quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

O QUE É O EGO? - ARCANJO ANAEL - ABRIL DE 2015

Rendo Graças ao autor desta imagem








O que é o ego?


Bem amado, o ego é, simplesmente, o outro nome, etimologicamente, que significa «pessoa» ou «persona», se você prefere, máscara, etimologicamente.

O ego é a máscara portada, dada a ver aos outros e a si mesmo, e que não é, jamais, a realidade ou a verdade.

Enquanto você é uma pessoa, o ego continuará presente.
Sem ego, você não pode servir-se de seu veículo nesse mundo.
Entretanto, o importante não é saber se há ego ou se não há mais ego, o importante é saber quem comanda em você.
É o ego, cuja ação nesse mundo é função dos aprendizados, dos condicionamentos, das feridas, das alegrias, do carma?
Ou será que tudo o que você manifesta, nesse mundo, está desembaraçado de tudo isso?
É o ego que lhe serve, no entanto, tanto para levar um garfo à sua boca como para deslocá-lo, mas que não tem que ser implicado, de maneira alguma, no que você é, na Eternidade.

Ver seu ego é o que acontece, nesse momento, no Face a Face.
Isso não é destinado a matar o que quer que seja, matar o ego, nem mesmo lutar contra ele, mas, simplesmente, ser visto, para saber, definitivamente, quem comanda a sua vida.
Será, então, a pessoa?
A máscara que você colocou, resultado dos condicionamentos, dos aprendizados, das educações, dos sofrimentos, das feridas ou das alegrias?
Ou será a Liberdade que se exprime através de você?
O ego está aí, você vai utilizá-lo, mas ele não é aquele que utiliza você.

O ego é, também, a atividade do mental que vai servir, nesse mundo, para resolver os problemas desse mundo e dessa vida nesse mundo, mas que não lhe é de qualquer utilidade para descobrir o que você é, em Verdade.
O ego é o que puxa toda experiência e toda manifestação vivida nesse mundo para ele, como ponto de referência ligado, justamente, aos condicionamentos ou às experiências passadas.
O ponto de vista daquele que transcendeu o ego é aquele que não está mais submisso aos condicionamentos, quaisquer que sejam, aos aprendizados, às experiências (tanto felizes como infelizes), mas que é, simplesmente, submisso, de algum modo, à Inteligência da Luz, e que aceita isso no desenrolar de sua vida.
Voltar a tornar-se uma criança é a Verdade.
Mas voltar a tornar-se como uma criança não quer dizer tornar-se, ou voltar a tornar-se irresponsável em sua vida, mas, bem ao contrário, tornar-se inteiramente responsável por tudo o que se manifesta a você em sua vida.

O desaparecimento, entre aspas, do ego, ou sua transcendência, vai traduzir-se, para você, por uma capacidade para não mais puxar tudo para si, mas para dar de si ao outro.
Você não é mais tributário de sua história, mas você é tributário do conjunto de outros irmãos e irmãs, do conjunto da humanidade, bem antes de você.
Aí está a Doação de si, aí está o Amor.
Todo o resto não é o Amor.
Eu diria que é, bem mais, uma negociação entre o ego e o Amor.
Mas o Amor nada negocia, ele É.
É o ego que negocia, permanentemente, sobretudo, quando ele se atrela, eu diria, ao mundo espiritual.

O mental nada tem a fazer no mundo espiritual, assim como o Espírito nada tem a fazer na condução de seu automóvel.
Aliás, se você desaparece naquele momento, bem, acontece o que deve acontecer.

Quem comanda?
Ver, claramente, nisso, é ver onde está a ilusão, ver onde está o efêmero e ver o que é eterno.
As consequências não são, absolutamente, as mesmas, e a vivência, tampouco.
Aquele que transcendeu o ego não está mais submisso ao jogo de seu próprio ego.
Ele o observa, divertido, ele o vê agir, ele o deixa exprimir-se, mas sabe que isso não é ele.
O Amor é facilidade, Evidência, o Amor apenas necessita de um mínimo de esforço, contrariamente ao ego, que quer sempre mais e que, eu o lembro, puxa tudo para ele.
Ele se compara ao outro, ele compara o que ele tem ao outro, ele compara seus dons aos dons dos outros, ele compara suas capacidades às capacidades dos outros.
Ele considera um objetivo e põe, daí mesmo, afirmando e considerando esse objetivo, uma distância entre ele e o objetivo.
Aquele que transcendeu o ego não tem objetivo, porque ele sabe que não há um.
Há apenas que deixar ser o que é.
O ego quer controlar esse «deixar ser», ele quer trabalhar nisso, ele quer amplificá-lo, ele quer dirigir as coisas.
Ou você se dirige por si mesmo, ou você é dirigido e guiado pela Luz.

Existem muito numerosas metáforas e parábolas de Cristo que evocaram isso: «Ninguém pode penetrar o Reino dos Céus se não volta a tornar-se como uma criança», «Será mais difícil a um rico passar pela porta do coração do que a um camelo passar pelo buraco de uma agulha», «Será que o pássaro preocupa-se com o que ele vai comer amanhã?», «Deixe os mortos enterrarem os mortos, e siga-me».
Não para seguir-me, mas para pôr seus passos nos meus passos, dizia Ele, para tornar-se Ele.

Não pode existir história pessoal ou lenda pessoal ativa, ainda, quando Cristo está presente.
A única vontade de Seus «amigos», de Suas «esposas», é a de desaparecer Nele.
Mas toda vontade voltada para o ego, contra o ego, fará apenas reforçá-lo.

É toda a diferença entre a vontade e o «deixar».
A vontade apoia-se, obviamente, nas leis desse mundo.
Ela é determinação do ego, mesmo se esteja voltada para o espiritual.
Ela é coação e, também, certa forma de manipulação, ou seja, exerce, em si mesmo, sobre si mesmo, você não deixa a possibilidade para a Luz de manifestar-se, inteiramente, por sua simples presença como ego e pessoa.

Mas para nada serve matar o ego e a pessoa, basta, simplesmente, vê-los, e que cada um ocupe-se do que há a ocupar-se: o ego conduz o automóvel, o coração conduz o coração.


Arcanjo Anael
Abril de 2015





Rendo Graças às fontes deste texto:
Traduzido para o Português por Célia G.
http://leiturasdaluz.blogspot.com.br
Extraído de:
http://mensagensdeamor.brluz.net

sábado, 6 de fevereiro de 2016

QUAL DEFINIÇÃO PODE-SE DAR DA GRAÇA? - O.M.AÏVANHOV - NOVEMBRO DE 2014

Rendo Graças ao autor desta imagem








Qual definição pode-se dar da Graça?


Então, a Graça, vou tomar algo que é muito simples:

Vocês todos conheceram, em sua vida material nesse mundo, momentos de Graça.

Quer seja quando de um encontro amoroso, quer seja quando do sucesso em um exame, pouco importa, de fato.

Esses momentos de graça são caracterizados pelo quê?

É o momento em que tudo é fácil, tudo é fluido e em que nada resiste.

Os esportistas também conhecem isso muito bem, vocês podem perguntar ao Cabeça de Caboche [o canal], eu não tenho as palavras, mas há algo que é perfeitamente conhecido junto aos esportistas, ou todos os seres.

É esse momento, por exemplo – eu tomo aquele que vai fazer asa-delta, não sei como vocês chamam isso, ou o paraquedismo –, há um momento que é, ao mesmo tempo, uma apreensão que é quase angustiante, e o momento em que se realiza, realmente, a coisa.

Isso quer dizer o quê?

Isso quer dizer, simplesmente, que a Graça é um estado no qual nada é difícil, no qual tudo é evidente.

Será que você vive isso?

Permanentemente!

Então, bravo!

O que foi nomeado Ação de Graça é o que vem substituir a ação/reação, é o princípio Crístico do Fogo do Amor e, também, do Fogo do Espírito.

A Graça é, simplesmente, estar nessa facilidade, nessa evidência, seja para fazer ou para agir não importa em qual setor.

É a evidência, é o momento em que há uma eficácia que dá um sentimento não de exaltação, mas que reforça você nessa vacuidade e nessa facilidade.

Vocês todos têm experiências em suas vidas, atualmente, nas quais as coisas são fáceis e nas quais outras coisas não são fáceis.

Então vocês resistem, ou não.

Portanto, a Graça é esse estado específico: o estado de Graça.

Mas esse estado de Graça, se você olha, mesmo entre as Irmãs Estrelas, houve, por exemplo, Gemma Galgani, houve Ma Ananda Moyi e outras, que viveram graças.

Olhe Teresa: ela viveu graças. Mas ela não as colocava no mesmo nível que as graças de Gemma ou as graças de Ma.

É o êxtase ou, então, é a insignificância. É Teresa que se faz muito pequena, para desaparecer, para deixar todo o lugar para Cristo, que vai, por vezes, até uma humildade extrema que, do olhar da pessoa, poderia ser, eu diria, uma humilhação.

Mas o que é que é humilhado, fora a pessoa efêmera?

Como o que é eterno poderia ser humilhado pelo que quer que seja?

Portanto, a Graça é manifestar não, unicamente, vibrações, não, unicamente, a Coroa do Coração, não, unicamente, a Onda de Vida.

Mesmo se a Onda de Vida concorra para o êxtase e para certa forma de Graça.

A Graça é total, a partir do instante em que você não aja mais por si mesmo e de si mesmo, mas que a Luz aja em você.

E, quando a Luz age em você, efetivamente, às vezes, no início, isso pode parecer resistência, mas, muito rapidamente, quando você transpõe esse passo, você se apercebe que as resistências não existem mais.

Viver na Graça é não viver em uma ilusão, não viver no alto de uma montanha, não viver apresentando-se em uma roupa laranja, não é?

Viver a Graça é ser natural, é ser espontâneo, é olhar nos olhos, não mentir, ser transparente.

Você compreende a diferença?

A Graça é algo que acompanha a Luz e o Amor.

Ela é a resultante da Luz e do Amor nesse mundo.

O estado de Graça, se você estivesse no estado de Graça permanente, você estaria no Samadhi vinte e quatro horas por dia, insensível aos barulhos, insensível ao mental, insensível aos pensamentos, insensível às vibrações, insensível à sua própria presença aqui.

E, no entanto, com o que não pode ser dito em palavras, mas que se pode aproximar como a completude, o fato de sentir-se amplo e ilimitado, realmente, estar conectado.

Estar conectado dá a Liberdade e dá a Graça.

Outra questão?

Hei, todos estão dormindo?

Bem, vejo que não há mais questionamentos, então, vou propor-lhes, se quiserem, um momento mais do que de comunhão.

Instalemo-nos no que foi nomeada a Graça, que está além da comunhão.

A Graça apenas pode ser estabelecida como estado quando da dissolução da ilusão.

Então, coloquemo-nos, deixem fazer e deixemos ser, esse será o meu modo de aportar-lhes, ainda uma vez, todas as minhas bênçãos e permitir-lhes viver o que vocês são.

Será que a Graça está no Coração?

Será que a Graça está na Onda de Vida?

Não, eu disse que estava no Centro do Centro.

A Graça é evidência, a evidência de sua vida, a evidência de suas interações com esse mundo e com essa vida.

Então, todos estão prontos?


Omraam Mikhaël Aïvanhov
22 de novembro de 2014





Rendo Graças às fontes deste texto:
Traduzido para o Português por Célia G.
http://leiturasdaluz.blogspot.com.br
Extraído de:
http://mensagensdeamor.brluz.net

Related Posts with Thumbnails