Rendo Graças ao autor desta imagem
SRI AUROBINDO
23/09/2012
Eu sou SRI AUROBINDO.
Irmãos e Irmãs em Humanidade,
acolhamo-nos, mutuamente, na Paz.
Eu intervenho, como Melquizedeque do Ar, pois é em mim que recai, pela minha posição no seio da Assembleia dos 24, o privilégio de vos comunicar, bem além das palavras e da Comunhão, o fato em si da instalação do Selo de MIGUEL, no seio do vosso Canal Mariano, para trocar, convosco, além de simples palavras.
A minha intervenção será dividida em duas partes: a primeira consiste naquilo que já vos tinha sido dado, relativamente ao efeito da agregação do Selo de Miguel, neste período, a segunda será destinada a responder às vossas perguntas, respeitante, justamente, ao que vos disse.
O resultado, do Selo de MIGUEL (além do reforço do Antakarana coletivo e individual) vai agregar ainda mais Graça do que aquela que vos tinha sido dado a perceber ou a viver, até agora, realizando, de alguma forma, em vocês, a Fusão dos Éteres, entre o Éter alterado da Terra e o Éter da Eternidade.
Esta situação, coloca-os, de alguma forma, em reunificação com o vosso próprio Corpo de Estado de Ser, permitindo-os justapor, em vocês (que esta seja a forma mais cômoda de expor e exprimir), a consciência ordinária, a consciência do Estado de Ser, e o Absoluto. Certamente, estes elementos já vos foram comunicados relativamente ao medo ou Amor, por numerosas Estrelas.
Isso foi abordado de igual modo, pelas numerosas intervenções do nosso Comandante (Nota: O. M. AÏVANHOV). O que se vai desenrolar (e eu falarei, se bem quiserem, unicamente de vossos eventos Interiores), vai dar-vos a perceber, na consciência, pela Graça de MIGUEL e de MARIA, se estão em Abandono à vossa Eternidade, ou em resistência à vossa Eternidade, além do medo e do Amor, e além do que é experienciável.
Vai ser-vos possível, durante este período, perceber, cada vez mais claro, a vossa modalidade de Ascensão, tal como a vossa capacidade de viver, ou não, os estados Últimos da consciência, ver o Absoluto, se já não ocorreu. Primeiramente, convém definir que aquilo que reencontram, é a Liberdade e esta Liberdade é a Liberdade total do estabelecimento daquilo que vocês São, neste caso onde querem Estar. Confirmando o que vos foi dito: O Absoluto não pode ser uma procura, o Absoluto não pode ser nunca uma finalidade, nem mesmo um desejo, pois o Absoluto (uma vez que tenham enveredado, ou não, pela investigação da refutação), vos colocará, de qualquer forma, face àquilo que venho dizer-vos: resistência à Eternidade ou Abandono à Eternidade.
Tudo o que corresponde a uma forma, mesmo no seio dos Mundos Unificados, não divididos, não separados, acompanha-se duma localização da consciência. Esta localização é Livre, ela não está confinada (como neste mundo) mas ela dá-vos a continuar uma certa forma de experiência, alguma forma de estado. Apreendam bem que não há evolução, através desses estados, nem mesmo progressão, mas, bem mais, um estado Interior de experimentação, desejado ou não.
A resistência à Eternidade é um direito vosso o mais estrito, da mesma forma que o Abandono à Eternidade, mas isso não pode ser um e o outro. Eles não podem suceder-se no tempo e o que é dado a perceber, nesta altura, e muito precisamente é uma clarificação individual sobre o vosso posicionamento.
A reunificação da Tri-Unidade, em vocês, coloca-vos uma equação e somente uma. Esta equação não pode ser apreendida, nem mesmo definida, duma maneira lógica qualquer, intelectual ou mental. Ao contrário, ela resulta, diretamente, da observação do estado da pessoa no qual se encontram.
A personalidade marcada pelos apegos: estes apegos podem ser felizes ou infelizes, mas, tanto num como noutro, eles participam ou conservam um forma limitada ou, em todo caso, uma forma prioritária no seio dos Mundos Unificados. A observação do que se desenrola, em vocês, na sua parte a mais simples (a da personalidade quotidiana), é, neste período que se abriu ontem (22-09-2012), o melhor meio de apreciar, nos vossos comportamentos e nas vossas próprias emoções, o lugar que ocupam, quanto ao vosso futuro, uma vez que a Libertação concluiu-se totalmente.
A resistência à Eternidade traduzir-se-á sempre pela manifestação do que é nomeado emoção, seja qual for a natureza destas emoções. Toda emoção, e isso foi explicado de diferentes formas, mantém uma ligação. Sendo demasiado brusco, vocês podem, ao olharem-se, simplesmente observando a existência ou não existência de emoção, relativamente a todos os setores da vossa vida, determinar a vossa atitude de não resistência à Eternidade.
Em segundo lugar, a vossa capacidade a viver uma forma de obliteração da consciência da pessoa (que lhe chamem sono ou desaparecimento da percepção do corpo, ou duma parte do corpo), de forma privilegiada nos Alinhamentos, nas vossas noites, traduz também a vossa capacidade de estarem desapegados do Efêmero e assim não resistir à Eternidade. Eu precisarei contudo que isto não suprime o objeto ou a pessoa em causa, numa emoção, uma vez transcendida.
A objetividade do vosso olhar é uma tomada de distância, de qualquer forma, de vocês próprios, dando-vos a ver vossas próprias reações aos estímulos deste mundo, quaisquer que sejam. Da vossa capacidade de não reagir, de não estar implicado, de não ser afetado, deriva a posição em que estão. Vocês constataram aliás muito rapidamente que toda emoção, mesmo de natureza que vocês qualificariam alegre ou desagradável, naquilo que vos dá prazer, é portadora, nela mesma, dum travão e duma resistência à Liberdade e à Libertação.
Enquanto Melquizedeque do Ar, enquanto minha última encarnação nesta Terra, fui confrontado muito precisamente a este mecanismo de Fusão dos Éteres, no interior de mim próprio, nos momentos finais de minha vida, tendo-me dado a apreender o sentido próprio do medo do Abandono final o que me permite, a par da minha posição atual e a par da minha experiência, de vos falar, da forma mais adequada.
Este período, nomeado “último trimestre”, por MARIA, é mesmo para vos dar a ver (além das diferentes revelações do Apocalipse, dizendo respeito bem mais ao vosso Ser Interior, vossas linhagens e a tudo o que foi escondido sobre esta Terra, sobre os elementos os quais já não voltarei), o que vos vai ser dado a ver, sobretudo a vós mesmos, de qualquer maneira, como a um observador suficientemente desapegado do que se passa sobre a cena da sua vida, para poder avaliar as diferentes componentes restantes.
É nesta vivência particular, que vos é dado por vezes a viver como exterior a vocês próprios, ou, em todo o caso, existente no seio de duas consciências, por vezes sobrepostas e por vezes distanciadas, que vai ser realizada a lucidez a mais importante sobre vocês mesmos, e sobre as resistências, ou não, presentes em vós.
O objetivo de minhas palavras é por conseguinte atrair a vossa consciência sobre estes mecanismos e verem bem o nível de vossas próprias emoções, sejam quais forem, de vossos próprios estados de agitação, em relação à Paz e à Tranquilidade que a Unidade confere, o Estado de Ser, o Si como o não-Si, por oposição ao Eu e àquele que está limitado.
Desta auto-observação, se tornará cada vez mais fácil (sem fazer intervir, de forma nenhuma, o mental ou a reflexão lógica e cartesiana), de ver, muito precisamente, onde estão, e muito precisamente nesse caso para onde irão. Isto permitirá a muitos de entre vós compreender, finalmente, que não há objetivo nem mesmo evolução mas simplesmente um problema de posicionamento num estado ou noutro, ou o desaparecimento de todo estado nomeado Último.
O Último, como o sabem, nomeado parabrahman ou Absoluto, acompanha-se não duma percepção, não de uma fé ou duma certeza, mas duma evidência, relativamente à Maya, relativamente às estruturas ilusórias e à experiência ilusória da pessoa, da personalidade, e do conjunto deste mundo. É um espaço onde não existe nenhuma identidade, nenhum Ser e nenhum não-Ser, que não pode ser definido com palavras mas que permite experienciar um estado de não questionamento, de não interrogação, de não visualização, de não Vibração.
A resistência à Eternidade (que é, recordo-vos, vosso direito o mais restrito e vossa Liberdade a mais fundamental) será respeitado, da mesma forma: é o lugar onde existem questões, interrogações. É o lugar onde a consciência parece conceder-se prioritariamente à reflexão e à lógica, antes que à própria Luz. Muito longamente, nós vos dissemos que a Luz era Inteligência e todas as respostas, o que a personalidade não pode realizar, no seio do mental, e muito menos ao nível das emoções.
O período que se desenrola não exige da vossa parte, um trabalho sobre uma identificação de algum medo que seja, ou de algum apego que seja, mas simplesmente de ver claramente e aceitar o que foi visto, em vós, relativamente a vós. Porque a maior das Tranquilidades, no momento vindo, não resultará duma agitação para mudar os medos ou as emoções, mas, bem mais, estar no devido lugar em função do estado atual, durante este último trimestre.
O Si, o Estado de Ser, a Presença e a Última Presença, se acompanharão sempre, fora dos Alinhamentos, meditações e estados interiores, da persistência da atividade, questionamentos e interrogações, da mesma forma, do regresso de certas emoções, mesmo se estas emoções são qualificadas exaltação em direção à Luz. A própria presença destas emoções, mesmo as mais alegres, é um obstáculo formal à Paz, à Tranquilidade e ao Absoluto com forma.
Ainda uma vez, não encarem isto como uma evolução nem mesmo um trabalho mas, bem mais, por aquilo que isso é: um posicionamento dando-vos a ver o que vocês São.
Aquele que está Liberado não pode sentir a menor emoção, ele não pode, jamais, ter o mínimo questionamento relativamente ao futuro ou, mesmo, às suas origens. Estas revelar-se-ão a ele espontaneamente, sem nenhuma procura. É o papel da Inteligência da Luz e do toque final produzido pelo Selo Micaélico. Eu atraio a vossa atenção sobre a facilidade com a qual se verão. Ver-se não implica qualquer julgamento, nem qualquer condenação de si ou do outro mas, bem mais, aí também, uma aceitação daquilo que é visto, com Clareza.
E o que é visto com Clareza, com uma Clareza crescente, daí decorrerá diretamente o Choque da Humanidade e o Choque Individual, termo que enquanto São João, havia nomeado Julgamento Final, sem nenhuma das conotações pejorativas usadas pelas diversas religiões. Este Choque da Humanidade e esse Choque, se o podemos dizer, entre o Éter da Terra rarefeito e o Éter da vossa Eternidade (assimilável, em parte, pela justaposição do Duplo e do corpo físico), é o mesmo que os expor, de manifestarem tudo isso, sem qualquer intervenção, sem nenhum filtro mental.
O que é visto e o que será visto, não implica qualquer trabalho, com vista a uma melhoria ou uma progressão, mas, bem mais, um trabalho sobre a aceitação. Porque, quanto maior for a aceitação do que é visto, mais fácil ser-lhes-á, no momento vindo, ultrapassar o que resiste, de certa maneira. Aí se situa a Clareza, aí se situa a Precisão e aí se situa a vossa própria Transparência a vocês mesmos, ou seja, realmente, perceber, no momento do Choque da Humanidade, a vossa distância existente entre a consciência dividida e separada e a consciência da Unidade ou ainda Última Presença.
Recordem-se que, durante este período o elemento fundamental (explicado de diversas formas e por diversos intervenientes, qualquer que seja o vosso posicionamento atual): da presença ou não das emoções e do mental, resultará a vossa capacidade de ver o jogo do mental e o jogo das emoções. Para, o momento que se aproxima, quaisquer que sejam as resistências ou não, acolher, de alguma forma, a Eternidade, com a mesma facilidade, a mesma disponibilidade. De maneira perfeitamente lógica e em conformidade a todos os ensinamentos dos diferentes Yoga, quer seja o Yoga que ensinei em minha vida (o Yoga integral), quer sejam os Yoga muito antigos ou mais modernos, isto que é dado a ver coloca-os, muito precisamente, no que será o vosso lugar além deste mundo.
Isso colocará em aplicação a lei da Atração e da Ressonância e a lei da própria Graça, pois que, a Graça não pode ir, em caso algum, ao encontro da vossa consciência, seja ela qual for. Os vossos diversos Alinhamentos serão momentos privilegiados de reencontro dos Éteres. MARIA deu-vos diferentes sinais. Na vida ordinária, será possível comunicar-lhes elementos à consciência, de acordo com as sincronicidades e circunstâncias da vossa vida, seja o que for que vocês façam ou não, provando-lhes a si próprios, onde estão. Retenham igualmente que nesse momento, que convém não se julgarem porque todo julgamento implicará uma distância e um afastamento da Luz.
É, portanto, a Tranquilidade e a Paz, a capacidade de ser o observador do que se desenrola, sem julgamento, que iluminará a vossa consciência e será, de alguma forma, um aprendizado de experiências relativamente ao momento coletivo anunciado por Maria. A presença do Manto Azul da Graça é um dos elementos, também, que permite instalar, direi, de maneira mais sensível e perceptível, a Última Presença.
As circunstâncias de vossas vidas vão levá-los a estar aí onde vocês Estão, fazendo face (como isso já foi explicado pela Onda da Vida, ao nível dos primeiros chacras) às circunstâncias da vida da personalidade (ou seja, ao nível do terceiro chacra) colocando face a face e em face do que pode ainda existir como apego, traduzindo-se por emoção e atividade mental.
O reajustamento faz-se dele próprio, a partir de que a emoção ou o mental é reconhecido como tal, e não por uma ação qualquer do “Eu” ou da personalidade. Estes mecanismos estão diretamente ligados ao Ar e ao Fogo, o Ar como Elemento que permite ter uma visão panorâmica, ampla e global do que se desempenha, seja a que nível for.
Esta aprendizagem particular dos mecanismos da consciência limitada e da consciência do Si são verdadeiramente os elementos, durante esta altura, que serão aptos, de alguma maneira, de vos fazer apreender, além de todo intelecto e toda emoção, o que vocês São, em Verdade. Vocês devem recordar-se, que nesses momentos, não há lugar a emitir qualquer julgamento, a considerar qualquer progresso, mas aceitar e ver claramente o que é.
Eu direi, isto resulta duma ação lógica da Aliança do Fogo, dando-lhes justamente a ter esta visão ampla de vocês mesmos, nesses aspectos limitados, como nos aspectos não limitados.
Eu vos proponho viver um momento de conexão pela vossa Presença comum e vos darei, depois, a palavra para eventuais questões relativas precisamente a isto que eu disse. Primeiramente, vivamos esta.
… Compartilhamento do Dom da Graça …
Irmãos e Irmãs em humanidade encarnados, se for preciso trazer-vos elementos precisos suplementares, eu escuto-os.
Pergunta: Aceitar serenamente as nossas emoções permite ir para 3D unificada ou para a 5D?
A aceitação das suas emoções significa que há emoção. Se há emoção, há apego, quer isso seja à pessoa ou a esse tipo de vida carbonada. Haverá, portanto, 3D unificada.
Pergunta: Não é mais, portanto, o tempo de transcender seja o que for?
Meu Irmão, não é a questão de transcender. Isto não é um trabalho. É mesmo a aceitação disto, de o ver tal como ele é, que pode permitir a Última Graça, da qual MARIA vos falou. Mas, para isso, não é preciso, de maneira nenhuma, alimentar uma emoção ou alimentar o mental. Não enquanto rejeição, já que isso está aí, mas colocando-se, de maneira deliberada e resolutiva, no sentido do observador.
A 3D unificada, ou a 5D, ou o Absoluto, ou a vossa Morada estelar: não há nisso, nem valorização, nem hierarquização. Há apenas a expressão do que vocês São. Assim, portanto, tu não podes dizer aceitar as emoções (e, portanto, viver as emoções) e aceitar, na mesma ocasião, outra coisa que é o teu estado Vibratório. Eu te lembro, no entanto, que entre o que é denominado 3D Unificada, quinta Dimensão ou outras Dimensões, ou Absoluto, isso não pode ser, em caso algum, um objetivo.
Enquanto tu considerares isso como um objetivo, há distância. Isso será especialmente verdadeiro entre a consciência do corpo físico e a consciência do Estado de Ser. Eu acrescentaria mesmo que, definir o Absoluto ou o Estado de Ser como uma finalidade, um objetivo, ou uma meta, vos afasta também seguramente disso, certamente ainda mais do que resistir, durante este período.
Pergunta: O que é que sustenta o que nós somos, já que isso não é nem objetivo, nem vontade, nem evolução?
«O que tu és»? Tu falas do quê ou de quem? Da parte limitada ou da parte ilimitada? O que tu és, será sempre definido pelo que tu crês, o que tu experimentas e o que tu vives, aqui, tanto no aspecto limitado como no aspecto ilimitado. Enquanto houver uma identificação, não pode haver aí Liberdade, mesmo se vocês estão Libertados. Isso se chama apego.
Pergunta: Se se é Absoluto, será que existe uma razão para juntar as suas origens estelares?
Nenhuma, mas estando Absoluto, tu não te identificas mais com uma forma e tu és, portanto, todas as formas e todas as Dimensões e a própria Fonte. O Absoluto não será jamais uma exclusão: é uma inclusão.
Mas, como isso vos foi expressado, nenhum conceito, nenhuma palavra, e ainda menos nenhuma consciência, pode falar do Absoluto. Tu não podes, portanto, de maneira nenhuma, conceptualizar isso. Enquanto houver conceptualização ou consciência, há erro. O apego à experiência mantém a experiência. Simplesmente, o nível da experiência não será nunca mais separado.
Pergunta: Observar bem as suas emoções sem as julgar leva a não mais as ter?
Não. É a mudança de localização. Eu especifiquei bem que observar as vossas emoções vos dá o que vocês são e para onde vocês vão. Só o Abandono total do Si liberta das emoções. A emoção é vivida como uma identidade e uma reação própria à pessoa. Portanto, como sair de uma pessoa, mesmo observando as suas emoções?
Eu insisti muito sobre o fato de que haveria uma consciencialização, uma percepção, cada vez mais clara, se tu preferes, entre a lagarta e borboleta, como uma sobreposição temporal dando a ver, no mesmo panorama: a lagarta, a crisálida e a borboleta. O apego resulta da vossa Liberdade. Mas apreendam bem que, durante este período, em particular, quando se exprime e se manifesta uma emoção, ela resulta sempre de um apego ao que quer que seja, ou a quem quer que seja.
O apego é um elo de ligação da experiência. É isso que deve ser visto, mas vê-lo não te faz, necessariamente, mudar de olhar e abandonar o Si. Muitos elementos vos foram comunicados, relativamente ao Abandono do Si. Tal como isso foi especificado recentemente pelas Estrelas, viver as Comunhões permite-vos libertarem-se das vossas emoções porque isso não é um trabalho dirigido contra as emoções mas que se situa bem para além das emoções.
Desta Comunhão, ou conexão, ou Fusão, resulta a Libertação. Em caso nenhum a Libertação pode ser uma ação da vossa parte. É justamente, e muito exatamente (mais do que nunca neste período), exatamente o inverso. Porque, definitivamente, quem quer ser Libertado embora nunca o possa ser? A própria pessoa.
Esquematizando: uma pessoa não pode nunca ser Libertada porque uma pessoa permanece uma pessoa tributária de uma forma, de uma memória, de uma experiência e de um certo número de mecanismos de funcionamento, que não têm estritamente nada a ver, e nenhuma comparação possível, com o funcionamento daquele que não é uma pessoa.
A observação, clara e precisa disto, é uma consciencialização. Querer agir contra esta consciencialização seria um erro. Mas eu repito que vocês têm a Liberdade total para se colocarem aí, onde vocês estão. Mas a Liberdade não consiste em dizer: «eu tenho como objetivo o Absoluto, a Última Presença ou o Si», porque esta é a expressão de uma vontade pessoal.
E o obstáculo mais fundamental à Liberdade é, justamente, a vontade da pessoa, já que a vontade, como isso vos foi explicado, mantém, de maneira persistente, as Linhas de Predação.
Pergunta: a Última Graça de que MARIA falou é a faculdade de Abandonar o Si, no momento Último?
Não unicamente, uma vez que os apegos ou emoções estão presentes para aqueles que, hoje, não estão estabelecidos para além de todo o estado, no Absoluto com forma. Enquanto houver o sentido de uma identidade, o sentido de ser uma pessoa, o sentido de uma limitação, não pode existir senão apego e emoção ou, se preferirem, medo, o que acaba no mesmo.
O Amor não conhece o medo. Todo o amor que estiver cheio de medo não é o Amor, mas é um apego. O Amor, no sentido Vibral, confere a Morada da Paz Suprema. Como é que, na Morada da Paz Suprema, mesmo no estado quase ordinário (comum), poderia existir a menor apreensão, a menor dúvida, o menor medo, a menor projeção?! Eu vos remeto, para isso, para os testemunhos das Estrelas.
As experiências que vocês realizaram, durante um ano (denominadas Comunhão, Fusão e Dissolução, Encontro com os Duplos, Encontro com a Impulsão Metatrônica, Encontro com o CRISTO), só tiveram um único objetivo: foi o de vos fazer apreciar as distinções entre a vossa consciência limitada e a parte ilimitada de vocês. O encontro dos vossos éteres (bem como a Fusão dos Éteres da Terra) pretende vos fazer ver, claramente, os mecanismos.
A lógica da pessoa é de querer controlar o que é observado, o que faz sofrer ou o que dá alegria. Mas assumir o comando, controlar, não é deixar a Luz assumir o comando e transmutar e transfigurar a matéria. Da vossa capacidade de desaparecer, enquanto consciência, nos vossos Alinhamentos (quer sejam individuais, coletivos e comuns à Terra ou feitos em grupo: não existe nenhuma diferença), da vossa capacidade de desaparecer do efêmero, resulta e resultará o vosso novo posicionamento.
A primeira etapa é a observação do mental e das emoções que se possam manifestar, nestes momentos de Alinhamento, vividos como se se tratasse deles próprios, sem nenhuma interferência com a vossa consciência: isto realiza, muito rapidamente, a Última Presença.
Mas enquanto vocês estiverem sujeitos às vossas próprias emoções e aos vossos próprios questionamentos mentais, se estes ocorrerem, preferencialmente, nos momentos Interiores, isto vos mostrará que vocês ainda estão sujeitos à vossa pessoa.
Pergunta: A prática de refutação ainda está atual?
A atualidade é diferente para cada um.
Nós não temos mais perguntas, nós vos agradecemos.
Irmãos e Irmãs em humanidade,
eu agradeço a vossa Presença e saúdo a vossa Eternidade.
Até breve.
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Mensagem de SRI AUROBINDO,
Até breve.
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Mensagem de SRI AUROBINDO,
pelo site Autres Dimensions
em 23 de setembro de 2012
Rendo Graças às fontes deste texto:
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Tradução: Margarida Antunes, Cris Marques e António Teixeira
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