Presto Graças ao autor desta imagem
Eu sempre quis que depois
da morte houvesse o nada.
Há diferença entre
o nada e Absoluto?
Esse que deseja, depois da morte, é evidentemente o ego.
A melhor imagem e a melhor representação que possa sugerir o ego, do Absoluto, é, obviamente, o nada.
O Absoluto não é, naturalmente, qualquer nada, mas ele é, também, o Nada.
O Absoluto, após o fim desta forma, é o retorno ao sem forma, além de toda memória, além de toda experiência, em qualquer forma, mesmo que ele possa persistir numa forma, nada mais tendo a ver com uma forma deste mundo.
O Absoluto é o Tudo e o Nada.
O sem forma (ou o fim da vida, aqui) põe fim, de algum modo, ao complexo inferior ego / personalidade (envelope físico e envelopes sutis), mas coloca (e colocou, até agora) o Ser do outro lado da peça.
Mas era a mesma peça e, em caso algum, o nada.
E então, em caso algum, o Absoluto.
A forma desaparece porque ela é efêmera.
A personalidade desaparece porque ela é efêmera.
Mas se alguma coisa retorna, essa alguma coisa não está inscrita em qualquer forma e em qualquer personalidade.
Hoje, no sentido do seu tempo, não há nada que faça voltar ou se afastar do Absoluto.
No final, o nada (que ele seja querido, desejado ou rejeitado com horror e medo) é, efetivamente, o Absoluto, para o ego, para a pessoa, para o mental.
Considerar o seu próprio fim, enquanto efêmero, pode encher de terror ou de paz, mas, em um caso como no outro, representar a morte como um nada não permite, de modo algum, viver o Absoluto, que isso seja mantendo esta forma, ou não, porque o nada permanece, nesse caso (e permanecerá sempre), uma crença.
Uma crença não tem qualquer peso.
Uma crença é uma justificativa da própria ausência da experiência.
Nenhuma crença pode substituir a experiência.
Nenhuma história pode ser escrita no instante.
A crença os faz crer no instante ou no instante seguinte ou no instante passado, mas ela não é o presente.
O ego não foi feito para conhecer o nada já que ele desaparece, ainda menos o Absoluto porque ele não pode ali se reconhecer, nem ali se conhecer.
O Absoluto não pode ser, como o nada, um desejo, já que vocês não podem desejar, em última análise, o que vocês São realmente e que já está aí.
É o ego que vai acreditar que ele tem que desejar.
Em um momento posterior, chamado de morte, o nada já está aí, para o ego.
Recusar vê-lo é recusar o Absoluto.
Colocá-lo no amanhã, ou dizer-lhe que é impossível, é uma forma de negação do Absoluto.
O ego busca, ele também, à sua maneira, refutar o que lhe é desconhecido, negá-lo, e eu diria que isso é legítimo.
Se vocês permanecerem tranquilos e em paz, se vocês estiverem além daquele que observa, se vocês estiverem além da testemunha, além de todo conceito, além de toda percepção, além de todo consciente ou inconsciente, se vocês saírem de toda referência, de toda projeção, de todo sentido de antecipação, então vocês dão lugar à Verdade, ao Absoluto.
Vocês não podem refletir sobre o Absoluto.
Você não pode colocar-se a questão do nada, simplesmente experimentar a vertigem [o medo patológico de cair no vazio] ou a plenitude (isso é conforme), mas o que você experimenta, naquele momento, não pode ser validado, nem mesmo ser uma prova.
A única prova do Absoluto é o Êxtase e, preliminarmente, sua testemunha: a Onda da Vida.
Nada pode ser além disso.
E nada pode ser menos do que isso.
Não há mistério no Absoluto, somente o ego o crê e tende a fazê-lo viver porque o ego não pode representar o que, efetivamente, não tem qualquer representação.
Então, a palavra ‘nada’ pode aparecer como um recurso final, atraente ou temível.
Mas isso permanece um último recurso.
Bidi
Dedico Graças às fontes deste texto:
Bidi
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