Rendo Graças ao autor desta imagem
TERESA DE LISIEUX
31/10/2012
Eu sou THERESA DE LISIEUX e eu vos envio
todo o Amor e a Luz que nós somos.
Eu vos digo, quanto a mim,
até uma próxima vez.
Até breve.
Mensagem de Teresa de Lisieux,
Eu sou THERESA DE LISIEUX e eu vos envio
todo o Amor e a Luz que nós somos.
O que tenho para vos dizer inscreve-se no seguimento das minhas duas últimas intervenções e, certamente, no seguimento do que vos disse a minha Irmã GEMMA (Nota: GEMMA GALGANI).
As minhas palavras serão muito mais curtas do que as suas, porque elas serão trazidas, a vocês e em vocês, agora e já, pela nossa Comunhão de Amor. Vivamos, portanto, em conjunto, este momento de Amor e de Comunhão.
As minhas palavras serão muito mais curtas do que as suas, porque elas serão trazidas, a vocês e em vocês, agora e já, pela nossa Comunhão de Amor. Vivamos, portanto, em conjunto, este momento de Amor e de Comunhão.
… Compartilhamento do Dom da Graça …
Eu vou, portanto, falar-vos, neste estado de Comunhão, convosco, do que representa dar-se ao Amor. Dar-se ao Amor é viver a Alegria e esta Satisfação Interior permanente que faz com que tudo o que são ocupações do nosso quotidiano, na Terra, quando nós estamos aí, se viva no mesmo estado, no mesmo humor. Dar-se ao Amor é, de qualquer modo, dar-se a si mesmo para, finalmente, se Abandonar. É tornar-se insignificante para ser Tudo.
É desaparecer da pessoa, sendo uma pessoa, para aparecer na sua própria Eternidade. O que nós somos é Amor, como dizia a minha Irmã GEMMA, e dar-se ao Amor é uma forma de reciprocidade. É reconhecer o Amor em todo o lado, mesmo para além das aparências mais funestas.
Eu vos remeto, para isso, para o que eu pude escrever, muito jovem, quando eu decidia orar (eram as minhas palavras) e ocupar-me de um certo número de prisioneiros que tinham provocado danos (feito mal), porque eu pensava sinceramente que estes seres tinham, talvez, maior necessidade de Amor. Não de uma ajuda, no sentido em que o podemos entender, ao nível humano, mas antes do meu estado de Amor, em oração, por eles.
Dar-se ao Amor é isto. É aceitar e reconhecer que todo o Irmão e Irmã que, aparentemente, não está no Amor, se perdeu de si mesmo, não se reconhece no Amor e coloca aí uma tal oposição que a única solução é, justamente, o Amor.
Quando vocês aceitarem ver as coisas assim (porque elas são assim), então, o que vocês São se revela a vocês e, nesse momento, vocês se dão, tanto a si mesmos, como ao Amor e ao outro, qualquer que ele seja, mesmo e, sobretudo, se ele vos for desconhecido. Porque orar pelos seus amigos ou pelos seus familiares é muito fácil e estar em Amor por aquele que vos parece estar em oposição ao Amor e a vocês mesmos é, talvez, mais digno de Amor.
Porque, lembrem-se que, mesmo ainda hoje, antes do movimento coletivo da Luz, nós estamos todos cegos e amputados do que nós Somos verdadeiramente e que Amar para além das aparências, é também Amar para além dos conflitos ou dos ressentimentos. E é Amar toda a vida. É Amar mesmo o Irmão cujas crenças e comportamento estão, aparentemente, no oposto do Amor, porque se ele está assim, é porque ele não se encontrou, muito simplesmente.
Quando vocês aceitarem isso e vocês fizerem a experiência, então, toda a vossa vida é mudada. O movimento coletivo do Amor que vem, vos fará perceber isso. Ele vos dará a ver para além das aparências, para além de tudo o que vocês possam classificar – em função da inteligência humana limitada – como circunstâncias e o que dá a ver os sentimentos ou as ideias.
Dar-se ao Amor permite-vos evitar as armadilhas do julgamento, todas as armadilhas da condenação e permite-vos evitar, sobretudo, pensar só no vosso próprio interesse. Resumindo, dar-se ao Amor, e dar o Amor, para um ilustre desconhecido, sem nenhuma vontade, simplesmente porque nós sabemos que é a sua natureza (tanto da Terra como deste desconhecido), isso nos coloca em Amor e, portanto, nos faz Vibrar o Amor. Porque é um Amor que, justamente, é gratuito: ele não visa compensar o que quer que seja, ele não visa reparar e, sobretudo, é um Amor que não está inscrito em nenhuma condição.
É um Amor totalmente gratuito. É o verdadeiro Dom de Amor. Assim, Amar o que nós podemos considerar como o nosso pior inimigo, nos faz apreender e viver que, definitivamente, não há melhor amigo, para o Amor, que o nosso maior inimigo. Porque o que quer que seja que nós vivamos com ele (e eu pude testemunhar, na minha jornada, quando eu estava no Carmelo, que certas situações que eu vivia como muito difíceis e que, se eu me tivesse mantido unicamente na minha condição humana, me teriam feito reagir ou detestar tal pessoa), isso não podia ser assim, porque eu tinha decidido que o Cristo e o Amor estavam presentes, da mesma forma, em cada Irmão, em cada Irmã, o que quer que ele me fizesse e o que quer que ele me dissesse. Isso permitiu-me, efetivamente, verificar este Dom de Amor e ver que todas as forças estavam lá e que a Única Verdade e o Único Poder, reais, se situam somente a esse nível.
E, agora, nas circunstâncias coletivas, aí onde vocês estão, é isso que será preciso encontrar. Porque, se vocês forem Transparentes, se vocês aceitarem desaparecer para serem, na totalidade, vocês mesmos, vocês não têm nada a espalhar, vocês não têm nada a limitar, tanto em vocês como para qualquer outro. E se vocês Amarem, nesse momento, vocês verão bem, por si mesmos, que se torna então muito fácil extraírem-se do julgamento, extraírem-se da categorização, ou de imporem um limite a quem quer que seja ou ao que quer que seja.
Dar-se ao Amor é assim. Não é enviar amor a alguém esperando melhorá-lo. É simplesmente dar-se a ele, porque vocês reconhecem, nele, o que vocês São, para além da idade, para além das ações, para além de toda a aparência. E durante este período, é a melhor forma, a única, de se encontrarem a si mesmos, totalmente, e de passarem de um estado, de uma experiência (mesmo as mais importantes), a tornarem-se essa experiência, não mais como uma experiência mas como um estado permanente que é permitido por este momento coletivo de Luz.
Se vocês realizam este Dom de Amor, a Humildade, a Simplicidade, a Transparência, vos aparecerão cada vez mais claramente como a única Via válida e, sobretudo, a única Verdade. Vocês sairão de toda a projeção de Amor e se tornarão, realmente, o que vocês São e o que nós Somos, todos, porque o Amor não pode ser senão um Dom: ele não pode ser guardado por si. É neste sentido que os Anciãos, os Arcanjos, vos falaram do Abandono do Si, não como uma rejeição, não como qualquer coisa a estigmatizar ou a condenar, mas antes a realização da vossa natureza profunda.
Porque enquanto vocês forem afetados por esse corpo, por essa vida, por esse efêmero, o Amor não vos pode tocar, na totalidade. Ele poderá exprimir-se, através de vocês, no que vocês construírem, na afeição que vocês trazem ou que vos traz um familiar, mas isso não são senão contrapartidas bem fracas do que se realiza quando vocês dão Amor. E este Dom de Amor não é nem conjuntural, nem a expressão de uma vontade de Amor (que não quereria dizer nada) mas é, antes, reconhecer a natureza do Ser que nós Somos. É aceitar que nós estamos, quando estamos encarnados, em qualquer coisa que, por muitos lados, nos afasta desta Luz e deste Amor e que, no entanto, nós somos.
Então, dar Amor, é suprimir todos os limites. Dar-se ao Amor, é pôr fim a todas as limitações, a todos os enquadramentos. É entrar, de pé firme, na Eternidade, mesmo na superfície deste mundo ainda presente. É a melhor forma de se render à evidência, aceitar, como eu o dizia, «não ser mais nada, para ser Tudo», «ser o mais pequeno», como vos dizia Um dos Anciãos, o Mestre PHILIPPE.
Há, com efeito, (é uma imagem), um princípio dos vasos comunicantes. Este princípio dos vasos comunicantes faz com que, real e concretamente, enquanto vocês crerem ser qualquer coisa, enquanto vocês crerem ser alguém e somente alguém, o Reino dos Céus vocês estará fechado e a Verdade do Amor que vocês São não vos aparecerá, porque a Consciência está ocupada com outra coisa que não o Amor. Tudo foi feito, neste mundo, vocês o sabem, para ocupar a consciência com outra coisa que não o Amor.
Dar-se ao Amor é não projetar mais nada. É instalar-se, totalmente, no Instante Presente do que vocês fazem, neste ato de Dom ao Amor. Vocês se reconhecem e é neste reconhecimento, verdadeira e totalmente, que o peso do efêmero, do sofrimento, e o peso da vossa vida, desaparece totalmente. E as condições deste mundo são exatamente aquelas, com uma forma de evidência cada vez mais clara, para toda a gente. Nós vos dissemos muitas vezes que é nos momentos difíceis que o ser humano encontra os recursos para se encontrar.
Dar-se ao Amor é o meio de se encontrar rapidamente a fim de não ser afetado pelo que se opõe ao Amor, pelo medo, em vocês, como em todo o lado. Tudo isso já está inscrito em cada um de nós, no mais profundo de nós. Há este Amor que está aí e que nós não vemos, necessariamente, porque o medo o mascarou, porque os sofrimentos o ocultaram. Mas se nos esquecemos de nós mesmos (enquanto corpo ou pessoa que sofre, corpo ou pessoa que é abençoada ou que foi abençoada), se aceitarmos, de qualquer modo, superar esses limites, então o Amor torna-se claro e a melhor forma de o realizar é dar-se ao Amor, sem se colocar questões, sem procurar uma explicação ou uma lógica.
Porque a lógica obedece à razão e às regras deste mundo. Mas a lógica do Amor não é a mesma lógica. Dar-se ao Amor é penetrar a Unidade, de maneira mais intensa. É, sobretudo, ser aliviado de todo o peso, de todo o sofrimento. É ver a Verdade de frente, não mais estar sujeito às aparências, aceitando essas aparências. O Retorno da Luz, nesta fase, é um processo que eu posso denominar místico, porque é a mística pura que não tem nada a ver com a vossa vida, nestas circunstâncias, que não tem nada a ver com o que o homem inventou, como estrutura, como limite, devido à sua falta de reconhecimento do Amor.
Dar-se ao Amor está muito para além da Confiança, ou da Esperança, ou de toda a crença. É um ato, real e sincero, que se torna perceptível e se tornará cada vez mais perceptível na consciência, porque se dando ao Amor, há a Leveza e há, sobretudo, a Clareza e a Profundez. Resistir ao Amor é o sofrimento e a falta. É questionar-se, é procurar-se, sem nunca se encontrar.
Se vocês só pudessem reter uma frase de tudo o que eu vos disse, desde há algum tempo, ela seria, simplesmente, de não se esquecerem e de não esquecerem de se darem ao Amor.
É a única forma de realizar aquilo que Somos, todos. E fazer isso nesses momentos que precedem o momento coletivo, porque é mais fácil, porque é mais evidente e porque o Encontro, então, se desenrolará como um face a face totalmente alegre e ligeiro, onde vocês perceberão a ausência total de separação entre o que vocês se tornam, nesta vida, e o que vocês São, na Eternidade. Lembrem-se de que a distância é o que é responsável pelo sofrimento.
E aquele que se construiu de resistências e de sofrimentos, quando o amor se apresenta a ele, percebe este sofrimento com acuidade. Mesmo se o Amor puser fim a todo o sofrimento, é preciso, contudo, reconhecer este Amor como a quintessência do que nós somos e como a quintessência da Vida, em todo o lado. Certamente, as atividades ordinárias (vulgares) que se prosseguem (de todas as vidas dos nossos Irmãos e Irmãs, sobre a Terra) são por vezes muito envolventes, muito invasivas.
É por isso que as circunstâncias e as condições do retorno da Luz vão aligeirar o fardo (a carga) dos hábitos e das obrigações. Não são vocês que o decidem: é a ação da Luz e da sua Inteligência, nesta fase. Vocês, vocês só têm que se dar a ela.
Ao se darem ao Amor, você percebem que vocês são Amor, porque vocês não retêm nada para vocês e porque vocês se dão inteiramente. Não há outra forma de tocar a sua própria Profundez, o seu próprio Coração e a sua Eternidade. Tenham em mente também que todos os elementos que ocorrem na vossa vida (isso foi dito e repetido, mas isso vai tornar-se tão importante nas manifestações, que é preciso voltar a dizê-lo a vocês), que tudo o que vos acontece na vossa vida, sem nenhuma exceção (até o que vos parece doloroso, mesmo o que vos parece, à priori, contrário à Luz e ao Amor), está aí para isso.
Não há, nem castigo, nem punição, nem carma, nem culpa. É sempre a pessoa e a personalidade que acreditam nisso, não o Amor. Ora, todas as circunstâncias das vossas vidas, sem nenhuma exceção (mesmo se esse corpo for chamado a partir, neste momento), são um convite ao Amor e nada mais. Mais uma vez, estejam vigilantes, de qualquer modo, com a maneira de olhar para as coisas e os acontecimentos, tanto dos vossos entes queridos como dos seres distantes.
E lembrem-se de que a Sombra usa apenas uma coisa, seja em vocês ou em outro lugar: o medo. E que se você estiverem neste Dom do Amor, não pode existir o mínimo espaço para o medo. E que se o medo estiver presente, ele é apenas o reflexo da atividade do que resta da vossa pessoa. E lembrem-se de que a pessoa nunca vai conhecer a Luz, que a pessoa nunca saberá tornar-se, nunca poderá tornar-se, a Luz.
A lagarta cede o lugar à borboleta: não há nenhuma medida comum entre a lagarta e a borboleta, quer seja na forma, quer seja na manifestação, e no entanto, no interior, há a mesma coisa. Tudo isso é algo que vos vai aparecer, se não for evidente, pelo menos, como mais fácil de integrar. Eu disse de integrar e não de compreender, porque isso desafia toda a lógica, no sentido humano, e porque, quanto mais vocês permanecerem nos vossos limites, quanto mais vocês permanecerem nos vossos apegos, mais resistência há ao Amor e menos vocês se podem dar ao Amor.
Dar-se ao Amor é quebrar todos os limites e, sobretudo, descobrir a Leveza e a Alegria. Eu não vos posso desejar nada de melhor. Então, claro, durante todos estes anos, as Vibrações, os centros de consciência, as experiências e os estados que vocês vivenciaram, foram, de qualquer modo, marcos e pontos de referência para vos trazer até este tempo. Vocês tiveram a oportunidade de poder preparar e viver (por antecipação, de qualquer modo) este momento coletivo.
Como vos têm dito os Anciãos: não façam nada, contentem-se em acolher e em se darem ao Amor, em desaparecer para aparecer na Verdade Eterna. E é muito simples, mesmo que isso, hoje, vos pareça sem solução, amanhã será profundamente diferente. E a partir de amanhã, pouco a pouco ou de maneira muito mais brutal, vocês apreenderão isso, mesmo sem o poderem explicar, nem mesmo o compreender, mas é isso que vocês viverão. O que vos posso desejar mais, neste período que se abre?
Se há, em vocês, perguntas sobre o que eu disse, hoje ou noutros dias, sobre dar-se ao Amor e se eu puder trazer outras palavras, eu o farei.
É desaparecer da pessoa, sendo uma pessoa, para aparecer na sua própria Eternidade. O que nós somos é Amor, como dizia a minha Irmã GEMMA, e dar-se ao Amor é uma forma de reciprocidade. É reconhecer o Amor em todo o lado, mesmo para além das aparências mais funestas.
Eu vos remeto, para isso, para o que eu pude escrever, muito jovem, quando eu decidia orar (eram as minhas palavras) e ocupar-me de um certo número de prisioneiros que tinham provocado danos (feito mal), porque eu pensava sinceramente que estes seres tinham, talvez, maior necessidade de Amor. Não de uma ajuda, no sentido em que o podemos entender, ao nível humano, mas antes do meu estado de Amor, em oração, por eles.
Dar-se ao Amor é isto. É aceitar e reconhecer que todo o Irmão e Irmã que, aparentemente, não está no Amor, se perdeu de si mesmo, não se reconhece no Amor e coloca aí uma tal oposição que a única solução é, justamente, o Amor.
Quando vocês aceitarem ver as coisas assim (porque elas são assim), então, o que vocês São se revela a vocês e, nesse momento, vocês se dão, tanto a si mesmos, como ao Amor e ao outro, qualquer que ele seja, mesmo e, sobretudo, se ele vos for desconhecido. Porque orar pelos seus amigos ou pelos seus familiares é muito fácil e estar em Amor por aquele que vos parece estar em oposição ao Amor e a vocês mesmos é, talvez, mais digno de Amor.
Porque, lembrem-se que, mesmo ainda hoje, antes do movimento coletivo da Luz, nós estamos todos cegos e amputados do que nós Somos verdadeiramente e que Amar para além das aparências, é também Amar para além dos conflitos ou dos ressentimentos. E é Amar toda a vida. É Amar mesmo o Irmão cujas crenças e comportamento estão, aparentemente, no oposto do Amor, porque se ele está assim, é porque ele não se encontrou, muito simplesmente.
Quando vocês aceitarem isso e vocês fizerem a experiência, então, toda a vossa vida é mudada. O movimento coletivo do Amor que vem, vos fará perceber isso. Ele vos dará a ver para além das aparências, para além de tudo o que vocês possam classificar – em função da inteligência humana limitada – como circunstâncias e o que dá a ver os sentimentos ou as ideias.
Dar-se ao Amor permite-vos evitar as armadilhas do julgamento, todas as armadilhas da condenação e permite-vos evitar, sobretudo, pensar só no vosso próprio interesse. Resumindo, dar-se ao Amor, e dar o Amor, para um ilustre desconhecido, sem nenhuma vontade, simplesmente porque nós sabemos que é a sua natureza (tanto da Terra como deste desconhecido), isso nos coloca em Amor e, portanto, nos faz Vibrar o Amor. Porque é um Amor que, justamente, é gratuito: ele não visa compensar o que quer que seja, ele não visa reparar e, sobretudo, é um Amor que não está inscrito em nenhuma condição.
É um Amor totalmente gratuito. É o verdadeiro Dom de Amor. Assim, Amar o que nós podemos considerar como o nosso pior inimigo, nos faz apreender e viver que, definitivamente, não há melhor amigo, para o Amor, que o nosso maior inimigo. Porque o que quer que seja que nós vivamos com ele (e eu pude testemunhar, na minha jornada, quando eu estava no Carmelo, que certas situações que eu vivia como muito difíceis e que, se eu me tivesse mantido unicamente na minha condição humana, me teriam feito reagir ou detestar tal pessoa), isso não podia ser assim, porque eu tinha decidido que o Cristo e o Amor estavam presentes, da mesma forma, em cada Irmão, em cada Irmã, o que quer que ele me fizesse e o que quer que ele me dissesse. Isso permitiu-me, efetivamente, verificar este Dom de Amor e ver que todas as forças estavam lá e que a Única Verdade e o Único Poder, reais, se situam somente a esse nível.
E, agora, nas circunstâncias coletivas, aí onde vocês estão, é isso que será preciso encontrar. Porque, se vocês forem Transparentes, se vocês aceitarem desaparecer para serem, na totalidade, vocês mesmos, vocês não têm nada a espalhar, vocês não têm nada a limitar, tanto em vocês como para qualquer outro. E se vocês Amarem, nesse momento, vocês verão bem, por si mesmos, que se torna então muito fácil extraírem-se do julgamento, extraírem-se da categorização, ou de imporem um limite a quem quer que seja ou ao que quer que seja.
Dar-se ao Amor é assim. Não é enviar amor a alguém esperando melhorá-lo. É simplesmente dar-se a ele, porque vocês reconhecem, nele, o que vocês São, para além da idade, para além das ações, para além de toda a aparência. E durante este período, é a melhor forma, a única, de se encontrarem a si mesmos, totalmente, e de passarem de um estado, de uma experiência (mesmo as mais importantes), a tornarem-se essa experiência, não mais como uma experiência mas como um estado permanente que é permitido por este momento coletivo de Luz.
Se vocês realizam este Dom de Amor, a Humildade, a Simplicidade, a Transparência, vos aparecerão cada vez mais claramente como a única Via válida e, sobretudo, a única Verdade. Vocês sairão de toda a projeção de Amor e se tornarão, realmente, o que vocês São e o que nós Somos, todos, porque o Amor não pode ser senão um Dom: ele não pode ser guardado por si. É neste sentido que os Anciãos, os Arcanjos, vos falaram do Abandono do Si, não como uma rejeição, não como qualquer coisa a estigmatizar ou a condenar, mas antes a realização da vossa natureza profunda.
Porque enquanto vocês forem afetados por esse corpo, por essa vida, por esse efêmero, o Amor não vos pode tocar, na totalidade. Ele poderá exprimir-se, através de vocês, no que vocês construírem, na afeição que vocês trazem ou que vos traz um familiar, mas isso não são senão contrapartidas bem fracas do que se realiza quando vocês dão Amor. E este Dom de Amor não é nem conjuntural, nem a expressão de uma vontade de Amor (que não quereria dizer nada) mas é, antes, reconhecer a natureza do Ser que nós Somos. É aceitar que nós estamos, quando estamos encarnados, em qualquer coisa que, por muitos lados, nos afasta desta Luz e deste Amor e que, no entanto, nós somos.
Então, dar Amor, é suprimir todos os limites. Dar-se ao Amor, é pôr fim a todas as limitações, a todos os enquadramentos. É entrar, de pé firme, na Eternidade, mesmo na superfície deste mundo ainda presente. É a melhor forma de se render à evidência, aceitar, como eu o dizia, «não ser mais nada, para ser Tudo», «ser o mais pequeno», como vos dizia Um dos Anciãos, o Mestre PHILIPPE.
Há, com efeito, (é uma imagem), um princípio dos vasos comunicantes. Este princípio dos vasos comunicantes faz com que, real e concretamente, enquanto vocês crerem ser qualquer coisa, enquanto vocês crerem ser alguém e somente alguém, o Reino dos Céus vocês estará fechado e a Verdade do Amor que vocês São não vos aparecerá, porque a Consciência está ocupada com outra coisa que não o Amor. Tudo foi feito, neste mundo, vocês o sabem, para ocupar a consciência com outra coisa que não o Amor.
Dar-se ao Amor é não projetar mais nada. É instalar-se, totalmente, no Instante Presente do que vocês fazem, neste ato de Dom ao Amor. Vocês se reconhecem e é neste reconhecimento, verdadeira e totalmente, que o peso do efêmero, do sofrimento, e o peso da vossa vida, desaparece totalmente. E as condições deste mundo são exatamente aquelas, com uma forma de evidência cada vez mais clara, para toda a gente. Nós vos dissemos muitas vezes que é nos momentos difíceis que o ser humano encontra os recursos para se encontrar.
Dar-se ao Amor é o meio de se encontrar rapidamente a fim de não ser afetado pelo que se opõe ao Amor, pelo medo, em vocês, como em todo o lado. Tudo isso já está inscrito em cada um de nós, no mais profundo de nós. Há este Amor que está aí e que nós não vemos, necessariamente, porque o medo o mascarou, porque os sofrimentos o ocultaram. Mas se nos esquecemos de nós mesmos (enquanto corpo ou pessoa que sofre, corpo ou pessoa que é abençoada ou que foi abençoada), se aceitarmos, de qualquer modo, superar esses limites, então o Amor torna-se claro e a melhor forma de o realizar é dar-se ao Amor, sem se colocar questões, sem procurar uma explicação ou uma lógica.
Porque a lógica obedece à razão e às regras deste mundo. Mas a lógica do Amor não é a mesma lógica. Dar-se ao Amor é penetrar a Unidade, de maneira mais intensa. É, sobretudo, ser aliviado de todo o peso, de todo o sofrimento. É ver a Verdade de frente, não mais estar sujeito às aparências, aceitando essas aparências. O Retorno da Luz, nesta fase, é um processo que eu posso denominar místico, porque é a mística pura que não tem nada a ver com a vossa vida, nestas circunstâncias, que não tem nada a ver com o que o homem inventou, como estrutura, como limite, devido à sua falta de reconhecimento do Amor.
Dar-se ao Amor está muito para além da Confiança, ou da Esperança, ou de toda a crença. É um ato, real e sincero, que se torna perceptível e se tornará cada vez mais perceptível na consciência, porque se dando ao Amor, há a Leveza e há, sobretudo, a Clareza e a Profundez. Resistir ao Amor é o sofrimento e a falta. É questionar-se, é procurar-se, sem nunca se encontrar.
Se vocês só pudessem reter uma frase de tudo o que eu vos disse, desde há algum tempo, ela seria, simplesmente, de não se esquecerem e de não esquecerem de se darem ao Amor.
É a única forma de realizar aquilo que Somos, todos. E fazer isso nesses momentos que precedem o momento coletivo, porque é mais fácil, porque é mais evidente e porque o Encontro, então, se desenrolará como um face a face totalmente alegre e ligeiro, onde vocês perceberão a ausência total de separação entre o que vocês se tornam, nesta vida, e o que vocês São, na Eternidade. Lembrem-se de que a distância é o que é responsável pelo sofrimento.
E aquele que se construiu de resistências e de sofrimentos, quando o amor se apresenta a ele, percebe este sofrimento com acuidade. Mesmo se o Amor puser fim a todo o sofrimento, é preciso, contudo, reconhecer este Amor como a quintessência do que nós somos e como a quintessência da Vida, em todo o lado. Certamente, as atividades ordinárias (vulgares) que se prosseguem (de todas as vidas dos nossos Irmãos e Irmãs, sobre a Terra) são por vezes muito envolventes, muito invasivas.
É por isso que as circunstâncias e as condições do retorno da Luz vão aligeirar o fardo (a carga) dos hábitos e das obrigações. Não são vocês que o decidem: é a ação da Luz e da sua Inteligência, nesta fase. Vocês, vocês só têm que se dar a ela.
Ao se darem ao Amor, você percebem que vocês são Amor, porque vocês não retêm nada para vocês e porque vocês se dão inteiramente. Não há outra forma de tocar a sua própria Profundez, o seu próprio Coração e a sua Eternidade. Tenham em mente também que todos os elementos que ocorrem na vossa vida (isso foi dito e repetido, mas isso vai tornar-se tão importante nas manifestações, que é preciso voltar a dizê-lo a vocês), que tudo o que vos acontece na vossa vida, sem nenhuma exceção (até o que vos parece doloroso, mesmo o que vos parece, à priori, contrário à Luz e ao Amor), está aí para isso.
Não há, nem castigo, nem punição, nem carma, nem culpa. É sempre a pessoa e a personalidade que acreditam nisso, não o Amor. Ora, todas as circunstâncias das vossas vidas, sem nenhuma exceção (mesmo se esse corpo for chamado a partir, neste momento), são um convite ao Amor e nada mais. Mais uma vez, estejam vigilantes, de qualquer modo, com a maneira de olhar para as coisas e os acontecimentos, tanto dos vossos entes queridos como dos seres distantes.
E lembrem-se de que a Sombra usa apenas uma coisa, seja em vocês ou em outro lugar: o medo. E que se você estiverem neste Dom do Amor, não pode existir o mínimo espaço para o medo. E que se o medo estiver presente, ele é apenas o reflexo da atividade do que resta da vossa pessoa. E lembrem-se de que a pessoa nunca vai conhecer a Luz, que a pessoa nunca saberá tornar-se, nunca poderá tornar-se, a Luz.
A lagarta cede o lugar à borboleta: não há nenhuma medida comum entre a lagarta e a borboleta, quer seja na forma, quer seja na manifestação, e no entanto, no interior, há a mesma coisa. Tudo isso é algo que vos vai aparecer, se não for evidente, pelo menos, como mais fácil de integrar. Eu disse de integrar e não de compreender, porque isso desafia toda a lógica, no sentido humano, e porque, quanto mais vocês permanecerem nos vossos limites, quanto mais vocês permanecerem nos vossos apegos, mais resistência há ao Amor e menos vocês se podem dar ao Amor.
Dar-se ao Amor é quebrar todos os limites e, sobretudo, descobrir a Leveza e a Alegria. Eu não vos posso desejar nada de melhor. Então, claro, durante todos estes anos, as Vibrações, os centros de consciência, as experiências e os estados que vocês vivenciaram, foram, de qualquer modo, marcos e pontos de referência para vos trazer até este tempo. Vocês tiveram a oportunidade de poder preparar e viver (por antecipação, de qualquer modo) este momento coletivo.
Como vos têm dito os Anciãos: não façam nada, contentem-se em acolher e em se darem ao Amor, em desaparecer para aparecer na Verdade Eterna. E é muito simples, mesmo que isso, hoje, vos pareça sem solução, amanhã será profundamente diferente. E a partir de amanhã, pouco a pouco ou de maneira muito mais brutal, vocês apreenderão isso, mesmo sem o poderem explicar, nem mesmo o compreender, mas é isso que vocês viverão. O que vos posso desejar mais, neste período que se abre?
Se há, em vocês, perguntas sobre o que eu disse, hoje ou noutros dias, sobre dar-se ao Amor e se eu puder trazer outras palavras, eu o farei.
Pergunta: Como Amar as personalidades, uma vez que nos pedem para nos desligarmos delas?
Isso será sempre difícil, meu Irmão, para a personalidade que tu és, porque é a tua consciência egóica que diz isso, mas se te colocares no Amor, isso não levanta nenhum problema. Não é uma questão de enviar o amor. Enviar o amor é um ato da pessoa, é um ato egóico que se acha superior.
Torna-te nada e tudo se tornará evidente para ti. A personalidade verá sempre só a personalidade, como tu o exprimiste. E, portanto, se tu vires uma personalidade, é porque tu mesmo estás inscrito na personalidade e não no Amor. A personalidade terá sempre boas razões para não amar, para detestar ou para amar, porque é a função do seu ponto de vista.
Torna-te nada e tudo se tornará evidente para ti. A personalidade verá sempre só a personalidade, como tu o exprimiste. E, portanto, se tu vires uma personalidade, é porque tu mesmo estás inscrito na personalidade e não no Amor. A personalidade terá sempre boas razões para não amar, para detestar ou para amar, porque é a função do seu ponto de vista.
Nós não temos mais perguntas, nós lhe agradecemos.
Irmãos e Irmãs presentes, aqui, permitam-me dar-vos a vós, dar-me a vocês, neste Dom de Amor que eu exprimi. Esta é a minha maneira de vos dar Graças e de vos Amar.
Eu vos digo, quanto a mim,
até uma próxima vez.
Até breve.
Mensagem de Teresa de Lisieux,
pelo site Autres Dimensions
em 15 de outubro de 2012
Rendo Graças às fontes deste texto:
Rendo Graças às fontes deste texto:
http://www.autresdimensions.com/article.php?produit=1669
Tradução: Cris Marques e António Teixeira
http://minhamestria.blogspot.com/
Tradução: Cris Marques e António Teixeira
http://minhamestria.blogspot.com/
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