada mais há a compreender além da Verdade de CRISTO em Si.
Todo o resto era feito apenas para desviá-los dessa Verdade essencial.
O mental, as emoções do ser humano são sempre muito fortes para desviar a Atenção de CRISTO.
Mesmo através de práticas ditas religiosas, que consideram o CRISTO como algo de exterior a si.

No conjunto, pode-se dizer que, efetivamente, o conjunto de falsificações, até o presente, funcionou perfeitamente.
Mas não é mais o caso, porque a Luz está de volta.

Progressivamente, pacientemente, desde mais de vinte anos, a Luz restabeleceu seu reino.
E este se descobrirá totalmente nos dias que vêm.

Lembrem-se de que, para cada ser humano, existe um modo único de viver essa Ressurreição.
Pouco importa que isso passe pela morte desse corpo físico, ou pela Ascensão desse corpo físico.
Pouco importa que isso faça de vocês um Guerreiro Pacífico da Luz, que vai manter a Luz até o fim total desta Dimensão.

Cada coisa está em seu lugar.
Cada um, sobretudo, está em seu lugar.
Há apenas que extrair-se de tudo o que é ilusório.
E isso, vocês podem realizar apenas tornando-se CRISTO, vivendo o Fogo do Amor e o Fogo da Luz.
É o mesmo Fogo.

Preparem-se também para viver, em seus corpos, manifestações que, até o presente, não lhes são conhecidas.
Os calores, as agulhadas, o Fogo que vai percorrê-los é um verdadeiro Fogo.
A Luz Interior que vai despertar-se, a Fusão e sua Simbiose em CRISTO, vai transformá-los, inteiramente.
De uma forma para outra forma.
De um mecanismo de pensamento para outro pensamento.

O que era supérfluo eliminando-se, vocês constatarão, por si mesmos, que, quanto mais o Fogo cresce, menos há desejo, e menos há projeção do que quer que seja.

A Luz, efetivamente, e CRISTO, bastam-se a si mesmos.

Quando vocês se tornam Luz e CRISTO, todo o resto se faz de maneira espontânea, natural, sem busca, sem o querer.
Isso se chama a Graça.

É tempo, agora, de sair da Ilusão da Ação/Reação e penetrar, inteiramente, na esfera da Graça.

Naquele momento, vocês se tornarão Criadores de sua própria Realidade.
É nesse sentido que alguns dos Anciões e algumas das Irmãs disseram que lhes será feito exatamente segundo sua Vibração.
Porque vocês se tornarão o que vocês Vibrarem, e se vocês são o Amor, se vocês são o CRISTO, vocês se tornarão isso e vocês criarão isso.

Não haverá mais limite de espaço e de tempo.
O Milagre tornar-se-á seu quotidiano, em todos os sentidos do termo.
Vocês poderão então criar, na sequência deste período, tudo o que vocês podem criar, e de maneira instantânea.
É isso, juntar-se à Unidade.
Voltar a tornar-se CRISTO.
E isso acontece agora.

Aí está o que eu tinha a dar a vocês, como KI-RIS-TI.
Se, em vocês, persistem interrogações, medos ou outras coisas para colocar na Luz, então, eu os escuto.


Questão: fusionar com CRISTO é fusionar com a Fonte?

CRISTO disse: «eu e o Pai somos Um».
Se você se torna CRISTO, então, você poderá dizer: «eu sou Um com o Pai», que é a Fonte.


Questão: a que corresponde o Lírio e a Cruz que lhe foram dados pelo CRISTO?

Correspondem aos múltiplos presentes que o CRISTO me deu.
Houve inúmeros.

A quê correspondem?
Ao Amor, nada mais.
Eu tenho a precisar também que muitos seres humanos, hoje, estão engajados em caminhos de adoração exterior, de ser ou de cultura.

Os seres que viveram a Fusão com o CRISTO, no momento da vida deles, onde quer que estivessem sobre esta Terra, mantinham sobre esta Terra um Farol de Luz.
Esse Farol de Luz é accessível, para além da personalidade, mesmo em nosso túmulo, ou mesmo em nossa urna, em nossas cinzas.
No lugar onde o Corpo permaneceu.
Isso evitará que caiam em adoração diante daqueles que se apropriaram da Luz, e eles são numerosos hoje sobre esta Terra.

Adorem CRISTO, tornem-se Ele, mas não adorem nenhum ser humano, porque o que vocês adorarão naquele momento é do domínio da personalidade, sem exceção.

Quando falo da Simbiose com CRISTO, que eu vivi, estou bem para além da história do CRISTO no corpo de Jesus.
Eu não adorei a Cruz, ainda que seja um dos seus símbolos, que foi desviado, mas adorei o próprio Princípio, CRISTO.
Até tornar-me Ele.


Questão: o simples fato de conscientizar uma Sombra permite a sua superação?

Sim, se você está inteiramente Abandonado à Luz, e se entra em Simbiose com CRISTO.
O que quer eliminar uma Sombra não é nada de outro que a personalidade.


Questão: o que vocês chamam uma Sombra?

Uma Sombra é uma zona de não Luz.
E, portanto, se a zona de não Luz for posta na Luz, ela se torna Luz.
Falo da Sombra em geral.
Esse Corpo, que é o Templo, é também uma Sombra, dado que é uma projeção.


Questão: o sofrimento pode ser uma Sombra?

Inteiramente.
Há um momento em que o sofrimento não é mais sofrimento.
Ele foi iluminado.
Mas não é nunca o olhar externo ou a personalidade que ilumina, é o que queria fazê-los crer a personalidade.
Fazê-los crer que ela tem o controle, que ela tem a compreensão de suas próprias Sombras, o que é falso.


Questão: é necessário completamente desidentificar-se do corpo?

Desidentificar-se da Ilusão do corpo, mas aceitar que esse corpo é o Templo do CRISTO.
Ele é ao mesmo tempo o Templo da Ilusão como projeção, mas é o lugar da Revelação do CRISTO.
Para isso é necessário Fusionar o CRISTO.


Questão: a fusão com CRISTO pode então fazer-se enquanto têm-se ainda Sombras?

Se não tivesse mais Sombra, você seria já o CRISTO.

Questão: a iluminação das Sombras é suficiente para a morte de si mesmo e para o acolhimento do Fogo do Espírito?

Há, é claro, a morte total deste corpo.
O desaparecimento da Ilusão pode fazer-se, em definitivo e na finalidade, apenas a este preço.

Parece-me que, quando encarnamo-nos, somos mortais.
Então, por que recusar encarar esta finalidade, dado que é inevitável?
E que, desta vez, não se traduzirá num retorno eterno à encarnação, mas, efetivamente, à sua Liberação.
De quê vocês têm medo?

Eu esclareço que é apenas nesta sociedade, dita Ocidental moderna, que a morte é vivida como um drama.
Nas múltiplas culturas e tradições, a morte é uma Liberação.
E, no entanto, os seres voltavam.

Tudo é função de seu contexto de educação e de sua própria identificação à Ilusão desse corpo e dessa personalidade, que foi glorificada.
Mas vocês não são isso.

Se vocês estão identificados a esse corpo, estão identificados à morte, porque esse corpo morrerá de qualquer modo.

Como se pode ser identificado ao que é ilusório e efêmero, como um corpo que vive apenas cinquenta ou cem anos?


Não temos mais perguntas, agradecemos.

Então, Irmãos e Irmãs que me escutam agora, que me escutarão ou que me lerão, juntos, vamos Vibrar no Ki-Ris-Ti.

... Efusão Vibratória...

Gratidão, Graça e Bênçãos para seu acolhimento e seu Abandono.

Que a potência do amor e da Luz tornem-se seu Fogo quotidiano.

Talvez até um dia e, em todo caso, até sempre, em outros espaços.




Áudio da Mensagem em Português

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Mensagem de YVONNE AIMEE DE MALESTROIT ,
pelo site Autres Dimensions
em 30 de abril de 2011





Rendo Graças ás fontes deste texto:
www.autresdimensions.com.
Versão do francês: Célia G.
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