sexta-feira, 31 de agosto de 2012

BIDI - 28-08-2012 - COM ÁUDIO

Rendo Graças ao autor desta imagem
 
 
 
 
BIDI
28/08/2012
 
 
Bem, BIDI está com vocês e ele os saúda.

Vamos prosseguir do mesmo modo que expliquei na vez anterior: vamos trocar, de maneira rápida, mas pronunciarei minhas frases de maneira mais lenta, deixando um espaço, após minha resposta, de modo a fazê-los viver o que é possível manifestar, por sua simples Presença e minha Presença, no mesmo espaço.

Vamos começar.


Questão: é melhor refutar medos que se conhece ou o medo em geral?

No plano didático, o primeiro elemento a realizar é a refutação de medos que lhe são aparentes, conhecidos e manifestados, porque são aqueles que, ao nível do saco mental, manifestam-se a você e entravam a Liberdade.

Há uma segunda etapa na qual o medo não tem mais necessidade de ser ligado a uma vivência, a uma experiência desse saco de alimento, mas, bem mais, visa denunciar, refutar a própria existência dessa emoção.

Porque o que sustenta toda a busca e toda a ilusão de um caminho – espiritual ou outro – é, sempre, desencadeado, estimulado pelo medo.

O medo é o que congela.

O medo é, muito exatamente, o que evita e o que o impede de viver o Centro e, sobretudo, o centro do Centro, presente em cada ponto.

O medo, dito em outros termos, é o que congela o ponto de vista no saco de alimento, no saco mental, e dá a você a ilusão de ser esse saco de alimento ou mental, uma vez que, eu o lembro, esse saco de alimento, esse saco mental é construído, criado e mantido pelo medo.

Assim, portanto, o primeiro círculo vicioso é a refutação de medos conhecidos, ligados à experiência dessa encarnação.

Em um segundo tempo, será preciso, então, agir, não mais sobre os seus medos conhecidos, mas, efetivamente, sobre o que representa, realmente, a emoção «medo» para toda consciência que vive a ilusão como a única verdade.

O medo, dito em outros termos, mantém o teatro, mantém uma história sem fim, que os faz participar da própria ilusão desse mundo.

Sem medo é extremamente simples: não haveria mundo, no sentido em que vocês o percebem, no sentido em que o vivem, como única realidade possível.

Como foi dito por inúmeros Anciões, em definitivo, a última Dualidade, assim como o último Si resumem-se em dois opostos e contrários, e é a última visão do ponto de vista limitado: o medo ou o Amor, porque o Amor Absoluto não é o amor humano que está sempre em ressonância com o medo (e subjacente, de maneira permanente).

O medo apenas existe, justamente, porque há separação, porque há o sentimento de estar separado, dividido e, portanto, em última análise, o medo é apenas a expressão ligada à mão colocada da Ilusão sobre a Verdade.

Se vocês dão corpo aos seus medos, se os aceitam, se os vivem (tanto no saco mental como no saco de alimento), esse medo é o que lhes venda o Amor e a Luz.

Todo medo é, enfim, apenas o reflexo da falta de Amor e de Luz.

O medo não é, unicamente, uma Sombra, não é, unicamente, o que incomoda ou fere, mas é, bem mais, um princípio constitutivo da Ilusão e do efêmero.

A refutação, por pequenos fragmentos, do que é conhecido, favorece a refutação do medo, de maneira geral, global, coletiva, impessoal.

O medo cria, ao nível dos corpos sutis, ao nível do que é chamado de trama da vida (o Éter Unificado), linhas confinantes e, portanto, uma estagnação do livre movimento da Vida em vocês.

Isso supera, amplamente, o quadro dos medos – pessoais, históricos – que lhes são próprios.

O medo, eu o disse, é uma secreção do mental que visa fazê-los evitar, por projeções e construções, encontrar-se confrontados com uma experiência passada da sua própria história.

Mas, por trás disso, esconde-se outra coisa, que supera, amplamente, o âmbito da sua história, das suas vidas passadas (elas também, ilusórias), e que os mantêm em estratégias que visam evitar-lhes reencontrar o mesmo medo.

Mas vocês apenas farão, toda sua vida, sob uma forma ou sob outra, reencontrar, sistematicamente, os mesmos medos.

Nenhuma estratégia de evasão pode transcender e refutar o medo: apenas no modo de ver, de aceitar seus medos, ou seja, de aceitar vê-los.

Nenhuma explicação, mesmo do seu histórico, apresenta o mínimo interesse, porque vocês não podem, no Conhecido, opor-se ao que os mantêm no confinamento.

Porque são estratégias que não podem resolver-se, uma vez que elas recorrem à ação e à reação permanentes, existentes na ilusão.

Crer, supor ou aderir ao fato de que essa é a única realidade (quaisquer que sejam os sistemas de conhecimento que vocês levem a efeito, quaisquer que sejam suas percepções que vocês afinam), são, em última análise, apenas ilusões.

Reconhecer isso é reconhecer que nenhum conhecimento pode superar qualquer ilusão.

Aí está como vocês devem sair dela, em relação aos medos.

Se houver medo, mesmo se, em seu ponto de vista, isso não vem de vocês, mas de circunstâncias históricas, isso nada mudará.

Enquanto há identificação a qualquer preservação da ilusão, nenhuma Liberdade pode aparecer na experiência da consciência, ou seja, do «Eu Sou» ou do «Eu sou UM» e, é claro, isso é ainda mais difícil para ser o que vocês São.


Questão: é possível ser Absoluto, definitivamente, na forma que se está?

Aquele que é Absoluto é, portanto, um Jnani, ou seja, um Liberado Vivente.

Ele não recusa a vida desse corpo.

Ele não recusa a vida da personalidade, mas o seu ponto de vista não é mais o mesmo.

Ele não está mais submisso à Ilusão.

O que quer que se torne esse corpo, o que quer que se tornem os pensamentos, o que quer que se torne a personalidade, ela não é mais, de modo algum, concernida, efetiva e realmente, pela vida desse saco.

É claro, isso não é uma negação da vida ou uma recusa da vida, porque é, efetivamente, nesse saco – mental e de alimento – que existe o que vocês são, no momento.

Ser Absoluto com forma faz, justamente, desaparecer, definitivamente e de maneira cada vez mais flagrante, todo medo, toda interrogação e todo questionamento.

Isso se junta ao que os Anciões e as Estrelas nomearam a Transparência, ou seja, deixar-se atravessar, inteiramente, pela Luz; não mais se ver e não mais viver como pessoa, como caminho, como medo, como localização, justamente, na Ilusão.

O Absoluto é um reconhecimento formal.

Aquele que ali está não pode nem explicá-lo, nem racionalizá-lo: ele pode apenas fazer dele o seu próprio testemunho.

Mas, em todo caso, a certeza da Verdade Absoluta está inscrita, de maneira indelével, naquele que, de maneira temporária, pode permanecer – continuar confinado – nesse corpo ou que tenha acesso ao que vocês nomearam o Estado de Ser.

Isso não faz qualquer diferença.

Aquele que é Absoluto, seja em outro corpo, em outra consciência encarnada, em outro Sistema Solar, no próprio Absoluto, não vê qualquer diferença, o que explica que esse corpo pode desaparecer, que esse mental desaparecerá, mas que isso não pode mais interferir, de maneira alguma, com aquele que é Liberado.

Isso não faz cessar a vida, mas Libera a Vida.

Essa Liberdade não pode, de modo algum, ser suposta, imaginada, criada de maneira artificial, porque o Absoluto, mesmo em uma forma, demonstra-lhes o que vocês São.

Nenhuma Ilusão, nenhum carma – que concerne apenas à personalidade – pode atingir o Liberado Vivente.

Ele não transforma o princípio de efêmero desse saco, mas, em todo caso, aquele que é Absoluto não pode mais ser afetado, de maneira alguma, por outra coisa que não o que ele É, ou seja, Amor e Luz.

Nenhum sofrimento, nenhuma doença pode fazer desaparecer o que foi estabelecido e mesmo o «Eu Sou», mesmo o Si, está totalmente consciente disso, embebido, penetrado.

Toda a diferença está aí.

O que quer que se torne esse saco, o que quer que se torne esse mundo, o que quer que se tornem os pensamentos, o que quer que se tornem as relações e as interações, aquele que é Absoluto é a Verdade.

E essa Verdade é Absoluta, porque não inserida em uma das camadas da cebola, que mostra a ver a camada de cima e a camada de baixo.

O Absoluto percorre, livremente, as camadas da cebola, inteiramente, como um jogo, ao mesmo tempo sabendo – porque o vive – que não há cebola.

Isso é muito difícil de perceber, de conceituar pela consciência.

É mesmo impossível, uma vez que apenas quando há extinção total de todo sentido de ser um corpo, uma forma, uma vida, um caminho, um espírito é que cessa o princípio de identificação à ilusão.

Isso não pode deixar qualquer incerteza.

A incerteza é o ilusório.

A certeza é o Absoluto.

É claro, visto do exterior, por aquele que está, ainda, na personalidade, ou que vive o Si, mas não o Absoluto, isso não pode existir.

E, para ele, isso não existe.

Daí pode vir todas as cogitações, as interrogações, as dúvidas, os equacionamentos daquele que é o Si.

O Absoluto não é mais uma questão.

O Absoluto, mesmo em uma forma, é o fim dos sistemas de conhecimentos.

Aquele que é Absoluto é ignorante de todo conhecimento.

Ele é, verdadeiramente, o Conhecimento com «C» maiúsculo, ou o Liberado Vivente – o Jnani – porque nenhum dos sacos – tanto físicos como sutis – pode mais impor ou ditar reflexos, quaisquer que sejam os níveis nos quais se situem esses reflexos que se inscrevem, definitivamente, na ação e na reação.

Aquele que é Absoluto, para além dos marcadores ilusórios presentes nesse corpo, não pode mais ser afetado pelo que quer que seja.

Isso não é desviar-se da vida, mas Ser a Vida: não aquela limitada entre o nascimento e a morte, nem em qualquer reencarnação, mas, efetivamente, na Verdade, não unicamente do Instante Presente (ou Aqui e Agora), mas bem além, ao nível da Eternidade e do Éter Liberado que vocês nomeiam o ponto ER.

Há, portanto, um deslocamento da Consciência do Si – representada pelo que vocês chamam de chacra do Coração – a uma zona que lhe é imediatamente superior, que é o que vocês nomeiam a Porta ER.

Porque o Coração não tem necessidade da cabeça.

Porque o Coração é a evidência final que os devolvem à Verdade da Imortalidade, além de toda consciência, de toda forma, de todo papel ou de toda atribuição a uma função além da forma.

Viver isso permite, como vocês sabem, realizar, à vontade, a Passagem entre a personalidade, o Si e o Absoluto.

Vocês são, ao mesmo tempo, aquele que atua na cena de teatro.

Vocês são, ao mesmo tempo, o observador e a testemunha que está sentada na poltrona, mas vocês são, também, aquele que sabe que o teatro não existe.

Vocês não dependem mais de um centro localizado (o saco de alimento ou a sua história), mas vocês São o Centro em todo Centro.

No Absoluto não existe qualquer diferença de percepção entre o Silêncio e a palavra, porque a palavra tornou-se o Verbo.

E o Verbo não é, unicamente, palavras, mas, efetivamente, a característica – maior e essencial – da Morada de Paz Suprema.

É, justamente, o momento em que não existe mais – no saco mental, como na ilusão do mundo – necessidade de procurar sentido, necessidade de procurar uma explicação, necessidade de qualquer linearidade de tempo ou, ainda menos, justificação do que quer que seja.

Isso desencadeia, se se pode dizê-lo, essa famosa certeza absoluta, não como crença, não mais como experiência, mas, efetivamente, como Revelação Final, além de qualquer Passagem, da natureza essencial do que nós Somos, além da consciência.


Questão: o efeito Vibratório de escutá-lo pode exercer-se em sono profundo?

Assim como eu disse: dormir, apagar-se desse mundo (no sono sem sonho, sem pesadelo, sem consciência pessoal ou do «Eu Sou»), é Absoluto.

Assim, portanto, o sono profundo, do mesmo modo que nada compreender do que eu pude dizer é, já, uma muito grande etapa entre as últimas etapas.

O que eu digo tem um sentido.

Esse sentido visa saturar, fazer descarrilar o mental e o saco, colocando, de algum modo, em suspenso, a Ilusão.

É exatamente o que pode produzir-se escutando, não as minhas palavras, mas a minha voz, em meditação ou em sono profundo.

A compreensão é – e continuará – uma etapa.

A incompreensão é uma etapa ainda mais evoluída.

O adormecimento é a penúltima etapa.

E, é claro, nada compreender e nada apreender do que eu digo permite à Transparência tocá-los.

É o instante no qual a Consciência do Si percebe que, de algum modo, ela nada tem e que só o observador do Si faz prosseguir a cena de teatro.

Uma vez que isso é visto, não se coloca nunca mais a questão de compreender o que quer que seja.

O saco de alimento e o saco mental vão continuar a dizer, a respeitar as obrigações, as regras de dirigir um automóvel, as regras, quaisquer que sejam.

Mas vocês não estão mais sujeitos às regras, não porque rejeitaram as regras, mas porque, aí também, o seu ponto de vista não é mais aquele de uma pessoa, nem de uma personalidade, nem do Si.

A dificuldade é que, efetivamente, no funcionamento da consciência – quer ela seja separada ou unificada – aparecerá, sempre, a noção de projeção em uma experiência.

Mas vocês não são a experiência.

Enquanto vocês não tiverem se apreendido disso, enquanto não tiverem feito sua essa Verdade, pela vivência, vocês permanecem separados.

O silêncio, o sono são, se pudesse exprimir-me assim, o melhor dos yogas, porque vocês não dão tomada a nada: nem à vontade de viver experiências, nem a uma vontade de meditação, nem a uma vontade de ação, nem ao que quer que seja que tenha uma tradução e uma aplicação no efêmero.

Quando vocês apreendem que o que foi chamado de Abandono à Luz, de Fluidez da Unidade, de Sincronia e de Absoluto, quando eles estão aí, eles regem a sua vida – mesmo nesse saco – segundo o que foi nomeada a Graça.

Mas como vocês querem viver a Graça, enquanto quiserem ter o que quer que seja?

É impossível.

É claro, o mental vai dizer-lhes que é o inverso.

Ele vai fazê-los crer, com inúmeras justificações e raciocínios, que vocês devem, efetivamente, continuar a manter as coisas, que é preciso, efetivamente, continuar a viver.

É aí que vocês são enganados, porque esse gênero de estratégia, acoplada ao medo, impedi-los-á, sistematicamente, de ser Absoluto.

Ela irá confiná-los no «Eu Sou» que é, efetivamente, uma etapa essencial, mas não é um objetivo.

Enquanto vocês considerarem isso como um objetivo, vocês estão sujeitos – mesmo na Graça, vivida nessa consciência – ao princípio da Ilusão.

A maior dificuldade é, justamente, além de toda compreensão racional, apreender o alcance do que representa o Abandono do Si, vivê-lo e realizá-lo.

É o que tentaram mostrar-lhes todas as Irmãs e Irmãos que viviam a Unidade.

E, além do processo da Unidade, alguns deles viveram o que vocês nomearam Shantinilaya, a Morada de Paz Suprema.

Mas isso não impede a vida na Ilusão, mesmo se o mental e o orgulho espiritual os fizerem crer que é impossível: é o papel deles.

Então, é claro, dito com outras palavras, isso poderia chamar-se a Humildade e a Simplicidade, mas não a humildade e a simplicidade do orgulho espiritual que quer apagar-se, mas, efetivamente, aquele que é, realmente, vivido pela Transparência total e cujos sinais lhes são conhecidos.

A Transparência não será, jamais, uma convenção social, uma convenção moral, que obedece às regras da Ilusão, mas, efetivamente, o que está além de todo estado.

E, quando vocês ali estão, não podem nem se enganar, nem serem enganados.

Não se esqueçam, jamais, de que é sempre o mental, os pensamentos e a alma que os levam a sempre mais projeção, ideal de Amor e de Luz, mas que não podem, em última análise, jamais estar totalmente presentes, enquanto isso permanecer inscrito em um ideal ou uma projeção de Amor e de Luz.

Porque vocês não podem projetar, no que vocês São e no exterior, qualquer Amor, qualquer satisfação, porque isso permanece e continua projeções.

Aquele que é Absoluto é Amor, além de qualquer contingência, de qualquer referência, de qualquer confinamento e de qualquer ilusão.

Em que teria ele necessidade de qualquer justificação, pelo seu próprio mental ou por outro olhar, qualificado de exterior, em qualquer Irmão ou Irmã que fosse?

Quando vocês descobrem o seu status, que é Absoluto, vocês não têm mais necessidade de projetar o que quer que seja (nem ideal, nem Amor, nem Luz, nem o que quer que seja), porque se tornaram a Fonte de si mesmos, que se situa bem além desse saco, bem além de suas interações, bem além da sua vida aqui, sobre a Terra.

Vocês são a Vida, vocês não são mais a sua vida.

É profundamente diferente porque, a sua vida pertence a vocês?

Aí está a ilusão, enquanto a Vida, vocês a São.

Mas, para Sê-la, não é preciso mais que haja a sua vida.

Apreendam-se, efetivamente, do «não é preciso mais», não como uma crença a adotar, ainda menos uma experiência a efetuar, mas, sim, como uma renúncia, total e absoluta, a tudo o que é efêmero.

Enquanto vocês valorizarem a vida (em todos os sentidos desse termo), vocês estão presos.

Como foi dito, tudo o que vocês imaginam ter – em qualquer nível que seja, e de maneira definitiva – irá sempre prendê-los.

Então, é claro, o ego vai dizer-lhes que vocês não podem abandonar tal coisa ou tal coisa, mas ele os engana.

Quem fala de abandonar o que quer que seja?

Por qual razão um Absoluto com forma teria que abandonar o que quer que seja?

A frase chave – além da refutação – é a ‘mudança de ponto de vista’.

Mas não um ponto de vista como uma ideia ou uma crença, mas, bem mais, um deslocamento, do observador, primeiro (que se encontrou), e o próprio desaparecimento do observador, ao mesmo tempo deixando esse saco de alimento, esse saco de ideias e as interações da vida na Ilusão desenrolar-se.

Isso, eu creio, foi nomeado – em todo caso, no Ocidente – a Divina Providência.

Vocês são capazes disso?

Isso não demanda coragem, nem uma decisão qualquer.

Não há qualquer caminho para isso, qualquer evolução para isso, qualquer espiritualidade para isso, mas apenas estabelecer-se nisso.

E isso não pode ser uma experiência, o que quer dizer que vocês não podem experimentar isso como o Si e voltar depois, tranquilamente, ao saco.

É, como foi dito, essa espécie de transformação final, que conduz à não consciência, à não separação e, eu diria mesmo, mais longe, à transcendência do «Eu Sou UM», que os faz descobrir a natureza de quem vocês São.

Como eu disse: o que é que vocês sabem do que Eram, antes de nascer?

O que é que sabem do que São, após a morte?

Vocês têm apenas fragmentos, seja segundo as suas próprias experiências ou as suas próprias leituras.

Mas enquanto permanecerem compartimentados em uma forma – mesmo na mais ampla possível: um Sol – vocês estão ainda projetados.

O Absoluto não pode, em caso algum, ser uma projeção do que quer que seja, porque esse centro do Centro, mesmo se haja movimento da Vida, sempre esteve aí, em todos os pontos e, portanto, imóvel.

É a roda do Samsara que os faz crer que vocês eram uma sequência lógica de encarnações, que deve responder, permanentemente, à lei de ação e de reação.

Isso é uma crença para os trapaceiros espirituais.

O Absoluto nada é de tudo isso.


Questão: após ter escutado no momento do adormecimento, tive perdas seminais, mas não ligadas a uma atividade sexual.

O Absoluto é um Êxtase e uma Íntase.

O que acontece, ao nível do que eu havia denominado – na minha encarnação – os Pés do Senhor, ou seja, o que vocês nomeiam, hoje, a Onda de Vida, é claro, atravessa os lugares nos quais estão situados, nesse saco, os diferentes medos.

Os medos têm uma ressonância direta com o sexo, mas o sexo sem sexo.

Isso quer dizer que podem existir, e é, frequentemente, o caso, fenômenos de êxtase que tomam a sua origem, efetivamente, ou nos Pés do Senhor ou ao nível do primeiro chacra.

Isso pode induzir o que você nomeia «perdas seminais», que são, de fato, evacuações, aí também, de alguns programas, de alguns encistamentos ligados ao medo da morte que representa o sexo.

O sexo, até prova em contrário – além de todo prazer e de todo gozo – é, certamente, o órgão o mais capaz de manter a ilusão e o sonho coletivo, através do que vocês chamam de fecundação.

Assim, portanto, viver um Êxtase – que, no entanto, não pode despertá-lo completamente, ou então o desperta, ou então sobrevém permanentemente – é apenas o reflexo, ao nível do saco de alimento, da revelação – se se pode dizê-lo – da sua própria natureza.

Esse processo não é nem uma ejaculação noturna, nem um sonho (no sentido fantasia), mas é, realmente, uma alquimia que pode ocorrer – tanto no homem como na mulher – sem qualquer estimulação sexual.

Ouvir a minha voz pode – pela Vibração e pela ressonância – pressioná-lo, durante a ocultação da consciência comum ou do Si, a deixar esse saco viver o que ele tem a viver.

Essas perdas seminais, que existem também nas mulheres (mesmo se isso possui outro nome), é apenas o reflexo da ação da Onda de Vida.

Se o meu órgão vocal desencadeia isso, então, perfeito!


Questão: a subida da Onda de Vida pode provocar dores como cãibras, ao nível das pernas?

Isso é possível.

Pode, também, estar ligado não a resistências, mas, bem mais, à intensificação do Absoluto da Terra.

Contudo, esses processos de cãibras ou outros – ao nível das pernas – não deve atrair sua atenção ou sua ação.

Aí também, aproveitem do que se manifesta no saco, não para estar na negação da dor, mas, efetivamente, vê-la pelo que ela é: naquele momento, não é mais uma negação, é passar ao observador ou a testemunha.

A passagem ao observador e à testemunha é, certamente, uma etapa importante, que lhes permite não mais serem afetados pelo que acontece na cena de teatro.

Prossigamos.


Questão: a Comunhão, de Presença a Presença, com uma Consciência Absoluta, permite-nos ser Absoluto?

Nenhuma consciência pode ser Absoluta, uma vez que é, justamente, o desaparecimento da própria consciência que realiza, se se pode dizê-lo, o Absoluto.

Como foi dito pelos Arcanjos: estabelecer Comunhões pode mostrar-lhes, de maneira velada, o Absoluto.

Pode-se dizer que o conjunto de processos que lhes foram detalhados por aqueles que se ocupam de vocês, há muito tempo, é um convite para ir além (ndr: as Consciências de outros Planos Dimensionais que vocês encontram nas intervenções, em especial, na coluna «mensagens a ler»).

Os processos denominados deslocalizações que, justamente, fazem-nos mudar de olhar e de ponto de vista são, certamente, estimulantes para o Abandono à Luz.

Porque, durante uma Comunhão com um Irmão ou uma Irmã, com o que é denominado comumente um Duplo, qualquer que seja, pode-se dizer, efetivamente, que há como que uma prévia de desaparecimento.

É justamente esse desaparecimento da própria consciência que é favorecido, mas que vocês sozinhos podem encadear.

As resistências ao encadeamento são apenas ignorância: o que vocês nomeiam, do seu ponto de vista, os seus próprios conhecimentos de si mesmos, da sua história, das suas vidas passadas, das suas crenças, das suas ideias e dos seus quadros.

Enquanto um dos elementos assim nomeados estiver presente, vocês apenas permanecem na prévia.

É renunciando e refutando tudo isso que vocês podem viver o Absoluto.

Mas, é claro, talvez seja mais fácil passar por essa Infinita Presença – sem que haja, realmente, uma passagem – para ser Absoluto.

Do mesmo modo que vocês podem aderir às doutrinas da Unidade, sem viver, de maneira alguma, a quintessência.

Qual será a diferença entre aquele que projeta o Absoluto e aquele que é Absoluto?

Aquele que projeta o Absoluto pode viver o Si, pode sentir as Vibrações, mas ele recairá, sempre, na dúvida e na interrogação.

Aquele que está estabelecido no Absoluto não pode estar sujeito, de maneira alguma, a qualquer interrogação que seja.

É claro, podem restar interrogações sobre o tempo que vai fazer amanhã, mas, em caso algum, sobre a natureza do que ele É.


Questão: como fazer para não mais se sentir impotente e poder avançar?

O que é que se sente impotente?

Quem é que quer avançar?

Avançar para onde?

Para ir onde?

Não há lugar algum para onde ir.

Todo movimento de um ponto a outro da consciência mantém a ilusão.

O sentimento de impotência, a necessidade de avançar, é apenas o reflexo da ação do medo ou do Si.

Dormir ou morrer é Absoluto.

É o mental discursivo – aquele da razão e das ideias – que vai fazê-lo avançar, que vai fazê-lo crer que você é impotente.

Substitua a palavra «impotente», por «ignorância».

Se você reconhecer a sua ignorância quanto ao que corresponde ao fato de querer avançar ou crer avançar, então, é já um grande passo porque, quem mais além do ego crê avançar?

É claro, o tempo avança e a sua vida se desenrola.

Mas nenhum elemento dessa vida, nenhum avanço pode existir, exceto para o efêmero.

É, justamente, se você se mantiver tranquilo, nesses momentos, e não tiver complacência ou submissão com esse sentimento de impotência, se você aceitar que o fato de avançar nada quer dizer (e, de fato, o faz recuar), se você ver isso claramente (sem portar julgamento, sem condenar, sem procurar reagir, simplesmente, ser o observador), então, você constatará, muito rapidamente, que algo cessa de avançar, que algo muda, sem que tenha havido a expressão da mínima vontade pessoal, do mínimo desejo pessoal.

E, aí, você se terá próximo do final, não antes.

Enquanto você encarar que é preciso eliminar essa impotência, enquanto encarar que deve avançar para um objetivo, você faz apenas afastar-se do seu próprio objetivo, porque não há objetivo.

Tudo isso são apenas jogos da consciência, chamados de Leilas [Lella].

Mas esses Leilas não têm qualquer sentido.

Eles são apenas distrações, ocupações, cujo único objetivo é o de impedi-lo de viver o que você É.

E, no entanto, a maior parte dos seres humanos nutre a própria vida dessa esperança, dessa ideia de avançar, para ir a algum lugar.

A maior das potências é, já, reconhecer sua impotência, total, a toda ideia, a todo pensamento, a todo conhecimento, a toda vivência apta a desencadear o que quer que seja mais senão outra ilusão.

Se você ver isso claramente, então, o ponto de vista mudará por si mesmo, sem que você tenha que buscar ou procurar o que quer que seja.

Essa forma de capitulação, eu repito, não é uma renúncia ao que quer que seja, a não ser, justamente, ao fato de aderir a isso como, não ilusões, mas a verdade.

Enquanto você se submeter, si mesmo, a esse gênero de crença ou a esse gênero de experiência, você não pode ser Livre.

E você não pode, consequentemente, de modo algum se Liberar.

Porque tudo o que é conhecido deve ser Liberado.

E Liberar-se de tudo o que é conhecido é já aceitar a sua própria ignorância, uma vez que nenhum efêmero – seja a sua personalidade, seja esse saco de comida, seja o Si – não permanece, uma vez que você tenha passado ao outro lado das portas da morte.

Para que isso lhe serviria?

O que você fará da sua Kundalini, quando esse corpo não existir mais?

O que você fará do Fogo do Coração, quando esse corpo tiver desaparecido?

É preciso ir ao coração do Coração.

Não é mais nem o Fogo do Coração, nem a Coroa Radiante do Coração, nem as Três Lareiras, nem mesmo o Canal do Éter, nem mesmo o Manto Azul da Graça: é além.

Nós lhes mostramos uma escada.

Vocês viram as barras, vocês subiram a escada.

Vocês devem aceitar, agora, que não há escada e que não há ninguém que suba essa escada.

Aceitar e viver isso é o Absoluto.


Questão: por que manter o saco de comida vivo, quando se está Liberado?

Toda ação que visa fazer desaparecer esse saco faz apenas reaparecer a ilusão.

Porque, se você se interessar e quiser por fim à ilusão, suprimindo um saco de comida, de um modo ou de outro, você cria para ele outra existência.

A ilusão apenas deve ser Vista.

Lutar com uma ilusão faz apenas reforçá-la.

Portanto, querer considerar intervir no saco de comida, de uma maneira ou de outra, apenas pode prejudicar e reforçar a ilusão.

Aquele que é Absoluto não se importa com o desaparecimento, ou não, do saco de comida: ele não é mais uma fonte de aborrecimentos, nem uma fonte de preocupações.

Nem mesmo o mental pode vir a ser uma causa de preocupação.

Aí está toda a diferença com aquele que é Absoluto, que jamais consideraria pôr fim a esse saco de comida antes do seu fim natural.

Não que ele ali tenha prazer ou desprazer, mas porque, real e concretamente, o seu ponto de vista e o seu olhar nada mais têm a fazer com qualquer limite.

Toda a diferença situa-se nesse nível.

Aquele que não é Absoluto vai dizer que isso é absurdo.

E, do ponto de vista dele, limitado e relativo, isso é efetivamente absurdo.

Não há possibilidade de passagem ou de comunicação.

Enquanto não houver Abandono total do Si, o Absoluto não pode estar aí.

Portanto, mesmo no Si, cujo orgulho pode vangloriar-se, há necessariamente o medo, há necessariamente, de algum modo, a vontade de aderir a uma ilusão qualquer.

Mas, àquele que é Absoluto na forma, jamais lhe viria à mente, jamais poderia aparecer uma ideia sobre o sentido, até mesmo, da existência desse saco.

Um dia, ele apareceu, um dia, ele desaparece.

O que aparece, desaparece.

O que desaparece, irá reaparecer, sob uma forma ou sob outra.

Só o que É, além de todo Ser, além de todo «Eu Sou», além de toda consciência, nem aparece, nem desaparece, nem se desloca.

Como eu disse, o Absoluto não é uma busca, e ele não pode ser uma busca.

Enquanto vocês buscarem, enquanto procurarem, vocês estão na ilusão, porque toda busca, mesmo a mais louvável, mesmo a mais honrosa é apenas um medo da morte e uma busca – em outro lugar que não aí onde ela está – da imortalidade.

A imortalidade não pode estar compreendida em uma forma.

Vocês estão sobre esse mundo, vocês ali apareceram, vocês ali agiram, vocês ali procuraram.

Mudar de olhar e de ponto de vista é não mais estar submetido, de maneira alguma, a esse corpo, a essa vida.

Isso não é uma recusa da vida, ou uma interrogação sobre o sentido da vida, uma vez que, justamente, não há mais dependência de uma forma, mas, efetivamente, uma forma de transubstanciação de toda forma, como de toda consciência.


Questão: será preciso chegar à passividade?

Enquanto houver ação, dirigida pela pessoa ou pelo Si, há ilusão.

Falar de passividade volta a entender, no que você diz, que há atividade e passividade.

O Absoluto não é nem passividade nem atividade: é, justamente, a perda de toda identificação ao que quer que seja, uma vez que falar de passividade, como de atividade, faz apenas referir-se à sua pessoa, no ego ou no Si, mas à sua pessoa.

Ora, a expressão que havia sido empregada: "ficar Tranquilo", quer, efetivamente, dizer o que isso quer dizer (ndr: ver, em especial, sobre esse tema, a intervenção de UM AMIGO, de 02 de julho de 2012) (1).

Você pode «ficar Tranquilo» estando tanto passivo, como ativo.

A passividade não é uma demissão de quaisquer dos aspectos da sua vida: ainda uma vez, é o olhar que muda, o ponto de vista, e não o fato de ser ativo ou passivo.

Porque a atividade, como a passividade, remetê-los-á a um movimento.

Ficar Tranquilo não se importa com o movimento: é, de imediato, colocar-se onde vocês podem considerar outra coisa: é colocando-se na Infinita Presença.

Não lhes é pedido para serem vegetais, mas, efetivamente, para nada mais serem de tudo o que lhes é conhecido, ou seja, que o seu olhar, o seu ponto de vista não esteja mais situado em lugar algum na ilusão.

Isso não quer dizer nem estar ativo, nem estar passivo, isso não quer dizer permanecer em algum lugar e nada fazer.

É mudar de olhar.

Mudar de olhar não pode fazer-se enquanto vocês olharem com os mesmos olhos, com o mesmo pequeno buraco dos óculos, que corresponde à sua vida.

O Absoluto com forma pode, de maneira não hierarquizada, passar anos em Maha Samadhi ou em Shantinilaya, como exercer as atividades as mais frustrantes e as mais degradantes para a personalidade.

Em um caso como no outro, o Absoluto não pode ser afetado, porque não há diferença entre Shantinilaya e limpar banheiros: a consciência não está mais nem nos banheiros, nem em Shantinilaya.

Vocês são tributários do olhar, porque fazem uma diferença entre limpar os banheiros e viver a Paz Suprema.

Vocês podem muito bem, no Absoluto, fazer exatamente a mesma coisa, no mesmo estado, como fazer coisas diametralmente opostas, sem perder o que quer que seja.


Questão: o que se chama de inocente – por exemplo, uma criança sempre contente, mas que não parece muito inteligente – é Absoluto?

Isso foi dito no Ocidente: «felizes os simples de espírito, porque eles não conhecem o pecado».

Então, mesmo se isso tiver conotação religiosa, aquele que é Transparente em uma forma, qualquer que seja essa forma, não mais é separado do que quer que seja.

Foi dito, também: voltar a tornar-se como uma criança, ou seja, a Espontaneidade, o Instante Presente, que permitem viver o «Eu Sou».

Mas é preciso prestar atenção para não ser subjugado pela ilusão do «Eu Sou»: o que restará do «Eu Sou», quando esse corpo não existir mais?

Mesmo se existir outro Corpo, um conjunto de Corpos, dos quais um pode ser o Duplo, ou o Corpo de Estado de Ser, ou qualquer que seja esse Duplo.

Isso é destinado, simplesmente, a fazê-los viver que vocês não São nem esse corpo, nem qualquer outro corpo, uma vez que vocês podem ser não importa qual outro corpo.

O que é que muda, nesse caso?

Enquanto é a consciência que se desloca, há o Si, ou a Última Presença.

Assim que vocês cessarem qualquer identificação a qualquer forma, vocês São Absoluto.

Isso não impede de viajar, sem se deslocar, de forma em forma, mas vocês sabem, pertinentemente, que vocês nada São de tudo isso.

Porque todas essas formas, todas essas consciências são apenas projeções, separadas ou unificadas, de algo mais: da FONTE, em um primeiro tempo, mas a própria FONTE é apenas uma emanação d’Ela mesma, no Absoluto.

É essa palavra que foi empregada, Duplo, que é destinada a mostrar-lhes e não a fazê-los buscar qualquer Duplo, mas o Duplo chega a vocês.

Pela sua vacuidade, pelo fato de ficar Tranquilo, pelo fato de nada procurar, porque vocês compreenderam que nada há a procurar, que nenhuma experiência pode levá-los ao que vocês São.

É a ilusão suprema crer que um sistema de conhecimentos ou de experiências vai levá-los ao Final.

Vocês não podem ser levados ou conduzidos ao Final por quem quer que seja, nem mesmo por si mesmos, porque é, justamente, esse si mesmo que desaparece, quando o Absoluto está aí.

E ele sempre esteve aí.


Questão: para que serve, então, a Merkabah?

Para construir a escadaria.

Para iluminar, de maneira diferente, a cena de teatro como o teatro.

Para fazê-lo tomar consciência de que você não Está na cena, de que você não É nem ator, nem mesmo espectador.

É uma estrutura de Vibração que, como toda Vibração, é uma emanação do Absoluto.

Não, enquanto emanação ou projeção, como o é para a consciência, mas, efetivamente, como planos – se posso empregar essa palavra – do Absoluto.


Questão: é realmente grave, se o Absoluto não vier a nós?

Mas ele não tem que vir.

Considerar que ele deva vir é, já, um erro.

Exprimir isso: considerar que algo deva vir, coloca-o, de imediato, distante do que você É.

O que pode ser grave, na ilusão?

Exceto aquilo ao que você se mantém, qualquer que seja esse apego.

O que é que considera que isso é grave?

Se esse não é o lugar no qual você se situa, então, mude de lugar.

E não considere isso como um deslocamento, ou um movimento: não é nem um, nem o outro.

Esse mundo é Maya, o tempo é Maya, portanto, como é que isso poderia ser grave, senão concebido e percebido pela pessoa?

Você pergunta se isso é grave.

Do mesmo modo, se olharmos o que vocês conhecem, a personalidade e o Si: aquele cuja vida é voltada unicamente ao efêmero e ao ilusório – portanto, em meio à personalidade – vai procurar, de uma maneira como de outra, uma forma de satisfação, qualquer que seja o domínio.

Com mais ou menos intensidade, mais ou menos acuidade, segundo um programa, que é o programa da alma e do carma.

Aquele que realiza o Si – que vive as Coroas Radiantes, os diferentes elementos, os diferentes sinais e estigmas do Despertar – é um louco, para aquele que corre atrás dos próprios desejos.

Qual dos dois tem razão?

Nem um, nem o outro.

Aquele que está no Si vai considerar que é grave agir de tal modo ou de tal outro modo.

Do mesmo modo que aquele que está na personalidade, mesmo a mais equilibrada, vai considerar que aquele que lhe fala do Instante Presente e da não separação, é um louco.

E ele terá razão.

Porque vocês não mudam de ponto de vista.

E tudo o que não entra no seu ponto de vista, no seu quadro de referência, é dele excluído, formalmente.

Portanto, nada há de grave, exceto para aquele que crê nisso.


Questão: no momento do Choque da Humanidade, todo mundo vai Ascensionar?

Tudo está Liberado.

Como foi dito pelo Comandante (Nota: O.M. AÏVANHOV), e é, certamente, a melhor frase: «não são vocês que desaparecem, é o mundo».

Vocês não podem desaparecer no que vocês São.

O que aparece e desaparece é esse corpo, esse saco de comida e esse saco mental, que é delimitado pelo nascimento e a morte.

Tudo está Liberado, onde quer que vocês estejam: na pessoa como no Si, como Absoluto.

Agora, o mais importante, é deixar o outro ser o que ele quiser.

Vocês não poderão convencer ninguém, vocês não poderão levar ninguém.

Portanto, a questão do que é nomeada a Ascensão é uma resposta que pode variar em função das circunstâncias.

Em nome de quê, se você quiser sair de férias na montanha, você levaria todo mundo à montanha?

Há quem prefira o mar.

Respeitem isso: cada um de vocês é Livre.

A melhor resposta é esta: o que desaparece é o mundo, não são vocês.

A consciência que joga, qualquer que seja esse jogo, em uma relação íntima, nos jogos da sua tela de vídeo, é o mesmo jogo, é a satisfação de uma curiosidade.

É o próprio sentido da falta, que está presente na não atualização do Absoluto Final.

Mas, quando o Absoluto Final estiver aí, vocês veem, claramente, a Verdade.

E a única Verdade, que não sofre exceção, é a Liberdade de cada um, de ir para onde quiser, de pensar como quiser, de crer no que ele quiser, de agir e de interagir em todas as outras ilusões.

O princípio da Liberação foi-lhes explicado, foi-lhes dado a viver, através da Unidade e do Si, através da Última Presença e dos diferentes marcadores.

Mas, também, eu lhes dei alguns elementos que devem permitir-lhes, se for a sua Liberdade e a sua escolha, Ser Absoluto.

Prossigamos.


Não temos mais perguntas, nós lhe agradecemos.

Então, BIDI saúda-os.




Áudio da Mensagem em Português

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Mensagem do Venerável BIDI,
pelo site Autres Dimensions
em 28 de agosto de 2012
 
 
 
 
 
Rendo Graças às fontes deste texto:
Versão do francês: Célia G. http://leiturasdaluz.blogspot.com.br/
Transcrição e edição: Zulma Peixinho
via:
http://portaldosanjos.ning.com
 
 
 
 

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