sábado, 1 de setembro de 2012

ONDE ESTOU QUANDO VIVO A INCONSCIÊNCIA? - BIDI - A QUESTÃO

Rendo Graças ao autor desta imagem




 
Onde eu estou, quando vivo momentos
como de inconsciência?
 
 
Você está, justamente, sem mais qualquer forma,
sem mais qualquer localização.
 
Como para o sono, isso é Absoluto.
Justamente, é nesses momentos que a personalidade desaparece.
Você não tem mais o sentido de uma identidade, você não tem mais o sentido de uma ação ou de um fazer.

Toda consciência, como você diz, desaparece.
Quem quer saber onde está, se não é a pessoa que tem necessidade de localizar-se no tempo, no espaço, na experiência ou na forma?

A partir do instante em que a consciência da forma, a consciência de uma identidade, qualquer que seja, desaparece, o que você chama ausência, eu chamo a Última Presença, porque meu olhar não é seu olhar.

Lembre-se do que dizia o Comandante (Nota: Omraam Mikaël AÏVANHOV): «lagarta ou borboleta»?

A borboleta conhece a lagarta?
A lagarta conhece a borboleta?

O que é nomeado a estase, o que você vive como ausência, é essa Última Presença, que é a passagem de um estado para um não estado.

Esses momentos são chamados a amplificar-se, na duração e na intensidade porque, a partir do instante em que você não pode mais localizar-se, em uma pessoa, nesse tempo linear desse mundo ou dessa forma ou desses pensamentos, você toca o indizível.

Só a personalidade tem necessidade de um testemunho.
A alma tem necessidade de um observador.

Mas, quando não há mais testemunha, nem observador, nem identidade, nem identificação possível, então, você ali está.

Mas, a partir do instante em que você tenta redefinir-se, através de uma explicação, de uma localização, de uma experiência, você sai do que era e do que É, uma vez que a consciência volta a manifestar-se.

Você pode, contudo, julgar – se se pode dizê-lo – do ponto de vista da pessoa, do que foi aproximado, tocado ou transcendido, através dos efeitos diretos em sua vida.

Porque, a partir do instante em que aparece o «por que se preocupar», a partir do instante em que aparece, em você, o sentimento da futilidade, da inutilidade de definir o que é vivido, ou o que não é conscientizado, então, você se aproxima de seu estado natural.

A redução da consciência é um jogo.
Esse jogo é, por vezes, patético e terrível, porque há identidade a uma forma e uma forma – por definição, limitada – desemboca, inevitavelmente, no sofrimento de seu próprio fim como forma ou saco de comida.

Em suma, o que é experiência e experimentação, com outro olhar, torna-se absurdo.

Quando você desemboca nessa absurdidade, nesse «por que se preocupar» (sem renegar, mas refutando isso como ilusório, então), essa estase leva-o a ser o que você É, ou seja, Absoluto.

Apreenda, efetivamente, que é, sempre, a consciência e a experiência que querem definir uma localização, um sujeito, um objeto, uma cena de teatro, mas, para além da consciência, não há nem cena de teatro, nem espectador, nem ator, nem mesmo teatro.
 
Se você aceita isso, no momento em que lhe é apresentado, pouco a pouco, você vai dar-se conta do que eu lhe disse.
 
 
Bidi
15-08-2012
 
 
 
 
 
Rendo Graças às fontes deste texto:
Tradução: Célia G.
 
 
 
 
 

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