Rendo Graças ao autor desta imagem
MA ANANDA MOYI
31/03/2012
Eu sou MA ANANDA MOYI. Irmãos e Irmãs na humanidade,
partilhemos, primeiro, o Dom da Graça.
… Partilhamento do Dom da Graça …
As palavras que eu vos darei serão trazidas pelo Manto Azul da Graça e pelo Dom da Graça, abrindo no que vocês São, se isso ainda não está feito, a abordagem indizível do Êxtase.
O que eu tenho a dizer vem completar aquilo que eu já disse, assim como o que foi dito por GEMMA (GEMMA GALGANI), minha Irmã UNIDADE.
Eu venho, portanto, a vós, enquanto Estrela AL da Vibração da alma, da Vibração do Fogo Redentor, aquele que traz o Manto Azul da Graça e vem desposá-lo sobre os vossos ombros, a fim de nascer, nos vossos pés, o Dom da Graça. Eu coloco em vocês, bem para lá das minhas palavras, no mesmo sentido da minha Presença aqui, e da vossa Presença aqui, os elementos que são, se vocês desejarem, para observar.
Dentro de alguns dias, nós começaremos juntos, vocês e nós, uma Celebração. Esta Celebração é a que substituirá os vossos Alinhamentos das 19 horas (Nota: ACOLHIMENTO DA ONDA DA GRAÇA).
O que devia ser Semeado e Ancorado sobre a Terra, o foi, para lá mesmo de toda a esperança. A missão (se é que foi uma), não pessoal, foi a de trabalhar isso.
Resta-vos viver, se isso ainda não foi feito, aquilo que vocês São, em Verdade, para lá mesmo dessa personalidade, para lá mesmo dessa Presença. Alguns, entre vós, viveram o que era para viver por antecipação. Outros, entre vós, vivem as premissas. E outros, enfim, não parecem viver nada por agora.
E eu me dirijo a todos vocês (que o vivem ou ainda não): O Dom da Graça não está reservado, nem tem um eleito, nem tem um chamado, mas está inscrito mesmo na natureza de toda a Vida e de toda a Consciência. Como vos disseram e repetiram numerosos Anciãos, o que é para acolher, o que é para viver, é o Abandono do Si, ele mesmo, o Abandono de toda a inclinação qualquer que ela seja.
Como eles vos disseram: fiquem tranquilos, não façam nada, estejam em Paz. Façam o que tiverem a fazer, nesse mundo ou em vocês, mas o Dom da Graça nasceu. Ele se eleva depois do núcleo central da Terra, vem ressoar em vós, sob os vossos pés. Venham então precipitar-se para o alto, num tempo que vos é próprio.
Não há nada a fazer. Há simplesmente, pouco a pouco ou violentamente, que vos reconhecer como a seiva que sobe na árvore na primavera, sem se colocar questões, sob a ação, à vez, do sol e do aquecimento da Terra.
Da mesma maneira, o vosso Ser abrasado nesta Alegria mística é a vossa natureza. Ele não é senão o Amor. Ele não é senão este Absoluto. O que quer que diga e o que quer que possa recusar a vossa personalidade, esta imensidade é a nossa Natureza, de todos, para lá de toda a Alegria, para lá de todo o Si, de toda a Presença, da toda a justificação ou de toda a interrogação.
O Manto Azul da Graça, de qualquer modo, já trabalhou ao nível das Portas ATRAÇÃO/ VISÃO, para dirigir um fluxo consciente ao nível da Porta Estreita, a Porta OD. A ação conjunta da Luz Azul, no seio das Portas ATRAÇÃO/ VISÃO, conduziu, para alguns, à abertura desta Porta. Para outros, para sentir este Apelo e esta Majestade. Para outros, o momento ainda não veio. Qualquer que seja a vossa condição.
E o que quer que seja que vocês vivam, num caso como no outro, fiquem tranquilos. Certamente, o que faz a pessoa (que vocês são ainda) vai muitas vezes tentar encontrar explicações, justificações, nas manifestações que vocês têm nas pernas ou no vosso corpo, explicando-as através de energias (de isto ou daquilo), explicando-as através de perturbações (de isto ou daquilo).
Vão para lá da aparência e deixem Ser. O Dom da Graça, a Onda da Vida, é a vossa principal natureza, como a nossa. Num primeiro tempo, certamente, a pessoa tem a tendência de querer observar o que se passa, ou o que não se passa. É lógico. Lembrem-se: vocês são uma pessoa, aparentemente, que se observa a ela própria.
Depois desta etapa, resta viver, na totalidade, o Manto Azul da Graça, o Dom da Graça, e deixar elevar-se, em vocês, a seiva que vos vem fazer Nascer, para de Verdade, ressuscitar, na totalidade. Num tempo e num espaço (que não são nem um tempo nem um espaço) onde não existe nenhuma questão porque, nisso, não há senão solução, não há senão evidência de vocês mesmos.
Vocês se reconhecerão, então, uns e outros, onde quer que estejam sobre esta Terra, permitindo então o que é chamado este Casamento místico, vos dando a viver uma Comunhão total, bem para lá das pessoas, bem para lá de todo o apego, bem para lá de toda a ligação. O Dom da Graça está Libertado, esta Liberdade que vos dá a Autonomia total, como dizia o IRMÃO K. Extraindo-vos, de qualquer modo, de tudo o que é relativo, de tudo o que é efêmero, de tudo o que é Ilusório.
Que arriscam vocês? Só se opõe aquele que é denominado o medo, não os vossos, mas aquele de toda a humanidade, de todos os Irmãos e Irmãs que lutam para encontrar o amor, para encontrar o que comer, para manter uma família.
O Dom da Graça vos faz penetrar nos espaços sem luta, onde a única palavra que pode ser empregue é Evidência, que vem (como uma providência renovada a cada sopro) vos instalar na vossa Natureza.
A Onda da Vida, este Dom da Graça, vivido e observado como se propagando nesse corpo, num dado momento, vocês o integrarão, tornando-se isso porque vocês não São senão isso. E então, a partir desse instante, nada mais poderá ser como antes. Vocês se reconhecerão uns aos outros, e vocês reconhecerão todo o Irmão e toda a Irmã (mesmo que se oponham a vocês) no mesmo Amor, no mesmo Dom da Graça. Não há nada a fazer. A Terra, Libertada, canta o seu Canto.
O Céu deu o impulso. Vocês, e todos nós, Crianças do Céu e da Terra, nesta carne, nós trabalhamos. É tempo, agora, de tocar, de qualquer modo, o vosso salário da Eternidade, a vossa Ressurreição.
Vocês não estão sonhando. Que dúvida poderia existir quando a Onda da Vida se instala em vocês? Vos tomando e vos levando, não longe desse corpo e longe dessa personalidade, mas vindo, de maneira definitiva, irremediável, vos abrir ao Amor, na totalidade. Não o amor tal como vocês o podem conceber, limitado, numa certa pessoa, mas nesse Amor que todo o ser humano, qualquer que seja, procura indefinidamente, mesmo na expressão mais oposta a esse Amor.
Não julguem. Quer vocês vivam isso, já, ou quer não vivam nada, não julguem ninguém nem nenhuma circunstância, porque o julgamento é a própria essência da divisão, porque o julgamento está no oposto do Amor, e afasta, de vocês, o Amor. Nenhum julgamento deve ser feito, nem sobre vós, nem sobre qualquer um.
Coloquem-se neste partilhamento do Dom da Graça, aqui mesmo. Apoiem-se nos vossos Irmãos e vossas Irmãs que o vivem porque eles se tornaram o Dom total da Vida. E não pode ser de outra forma porque a Onda da Vida não pode ser parada, nem dirigida, nem mesmo travada. Quando a seiva sobe, ela não pode mais descer, ela não pode senão Irradiar, no mesmo Amor, toda a consciência, toda a Vida. Então, absorvam isso. Não há ninguém a seguir. Há apenas que aproveitar, alimentar-se desta partilha, deste Dom.
A seiva da Terra atingirá o seu máximo (cada dia ainda mais elevado e intenso) a partir de 2 de abril. Nós convidamos, e nós vos pedimos para convidar, o conjunto da Terra a partilhar, não só através da expressão de uma qualquer vontade, mas antes nesse dom de si mesmo do Dom da Graça.
Isso é natural, isso não vos pede nenhum esforço, nem nenhuma vontade: simplesmente, deixar Ser, deixar fazer. Virá um momento (se ainda não é o caso) em que vocês se fundirão nesta última Verdade, neste Absoluto. Aí, tudo aquilo que, minutos antes vos parecia sofrimento e separação, desaparecerá, porque o vosso olhar sobre o que vos parecia separado não poderá mais existir, não poderá mais manter-se.
Da mesma forma, como certas experiências vos foram contadas, vocês poderão observar uma paisagem, qualquer que seja, ou um ser amado, com um olhar exterior: mesmo se este olhar exterior estiver repleto de compaixão e de amor, ele permanece exterior. O Dom da Graça vos faz fundir na totalidade, com o que vocês observam. Vos permitindo, pelos princípios denominados Deslocalização, não mais ser apenas uma pessoa, apenas esta vida, apenas estes prazeres e estes sofrimentos, mas tornar-se o Absoluto.
Certamente, o mental vai tentar, de qualquer modo (e é o seu papel), vos dizer que vocês não são dignos, que isso não existe já que vocês não o vivem, ou que isso é ainda uma etapa, ainda uma Ilusão. Não escutem o que vos pode dizer, o que quer que seja. Escutem, simplesmente, o Canto da Vida e do Êxtase que sobre em vocês, nesse Templo.
Eu tenho necessidade de vos dizer: tenham confiança. Como podem vocês ter medo? Como podem vocês duvidar? Isto está, certamente, presente em todas as pessoas mas, a partir do instante, ou do momento, em que vocês serão literalmente absorvidos pela Onda da Vida, nada mais poderá ser como antes. E, no entanto, vocês não perdem nada, vocês não podem senão ganhar a vossa Eternidade, essa Beatitude infinita daquilo que vocês São, para lá mesmo dessa personalidade, para lá mesmo de toda a vida aqui em baixo.
Vocês nunca mais estarão separados, divididos ou fragmentados. Nunca mais vocês poderão abrigar a menor dúvida. Vocês serão, então, a exata Verdade daquilo que vocês São. E isso é para todos e para cada um. Quer o vivam agora, quer o vivam mais tarde, lembrem-se que isso é para todos.
Vocês São esta Eternidade. Certamente, o ego não o pode conceber, isso foi exprimido, de maneira bem completa, por mim. Definitivamente, que querem vocês? E definitivamente, quem são vocês?
Não retenham nada. Estejam Presentes. Escutem e percebam, se quiserem, e observem, a Onda da Vida, mas lembrem-se que vocês não podem fazer nada. Deixam-na subir, deixem-na Ser, porque é o que vocês São. Vocês não são estritamente nada senão este êxtase permanente, esta capacidade de viver, com cada coisa, com cada ser, na mesma Comunhão, no mesmo partilhamento do Dom da Graça.
Nenhuma separação poderá reter-se sobre esta Terra, porque, cada dia, vocês são mais numerosos a viver esta Unidade e esta Graça. Porque este movimento, se assim podemos denominar a Onda de Graça, é infinito: nenhuma Criação poderá ser mantida sem a Presença dela. Não julguem. Deixem simplesmente ser.
Não se ocupem de nada mais. Sigam o vosso caminho, continuem a trabalhar no que a Vida vos propôs percorrer, ou parar, ou transformar, mas não se ocupem de nada mais.
A seiva sobe, o que quer que possam pensar as folhas que vêm, o que quer que possam pensar os ramos que ainda não nasceram. A Onda da Graça é, ela também, Inteligente e Inteligência. Ela vem, de qualquer modo, dar os ajustamentos finais e reajustar totalmente o que o deve ser.
Viver o Êxtase, instalar-se no Êxtase, lembrem-se, é a vossa Natureza. Nada mais pode permanecer perante esta evidência. Cada minuto será então ação da Graça, estado de providência, estado onde vocês São Tudo, totalmente.
As minhas palavras, como as de cada interveniente, não são unicamente uma energia ou uma Consciência que desce até vós, uma Consciência exterior. Esta Consciência são vocês mesmos, nós o dissemos. Só o olhar separado da personalidade, nesta humanidade, o fez exterior, lhe colocou uma distância, um particionamento. Isto termina. «Nós somos Um» não é um dogma, não é uma adesão, mas, realmente, uma vivência.
A partir do momento em que a Onda de Graça surgir em vocês, a partir do momento em que ela sobe, a partir do momento em que os últimos medos da humanidade forem transcendidos, vocês se tornarão a Transcendência, vocês se tornarão a beleza. E vocês constatam que é aquilo que vocês sempre foram, que isso esteve sempre lá, e que isso não é senão o jogo da personalidade ser, aparentemente, distante.
Vocês são o Amor, vocês são o Êxtase, vocês são este Casamento com toda a Consciência. Não fiquem mais separados. Não fiquem mais divididos. Sejam, realmente, a beleza, e vocês verão que, sem o querer, sem o desejar, sem o impor, tudo mudará.
Esta mudança, que não é uma, é de fato uma real transcendência, vos fazendo passar (como disseram os Anciãos) do limitado ao Ilimitado, do relativo ao Absoluto, da transformação à Transcendência. Vocês serão o Todo, vocês o São. Isso nunca cessou, isso nunca pode ser retirado ou removido.
Cada dia, a Onda da Graça vai acabar de revelar o que a Luz Vibral empreendeu. Fundamentalmente, o Dom da Graça e a Luz Vibral (uma que desce e a outra que sobre) vão se unir. Vos dando este Último, este Absoluto. Aí, onde não podem existir senão respostas, senão soluções.
O resto da vida se desenrolará, certamente, como se deve desenrolar até ao momento que a Terra o tiver escolhido. Vocês sabem que ela o escolheu, os sinais são inúmeros (eu falo dos vossos sinais Interiores). Quer a Evidência da Onda de Graça esteja aí, ou não, simplesmente, nessas premissas, a Ligeireza e a beleza vos estendem os braços.
Como os anciãos vos disseram, não há mais ensinamento, há apenas que Ser aquilo que vocês São. Há apenas que pacificar aquilo que não está pacificado em vocês, não com raiva (fosse ela a mais justa), não com negação (de quem quer que seja ou do que quer que seja). Façam a Paz com vocês mesmos. Façam a Paz com o mundo inteiro. Porque vocês são a Paz. E enquanto essa Paz, esse Silêncio, não estiver aí, a resistência vos dá a impressão e a Ilusão de que vocês não são dignos, ou de que vocês não estão prontos.
Isso será, sempre o jogo da personalidade, e não outro. Façam a Paz com vocês mesmos. Façam o que é bom, para vocês, para encontrar essa Paz, quer isso seja, como disseram algumas das minhas Irmãs, ir para a natureza (Nota: ver especialmente a intervenção de SNOW de 17 de março último), de andar no orvalho, de mudar na pessoa o que vos parece importante.
Mas não façam disso uma finalidade, porque a finalidade não é essa. Vocês são o Dom da Graça. Vocês são o partilhamento da Graça. Vocês são esta União mística com o vosso Duplo, com o CRISTO, com a natureza, com cada Irmão, cada Irmã. Quebrando assim as reticências e os medos da pessoa que aí colocava, até ao presente, os seus próprios limites, as suas próprias barreiras, os seus próprios sofrimentos, os seus próprios engramas.
Não se ocupem mais disso, mas façam a Paz. E vocês verão (porque vocês viverão, na totalidade, a Onda da Graça): vocês se tornarão o que foi vivido porque vocês não São senão isso.
Não há, nas minhas palavras, promessas, não há esperança, há apenas a evidência. Porque, de qualquer modo, como vos explicará um outro Ser, brevemente, isso é lógico, bem mais lógico que o sofrimento, bem mais lógico que a lei do carma da ação/reação, bem mais lógico que a s leis físicas deste mundo. Façam a Paz. Não julguem mais quem quer que seja ou o que quer que seja. Não projetem o amor porque vocês São o Amor. Não imaginem esta Onda da Vida porque ela é inimaginável.
Deixem-se Ser, para lá do Abandono e da Luz, para lá do Abandono e do Si, ele próprio. Sejam Simples. Sejam Humildes. Sejam o mais pequeno sobre esta Terra. Não na negação ou na recusa de vocês mesmos, mas antes nesta Humildade sincera porque, quando o relativo da personalidade se faz mais pequeno, então o Todo e o Absoluto não podem senão estar presentes (consciencializados, de qualquer modo, num primeiro tempo) a fim de vos tornar, na totalidade, este Absoluto, num relativo, nesse corpo, em qualquer corpo.
Nesta União mística, neste Casamento místico (com cada Ser, cada Consciência, com o Sol, no Sol, com o vosso próprio corpo, nesse corpo, com todo o ser humano), vocês não poderão mais erigir muros, vocês não poderão mais desviar-se de qualquer Irmão, ou qualquer Irmão, qualquer que seja, porque vocês são a mesma Onda, porque vocês são a mesma Graça. Porque é a mesma Luz que veio a vocês. Porque são as mesmas respostas que intervieram nas vossas Estrelas da cabeça, nas vossas Portas, nas vossas Lâmpadas, nas vossas Lareiras que se abriram, e nesse Fogo que foi revelado.
E mesmo que vocês não tenham vivido nada de tudo isso, vocês estão ainda mais próximos da Verdade, do Absoluto. Esqueçam tudo o que vocês aprenderam. Esqueçam tudo o que vocês memorizaram. Esqueçam todo o sofrimento. Porque vocês não São isso: tudo isso é extremamente efêmero e não pode ir para lá do tempo desta vida, que é a vossa, entre o nascimento e a morte.
Mas vocês não São nem o que nasceu, nem o que morre, E a Onda da Vida, o Dom da Graça, vem Cantá-lo, porque vocês são o Canto da Vida, porque vocês são o Canto da Graça. E é lógico, perfeitamente lógico. Este tempo particular da Terra vos reenvia para a Eternidade e para a Ilusão de todo o tempo.
Que querem vocês arriscar? Que podem vocês perder? Que podem mesmo vocês ganhar? Não se coloquem mais questões. A Humildade é isso. A Simplicidade, é também aceitar a evidência do Amor, a evidência do KI-RIS-TI, a evidência de cada Irmão, de cada Irmã, sejam eles amados ou detestados, ainda, pela pessoa.
Vocês não têm nada a vencer a não ser as vossas incertezas. Não há nenhuma resistência que possa subsistir quando a seiva sobe. Vocês São esta Eternidade. Comunguem com vocês mesmos, Comunguem com o Dom da Graça e partilhem, para lá de toda a carne, para lá de toda a possessão, e de toda a ligação.
Poderemos mesmo dizer que não há nada mais próximo de vós do que aquilo que vocês rejeitaram, por uma razão ou por outra, que vos é própria. Certamente, para aqueles que observam, a Onda da Vida segue um certo circuito, uma certa lógica. Mas, a um dado momento, vocês não terão mais necessidade de alimentar a necessidade de percepção, a necessidade de observação.
Nesse momento, vocês estarão prontos para comungar. E isso é agora. Cabe a vocês, somente a vocês. Enquanto existir a dúvida, a incerteza, isso não é senão o ego que pode se exprimir, a personalidade, ela mesma, e absolutamente mais nada. Porque, em algum lugar, o ego estará sempre ligado à sua vivência, aos seus sofrimentos, como às suas alegrias, o que quer que diga, o que quer que faça para se desembaraçar.
Vocês são a Graça. Vocês são o Absoluto. Vocês são a beleza. Que pode haver mais? O tempo da Terra chegou. O que se passa em vocês, passa-se sobre a Terra. O que ainda não se passa em vocês, passará sobre a Terra e, portanto, em vocês.
Só o mental vai tentar incutir uma separação, uma dúvida, porque o mental estará sempre fragmentado e não poderá jamais aceder ao desconhecido. Vocês são a Onda da Graça, para lá de toda a identificação com uma personalidade. Doravante, é a isto que todas as nossas palavras vos chamarão.
A este Último, a este Absoluto, portador de toda a evidência - da mesma forma que a Luz vos chama (em certos momentos), a Onda da Vida vos chamará a cada momento, a casa sopro. Não se desviem da Vida porque vocês são a Vida. Porque não há outra Via do que Ser a Vida. Porque não há outra Verdade do que Ser o Amor e este êxtase.
A Onda da Vida, vocês se aperceberão que ela pode ser mais compreensível (se é que posso dizer esta palavra), mais acessível, no espaço das vossas noites, no espaço dos vossos sonos, no espaço em que vocês se soltarem. Mas a partir do momento em que vocês se soltarem uma primeira vez, nada mais será como antes.
Não estejam perturbados porque não existe nenhuma perturbação na pureza da Onda da Vida, na pureza daquilo que vocês São. Não se julguem mais. Mesmo se o vosso ego parece reivindicar seja o que for, em oposição ou em contradição com a Onda da Vida, isso não é grave, porque tudo isso passará, porque tudo isso é efêmero e não pode inscrever-se em nenhuma realidade definitiva. Vocês são Absoluto, nada mais.
Nós somos vocês. Vocês são nós. Não há nenhuma outra presença, definitivamente, do que a Onda da Vida, este Dom da Graça a partilhar, este Êxtase a viver, tornando-se permanente. Vocês são a Verdade, não há outra Verdade. Vão para lá de tudo o que vos apareceu, até ao presente, como verdade. Vão para lá de todo o efêmero, para lá de todo o limite, para lá de toda a carne (tanto a vossa como outra).
Amem-se uns aos outros, como ele vos Amou, e não como vocês desejariam amar, na pessoa, no limitado. Isso não é o Amor, isso era o medo e a dúvida: medo da falta, medo do abandono, medo da perda. Vocês não podem perder nada, não há nada a perder e nada a ganhar.
Vocês são o Absoluto, vocês são Amor, o Caminho, a Verdade, a Vida. Bem para lá de todo o jogo, de todo o papel, de todo (mesmo) o destino espiritual, vocês são isso. Então, vivamos um momento de partilhamento da Graça e(se eu tiver tempo e se vocês tiverem necessidade, em relação aquilo que eu vos disse, em relação a este partilhamento) eu vos escutarei então. Mas antes, vivamos.
… Partilhamento do Dom da Graça …
E agora, escutemo-nos, escutemos o que nós temos a nos dizer, escutemos o que temos a nos dar, eu vos convido.
Questão: A Onda da Vida penetra na nossa personalidade ilusória (nosso ego)?
Sim, é ela que vem para vos matar e vos fazer ressuscitar.
Vocês são a Ressureição. Quando eu digo que vocês se tornam a Onda da Vida, quando vocês se tornam esta permanência, esta imanência, que ego, que personalidade, poderia resistir? Vocês são levados à vossa Morada da Eternidade, de Verdade e de Beleza. Não há mesmo que se colocar esta questão.
O ego não se pode apreender, de maneira nenhuma, da Onda da Vida. Enquanto o ego, até ao presente, podia viver a Luz e dela se apropriar e viver uma transformação (que vocês viveram, certamente).
Mas a transformação não é a transcendência. A Onda da Vida é a vossa natureza principal, a Realidade Última, e não se embaraça no que é limitado, no que é efêmero, no que é julgamento, negação, dúvida ou Ilusão. A Onda da Vida está por todo o lado, absolutamente por todo o lado. Nada pode escapar, ou subtrair-se, ao que foi Libertado. Vos trazendo a Liberdade e, portanto, a Autonomia e, portanto, este desconhecido. Vos Libertando de todo o conhecido e de todo o limitado.
Vocês são o desconhecido e não o conhecido. Este desconhecido que se implanta, esta seiva que sobe, subirá tanto mais quanto o conhecido se apagar. Não mais desdenhando ou pondo fim ao que quer que seja, mas antes como um convite a esta Vida nova, que É, de toda a Eternidade. Não existe nenhuma personalidade para reter e deter a Onda da Vida. Vocês não podem reter o que vocês São, na Verdade, nem deter o que vocês São. Vocês não podem ser senão o Dom, total, incondicional e incondicionado.
Questão: Usar imãs sobre o corpo físico bloqueia a Onda da Vida?
Querida Irmã, que pode existir que possa bloquear a Vida? Que pode existir, na superfície deste mundo, que possa resistir à Onda da Vida, mesmo na sua negação, mesmo na violência, a mais excecional que o ser humano seja capaz de infligir, ou de se infligir.
Isso não pode, e não poderá mais, retê-la. Vocês o verão, aqui mesmo, se isso ainda não foi feito. O único bloqueio a vocês mesmos são vocês mesmos, em ressonância com as vossas dúvidas, com a personalidade, com o medo.
Como poderia a Vida ser um pecado qualquer, um julgamento qualquer, se isso não estiver no mental ou no espírito humano, nos seus conhecimentos, todos relativos, nas suas crenças, todas efémeras?
Lembrem-se: o Absoluto não pode ser conhecido no seio do que é conhecido. Mas o Absoluto não excluí a pessoa nem a personalidade, mas a engloba porque o Absoluto engloba e compreende todos os limitados, todos os relativos. Ninguém se pode opor, e nada se pode opor, à Verdade.
Questão: Como é que as pessoas que não estão neste processo vão viver a Onda de Vida, em particular psiquicamente?
Minha Irmã, a Onda da Vida não é nenhum processo, precisamente. A Onda da Vida não será jamais uma busca, nem uma espiritualidade, qualquer que ela seja.
A Onda da Vida é evidência. Como é que mesmo aquele que nega a evidência pode persistir na negação da evidência? Isso não tem senão um tempo, isso não é senão efêmero.
Que pode, definitivamente, recusar o Êxtase, recusar o Absoluto? Apenas o ego pode acreditar que isso é possível. Mas o ego, ele mesmo, é efêmero: ele está inscrito entre um nascimento e uma morte. Para lá disso, ele não existe, ele não tem nenhuma persistência e nenhuma consistência.
A Onda da Vida é a plenitude, a ligeireza e a densidade do Amor. Mais uma vez, absolutamente nada se pode opor à Ressureição. Tudo o que é efêmero deve morrer na Eternidade, render-se a esta Eternidade, morrer para aquilo que é efêmero, a fim de Viver. Não há ego que mantenha, não há personalidade que se mantenha, não há mundo que se mantenha ou que possa resistir à Onda da Vida.
Questão: Como estabilizar esta experiência de maneira permanente?
Não há nada a fazer, aí também: apenas darem-se totalmente. Casem-se com vocês mesmos. A Onda instala-se, uma vez que ela nasce, para cada um, segundo o seu próprio ritmo. Não há nada a tentar favorecer. Cultivem a Paz. Cultivem a Humildade, a Simplicidade.
Não sejam nada, estritamente nada das vossas crenças, nada das vossas Ilusões, nada das vossas possessões, nada dos vossos amores terrestres, nada de vocês mesmos. Vocês não podem controlar o que vocês São. Vocês não podem controlar o que vocês São.
Nós não temos mais questões, nós vos agradecemos.
Irmãos e Irmãs na humanidade, eu rendo graças, mais uma vez, no partilhamento do Dom da Graça e no Manto Azul, à nossa Comunhão.
Eu vos digo, portanto, até breve, e instalemo-nos, no tempo de algumas respirações, nesta Eternidade.
… Partilhamento do Dom da Graça …
Até logo.
Mensagem da Amada Ma Ananda Moyi,
pelo site Autres Dimensions
em 31 de março de 2012
Presto Graças às fontes deste texto:
Tradução: Cris Marques e António Teixeira
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