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É o quê, o não-Ser?
Mas o não-Ser, é o quê? Será que eu te posso falar do Absoluto? É o primeiro princípio que eu enunciei: nada pode ser dito sobre o não-Ser.
Nada pode ser dito sobre o Absoluto.
Tu não podes prestar testemunho quando aí estás, aí onde não há nada a Ser.
Tu não podes prestar testemunho quando aí estás, aí onde não há nada a Ser.
Enquanto tu procuras compreender, ele se afasta. Tu não podes compreender o que tu És. Abandona esta ideia estúpida: isso te afasta do que tu És.
É preciso banir a palavra compreensão: isso quer dizer «assumir como», mas tu não podes assumir-te a ti mesmo. Tu olhas para aí, para onde não é preciso, e tu deixas a tua cabeça olhar para outro lado. Será que tu te podes ver sem um espelho? Tu não podes senão imaginar-te num esquema corporal, que tu chamas o saco de comida, com a tua história, com esse corpo.
Mas sinceramente, será que tu te podes ver sem espelho?
É impossível: tu não podes ver o que tu és.
O ponto de vista não é bom.
É impossível: tu não podes ver o que tu és.
O ponto de vista não é bom.
Portanto, querer dominar o não-Ser, explicando o não-Ser, não quer dizer nada. É impossível. Já que, por definição, compreender é fazer jogar a consciência, quer isso seja no si ou no «eu». Mas o Absoluto é a-consciente. Ele não pode nada apreender, porque é Tudo. Ele é imutável, ele sempre aí esteve. Tu te moves o tempo todo.
Enquanto tu crês conhecer qualquer coisa, tu és ignorante.
Aceita nada conhecer. Aceita nada compreender. De fato, isso vos foi chamado, por uma das Estrelas, a Via da Infância (Nota: TERESA DE LISIEUX).
Aceita nada conhecer. Aceita nada compreender. De fato, isso vos foi chamado, por uma das Estrelas, a Via da Infância (Nota: TERESA DE LISIEUX).
Será que a criança se importa em explicar porque o sol se levanta?
E se ele se levanta a oeste, ou noutro lugar?
E se ele se levanta a oeste, ou noutro lugar?
Será que ela tem necessidade de saber o que sabem os adultos?
Sair da criança, não é tornar-se um adulto, é tornar-se um atraso, em todos os sentidos deste termo.
Compreender é adaptável a este mundo e vos serve para evoluir neste mundo.
Mas evoluir neste mundo é, já, não estar no Absoluto.
Mas evoluir neste mundo é, já, não estar no Absoluto.
É isto que é preciso compreender, sem compreender.
E isto não é uma compreensão.
Isto não pode, também, ser uma experiência, como para o Si.
É um estado para além de todo o estado, é o Último, do qual nada pode ser dito.
Tu podes apenas prestar testemunho dos seus efeitos, mas tu não podes prestar testemunho disso, porque tu não estás consciente no a-consciente.
E isto não é uma compreensão.
Isto não pode, também, ser uma experiência, como para o Si.
É um estado para além de todo o estado, é o Último, do qual nada pode ser dito.
Tu podes apenas prestar testemunho dos seus efeitos, mas tu não podes prestar testemunho disso, porque tu não estás consciente no a-consciente.
E além disso, nenhum ego se divertiria a falar do Absoluto, porque para ele isso não quereria dizer nada. Nenhum ego pode testemunhar o Absoluto que ele não é. Ele pode testemunhar o Si. Ele pode escrever milhares de livros sobre o Si, sobre a Realização, sobre o Despertar. Mas o Despertar e a Realização não te farão jamais sair do teatro. No máximo, isso fornecerá elementos de gratificação, nesse mundo. E experiências de Alegria, experiências de Paz. O Absoluto não é nem Alegria, nem Paz, ele não está preocupado com isso.
Portanto, eu não te posso dizer nada sobre o não-Ser.
Bidi
12-05-2012
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Tradução: Célia G.
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