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IRMÃO K
10/04/2012
Eu sou IRMÃO K.
Irmãos e Irmãs presentes,
eu vos saúdo, no Amor e na Verdade.
eu vos saúdo, no Amor e na Verdade.
Eu desejaria vos falar da noção de percepção, e da não percepção. Ambas numa relação de continuidade de um para outro, mas também para aqueles que, precisamente, não percebem o que se desenrola.
Lembrem-se de que toda a consciência é o meio de perceber, pela distância existente entre o sujeito e o objeto. É precisamente a distância que cria a percepção (ou a sua ausência de percepção).
Esta percepção, certamente, ultrapassa largamente o âmbito dos sentidos habituais. Ela se apoia, certamente, num suporte que é o corpo, e num suporte que é a nossa própria natureza, o mesmo é dizer, antes do Absoluto, a consciência.
A percepção está, de qualquer maneira, na base da consciência. Noutros tempos, vos foi dito que a consciência era Vibração, essa é a Verdade. E a Vibração permite, aí também, consciencializar a Luz, viver o Despertar, viver a Realização (segundo a permanência, ou não, da Luz).
A percepção, que é, portanto, resultado de uma distância, e também qualquer coisa que é descriminante na sua própria manifestação, dando a sentir, ou a ressentir, qualidades particulares. Esta qualidade, qualquer que ela seja, pode resolver-se, de fato, em dois movimentos, e somente dois movimentos: um movimento que dilata e um movimento que retrai.
O movimento que dilata é, de qualquer modo, uma forma de expansão. O movimento que retrai é uma contração. Foi-vos relatada, também, a retração da alma face ao Absoluto.
Isso foi exprimido, em outros termos, pela nossa Irmã GEMMA, há alguns instantes (Nota: intervenção de GEMMA GALGANI, de 10 de abril 2012), e também, em múltiplas ocasiões, pelas outras Estrelas.
A percepção pode ser também assimilada a uma mudança de gama de frequências (abrindo ou fechando, indo para cima ou para baixo, na expansão ou na contração) daquilo que é percebido. E portanto, de uma maneira ou de outra, pode ser chamado “ver” mesmo se, certamente, o que é visto não tem nada a ver com os olhos.
A percepção é a base da mudança, que faz passar, se assim podemos dizer, de um estado a outro estado, de uma etapa a outra etapa. Podemos dizer que a percepção, no limite, cria o mundo e que a não percepção faz desaparecer o mundo.
O que se passa nas fases em que vocês acordam de manhã, e nas fases em que vocês dormem, à noite. Sempre o mesmo movimento, num sentido ou no outro, a mesma consciência, e portanto, como corolário, da concepção e da própria percepção.
Há, efetivamente, nesta noção de percepção e de não percepção, uma dinâmica, um movimento, qualquer coisa que muda. Certas mudanças vos são habituais (e nos são habituais, na encarnação), como a alternância vigília/ sono. Outras são menos habituais e correspondem talvez àquilo que vocês perceberam e viveram durante estes anos, em que a vossa consciência passou de um estado separado, dividido, a uma Consciência não separada, não dividida (quer isso seja no âmbito do Despertar ou da Realização). Sempre esta noção de movimento, do que se expande ou do que se contrai e se retrai.
A retração, a contração, é, portanto, uma percepção, também. Mas uma percepção que não vai no sentido idêntico (que é talvez oposto) ao da expansão. Todos os estados de Luz (quer sejam das experiências ou dos estados estabilizados) são expansões da Consciência levando a viver uma Consciência diferente, Unificada ou Unitária. Num dado momento, no espaço e no tempo, vai-se viver uma expansão que não depende mais de si, mas do universo, se o podemos dizer, do ambiente, ou de uma outra Consciência.
Pelo menos, é a impressão que foi dada, depois do que foi descrito como o Casamento místico: um elemento considerado exterior (ou diferente) vem jogar, de qualquer maneira, com a percepção, que pode então oscilar num sentido ou noutro, de contração ou de expansão. Estas são as diferentes abordagens que foram descritas pela nossa Irmã GEMMA.
Também foi relatado, durante estas últimas semanas, a possibilidade de se tornar Absoluto e de não mais colocar distância (e, portanto, percepção diferencial) entre esse corpo, essa consciência desse corpo, e a Consciência da Onda da Vida.
Viver o Absoluto vos leva a considerar as percepções como um elemento relativo, quaisquer que sejam as etapas, de expansão ou de contração. Essas etapas participam, inegavelmente (que isso seja uma distância ou uma identificação) num movimento. Esse movimento, qualquer que seja, sendo a característica do que foi denominado a Vida. E vocês são aquele que observa e vive esse movimento, em permanência, neste mundo.
Se vocês aceitam realizar as pesquisas que vos foram dadas, por diversos intervenientes, vocês irão aperceber-se que, a um dado momento, vos é proposto, por vocês mesmos, por experiência, a não percepção que é bem mais que, simplesmente, a paragem de um movimento. É um mecanismo (se assim posso dizer) onde vocês vão consciencializar, para além de toda a consciência, e portanto, além de toda a percepção, que existe qualquer coisa que é imutável. Que não é mais uma percepção, que não é mais uma consciência, mas que é, de qualquer maneira, a trama que contem tudo o resto.
Nesse momento, o que quer que a vossa vida escolhesse para vos fazer viver a União mística ou o Êxtase (que vos faz tornar-se este Êxtase ou esta União com esta Consciência), vocês identificam, se assim podemos dizer, claramente, que existe qualquer coisa que nunca se moveu, que sempre esteve lá. Que não foi nem uma contração, nem uma expansão e que é, portanto, se o podemos dizer, uma não percepção. Mas que não é verdadeiramente da mesma natureza da não percepção daquele que nunca percebeu um movimento (da Onda, da Vibração, da energia, da consciência). E, no entanto, os dois não estão assim tão afastados um do outro.
Certamente, para aquele que nunca percebeu, há talvez uma frustração, o sentimento de não ser como aqueles que vivem o que ele mesmo procura. Eu convido todos estes seres a ultrapassar, precisamente, tudo o que foi descrito. Mas para ultrapassar tudo o que foi descrito, porque não foi vivido, precisa também aceitar ultrapassar as suas próprias emoções, a sua própria vivência, para lá da percepção. E isso abrirá a porta, se assim podemos dizer, daquilo eu nomeei a não percepção, daquilo que está sempre lá, e que sempre esteve lá, e nunca se moveu. E que, de qualquer maneira, está ao mesmo tempo presente na Onda da Vida, no Absoluto, mas também no relativo que vocês são.
Se vocês não vivem nada, e nenhuma percepção, esta interrogação vai vos tomar, num dado momento ou noutro. Não, simplesmente, a interrogação de porquê vocês não viverem a Vibração (ou a Onda da Vida, ou as Coroas Radiantes): parece-vos, às vezes de forma dolorosa, permanecer no ego, no cais da gare, na mesma margem e de nunca conhecer a outra margem.
As circunstâncias muito particulares da Terra, hoje, fazem com que não possa existir diferença, fundamentalmente, entre aquele que percorre a outra margem, que se estabelece no Absoluto, e aquele que não vive nada. Não porque ele não acredite, não porque ele o rejeite, mas simplesmente porque esta capacidade não nasceu nele: não há possibilidade de percepção, e portanto de mudança.
Para estes seres, tenho necessidade de dizer (mais do que para os outros): aceitem que vocês não são diferentes, que não estão no local errado. E que, precisamente, essa não percepção pode representar um trunfo, no sentido em que vocês estão virgens, precisamente, de percepções diferentes.
Ou então, vocês estão tributários, simplesmente, de períodos de contração, de medos e angústias, de dúvidas. Eu vos peço, mesmo que vos pareça estarem tributários disso, certamente, aí também, de apreender e aceitar que vocês não São isso.
É neste sentido que os diálogos que vos propõe aquele que se denomina BIDI são mesmo para vos fazer descobrir o ponto de Basculamento, mesmo no sentido da vossa própria interrogação e da vossa não percepção. O mesmo é dizer no seio do vosso mental, da vossa própria vida, independentemente de toda a vontade espiritual.
Vocês não estão nem amputados, nem mais pequenos, nem maiores. Considerem simplesmente que vocês estão diferentes, por agora. Mas que a finalidade (se é que nos pudemos exprimir assim) é e permanece sempre a mesma.
Esta oportunidade de não percepção cria, efetivamente, o que eu denominei esta frustração, e ao mesmo tempo, esta necessidade. Então, eu vos peço para esquecer a necessidade, e esquecer a frustração também. E, mais que nunca, para vocês que estão na percepção, permanecerem tranquilos e em Paz. E de se colocarem a única questão que vale a pena, neste caso, e que não é a de se dizerem: «porque não vivo isso?» ou de procurar uma qualquer causa mas, antes, de se perguntarem quem vocês São.
Ao perguntarem-se, sinceramente, quem vocês São, vocês irão poder colocar-se, de qualquer maneira, à distância daquilo que vocês creem ser. Porque, talvez, o vosso maior problema, que vos autolimita, seja certamente de se crerem, aí também, esse corpo, essa procura, essa vivência.
A partir do instante em que vocês colocam, aos vossos pés, todas as questões relativas à vossa não percepção, sem procurar perceber o que quer que seja (já que vocês são, à priori, incapazes), simplesmente, vos perguntando quem vocês São, e, claro, não aceitando ser simplesmente essa pessoa (não a abandonando e não a negligenciando), mas se colocando a questão que vos foi submetida, quer dizer, refletir verdadeiramente no que é permanente e no que é efémero.
Assim como pôde fazer BIDI, vocês vão criar zonas que não são zonas de agitação mental mas, antes, zonas de fricção ou de resistência, como foi dito que são, de qualquer maneira, propícias a ir para lá da vossa não percepção.
Vocês fazem, de qualquer maneira, uma espécie de caminho invertido, mas vocês não estão no inverso. A União mística também vos está aberta. As modalidades, simplesmente, são diferentes. Não há aí nenhum julgamento de valor, nem de superioridade, nem de inferioridade. Simplesmente, se posso me exprimir assim, o vosso tempo não chegou ainda. E, no entanto, ele chegou agora, ou vai chegar de forma imediata. Desde que vocês parem de se colocar a questão da não percepção, vocês saem, vocês próprios, do ciclo vicioso da interrogação e do círculo vicioso de uma forma de culpabilidade, de colocarem em dúvida aquilo que vivem os outros, porque vocês não o vivem (ou porque vocês o procuram, no inverso).
Lembrem-se de que a Onda da Vida não faz diferença entre uma árvore, um humano e um pássaro: ela é estritamente a mesma para toda a vida, quer essa vida a reconheça ou não, a viva ou não. Vocês banham-se todos, nesta Terra, no mesmo banho, na mesma Onda. Quer isso vos seja perceptível ou não, quer vocês a recusem, quer vocês a aceitem, quer vocês a procurem, isso não muda estritamente nada.
É, portanto, a vossa própria consciência que se desloca, de qualquer maneira, na Onda da Vida, ou não, vos dando a perceber, ou a não perceber. Foi-vos dito que a Onda da Vida, mesmo se ela nasceu de forma bem mais presente, pela Libertação da Terra, sempre esteve presente. Simplesmente, o Ancoramento da Luz e a Irradiação da Luz, por aqueles que foram denominados Sementes da Luz, permitiu, de qualquer maneira, torná-la mais estável, e mais evidente.
Se vocês aceitarem, na não percepção, colocar as vossas próprias condições (quer dizer não ser esse corpo, não ser o que viveu esses sofrimentos, e de não ser mesmo a pessoa que está aí, mas mais do que isso), não há nenhuma razão válida para que a vossa consciência não se desloque na Onda da Vida.
Certamente, eu dei a noção de tempo exato, ou do tempo que ainda não veio, mas se vocês não fizerem a experiência, como saberão que o vosso tempo não chegou? A Onda da Vida é, portanto, um convite (para aqueles que a vivem como para aqueles que não a vivem) a ultrapassar a percepção da contração ou da expansão, ou a não percepção.
Lembrem-se de que o que é percebido é o que é exterior, mesmo se isso é vivido no Interior.
Lembrem-se de que se vocês não perceberem (estando, portanto, na não percepção), vocês se colocam, a vocês mesmos, no exterior, e, portanto, se vocês aceitam não ser este exterior, tudo se desenrolará.
Eu não vos peço, claro, aí também, que me acreditem, mas, simplesmente, que tentem a experiência. Porque é uma experiência, mesmo se esta experiência ultrapasse o âmbito do que será vivido (ou não) no seio da experiência, porque há uma instalação do que se produz, num período, numa Eternidade.
Lembrem-se do que eu pude dizer: que os únicos obstáculos, finalmente e em definitivo, não são vocês, mas antes (certamente) o que vocês acreditaram, o conjunto das vossas crenças, que estão ainda presentes: aquilo em que vocês creem, aquilo a que vocês aderem, e que não é o Infinito, nem o Absoluto.
Tudo o que vocês aceitaram colocar como âmbito, como limite e como condicionamento, é justamente o que é para observar, agora, como não sendo vocês. Sem nenhuma culpabilidade, mas com um olhar lúcido sobre vocês mesmos, um olhar lúcido e justo, sobre aquilo que vocês creem e que vocês não experimentaram.
Se, simplesmente, vocês aceitarem desfazer-se disso, então, vocês verão, por vocês mesmos, que se desenrolarão coisas bem diferentes, em vocês e no exterior de vocês.
A Libertação começa por encontrar a Liberdade. Com efeito, não pode existir Libertação sem Liberdade encontrada. E a Liberdade é ser Livre de todo o dogma, de todo o limite, do vosso passado. Mais do que nunca, para vocês que não percebem nada, é preciso aceitar que vocês não são, de forma nenhuma, esse passado que vocês viveram.
Qualquer que seja a impressão que possa dar, de vos afetar, é preciso desembaraçarem-se das vossas próprias percepções passadas. Porque essas percepções do passado vos impedem de viver a percepção do Presente.
É preciso verdadeiramente que vocês se dirijam à Liberdade. De fato, vocês devem Libertar-se de vocês mesmos, do que vocês creem. Não haverá, então, mais nenhuma razão válida para que a expansão não se produza. Vocês não têm que trabalhar sobre o porquê de vocês não perceberem, nem desenvolver (ou querer desenvolver) uma qualquer percepção, mas antes extraírem-se das percepções de todo o passado e de toda a crença.
É preciso, de qualquer maneira, libertarem-se de todos os pesos, de tudo o que vos condicionou, do tudo oque vocês viveram, e que não é mais a experiência do vosso presente. Porque nenhuma experiência do passado pode ser de alguma utilidade para vocês, para perceberem o que se vive, hoje, sobre a Terra.
Aí reside, de qualquer maneira, o segredo da vossa própria transformação. É preciso, portanto, Libertarem-se de tudo o que é conhecido, porque o que é conhecido pertence ao passado ou à crença. É preciso mesmo desembaraçarem-se de uma qualquer crença ou de uma qualquer esperança na Onda da Vida, nas Coroas Radiantes, se vocês não as vivem. É preciso serem como a criança: virgem de todo o pré-julgamento, de todo o condicionamento.
Se vocês se preocuparem somente com isso, não haverá mais nenhum obstáculo válido para a Onda da Vida.
Vocês não têm que a procurar, porque ela não nascerá (como foi dito) de uma busca qualquer mas antes do desaparecimento de toda a organização, de toda a crença, de todo o limite em vocês mesmos. Mas vocês são responsáveis da vossa organização, dos vossos limites, das vossas crenças, das vossas experiências passadas. E somente vocês, são capazes de aniquilá-las de qualquer maneira.
É preciso, efetivamente, assumir uma distância e, portanto, olhar o que, até ao presente, vocês viviam (quer isso seja na recordação, ou na memória). Vocês se apropriaram, de qualquer maneira, dos vossos próprios sofrimentos, fazendo-os reviver no presente. E é isso, somente isso, que vos impede de viver o que é para viver. Nada mais.
E, portanto, se vocês aceitarem desligar-se, real e concretamente, se vocês aceitarem não ser o resultado do vosso passado ou do vosso condicionamento, não haverá mais nada a fazer. Não haverá nada a querer perceber. E vocês sairão, efetivamente, da não percepção.
Isso se realiza, se o podemos dizer, rapidamente, muito rapidamente, se vocês forem lúcidos e honestos sobre o que vos condiciona, sobre o que vos faz sofrer, hoje: Não são senão crenças. Da mesma forma que muitos, entre nós, vos falaram deste mundo Ilusório, da Maya. Esta Maya nunca impediu o Brahman de estar aí, o Parabrahman de estar aí, e o Atman também não: é verdadeiramente uma questão de olhar e de posicionamento. E simplesmente, se a Onda da Vida não nasce e se, hoje, nenhuma percepção emerge em vocês, é apenas uma questão de posicionamento, de colocação. Onde estão vocês? E o «onde estão vocês?» não se pode definir senão a partir do momento em que vocês tenham colocado a questão de «quem são vocês?».
Abandonem mesmo a ideia de vocês serem um ser humano, de ser um corpo, de ser uma história. E vocês verão, nesse momento, que os campos da percepção se abrem em vocês.
Existirá um mecanismo (mais uma vez, se eu posso dizer essa palavra) que vai se desenrolar em vocês, se desencadear, como uma forma de expansão que se produzirá.
Lembrem-se de que é sempre o olhar que vocês dirigem a vocês mesmos que vos condiciona: é o peso das crenças, o peso da experiência passada, que vos priva da experiência presente.
Há em vocês absolutamente todas as capacidades de realizar esta Obra, simplesmente aceitando soltar o que vocês não são. Hoje, vocês não estão mais, como foi dito, no tempo dos ensinamentos (tais como os que nós vos demos, e, sobretudo, UM AMIGO, sobre os diferentes Yogas). Vocês estão no tempo de atualização de vocês mesmos.
Se vocês aceitam isso, não há nenhuma razão válida que possa opor-se à Onda da Vida, ao Absoluto.
Lembrem-se de que é muito fácil e muito simples. Que vocês não estão nas etapas de construção do Si, mas que vocês têm, realmente, a possibilidade, de imediato, de desviar tudo isso. De não ter construído ou a construir o que quer que seja. Tornar-se virgem, e tudo se produzirá. E o que se produzirá, lembrem-se, é independente da vossa vontade, do vosso desejo, da vossa aspiração.
Certamente, vocês poderão sempre imaginar ter a possibilidade de criar esta Tensão para o Abandono, mas é preciso uma alma muito forte e, de qualquer maneira, predestinada. E vocês não têm que culpar, aí também, se vocês não são uma alma forte ou predestinada. Porque, finalmente, nós estamos todos destinados à mesma coisa, quer o queiramos ou não.
Se vocês aderirem a estas percepções da vossa própria Libertação, e sobretudo, da vossa própria Liberdade (em relação ao todo existente, ao todo conhecido, ao todo vivido), vocês serão, efetivamente, como a criança, nua e virgem, e vocês poderão passar para o outro lado.
De fato, não são vocês que passam para o outro lado, é o outro lado que vem até vocês, espontânea e naturalmente.
Vocês não se deslocaram, simplesmente deslocaram o olhar. Aí também, se pode dizer, para vocês que não vivem: não se julguem. Da mesma forma que foi dito para não julgar quem quer que seja, ou o que quer que seja, para aqueles que viveram o Si.
Para vocês que não vivem nada, não se julguem. Se vocês forem capazes de ser suficientemente Simples, e suficientemente Presentes em vocês, Livres de todo o pré-julgamento, de todo o condicionamento, de todo o passado, de toda a história, a Onda da Vida se deslocará até vocês. E vocês farão o caminho inverso, da não percepção à percepção. Sabendo que, definitivamente, o Absoluto vos dá também a transcender o conjunto das percepções e das não percepções. Já que vocês não estão mais limitados à Onda da Vida em que vocês se tornaram, mas que vocês percorrem todas as Ondas da Vida, em qualquer universo que seja, de qualquer forma que seja. Mais nada, nem mais ninguém, podem ter segredos para vocês. E, sobretudo, vocês mesmos.
Libertar-se de todo o conhecido é, verdadeiramente, para aqueles que nada percebem, a Via da Evidência. Lembrem-se de que não existe inimigo, que não existe combate a travar. Mesmo se tudo, neste mundo, parece provar-vos o inverso, e mesmo se numerosos ensinamentos espirituais insistiram muito neste combate, do bem contra o mal. Tudo isto não é (como vos disse, e como vos disseram certos Anciãos e BIDI), senão uma farsa, uma fraude, um disfarce, uma ilusão.
Aos que não vivem a percepção, eu tenho necessidade de vos dizer: não se ocupem da percepção. Mas precisamente, ocupem-se, em vocês, do que é percebido em relação ao vosso passado e que vem entravar o que é para viver.
Se vocês forem honestos com vocês mesmos, vocês verão que é o conjunto dos hábitos e das crenças que vos impedem. E que sendo assim honestos, não há nenhuma circunstância exterior (familiar, profissional, afetiva) que represente um obstáculo. Mas as construções que vocês colocaram sobre esta situação, sobre estas questões, são o obstáculo. Não é nunca o outro que é o obstáculo, mas sempre vocês mesmos, sem nenhuma culpabilidade.
É preciso olharem-se com ternura, com Amor, e estar lúcido disso. Nesse momento, a percepção virá até vocês.
Aqui estão os elementos, de fato muito simples, que eu vos queria dar. Porque eles completam, eu diria, de forma evidente, o que pode dizer a nossa Irmã GEMMA sobre este Casamento Místico (Nota: intervenção de GEMMA GALGANI de 10 de abril 2012) que é, efetivamente, a coisa mais impressionante que há a viver.
Porque é a Libertação, total, de toda a ilusão.
Se tivermos tempo, e se vocês tiverem questões, e somente se nós tivermos o tempo, eu vos escuto.
Nós não temos questões, nós vos agradecemos.
Eu rendo Graça, humildemente, à vossa escuta.
Eu volto simplesmente, dentro de alguns instantes, para vos acompanhar no compartilhamento do Manto Azul da Graça, e da Onda da Vida.
Lembrem-se de que toda a consciência é o meio de perceber, pela distância existente entre o sujeito e o objeto. É precisamente a distância que cria a percepção (ou a sua ausência de percepção).
Esta percepção, certamente, ultrapassa largamente o âmbito dos sentidos habituais. Ela se apoia, certamente, num suporte que é o corpo, e num suporte que é a nossa própria natureza, o mesmo é dizer, antes do Absoluto, a consciência.
A percepção está, de qualquer maneira, na base da consciência. Noutros tempos, vos foi dito que a consciência era Vibração, essa é a Verdade. E a Vibração permite, aí também, consciencializar a Luz, viver o Despertar, viver a Realização (segundo a permanência, ou não, da Luz).
A percepção, que é, portanto, resultado de uma distância, e também qualquer coisa que é descriminante na sua própria manifestação, dando a sentir, ou a ressentir, qualidades particulares. Esta qualidade, qualquer que ela seja, pode resolver-se, de fato, em dois movimentos, e somente dois movimentos: um movimento que dilata e um movimento que retrai.
O movimento que dilata é, de qualquer modo, uma forma de expansão. O movimento que retrai é uma contração. Foi-vos relatada, também, a retração da alma face ao Absoluto.
Isso foi exprimido, em outros termos, pela nossa Irmã GEMMA, há alguns instantes (Nota: intervenção de GEMMA GALGANI, de 10 de abril 2012), e também, em múltiplas ocasiões, pelas outras Estrelas.
A percepção pode ser também assimilada a uma mudança de gama de frequências (abrindo ou fechando, indo para cima ou para baixo, na expansão ou na contração) daquilo que é percebido. E portanto, de uma maneira ou de outra, pode ser chamado “ver” mesmo se, certamente, o que é visto não tem nada a ver com os olhos.
A percepção é a base da mudança, que faz passar, se assim podemos dizer, de um estado a outro estado, de uma etapa a outra etapa. Podemos dizer que a percepção, no limite, cria o mundo e que a não percepção faz desaparecer o mundo.
O que se passa nas fases em que vocês acordam de manhã, e nas fases em que vocês dormem, à noite. Sempre o mesmo movimento, num sentido ou no outro, a mesma consciência, e portanto, como corolário, da concepção e da própria percepção.
Há, efetivamente, nesta noção de percepção e de não percepção, uma dinâmica, um movimento, qualquer coisa que muda. Certas mudanças vos são habituais (e nos são habituais, na encarnação), como a alternância vigília/ sono. Outras são menos habituais e correspondem talvez àquilo que vocês perceberam e viveram durante estes anos, em que a vossa consciência passou de um estado separado, dividido, a uma Consciência não separada, não dividida (quer isso seja no âmbito do Despertar ou da Realização). Sempre esta noção de movimento, do que se expande ou do que se contrai e se retrai.
A retração, a contração, é, portanto, uma percepção, também. Mas uma percepção que não vai no sentido idêntico (que é talvez oposto) ao da expansão. Todos os estados de Luz (quer sejam das experiências ou dos estados estabilizados) são expansões da Consciência levando a viver uma Consciência diferente, Unificada ou Unitária. Num dado momento, no espaço e no tempo, vai-se viver uma expansão que não depende mais de si, mas do universo, se o podemos dizer, do ambiente, ou de uma outra Consciência.
Pelo menos, é a impressão que foi dada, depois do que foi descrito como o Casamento místico: um elemento considerado exterior (ou diferente) vem jogar, de qualquer maneira, com a percepção, que pode então oscilar num sentido ou noutro, de contração ou de expansão. Estas são as diferentes abordagens que foram descritas pela nossa Irmã GEMMA.
Também foi relatado, durante estas últimas semanas, a possibilidade de se tornar Absoluto e de não mais colocar distância (e, portanto, percepção diferencial) entre esse corpo, essa consciência desse corpo, e a Consciência da Onda da Vida.
Viver o Absoluto vos leva a considerar as percepções como um elemento relativo, quaisquer que sejam as etapas, de expansão ou de contração. Essas etapas participam, inegavelmente (que isso seja uma distância ou uma identificação) num movimento. Esse movimento, qualquer que seja, sendo a característica do que foi denominado a Vida. E vocês são aquele que observa e vive esse movimento, em permanência, neste mundo.
Se vocês aceitam realizar as pesquisas que vos foram dadas, por diversos intervenientes, vocês irão aperceber-se que, a um dado momento, vos é proposto, por vocês mesmos, por experiência, a não percepção que é bem mais que, simplesmente, a paragem de um movimento. É um mecanismo (se assim posso dizer) onde vocês vão consciencializar, para além de toda a consciência, e portanto, além de toda a percepção, que existe qualquer coisa que é imutável. Que não é mais uma percepção, que não é mais uma consciência, mas que é, de qualquer maneira, a trama que contem tudo o resto.
Nesse momento, o que quer que a vossa vida escolhesse para vos fazer viver a União mística ou o Êxtase (que vos faz tornar-se este Êxtase ou esta União com esta Consciência), vocês identificam, se assim podemos dizer, claramente, que existe qualquer coisa que nunca se moveu, que sempre esteve lá. Que não foi nem uma contração, nem uma expansão e que é, portanto, se o podemos dizer, uma não percepção. Mas que não é verdadeiramente da mesma natureza da não percepção daquele que nunca percebeu um movimento (da Onda, da Vibração, da energia, da consciência). E, no entanto, os dois não estão assim tão afastados um do outro.
Certamente, para aquele que nunca percebeu, há talvez uma frustração, o sentimento de não ser como aqueles que vivem o que ele mesmo procura. Eu convido todos estes seres a ultrapassar, precisamente, tudo o que foi descrito. Mas para ultrapassar tudo o que foi descrito, porque não foi vivido, precisa também aceitar ultrapassar as suas próprias emoções, a sua própria vivência, para lá da percepção. E isso abrirá a porta, se assim podemos dizer, daquilo eu nomeei a não percepção, daquilo que está sempre lá, e que sempre esteve lá, e nunca se moveu. E que, de qualquer maneira, está ao mesmo tempo presente na Onda da Vida, no Absoluto, mas também no relativo que vocês são.
Se vocês não vivem nada, e nenhuma percepção, esta interrogação vai vos tomar, num dado momento ou noutro. Não, simplesmente, a interrogação de porquê vocês não viverem a Vibração (ou a Onda da Vida, ou as Coroas Radiantes): parece-vos, às vezes de forma dolorosa, permanecer no ego, no cais da gare, na mesma margem e de nunca conhecer a outra margem.
As circunstâncias muito particulares da Terra, hoje, fazem com que não possa existir diferença, fundamentalmente, entre aquele que percorre a outra margem, que se estabelece no Absoluto, e aquele que não vive nada. Não porque ele não acredite, não porque ele o rejeite, mas simplesmente porque esta capacidade não nasceu nele: não há possibilidade de percepção, e portanto de mudança.
Para estes seres, tenho necessidade de dizer (mais do que para os outros): aceitem que vocês não são diferentes, que não estão no local errado. E que, precisamente, essa não percepção pode representar um trunfo, no sentido em que vocês estão virgens, precisamente, de percepções diferentes.
Ou então, vocês estão tributários, simplesmente, de períodos de contração, de medos e angústias, de dúvidas. Eu vos peço, mesmo que vos pareça estarem tributários disso, certamente, aí também, de apreender e aceitar que vocês não São isso.
É neste sentido que os diálogos que vos propõe aquele que se denomina BIDI são mesmo para vos fazer descobrir o ponto de Basculamento, mesmo no sentido da vossa própria interrogação e da vossa não percepção. O mesmo é dizer no seio do vosso mental, da vossa própria vida, independentemente de toda a vontade espiritual.
Vocês não estão nem amputados, nem mais pequenos, nem maiores. Considerem simplesmente que vocês estão diferentes, por agora. Mas que a finalidade (se é que nos pudemos exprimir assim) é e permanece sempre a mesma.
Esta oportunidade de não percepção cria, efetivamente, o que eu denominei esta frustração, e ao mesmo tempo, esta necessidade. Então, eu vos peço para esquecer a necessidade, e esquecer a frustração também. E, mais que nunca, para vocês que estão na percepção, permanecerem tranquilos e em Paz. E de se colocarem a única questão que vale a pena, neste caso, e que não é a de se dizerem: «porque não vivo isso?» ou de procurar uma qualquer causa mas, antes, de se perguntarem quem vocês São.
Ao perguntarem-se, sinceramente, quem vocês São, vocês irão poder colocar-se, de qualquer maneira, à distância daquilo que vocês creem ser. Porque, talvez, o vosso maior problema, que vos autolimita, seja certamente de se crerem, aí também, esse corpo, essa procura, essa vivência.
A partir do instante em que vocês colocam, aos vossos pés, todas as questões relativas à vossa não percepção, sem procurar perceber o que quer que seja (já que vocês são, à priori, incapazes), simplesmente, vos perguntando quem vocês São, e, claro, não aceitando ser simplesmente essa pessoa (não a abandonando e não a negligenciando), mas se colocando a questão que vos foi submetida, quer dizer, refletir verdadeiramente no que é permanente e no que é efémero.
Assim como pôde fazer BIDI, vocês vão criar zonas que não são zonas de agitação mental mas, antes, zonas de fricção ou de resistência, como foi dito que são, de qualquer maneira, propícias a ir para lá da vossa não percepção.
Vocês fazem, de qualquer maneira, uma espécie de caminho invertido, mas vocês não estão no inverso. A União mística também vos está aberta. As modalidades, simplesmente, são diferentes. Não há aí nenhum julgamento de valor, nem de superioridade, nem de inferioridade. Simplesmente, se posso me exprimir assim, o vosso tempo não chegou ainda. E, no entanto, ele chegou agora, ou vai chegar de forma imediata. Desde que vocês parem de se colocar a questão da não percepção, vocês saem, vocês próprios, do ciclo vicioso da interrogação e do círculo vicioso de uma forma de culpabilidade, de colocarem em dúvida aquilo que vivem os outros, porque vocês não o vivem (ou porque vocês o procuram, no inverso).
Lembrem-se de que a Onda da Vida não faz diferença entre uma árvore, um humano e um pássaro: ela é estritamente a mesma para toda a vida, quer essa vida a reconheça ou não, a viva ou não. Vocês banham-se todos, nesta Terra, no mesmo banho, na mesma Onda. Quer isso vos seja perceptível ou não, quer vocês a recusem, quer vocês a aceitem, quer vocês a procurem, isso não muda estritamente nada.
É, portanto, a vossa própria consciência que se desloca, de qualquer maneira, na Onda da Vida, ou não, vos dando a perceber, ou a não perceber. Foi-vos dito que a Onda da Vida, mesmo se ela nasceu de forma bem mais presente, pela Libertação da Terra, sempre esteve presente. Simplesmente, o Ancoramento da Luz e a Irradiação da Luz, por aqueles que foram denominados Sementes da Luz, permitiu, de qualquer maneira, torná-la mais estável, e mais evidente.
Se vocês aceitarem, na não percepção, colocar as vossas próprias condições (quer dizer não ser esse corpo, não ser o que viveu esses sofrimentos, e de não ser mesmo a pessoa que está aí, mas mais do que isso), não há nenhuma razão válida para que a vossa consciência não se desloque na Onda da Vida.
Certamente, eu dei a noção de tempo exato, ou do tempo que ainda não veio, mas se vocês não fizerem a experiência, como saberão que o vosso tempo não chegou? A Onda da Vida é, portanto, um convite (para aqueles que a vivem como para aqueles que não a vivem) a ultrapassar a percepção da contração ou da expansão, ou a não percepção.
Lembrem-se de que o que é percebido é o que é exterior, mesmo se isso é vivido no Interior.
Lembrem-se de que se vocês não perceberem (estando, portanto, na não percepção), vocês se colocam, a vocês mesmos, no exterior, e, portanto, se vocês aceitam não ser este exterior, tudo se desenrolará.
Eu não vos peço, claro, aí também, que me acreditem, mas, simplesmente, que tentem a experiência. Porque é uma experiência, mesmo se esta experiência ultrapasse o âmbito do que será vivido (ou não) no seio da experiência, porque há uma instalação do que se produz, num período, numa Eternidade.
Lembrem-se do que eu pude dizer: que os únicos obstáculos, finalmente e em definitivo, não são vocês, mas antes (certamente) o que vocês acreditaram, o conjunto das vossas crenças, que estão ainda presentes: aquilo em que vocês creem, aquilo a que vocês aderem, e que não é o Infinito, nem o Absoluto.
Tudo o que vocês aceitaram colocar como âmbito, como limite e como condicionamento, é justamente o que é para observar, agora, como não sendo vocês. Sem nenhuma culpabilidade, mas com um olhar lúcido sobre vocês mesmos, um olhar lúcido e justo, sobre aquilo que vocês creem e que vocês não experimentaram.
Se, simplesmente, vocês aceitarem desfazer-se disso, então, vocês verão, por vocês mesmos, que se desenrolarão coisas bem diferentes, em vocês e no exterior de vocês.
A Libertação começa por encontrar a Liberdade. Com efeito, não pode existir Libertação sem Liberdade encontrada. E a Liberdade é ser Livre de todo o dogma, de todo o limite, do vosso passado. Mais do que nunca, para vocês que não percebem nada, é preciso aceitar que vocês não são, de forma nenhuma, esse passado que vocês viveram.
Qualquer que seja a impressão que possa dar, de vos afetar, é preciso desembaraçarem-se das vossas próprias percepções passadas. Porque essas percepções do passado vos impedem de viver a percepção do Presente.
É preciso verdadeiramente que vocês se dirijam à Liberdade. De fato, vocês devem Libertar-se de vocês mesmos, do que vocês creem. Não haverá, então, mais nenhuma razão válida para que a expansão não se produza. Vocês não têm que trabalhar sobre o porquê de vocês não perceberem, nem desenvolver (ou querer desenvolver) uma qualquer percepção, mas antes extraírem-se das percepções de todo o passado e de toda a crença.
É preciso, de qualquer maneira, libertarem-se de todos os pesos, de tudo o que vos condicionou, do tudo oque vocês viveram, e que não é mais a experiência do vosso presente. Porque nenhuma experiência do passado pode ser de alguma utilidade para vocês, para perceberem o que se vive, hoje, sobre a Terra.
Aí reside, de qualquer maneira, o segredo da vossa própria transformação. É preciso, portanto, Libertarem-se de tudo o que é conhecido, porque o que é conhecido pertence ao passado ou à crença. É preciso mesmo desembaraçarem-se de uma qualquer crença ou de uma qualquer esperança na Onda da Vida, nas Coroas Radiantes, se vocês não as vivem. É preciso serem como a criança: virgem de todo o pré-julgamento, de todo o condicionamento.
Se vocês se preocuparem somente com isso, não haverá mais nenhum obstáculo válido para a Onda da Vida.
Vocês não têm que a procurar, porque ela não nascerá (como foi dito) de uma busca qualquer mas antes do desaparecimento de toda a organização, de toda a crença, de todo o limite em vocês mesmos. Mas vocês são responsáveis da vossa organização, dos vossos limites, das vossas crenças, das vossas experiências passadas. E somente vocês, são capazes de aniquilá-las de qualquer maneira.
É preciso, efetivamente, assumir uma distância e, portanto, olhar o que, até ao presente, vocês viviam (quer isso seja na recordação, ou na memória). Vocês se apropriaram, de qualquer maneira, dos vossos próprios sofrimentos, fazendo-os reviver no presente. E é isso, somente isso, que vos impede de viver o que é para viver. Nada mais.
E, portanto, se vocês aceitarem desligar-se, real e concretamente, se vocês aceitarem não ser o resultado do vosso passado ou do vosso condicionamento, não haverá mais nada a fazer. Não haverá nada a querer perceber. E vocês sairão, efetivamente, da não percepção.
Isso se realiza, se o podemos dizer, rapidamente, muito rapidamente, se vocês forem lúcidos e honestos sobre o que vos condiciona, sobre o que vos faz sofrer, hoje: Não são senão crenças. Da mesma forma que muitos, entre nós, vos falaram deste mundo Ilusório, da Maya. Esta Maya nunca impediu o Brahman de estar aí, o Parabrahman de estar aí, e o Atman também não: é verdadeiramente uma questão de olhar e de posicionamento. E simplesmente, se a Onda da Vida não nasce e se, hoje, nenhuma percepção emerge em vocês, é apenas uma questão de posicionamento, de colocação. Onde estão vocês? E o «onde estão vocês?» não se pode definir senão a partir do momento em que vocês tenham colocado a questão de «quem são vocês?».
Abandonem mesmo a ideia de vocês serem um ser humano, de ser um corpo, de ser uma história. E vocês verão, nesse momento, que os campos da percepção se abrem em vocês.
Existirá um mecanismo (mais uma vez, se eu posso dizer essa palavra) que vai se desenrolar em vocês, se desencadear, como uma forma de expansão que se produzirá.
Lembrem-se de que é sempre o olhar que vocês dirigem a vocês mesmos que vos condiciona: é o peso das crenças, o peso da experiência passada, que vos priva da experiência presente.
Há em vocês absolutamente todas as capacidades de realizar esta Obra, simplesmente aceitando soltar o que vocês não são. Hoje, vocês não estão mais, como foi dito, no tempo dos ensinamentos (tais como os que nós vos demos, e, sobretudo, UM AMIGO, sobre os diferentes Yogas). Vocês estão no tempo de atualização de vocês mesmos.
Se vocês aceitam isso, não há nenhuma razão válida que possa opor-se à Onda da Vida, ao Absoluto.
Lembrem-se de que é muito fácil e muito simples. Que vocês não estão nas etapas de construção do Si, mas que vocês têm, realmente, a possibilidade, de imediato, de desviar tudo isso. De não ter construído ou a construir o que quer que seja. Tornar-se virgem, e tudo se produzirá. E o que se produzirá, lembrem-se, é independente da vossa vontade, do vosso desejo, da vossa aspiração.
Certamente, vocês poderão sempre imaginar ter a possibilidade de criar esta Tensão para o Abandono, mas é preciso uma alma muito forte e, de qualquer maneira, predestinada. E vocês não têm que culpar, aí também, se vocês não são uma alma forte ou predestinada. Porque, finalmente, nós estamos todos destinados à mesma coisa, quer o queiramos ou não.
Se vocês aderirem a estas percepções da vossa própria Libertação, e sobretudo, da vossa própria Liberdade (em relação ao todo existente, ao todo conhecido, ao todo vivido), vocês serão, efetivamente, como a criança, nua e virgem, e vocês poderão passar para o outro lado.
De fato, não são vocês que passam para o outro lado, é o outro lado que vem até vocês, espontânea e naturalmente.
Vocês não se deslocaram, simplesmente deslocaram o olhar. Aí também, se pode dizer, para vocês que não vivem: não se julguem. Da mesma forma que foi dito para não julgar quem quer que seja, ou o que quer que seja, para aqueles que viveram o Si.
Para vocês que não vivem nada, não se julguem. Se vocês forem capazes de ser suficientemente Simples, e suficientemente Presentes em vocês, Livres de todo o pré-julgamento, de todo o condicionamento, de todo o passado, de toda a história, a Onda da Vida se deslocará até vocês. E vocês farão o caminho inverso, da não percepção à percepção. Sabendo que, definitivamente, o Absoluto vos dá também a transcender o conjunto das percepções e das não percepções. Já que vocês não estão mais limitados à Onda da Vida em que vocês se tornaram, mas que vocês percorrem todas as Ondas da Vida, em qualquer universo que seja, de qualquer forma que seja. Mais nada, nem mais ninguém, podem ter segredos para vocês. E, sobretudo, vocês mesmos.
Libertar-se de todo o conhecido é, verdadeiramente, para aqueles que nada percebem, a Via da Evidência. Lembrem-se de que não existe inimigo, que não existe combate a travar. Mesmo se tudo, neste mundo, parece provar-vos o inverso, e mesmo se numerosos ensinamentos espirituais insistiram muito neste combate, do bem contra o mal. Tudo isto não é (como vos disse, e como vos disseram certos Anciãos e BIDI), senão uma farsa, uma fraude, um disfarce, uma ilusão.
Aos que não vivem a percepção, eu tenho necessidade de vos dizer: não se ocupem da percepção. Mas precisamente, ocupem-se, em vocês, do que é percebido em relação ao vosso passado e que vem entravar o que é para viver.
Se vocês forem honestos com vocês mesmos, vocês verão que é o conjunto dos hábitos e das crenças que vos impedem. E que sendo assim honestos, não há nenhuma circunstância exterior (familiar, profissional, afetiva) que represente um obstáculo. Mas as construções que vocês colocaram sobre esta situação, sobre estas questões, são o obstáculo. Não é nunca o outro que é o obstáculo, mas sempre vocês mesmos, sem nenhuma culpabilidade.
É preciso olharem-se com ternura, com Amor, e estar lúcido disso. Nesse momento, a percepção virá até vocês.
Aqui estão os elementos, de fato muito simples, que eu vos queria dar. Porque eles completam, eu diria, de forma evidente, o que pode dizer a nossa Irmã GEMMA sobre este Casamento Místico (Nota: intervenção de GEMMA GALGANI de 10 de abril 2012) que é, efetivamente, a coisa mais impressionante que há a viver.
Porque é a Libertação, total, de toda a ilusão.
Se tivermos tempo, e se vocês tiverem questões, e somente se nós tivermos o tempo, eu vos escuto.
Nós não temos questões, nós vos agradecemos.
Eu rendo Graça, humildemente, à vossa escuta.
Eu volto simplesmente, dentro de alguns instantes, para vos acompanhar no compartilhamento do Manto Azul da Graça, e da Onda da Vida.
Eu vos digo, portanto, até daqui a alguns instantes.
De seguida.
Mensagem de Irmão K,
pelo site Autres Dimensions
em 10 de abril de 2012
pelo site Autres Dimensions
em 10 de abril de 2012
Presto Graças às fontes deste texto:
http://www.autresdimensions.com/article.php?produit=1413
Tradução: Cristina Marques e António Teixeira
http://minhamestria.blogspot.com/
Transcrição e edição: Zulma Peixinho
http://portaldosanjos.ning.com
Via: http://www.mestresascensos.com/
Tradução: Cristina Marques e António Teixeira
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Transcrição e edição: Zulma Peixinho
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