segunda-feira, 2 de janeiro de 2006

O.M. AÏVANHOV - 01-01-2006

Rendo Graças ao autor desta imagem




O.M. AÏVANHOV
01/01/2006


Bem, caros amigos, bom dia.

Eu me vejo extremamente animado por estar entre vocês, sobretudo neste dia, que é o primeiro do ano e que, para mim, em minha vida, era extremamente importante.
É um dia que se deve passar, o mais possível, no bom humor, quaisquer que sejam os eventos a vir, ou não vir, aliás.
O importante é estar completamente centrado no instante presente, no momento presente, na verdade do que vocês são no coração, uns com os outros.


E eu vejo que vocês são extremamente numerosos.
Isso é extremamente importante.
Nós vamos poder engajar o que eu gosto, acima de tudo, ou seja, uma grande discussão com respostas que os preocupam.


Assim, primeiramente, vou responder a essas questões, se efetivamente quiserem.

Questão: há precisões sobre os eventos a vir?

Caro amigo, os eventos estão aí!
Talvez sim, talvez não!
Entretanto, parece que a Terra, efetivamente, quer despertar.


Os elementos estão se ativando, com extrema rapidez, de um lado e do outro do planeta.
Então, talvez, tenhamos a alegria de receber o espancar, a fim de elevar-nos.
Talvez.
Isso não pode ser afirmativo.
Há premissas, suspeitas de que algo está acontecendo.


No instante presente em que eu falo com vocês, outros vulcões do cinturão de fogo do Pacífico estão entrando em erupção.
O magma chega a encontrar uma força de saída e isso quer dizer, portanto, que a Terra está exprimindo sua subida desde os planos os mais comprimidos até os planos de elevação, que eram esperados há vários dias.


Parecia-me que o espancar começou a produzir seus pequenos efeitos esperados.
Mas nós apenas poderemos estar certos disso se esses eventos confirmarem-se nas horas que vêm.


O conjunto do planeta será consagrado e será concernido por esses eventos.

Obviamente, o conjunto de eventos não poderá tocar toda uma região específica, mas será estendido sobre toda a superfície do globo, de maneira a distribuir esse furor elementar em função do papel atribuído e não respeitado de cada continente.

No que concerne à parte do globo em que vocês vivem, o Ocidente da França, mais especificamente, pareceria tratar-se de fenômenos dos quais já falei, de comunicação, de transporte e de deslocamento talvez, também, o elemento ar.
O elemento ar pode significar, eu os lembro, tanto a tempestade aérica como, também, tudo o que viaja no ar: os micróbios, as bactérias, e assim por diante, mas, também, a loucura humana, como um vento de loucura, o que quer dizer que o espírito humano faz não importa o quê.


Aí está, provavelmente, o que acontecerá, se os eventos produzem-se ao nível da França.

O fogo concerne, quanto a ele, ao que nós chamamos: «de um lado e do outro do cinturão do fogo do Pacífico e os vulcões».
O elemento água vai concernir, mais, à América do Norte e à América Central.
O elemento terra concernirá a diversas regiões do globo, aí, que nós não podemos precisar.
Isso dependerá da amplitude dos eventos preliminares.
Da intensidade do ar, da intensidade da água e do fogo resultará a ação terrestre.


Questão: o que você havia ensinado em sua vida, sobre a importância dos doze primeiros dias do ano em relação aos doze meses do ano, continha válido?

Isso, efetivamente, continua válido, e continuará válido, porque não fui eu que o disse primeiro.
Esse ensinamento é o ensinamento venerável da Kabala, que consiste em atribuir, a cada dia do ano, um gênio cabalístico extremamente preciso.
Mas, também, cada dia representa, para os doze primeiros dias do ano, os doze meses do ano.
Mas lembrem-se, de qualquer forma, de que há uma pequena nuance: o ano novo da tradição judaico cabalística não cai no novo ano do Ocidente.
Mas o princípio era o mesmo.
Penso que isso pode verificar-se.


Se vocês cultivam, se semeiam, se estão de humor igual durante esses doze dias, vocês se prometem, efetivamente, os doze meses do ano numa certa serenidade.
Convém, agora, durante esses doze dias, fazer o que bom lhes parece.


Entretanto, é importante tentar, sobretudo, ao nível mental, emocional, manter a maior serenidade, a maior paz, como eu já dizia.
Isso é extremamente importante, agora, se os eventos que são produzidos e que continuam a produzir-se, na hora em que eu lhes falo, sobre o planeta, inauguram, também, o que acontecerá durante os doze meses do ano.
Os doze dias são representações.
Vocês imaginam o ano 2006!
É um ano no qual será necessário estar extremamente centrado, extremamente sereno, extremamente centrado no coração, na fraternidade, no amor, obviamente, porque não grande coisa no exterior poderá ser uma fonte de contentamento, uma fonte de prazer, como vocês têm tanto o hábito neste planeta.


O prazer é a alegria de descobrir o próprio coração, a própria alma, o próprio espírito.
Aí está a verdade única, essencial, primordial, sobretudo para este ano.


Questão: como energizar o alimento?

Basta, no momento em que se cozinha, cozinhar com amor, fazer isso como uma doação de si, extremamente importante.

O casulo de Luz etéreo que vocês utilizam para cozinhar, o casulo astral que vocês utilizam e sua aura, na qual vocês banham seus alimentos, vai impregnar as moléculas constituintes do que vocês vão dar para comer.

É evidente que cozinhar em estado de serenidade, em estado de amor no interior vai dar alimentos que serão muito mais digestivos, e, como você entende, caro amigo, muito mais energéticos.
Aí está a verdade.


Vocês vão reencontrar, progressivamente, o interesse da alimentação sadia, energética, mas, também, preparada nas mesmas condições sadias, energéticas, biológicas, naturais.

A arte e a maneira de preparar a refeição é tão importante quanto o ingrediente, porque o que vocês ali colocam, naquele momento, é extremamente sutil e emanado de seus casulos etéreo e astral, vai fixar-se no alimento e vai penetrar, diretamente, naqueles que vocês alimentam.

É extremamente importante tomar consciência de que o fato de cozinhar, de dar a comer e de comer é um ato extremamente energético, extremamente potente.

Questão: hoje, ser portador da Luz é ser canal? Ou será que portar a Luz pode viver-se em outro estado que não o estado de canal?

O estado de canal de que você fala, caro amigo, absolutamente, nada tem a ver com o fato de ser portador de Luz.

O fenômeno de channel é um fenômeno extremamente recente, que remonta aos anos oitenta.
Houve, certamente, precursores, anteriormente.


Mas o portador de Luz não é, necessariamente, um canal, assim como um canal não é, necessariamente, um portador de Luz.
O portador de Luz é aquele que abriu o coração para a fraternidade, para o amor universal, para a presença do Cristo nele.


Aquele que está assim é o canal da Luz autêntica.
Ele pode, efetivamente, entrar em contato, como eu entrava em contato, com energias arcangélicas ou outros tipos de consciências, mas não é obrigado a canalizar, no sentido em que vocês entendem.


Entretanto, ser portador de Luz constitui o que lhes é solicitado hoje.
Além da mestria, ser portador de Luz é, também, aceitar sua Luz, é aceitar irradiar essa qualidade energética, abrir seus casulos, abrir o coração, abrir os canais sutis, a fim de deixar a energia do canal do éter difundir-se.
Essa energia da quinta dimensão deve chegar aos alimentos, nos seres ao redor de vocês, no planeta ao redor de vocês.


Portador de Luz, certamente, mas não há obrigação de ser canal.
Há, aqui, uma distinção extremamente importante.
O fenômeno de canal necessita de uma ativação específica do que se chama a coroa Kether.
Ser portador de Luz necessita da ativação de kether, mas, também, e sobretudo, a transformação das energias de kether em Tiferet, ou seja, à irradiação Crística e à irradiação arcangélica, mas, também, Mariana.


A energia da Santa Trindade, pelo canal triplo do coração, deve poder exprimir-se livremente.
Aí, torna-se portador de Luz, e não antes.


Questão: em relação ao que você acaba de elaborar, poderia desenvolver mais sobre a noção de «canal» e sobre a noção de irradiação?

Perfeitamente.
Eu creio que o mais simples é, ao final da canalização, transmitir-lhes, um pouquinho, como o fazia a Divina Mamãe, a energia, ao nível do coração, da irradiação da quinta dimensão, abrindo o casulo de Luz do canal no qual estou.
Abrindo a concha astral e a concha mental do alto a baixo, vou permitir a liberação da energia da irradiação da potência do canal do éter através do coração.


Poder-se-ia elaborar concepções e falar longamente, mas, o melhor, é sentir a qualidade energética, a qualidade vibratória, a qualidade de amor correspondente à realidade do amor Crístico.
Isso, eu lhes mostrarei, se efetivamente quiserem, e se lhes convém, ao final da canalização.
Isso valerá mais do que um longo discurso.


Agora, eu dou algumas palavras de explicação ao nível do encanamento.
A coroa kether, quando se abre, permite acolher algumas formas de consciências exteriores à consciência, de maneira a produzir um processo que vocês chamam canalização, channel.
Mas, quando esse canal está aberto, não importa qual forma de Luz ou de sombra pode entrar.
Nada assegura, naquele momento, que há abertura do canal do amor e, portanto, autenticidade da Luz que penetra.
Para isso, é necessário que as energias da coroa sejam transmutadas, reorientadas para o canal do coração e para o chacra do coração.


É apenas a partir do momento em que as energias da coroa kether, as energias do kundalini, da shushumna, desse canal mediano sobem (energia descendente, energia ascendente) que todas as duas vêm emergir ao nível do chacra do coração, perfurar o casulo etéreo, o casulo astral e o casulo mental, ainda mais longe.
Naquele momento, há abertura da realidade e da totalidade da energia da quinta dimensão.
Não antes, e não de outro modo.


Apenas pode haver autenticidade total a partir do momento em que o ser portador de Luz ativa a totalidade desse processo nele.

Questão: como saber quando estamos nessa irradiação de quinta dimensão?

Bem, caro amigo, é muito simples.
Ali se está quando se está no êxtase, no Samadhi, na alegria interior, quando o coração irradia, totalmente.


Eu lhes mostrarei ao final.

E, quando vocês tiverem vivido isso uma vez na vida, compreenderão quando ali estão e quando ali vocês não estão.
Não é um processo intelectual ou energético que concerne à coroa, nem a shushumna, mas concerne, unicamente, à energia que está no peito, ou seja, que o que é sentido lá em cima, ao nível da coroa, deve ser sentido, do mesmo modo, ao nível do chacra do coração.


Não se esqueçam de que, na tradição Oriental, representa-se o chacra coronal como um duplo chacra, com uma dupla flor.
Há uma primeira flor central, que é a flor do sétimo chacra, mas, ao centro dessa coroa, há outra flor, que é a flor do chacra do coração.


Enquanto vocês não juntaram a energia de Kether com a energia de Tiferet, não pode haver estado de Luz.
Não pode haver a definição do portador de Luz.
E essa conexão apenas se pode fazer estando perfeitamente alinhado, tentando permanecer o mais possível nessa consciência, o que quer dizer que, no momento privilegiado em que se manifesta essa vibração (porque se trata, efetivamente, de uma vibração, que se ativa ao nível do coração), a partir do momento em que esse estado vibratório começa a aparecer (e vocês podem gerá-lo sozinhos, vocês compreenderam, estando deitados, levando a consciência sobre a coroa e, em seguida, levando a consciência sobre a shushumna e ativando os dois pontos vibratórios e pedindo à shushumna subir, pedindo à energia Kether descer; essas duas energias vão encontrar-se ao nível do coração), vocês vão sentir a vibração do portador de Luz.


Uma alegria extraordinária vai invadir todo o peito.
Aí está a realidade.
Aí, não pode haver engano.
Aí, não pode haver erro.
E, quando esse estado é gerado, é preciso manter o fogo, porque se trata, efetivamente, de um fogo.
É preciso mantê-lo, desenvolvê-lo, nutri-lo.
É preciso manter esse estado de alegria ligada à ativação de Tiferet e à perfuração do casulo etéreo, do casulo astral, do casulo mental.


Questão: como mantê-lo, no quotidiano?

É um treinamento de cada minuto.
A primeira vez que vocês vivem isso, vocês pensam que é maravilhoso, que isso vai durar toda a vida.
E, efetivamente, não, isso dura alguns dias, algumas semanas, e, depois, isso se vai, deixando-lhes uma impressão de nostalgia extremamente potente.
É o desespero que habita a alma de ter encontrado a Luz, de ter, enfim, compreendido a Luz, de ter integrado a Luz e, depois, ela se afasta, como aquele que vive uma experiência de morte iminente, uma EQM.
É a mesma coisa, há a nostalgia da Luz e, depois, por força de estar nesse desespero da alma, por força de orar, de suplicar, por força de estar alinhado, por força de fazer trabalhos energéticos, de fazer trabalhos de consciência que os obrigam a melhorar, com o tempo, bem, um belo dia, isso chega e instala-se, definitivamente.


Mas todo o mundo passa por esse processo de reencontro consciente com a Luz, de alegria indizível.
É a transfiguração.
Mas a transfiguração não é a elevação com os Mestres: é o reencontro com a Luz, que não faz um portador de Luz.
O portador de Luz sobrevém, em geral, na mesma vida, mas anos mais tarde, dezenas de anos mais tarde, no momento em que há amadurecimento da alma, no momento em que essa Luz não pode ser utilizada para outra coisa além de servir à Luz, quando a certeza é estabelecida na alma.
Naquele momento, o indizível torna-se o quotidiano.


Não é uma experiência que possa encontrar-se assim, mesmo tendo uma atitude de vida exemplar, perfeita, como um monge perfeito, que não beija, que não come, que nada faz além de orar todo o dia.
Isso participa do caminho da alma e nada mais.
Esse fenômeno de ativação do coração pode cair sobre um grande criminoso, sobre alguém que não era branco, de modo algum, mas que era negro, e, depois, de um dia para o outro, ele se torna branco.
E depois, há pessoas que vão trabalhar toda a vida e que não terão, mesmo, a transfiguração, porque não é o momento para a alma delas.


Mas estejam certos de que, se nesta vida, vocês vivem a transfiguração, ou seja, a primeira ignição da lâmpada do coração, um dia ou outro, durante sua vida, vocês a estabelecerão de maneira definitiva, e vocês se tornarão, naquele momento, portadores de Luz.
Portanto, não se desesperem, jamais.


Enquanto há um sopro e vocês estão na vida, isso se produzirá.
O ser humano inscreveu nele a nostalgia da Luz e, a partir do momento em que ele reencontrou a Luz uma primeira vez, ele não parará, toda a sua vida, de procurar essa Luz, e aí está a grandeza do homem.
Aí está sua evolução de portador de Luz, essa sede inextinguível de procurar noite e dia, a Luz.
Isso faz parte da iniciação.
Não há outro caminho.


Questão: há um meio que permita «encurtar» esse caminho?

Não, não, é impossível.
É estritamente impossível.
Há apenas um caminho, que é pessoal a cada ser humano encarnado, a cada alma.
Há, para alguns, a distância entre a experiência primeira da transfiguração e a elevação vai produzir-se de um ano para o outro.
E há outros que vão esperar quarenta anos, cinquenta anos.
Ali, nada se pode.
É a própria natureza da glória do homem, da Divindade do homem.


O único modo de encurtar, há apenas um, e foi o Cristo quem lhes deu: voltar a tornar-se como uma criança, simples, esquecer-se de tudo, dizer «Pai, que sua vontade seja feita e não a minha», totalmente, inteiramente, e, por vezes, isso ainda não basta.

Questão: poderia desenvolver o termo «maturidade da alma»?

Perfeitamente.
A maturidade da alma corresponde ao fortalecimento da alma, ou seja, a alma, a um dado momento, que já é Luz, aceita o caminho de retorno à Unidade.
Isso quer dizer que a alma compreendeu que ela não tem mais necessidade de encarnação.
Ela se volta, então, para o Espírito, para a mônada superior, para o átomo embrião, espiritual, divino, o mais alto.


Naquele momento, a alma é dita «fortalecida na maturidade».
Simbolicamente, essa maturidade é ligada à cifra sete: para o homem, 7x7, portanto, 49 anos, e, para a mulher, 6x7, portanto, 42 anos.


A maturidade simbólica corresponde ao fato do fortalecimento da alma.
No momento em que a alma está fortalecida, torna-se possível tornar-se portador de Luz, mas vejo, daqui, que vão dizer-me «mas eu já passei dos 49 anos, então, espero, desde então, ainda mais tempo!».
E sim, é assim.


Questão: a extensão do caminho da alma depende do contrato que se passou?

Isso é extremamente, eu diria, não complexo, mas específico para cada caminho.

Cada alma é diferente.
Há as que estabeleceram isso por contrato, no momento em que elas sabem que, na vida em que vão descer, elas devem assumir o desafio da transfiguração, portanto, da elevação.
Elas podem decidir, antes de vir, em alguns casos, que esse lapso de tempo será mais ou menos longo.
Mas, regra geral, a alma, antes de descer, decide deixar esse tempo móvel, em função de circunstâncias da vida.


Mas compreendam, efetivamente, que não há elementos limitantes ao nível cármico.
A partir do momento em que vocês chegam à transfiguração, isso significa que vocês estão prontos para viver a transfiguração.
Não pode haver derrogação a essa regra.
Isso é extremamente preciso.
É mecânico.


O que não é mecânico e que é mais de natureza quântica é a diferença que vocês verão entre a transfiguração de uma alma e a transfiguração de outra alma em relação ao fenômeno de elevação.

Mas não sejam tão ansiosos assim para viver no fenômeno de elevação da quinta dimensão porque, naquele momento, na quinta dimensão, quando vocês se tornam portadores de Luz (mesmo se, em minha vida, eu jamais o tenha mostrado diante de meus discípulos), existem, também, períodos nos quais se sente muito só com essa Luz.

Efetivamente, tem-se a alegria interior.
Mas essa alegria interior, o fato de participar da Unidade Divina, dá, também, a responsabilidade de portar o peso do sofrimento dos outros.
Vocês percebem, totalmente, o sofrimento da formiga, no outro extremo do planeta, da pobre criança que morre de fome a dez mil quilômetros daí.
Vocês se tornam conscientes além do que possam imaginar.
Isso não é sempre tão fácil.


Entretanto, eu concebo que é melhor estar na alegria permanente, sobretudo, quando se conheceu a primeira transfiguração, a nostalgia é tal, o sofrimento é tal, que ele os empurra a reencontrar, o mais rapidamente possível, esse estado de consciência.

Questão: como amar a encarnação?

É uma questão muito séria, muito importante.
Não séria, mas importante, a partir do momento em que se compreende o princípio da encarnação, o sentido da encarnação, que é o de encontrar a Luz, de espiritualizar a matéria.


É muito difícil, para as almas nostálgicas da Luz que não cortaram, completamente, as portas com o outro lado, que têm uma atração mórbida pelo que está do outro lado, é difícil amar a encarnação, porque, efetivamente, eu, que estou do outro lado, posso dizer-lhes que o inferno é aí onde vocês estão, não é lá onde eu estou.
Isso é certo.


Entretanto, convém estar extremamente encarnado, porque a Luz não pode crescer em algo que é evanescente, que não é fixo, que não está densificado.
A encarnação é algo de extremamente antigo, que tomou éons e éons antes de chegar ao estágio de beleza em que vocês estão.


Convém, como todo criador (vocês são criadores de seu corpo, de sua realidade), acompanhar a criação até seu retorno à Unidade, até seu retorno à Divindade.

Vocês criaram um corpo, vocês são responsáveis por ele.
E essa criação, é preciso levá-la ao seu termo, em uma vida, em mil vidas, se necessário.
Mas é um jogo ao qual vocês, livremente, consentiram, livremente, determinaram.
Ninguém os empurrou ou conduziu a um corpo.
Vocês ali vieram sozinhos.


Agora, como amar a encarnação?
Compreendendo esse mistério fundamental da vida: convém transformar o inferno em paraíso, tornando-se um portador de Luz.


Questão: como lutar contra o mental?

O mais simples, caro amigo, é fazer calar o mental.
Como se faz calar o mental?
Meditando, fazendo alguma coisa.


Nos momentos em que vocês estão ocupados numa tarefa doméstica, profissional, o mental cala-se.
Quando o mental fala, ele os induz na divisão, na separação, quando vocês começam a refletir, ao invés de agir, assim que vocês se colocam a questão, vocês já estão na divisão.
E o mental é um obstáculo extremamente importante, porque é o último obstáculo para a ativação do coração.
Foi por isso que eu falei, há pouco, de perfurar o casulo do mental, o que faremos em breve.


Infelizmente, nada há de novo para fazer calar o mental, fora a meditação, fora a derivação para outras tarefas.
Mas, efetivamente, o mental é, certamente, o obstáculo essencial à abertura total do coração, porque há alguém, em vocês, que não quer, sobretudo, que o coração se abra: é a personalidade, porque ela crê que ela vai morrer.
E ela não quer, sobretudo, morrer.
Ela quer, sobretudo, que tudo perdure como está.
Ela insiste, mesmo, a fazê-los crer que vocês são imortais, que vocês vão viver milhares de anos.
Aí, é o ego, a personalidade que lhes mente durante o dia todo.
E é a última a soltar e é ela que ocupa o mental.


Não são vocês que ocupam o mental.
Todas as criações mentais são criações do ego, da personalidade.
É por isso que o Cristo dizia: «Voltem a tornar-se como crianças. Ninguém pode penetrar o Reino dos Céus se não volta a tornar-se como uma criança», assim como Ele disse «Será mais difícil a um rico entrar no paraíso do que a um camelo passar pelo buraco de uma agulha».


O que Ele queria dizer com isso?
Ele queria dizer que, quanto mais vocês tenham construído esquemas mentais, quanto mais têm, também, posses, quaisquer que sejam, apegos, mais lhes será difícil chegar à abertura do coração.
Não para passar ao outro lado, mas para abrir o coração.


A abertura total do coração é o momento último da elevação.
É um momento extremamente importante, que necessita de um abandono e de um desespero total para chegar a isso.


Então, caros amigos, vamos fazer algo em que o mental cale-se.
Vou pedir-lhes para ficarem com os braços e as pernas descruzadas e fechar seus olhos.


Eu descrevo, de qualquer forma, o processo que acontece, progressivamente e à medida que ele se produz.

Há, primeiro, um fenômeno de ação maior da coroa.
Vocês levam sua consciência, seu interesse, sobre a coroa acima da cabeça, no kether, como dizem os cabalistas.
Aí, vocês sentem a vibração.
Talvez, mesmo, sintam-na há muito tempo.


Em seguida, um pouquinho mais difícil, vocês vão à parte inferior de sua coluna vertebral, onde há o sacrum, onde se encontra a shushumna.
Sua consciência dirige-se ao ponto do sacrum.
E ele vibra.


E, aí, vocês deixam as energias da coroa descer e as energias do sacrum subir.
Tudo isso nas costas.
Uma energia que desce, uma energia que sobe.
Aproximadamente no meio das costas, as energias estão atrás do corpo.


Agora, será necessário que eu abra o casulo etéreo, o casulo astral e o casulo mental de meu canal.
Vocês, vocês estão centrados em suas costas, de momento, na altura do coração, mas em suas costas.


Nós perfuramos o casulo etéreo.
Agora, nós atacamos o casulo astral.
E, agora, o mais difícil, o casulo mental.


Agora, vocês sentem o reforço de energias na coroa, que descem e que se precipitam e que voltam a subir, também, desde o sacrum.
E, pouco a pouco, a translação faz-se de trás para frente.
Aí está, isso acontece na frente do coração.


E, aí, agora, eu irradio, eu mesmo, o portador de Luz.
Aí está, isso chega a vocês, agora.
E, agora, se estão prontos e se vocês o desejam, vou perfurar, na frente de vocês, o casulo etéreo, o casulo astral e, enfim, o casulo mental.
E, aí, a energia que estava em rotação ao nível de Tiferet, vai poder sair, livremente.


E aí está, meus caros amigos.
Era meu presente do novo ano.
Eu lhes aporto, agora, toda a minha bênção e vocês podem permanecer nesse estado durante alguns minutos, se desejarem.


Eu lhes digo, em todo caso, até muito em breve, e eu lhes aporto todo o meu amor.
E perseverem no caminho.
 
Eu lhes digo até breve.




Mensagem do venerável Omraam Mikhaël Aïvanhov,
pelo site Autres Dimensions
em 01 de janeiro de 2006





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