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MA ANANDA MOYI
09/08/2011
QUANDO A ALMA SE VOLTA
PARA O ESPÍRITO
Eu sou MA ANANDA MOYI.
Irmãos e Irmãs, que a Luz e o Amor estejam em vocês.
Irmãos e Irmãs, que a Luz e o Amor estejam em vocês.
Eu vou tentar explicar, esta noite, os mecanismos que se desenrolam quando a alma se volta para o Espírito.
Uma série de elementos foram-lhes comunicados, desde algumas semanas, referentes à alma em manifestação na personalidade, a alma em seus diferentes Impulsos e manifestações.
Como Estrela que porta a Vibração de AL, e então, do que é chamado de Porta da alma, é-me possível exprimir, de maneira simples, e através do que eu vivenciei em minha última vida, as diferenças que podem se manifestar, e, sobretudo, existir, a partir do momento em que a alma descobre o Espírito.
De fato, viver na alma, encarnada, não é viver no Espírito.
A alma possui leis, princípios, assim como a personalidade possui leis, princípios, manifestações.
As leis da alma não são as Leis do Espírito.
Hoje, nesta época em que vocês estão encarnados, o desdobramento do Espírito realiza, para o conjunto da humanidade, Desperta à alma ou não Desperta à alma, uma mudança.
Essa mudança é de natureza coletiva.
Não é o mesmo para todos, porque ela depende, é claro, da maneira como a alma se volta e serve a personalidade, ou então se desvia (retorna, se vocês preferem) e fica no serviço do Espírito.
São, aliás, essas manifestações que foram melhores descritas, porque elas foram vivenciadas em muitos países, por várias almas.
Tendo expressado, vocês podem imaginar, certo número de fatores comuns, porque além da cultura, da personalidade, além da vida da personalidade, a vida da alma corresponde a Planos que são perfeitamente sobrepostos e que podem ser divididos de novo, em todos os países desta Terra.
A descoberta da alma pode se ver de diferentes maneiras.
Ela pode se exprimir, também, em uma descoberta da poesia, da inspiração, da criatividade.
A alma está ligada então, de algum modo a manifestações e a desdobramentos da beleza, da sensibilidade.
E depois também, em mecanismos mais sutis que aqueles da personalidade, onde a vida da alma, quando ela se revela, vai manifestar uma série de elementos, mesmo na personalidade.
O que vai orientar, naturalmente, a personalidade a seguir os Impulsos da alma.
Esses Impulsos da alma são sempre voltados para o aperfeiçoamento da personalidade: para a compreensão, a adesão e a manifestação de algumas coisas, em relação com o que é chamado de ‘espiritualidade’.
A alma vai se comover.
Ela vai ter necessidade de seguir, ou um modelo, ou uma religião, ou uma filosofia.
Ela vai Impulsionar para a necessidade de saber, a necessidade de conhecer os mecanismos mais sutis e invisíveis, que diferem da personalidade comum.
A alma tem necessidade, de alguma forma, de se conhecer.
Da mesma maneira que uma criança tem necessidade de se encontrar, de saber que ela está, em sua vida, de compreender como seu corpo funciona.
Quando a alma se revela em meio à personalidade, ela vai induzir certo número de mecanismos, de mecanismos de ‘mudança’.
E, sobretudo, a personalidade vai se transformar sob a influência da alma.
A alma vai poder experimentar tudo o que é agradável, tudo o que é aspiração para alguma coisa mais leve.
Esta alma, como eu dizia, possui regras próprias, seu próprio modo de manifestação e de vida.
Os mecanismos da alma destinam-se, sobretudo, para encontrar-se a si mesma, através da observação do que é criado, ou do que é servido, no sentido do serviço.
A alma, quando ela se descobre, faz compreender que a vida não se limita somente a esse corpo, a este nascimento, a esta morte, mas está inscrita em um princípio denominado Reencarnação.
A alma se descobre, de alguma maneira, persistente, e diferente, no entanto, a cada vida, mas em uma ressonância que pode ser comum através de uma sequência lógica de encarnações, de reencarnações.
Onde a alma vai exprimir, e manifestar, essa necessidade de experimentar, essa necessidade de ver (em todos os sentidos do termo), de confrontar-se a ela mesma e também, de interferir com outras almas.
Na realidade, as almas que se encontram e se reencontram, muitas vezes tiveram destinos comuns ou caminhos que são cruzados.
Então, surgem lembranças de almas, de atrações, que não se explicam sempre por um aspecto físico ou por um aspecto intelectual, mas que, efetivamente, vêm da própria alma.
Quando a alma se descobre em meio à personalidade, a personalidade muda, naturalmente.
A Vontade de Bem, a vontade de serviço, a vontade de fazer o bem, aparece.
Ela se desenvolve, é claro, progressivamente, de vida em vida.
A vida da alma vai então, de algum modo, realmente, aprimorar a personalidade.
Vai permitir-lhe limitar algumas angústias, alguns elementos que, na personalidade que não conhece a alma, são a agonia da morte, a agonia de desaparecer, todo um conjunto de medos.
Que foram, aliás, chamados de ‘medos fundamentais’, porque eles estão inscritos em todas as almas.
Esses medos são como domesticados quando a alma é descoberta.
Quando a alma é descoberta, ela vive também, em meio à personalidade, mecanismos particulares.
Percepções novas, sensações novas, aberturas novas.
Uma sensibilidade, ainda uma vez, à beleza, mas também à vibração, mas à vibração da energia de outras almas.
A vibração de lugares, a energia de lugares.
Uma sensibilidade particular às belezas históricas, à história com um grande H, também.
A alma, descobrindo-se, experimenta fundamentalmente a necessidade de fazer sempre melhor.
Existe então uma polaridade para o Bem, que se exprime naturalmente quando a alma se descobre.
A alma tem necessidade, de alguma maneira, de se conhecer ela mesma.
Ela vai, então, recorrer a ainda mais de invisível, pela prece ou pela meditação, segundo a origem cultural da personalidade.
A alma terá, também, necessidade de conhecer o mecanismo da vida.
O que é que explica que ela vive isso?
Ela terá necessidade de significação, muito mais do que a simples ação / reação presente na personalidade comum.
A alma tem necessidade, de certa forma de encontrar uma direção, um sentido
Ela tem necessidade de conhecer.
De conhecer o passado, o futuro.
É então uma ampliação da consciência, real.
Mas esta ampliação se inscreve, sistematicamente, neste mundo.
A alma não pode duvidar, em momento algum, que existia talvez uma origem que não era, simplesmente, deste mundo.
Exceto, talvez, durante esses últimos trinta anos da Terra, onde, devido a Impulsos de energias, bem além da alma, algumas almas puderam perceber, talvez, por sopros, por momentos, mas sem poder elucidar realmente isso.
A alma, em geral, tem uma vibração que é mais leve do que a vibração da personalidade.
A alma implica, também, em modificações no sentido das relações entre os seres humanos, e com o ambiente, a alma exprime necessidade de esclarecimento.
Ela precisa de significado, muito mais do que a personalidade.
Ela tem necessidade de conhecer profundamente.
Ela tem necessidade de ser mais precisa nos mecanismos de sua ação.
É naquele momento que aparece o ‘humanismo’ [filosofia moral que coloca os humanos como principais em uma escala de importância, dando ênfase à racionalidade, e destacando-se por contraposição ao apelo ao sobrenatural ou a uma autoridade superior - http://pt.wikipedia.org/wiki/Humanismo ].
É naquele momento que aparecem funções espirituais importantes.
A alma experimenta sempre a necessidade de fazer mais, de fazer melhor.
Ela precisa de algum modo, contemplar-se.
Durante o século em que eu vivi, vários ensinamentos, aliás, nasceram, e que eram desconhecidos nos séculos anteriores.
Em uma escala e em um número de indivíduos muito mais importante, que descobriu, por exemplo, a necessidade de saber mais sobre a vida.
De explorar a psicologia, o funcionamento do psíquico.
E tudo isso contribuiu, é claro, no início do século em que eu nasci, para fazer desaparecer a interrogação a este psíquico.
Todos os movimentos ligados ao estudo do psíquico nasceram, aliás, no decorrer desse século.
A alma tinha necessidade de sair, globalmente, de uma forma de mecanismo automático da personalidade.
Ela teve também necessidade, esta alma coletiva humana, de se libertar da fé e da crença pura sem se colocar questão.
É o momento onde as questões, quando a alma se descobre, começam a ser colocadas.
Sobre o próprio sentido da vida, sobre a orientação da vida, e sobre as diferentes formas de vida que podem existir neste mundo.
A alma é então parte integrante deste mundo, e ela permite, efetivamente, um sentimento de evolução, através da própria evolução da revelação da alma.
As virtudes da personalidade aparecem, e se revelam, como a bondade, o serviço, mas também o amor.
A necessidade de amar com menos posse, de observar entre os sábios, entre os profetas.
Ela experimenta a necessidade de conhecer a história da alma, através de outras almas.
Ela vai, também, dar uma forma de pacificação da personalidade.
Uma sensibilidade mais intensa, mas uma capacidade, também, talvez mais intensa de ver-se a si mesma.
A fim de, sempre, exercer uma tensão para mais beleza, mais estética, mais criatividade.
A alma tem necessidade de agir.
Mas ela tem uma necessidade de agir, de algum modo, para fazer valer sua presença e sua beleza.
Para tentar, também, abrir outras almas à sua própria percepção.
A vontade se revela, então, de maneira muito natural, como um desejo de conhecimento.
Este conhecimento podendo se exprimir, por sinal, pela prática de diferentes tipos de yoga, de diferentes exercícios, de diferentes tipos de práticas, mesmo espirituais (como a magia, a teurgia, o ocultismo).
A alma vai então ter necessidade de se encontrar, de alguma forma, sempre mais.
A alma é voltada, em última análise, permanentemente, para a experimentação da encarnação, para o aprimoramento da encarnação e das reencarnações.
Ela vai estudar a ação/reação.
Ela pode ser, literalmente, Atraída pela necessidade de estar em conformidade com um modelo (seja Krishna, seja Buda, seja o CRISTO, seja MARIA, e tantos outros).
Há uma forma de mimetismo ao nível da alma, que tem tendência a querer se identificar, projetar-se, para um modelo ideal.
Isso, é claro, todo ser humano o vive e o vivencia.
É a lógica e é a função mesmo da alma, em todo caso neste mundo.
Algumas almas, neste encantamento da luz procurada, puderam viver algo a mais.
Nós, as Estrelas, naturalmente, temos vivido mais isso.
Esse mais, o que é que é?
É simplesmente ir além da alma.
Ou seja, ver a alma, vivê-la, mas ter uma Tensão para alguma coisa totalmente indescritível, inconcebível, e mesmo impossível de ver.
Desta Tensão, para um Absoluto e não mais somente para a encarnação, nós todas vivenciamos, em um momento ou outro, o reencontro com o mistério dos Mistérios.
Naquele momento, assim que ela vive este primeiro reencontro com o absoluto, não pode mais de qualquer maneira manifestar a mesma Atração para a personalidade, para a própria alma.
A alma é, de algum modo, aí também, Siderada, por alguma coisa que a supera amplamente.
Esta experiência é uma experiência que eu qualificaria de final.
Em minha vida, ela era extremamente rara.
A tal ponto que essas almas, que viviam isso, tornaram-se santos, místicos, personagens que buscaram a fraternidade, sem sempre compreender o porquê.
Mas simplesmente se aproximando desses seres, a alma podia se abrir, e também, a personalidade podia ser apaziguada.
Essa foi a época dos ‘mestres exteriores’.
Havia modelos vivos, e não somente na história, para venerar, para reencontrar, para esperar si próprio abrir a alma.
E isso funcionou durante certo tempo.
Porque, naquele momento, é claro, esses mestres estavam realmente encarnados.
Eles prepararam os Fundamentos do Espírito que vocês vivem hoje.
O conjunto das Estrelas, a maioria das Estrelas, também estava encarnado naquelas épocas.
Elas se fundamentaram, pelo seu contato com esta Sideração da alma, ou seja, vocês o compreenderam, com o Espírito.
O que é que acontece quando o Espírito é contatado?
Naquele momento, a alma vive, por sua vez, como a personalidade que descobre a alma, uma forma de revolução.
Esta revolução é uma Sideração.
Ou seja, tudo o que, até agora, a alma teve necessidade de experimentar, de viver, para aprimorar a personalidade e a encarnação, encontra-se confrontado com alguma coisa que não tem mais nada a ver com a encarnação.
Com um amor que supera amplamente o contexto da encarnação, ou mesmo, do que pode ser expresso através da alma.
Há, realmente, um absoluto total que se manifesta naquele momento.
Onde a própria alma não sente mais o Impulso para existir.
Ela não sente mais o Impulso para manifestar, seja o que for, neste mundo.
É uma revolução extremamente importante.
Porque a alma tinha suas próprias regras, e essas regras eram voltadas para a beleza, para a estética, para a criatividade, para tudo o que torna a vida humana mais doce e mais agradável, quando se compreende o mecanismo.
E depois, de um único golpe, a alma encontra-se confrontada com algo que, aí também, supera-a completamente.
E que vem como apagar todas as memórias.
Que vem fazer desaparecer a encarnação, até mesmo, como alguma coisa que não é a Verdade.
Como algo que não tem mais o mesmo sentido que antigamente.
A revolução, naquele momento, Interior, é tão potente como o reencontro da personalidade com a alma.
A alma se encontra, de algum modo, em uma Sideração total.
Ela vive a Consciência de que não é mais necessário manifestar coisa alguma.
E que mesmo a vontade de fazer o Bem, a vontade de agir para aprimorar o que quer que seja, não tem mais qualquer sentido.
Naquele momento, a alma descobre, estupefata, que existe ainda alguma coisa, acima.
Ou algo de mais profundo.
E que esse algo de mais profundo vem responder a todos os Impulsos da alma.
Vem responder a todos os desejos, vem preencher todas as lacunas.
Vem fazer desaparecer, ainda (até aniquilar totalmente, em certos momentos), a personalidade, e mesmo a alma.
Naquele momento, a alma é preenchida da Luz do Espírito.
Quando a experiência ocorre uma vez, ou invade a vida (como eu vivenciei em minha vida, por períodos muito longos), naquele momento, a alma é transportada no Mundo do Espírito e não tem mais qualquer desejo neste mundo.
Ela vive, realmente, de maneira efetiva, praticamente, concretamente com uma lucidez total, o que vários seres vivenciaram anteriormente, e que, minha fé, é bem difícil de aceitar enquanto não se vivenciou esta revolução.
Ou seja, que tudo o que pertence a este mundo é uma Ilusão, e não existência.
Que é simplesmente uma projeção.
Que é simplesmente um divertimento, de alguma maneira, um divertimento trágico.
A alma, naquele momento, toma Consciência, realmente, de que ela vive um confinamento.
A Vontade de Bem desaparece, integralmente.
O que não quer dizer que a alma não existe mais, e que não há mais nada a fazer.
Mas a alma tem todo o escopo do que isso significa: Ser, e não mais fazer.
Estabelecer-se na Luz basta a ela mesma, de qualquer forma.
A alma vai viver, de algum modo, êxtases cada vez mais Elevados.
Levando-a a regar-se nesta Fonte, nesta Fonte de Cristal.
Neste estado particular, onde mais nada pode existir, exceto a própria Luz.
Então, naquele momento, o Espírito se revela.
E o Espírito não tem de qualquer maneira as mesmas regras que a alma ou que a personalidade.
Porque o Espírito não pertence a este mundo, e não tem nada a ver com a projeção deste mundo.
Isso foi descrito, é claro, como uma vivência pelos mestres que estavam encarnados no século XX, cada um segundo sua cultura, segundo seu país, segundo as pessoas para quem eles haviam expressado isso.
De forma mais ou menos velada, porque uma alma sendo Atraída para a encarnação, para a resolução do seu carma, para esse desdobramento da revelação da alma, não está necessariamente pronta para aceitar o Espírito.
Porque ela está ocupada com sua própria verdade e não pode perceber, enquanto ela não vivenciou, este aspecto que lhe é totalmente Desconhecido.
A Revelação do Espírito é um jorro impetuoso, que devasta tudo.
E que vai permitir à Consciência instalar-se, em algo que não tem mais nada a ver com as leis deste mundo, sejam espirituais, ou mesmo da personalidade.
Viver o Espírito é suficiente para ele próprio.
Quando o Espírito se verte em vocês, a Consciência ilumina-se inteiramente.
E mais nada pode existir senão este estado de Ser.
Particularmente, para nós, que vivenciamos aquele momento, nós não tivemos sequer pensamento para ir a outras Dimensões, como vocês o dizem.
Mas simplesmente para nos fundirmos nesta Luz, para apenas existir, aliás, neste estado.
É isso que em minha vida eu experimentei inúmeras vezes.
E obviamente, é mais difícil expressar palavras referentes a isso.
Porque este estado, é claro, não representa absolutamente nada para a alma, e ainda menos para a personalidade.
É uma abstração tal, que a alma não pode ali acreditar, e menos ainda a personalidade.
É um estado que, para a personalidade, é chamado de loucura.
É um estado que, para a alma, é denominada uma abstração.
Ou algo que não pode existir, porque não faz absolutamente parte de seu campo de experiência, ou de seu campo do possível.
Portanto, quando o Espírito se revela, há apenas uma coisa a fazer, é ali permanecer por mais tempo possível.
Não por uma vontade qualquer.
Mas sim por, o que foi denominado pelos Arcanjos, esse ‘soltar’ total, este Abandono à Luz, que vem arrebatá-los.
E levá-los nas esferas da Alegria, que mesmo a alma a mais equilibrada e a mais desperta não pode viver.
Porque é um estado que se basta a ele mesmo.
Muitas vezes, isso é chamado de Samadhi, ou de Maha Samadhi, a Morada de Paz Suprema, Shantinilaya.
Isso pode ser também denominado, se vocês preferem, e é a melhor expressão que pode ser dada, é como se vocês vivessem um estado de Amor permanente, fazendo o Amor a cada instante.
E o instante, aliás, que não existe.
Porque vocês não estão mais no tempo.
Vocês saíram, verdadeiramente, do tempo linear, vocês saíram do tempo da alma, e vocês expressam a Felicidade a mais absoluta, que mesmo a alma a mais aberta não pode experimentar.
Dessa maneira, é claro, esta revolução é um furacão comparado com a abertura da alma.
Durante a abertura do Espírito, quando a alma se volta para o Espírito, ela vai viver sua própria Dissolução.
Ou seja, tudo o que era acreditado, e vivenciado como real anteriormente, não existe mais.
Há esse processo chamado de Dissolução.
É o retorno ao estado de Brahman.
É o retorno ao estado indiferenciado e, no entanto, tão diferenciado.
Aí está o paradoxo.
A personalidade está identificada a algo fechado.
Viver o Espírito e viver esta unidade do Espírito é, às vezes, viver o Ilimitado, a Dissolução, mas estar, ao mesmo tempo, perfeitamente definido, neste indefinido.
Ainda uma vez, as palavras são muito delicadas.
A alma, além disso, leva-os a manifestações, ditas energéticas, cada vez mais sutis.
É naquele momento que a alma experimenta a necessidade de desenvolver suas próprias energias, de viver algumas coisas.
De descrever o que ela sente, de exprimi-lo.
Quando vocês vivem o Espírito, vocês apercebem-se de que não há nada a exprimir.
Vocês se apercebem de que não há mais nada a manifestar, neste mundo.
E, entretanto, vocês estão ainda sobre este mundo.
Mas vocês Transcenderam os limites, totais, deste mundo, os limites desta Dimensão, como vocês dizem hoje.
Os limites da alma elas mesmas não existindo mais, e não querendo mais nada dizer.
Este estado particular, este instante onde se instala uma Vibração particular.
E a própria Vibração se dissolve, porque vocês se tornam a Vibração.
Mesmo mais a vibração deste corpo, desta alma, mesmo a Vibração Total de toda a Criação.
Não há mais nada a criar, já que vocês se tornaram a Criação.
É muito difícil de aceitar para a alma.
Porque a alma, ela também, é um confinamento, isso vocês sabem.
O Espírito é Liberdade total.
E esta Liberdade é mesmo inconcebível.
Ela apenas pode ser vivenciada pela própria Consciência, que se Dissolve inteiramente na Luz Branca.
Evidentemente, a Alegria que é, naquele momento, não tem nada a ver com um prazer, ou com a satisfação de algum prazer da alma (mesmo através do mais refinado desses prazeres).
É um estado que não tem qualquer justificativa.
E que não é, principalmente, o resultado de outra coisa senão dele mesmo.
Este estado é um estado tão fora de qualquer conhecimento, que alguns o chamaram de O Conhecimento.
Viver isso é inegavelmente, já, sair deste mundo.
É a isso que vocês foram chamados.
Obviamente, lembrem-se de que cada um tem a Liberdade a mais absoluta de manter sua alma.
De manter esta forma de sedução, porque é uma, de Atração para a vida, para os sentidos.
Esses sentidos se manifestam também nos cinco sentidos, que vocês conhecem, como nos sentidos denominados espirituais, os poderes espirituais.
Mas o Espírito nada tem a ver com isso.
O Espírito, eu diria que é outra etapa ou outro estado, mas é algo de profundamente diferentes.
Que não tem a ver como tudo o que conhecido, isso lhes foi expresso.
Mas, ainda uma vez, o Espírito, quando é encontrado, não pode mais ser fechado.
A alma vive peregrinações, pode cair e se erguer, mas o Espírito jamais.
O Espírito é o mesmo de toda Eternidade.
Ele é o mesmo para todos.
Ele está aí, em vocês, sempre.
Ele aguarda apenas seu Despertar.
Ele aguarda apenas seu Abandono total, como lhes foi falado, a esta Verdade do Espírito.
É nesse sentido que minha Irmã HILDEGARDE DE BINGEN lhes expressou, desde alguns meses, esta Tensão da alma para a Luz, para o Final (ndr: ver a canalização de HILDEGARDE DE BINGEN de 25 de outubro de 2010).
Esta Tensão para o Final é, de certa forma, um Sacrifício da alma.
Mas esse Sacrifício culmina no Extraordinário, o mais absoluto.
Mas enquanto não existe, na alma, uma saciedade de experiências e de experimentações, ela não pode conceber o que eu tento colocar em palavras, para vocês.
Deste modo, é claro, as Núpcias Celestes permitiram Despertar em vocês a alma.
E permitiram, para alguns de vocês, começar a levantar o véu do Espírito.
Isso vai se tornar tanto mais fácil como, agora, a Luz Branca está entre vocês.
Quando em minha época, era preciso, realmente, Abandonar-se totalmente, em Tensão para esta Elevação.
Se tanto é, ainda uma vez, que se podia falar desta Elevação, que não é uma.
Mas que é, realmente, o estabelecimento no Ser, que sempre esteve aí.
É como se, de uma só vez, a própria Consciência tomasse Consciência que ela não é mais limitada por nada.
E ela vive este Ilimitado.
Sem qualquer pergunta, sem qualquer interrogação, sem qualquer medo.
E naquele momento, e somente naquele momento, revela-se esta Felicidade Total.
Enquanto a alma se coloca questões em relação a isso, ela não pode vivê-lo.
Porque ela vai buscá-la nela mesma.
Eu não falo mesmo da personalidade, a alma é já um progresso.
Mas obviamente, o Espírito, quando ele é vivenciado, compreende que mesmo a alma está fechada.
Que isso não é o que é para Realizar.
Porque o Espírito compreende que de fato, não há nada a Realizar, que não há nada a buscar, que não há nada a esperar.
Que há apenas que viver esta Consciência.
Mas enquanto a consciência limitada, ou a própria alma, quer viver, ela não o viverá.
Porque enquanto ela está identificada a ela mesma, a personalidade ou a alma, ela não pode abraçar o Espírito.
É por isso que isso foi chamado de Ressurreição, a Passagem da Porta Estreita.
É o momento da rendição total da alma e de sua Atração para a personalidade, para os desejos, para a necessidade de muito fazer, para a Vontade de Bem.
O Espírito não pode se manifestar por muito tempo com a alma.
Porque o Espírito conduz vocês para a Verdade.
Ele não quer deixá-los (e vocês não podem, por sinal, ali permanecer) muito tempo nesta Ilusão.
O que explica, aliás, a partida de algumas de minhas Irmãs, como Gemma, como Teresa, muito jovens (ndr: GEMMA GALAGANI e TERESA DE LISIEUX).
Algumas almas, como eu, foram ajudadas, realmente, por outros Planos para poder manter esse corpo, que era tão pesado, já que ninguém conseguia movê-lo.
Que era preciso me manter viva, para ser, de algum modo, ao meu nível, este Derramamento da alma sobre a Terra.
Da mesma forma que em sua curta vida, Gemma, ou Teresa, no desconhecido o mais total, enxamearam este Espírito.
A fim de que, por ressonância, algumas almas próximas de suas Vibrações, próximas de suas almas, pudessem aceitar viver o Espírito.
É graças ao conjunto desses Sacrifícios, graças ao conjunto dos mestres que estavam encarnados no século passado, que, hoje, a dimensão do Espírito lhes é oferecida.
Mas se apreendam bem de que vocês não podem manter uma personalidade, e uma alma, quando o Espírito se descobre, e se revela.
Mas compreendam bem, também, que vocês não podem terminar, decidindo, assim, esquecer, obstruir sua personalidade ou sua alma.
Esperando que, voltando-se para este Espírito, vocês irão coagir o Espírito a se Revelar.
O Espírito apenas se revela realmente quando todo o resto é verdadeiramente Abandonado.
Este Abandono é um mecanismo Interior.
Não há necessidade para fazer isso, porque isso seria ir viver no fundo de uma gruta, ou de uma montanha, e evitar os outros seres humanos.
Porque esta descoberta, ela não ocorre no exterior.
Ela apenas pode se viver no mais profundo de si.
E isso é totalmente independente de qualquer circunstância exterior.
Independentemente da vida de sua personalidade, independentemente mesmo da vida da alma, é um mecanismo de Reversão específico.
É desta Tensão no Abandono que lhes falou HILDEGARDE.
É esta vontade de não mais ver este mundo, não por desgosto, mas muito pelo contrário, pela vontade de Ver além do mundo.
De Ver além do sentido da alma.
De Ver além das aparências, além da matéria, e até mesmo além da alma.
É querer Ver, realmente, a causa Final, ou a Fonte primeira.
É não mais expressar o que quer que seja como desejo.
É essa Renúncia total, mas que não é uma renúncia em meio à renúncia da vida, porque renunciar à vida não permite jamais encontrar o Espírito.
Por outro lado, quando o Espírito é encontrado, quando ele se Revela, naquele momento há uma verdadeira Renúncia.
Mas isso não é vocês que decidiram, é o Espírito que vocês levam.
E isso é profundamente diferente.
Principalmente que hoje, como vocês sabem, existem ensinamentos da alma que têm como objetivo, e como única finalidade, impedi-los de voltar-se para o Espírito, fazendo-os acreditar que a alma vai chegar à Luz e vai chegar a esta Unidade.
Isso não é possível.
A Unidade não conhece a alma.
A Unidade não conhece a personalidade.
A Unidade está bem além desta Ilusão, bem além de todos os papeis que vocês podem imaginar desempenhar, em todas suas encarnações e suas reencarnações.
A lei de carma não existe ao nível do Espírito.
É a Lei da Graça.
É aí onde tudo é Graça, tudo é pleno, tudo é resposta.
É aí onde há apenas a Luz, porque a Luz é Tudo.
Hoje, coletivamente, o que vem a vocês é isso.
Então, é claro, a alma que não quer esta Luz, vai chamar isso de fim, de morte.
A personalidade que vai viver isso vai chamá-lo de terror.
Mas compreendam bem que é unicamente a negação ou a não vontade de ir para este Espírito que irá exprimi-lo.
O Amor se revela, qualquer que seja a alma, e independentemente do que querem as personalidades.
Porque o que vocês vivem se inscreve em um Tempo particular, que foi denominado, no Oriente, o final do Kali Yuga, o final da Idade negra.
O Retorno da Luz.
Os Impulsos da alma, para alguns de vocês, preparam-nos (em vocês fazendo deixar certas coisas, certas situações) para aceitar a eventualidade do Espírito.
Mas quando o Espírito penetra vocês, por completo, nada mais existe.
Quando ele os penetra e se conecta com vocês, por Efusão de Energia e de Consciência.
Então, naquele momento, o que é que acontece?
Sua personalidade se Dissolve, em parte.
Vocês não sabem mais quem vocês são.
Vocês não chegam mais a agir.
Vocês têm a impressão de que seu mental não funciona mais, de que suas emoções não existem mais.
Isso são etapas anteriores onde a alma começa a se render.
Onde, em todo caso, ela não se volta mais para a personalidade, mas começa a se voltar realmente para o Espírito.
A Luz Branca, CRISTO, vem para isso.
Para permitir-lhes finalizar, se tal é sua escolha, essa última Passagem.
Dessa maneira, é claro, enquanto vocês estão nos medos, enquanto a personalidade está predominando, e enquanto a alma está predominando, isso pode lhes parecer uma ilusão.
Ou mesmo, fazê-los ver isso como uma negação, como a pior das loucuras.
E efetivamente, para a alma, é uma loucura.
Ainda mais para a personalidade.
Porque o paradoxo da personalidade é que ela busca a luz, ela buscar estar bem.
Mas a personalidade nunca pode se sentir bem, isso jamais dura.
A alma busca se aprimorar, gradualmente e à medida, de vida em vida, para purificar seu karma, para aliviar seu carma.
Esperando um dia encontrar a luz.
Mas a Luz não está na alma.
Ela não pode estar.
É uma Ilusão e um reflexo da Luz, um simples reflexo.
Mesmo os seres humanos que fizeram uma experiência às portas da morte, viram esta luz ao longe: eles viram apenas um reflexo, eles não são a Luz.
Eles viram seres luminosos que não são a Luz, que são eles também apenas reflexos.
O Espírito não tem nada a ver com isso.
E é para isso que a Revelação Final desta humanidade convida vocês.
Através das palavras simples que eu lhes pronunciei esta noite, eu espero que vocês possam ter elementos suficientes, para aqueles que o desejam, para aceitar o Espírito.
Porque o Espírito não é para buscar.
Obviamente, há várias técnicas que lhes foram dadas.
E que foram dadas o tempo todo.
Permitindo-lhes aproximar-se do Espírito, ou, em todo caso, tentar perceber as primícias.
Mas, como lhes foi dito, a última etapa, a última Porta, é apenas a sua alma que decide atravessá-la.
Não pode ser de outra forma, em momento algum.
Simplesmente, eu diria que o Impulso coletivo, que chega agora, do Espírito, é irremediável, e irreversível.
Para o conjunto da humanidade.
Porque mesmo se vocês desejam prosseguir em meio à alma, será preciso fazê-lo no Conhecimento do Espírito, e não na ignorância do Espírito.
Porque, como vocês sabem, o Espírito foi cortado da alma.
Quase na totalidade.
Então, a alma tem talvez necessidade, ainda, de acreditar em suas próprias ilusões, em sua própria perfeição, em sua própria evolução.
Nada há para repreender.
São apenas experiências que necessitavam prosseguir em meio a uma Ilusão.
A Ilusão, em si, não é algo de condenável, nem para condenar.
Mas é preciso, para isso, que a alma viva ao menos uma vez o Impulso do Espírito.
E viva este Face a Face com a Luz.
A fim de conhecer, e ter em alguma parte da alma, esta conexão ao Espírito que se reinstalou definitivamente.
Eis, dito em minhas palavras por mim, o que vocês são Chamados a viver.
Tudo foi preparado, no Interior de vocês, do corpo, da alma, sobre a Terra, neste Sistema Solar e bem além, para o que está para viver agora.
Eis minhas palavras.
Se vocês têm interrogações que permaneceram, então, juntos, nós podemos tentar ir para o mais próximo do que eu posso exprimir com as palavras.
Uma série de elementos foram-lhes comunicados, desde algumas semanas, referentes à alma em manifestação na personalidade, a alma em seus diferentes Impulsos e manifestações.
Como Estrela que porta a Vibração de AL, e então, do que é chamado de Porta da alma, é-me possível exprimir, de maneira simples, e através do que eu vivenciei em minha última vida, as diferenças que podem se manifestar, e, sobretudo, existir, a partir do momento em que a alma descobre o Espírito.
De fato, viver na alma, encarnada, não é viver no Espírito.
A alma possui leis, princípios, assim como a personalidade possui leis, princípios, manifestações.
As leis da alma não são as Leis do Espírito.
Hoje, nesta época em que vocês estão encarnados, o desdobramento do Espírito realiza, para o conjunto da humanidade, Desperta à alma ou não Desperta à alma, uma mudança.
Essa mudança é de natureza coletiva.
Não é o mesmo para todos, porque ela depende, é claro, da maneira como a alma se volta e serve a personalidade, ou então se desvia (retorna, se vocês preferem) e fica no serviço do Espírito.
São, aliás, essas manifestações que foram melhores descritas, porque elas foram vivenciadas em muitos países, por várias almas.
Tendo expressado, vocês podem imaginar, certo número de fatores comuns, porque além da cultura, da personalidade, além da vida da personalidade, a vida da alma corresponde a Planos que são perfeitamente sobrepostos e que podem ser divididos de novo, em todos os países desta Terra.
A descoberta da alma pode se ver de diferentes maneiras.
Ela pode se exprimir, também, em uma descoberta da poesia, da inspiração, da criatividade.
A alma está ligada então, de algum modo a manifestações e a desdobramentos da beleza, da sensibilidade.
E depois também, em mecanismos mais sutis que aqueles da personalidade, onde a vida da alma, quando ela se revela, vai manifestar uma série de elementos, mesmo na personalidade.
O que vai orientar, naturalmente, a personalidade a seguir os Impulsos da alma.
Esses Impulsos da alma são sempre voltados para o aperfeiçoamento da personalidade: para a compreensão, a adesão e a manifestação de algumas coisas, em relação com o que é chamado de ‘espiritualidade’.
A alma vai se comover.
Ela vai ter necessidade de seguir, ou um modelo, ou uma religião, ou uma filosofia.
Ela vai Impulsionar para a necessidade de saber, a necessidade de conhecer os mecanismos mais sutis e invisíveis, que diferem da personalidade comum.
A alma tem necessidade, de alguma forma, de se conhecer.
Da mesma maneira que uma criança tem necessidade de se encontrar, de saber que ela está, em sua vida, de compreender como seu corpo funciona.
Quando a alma se revela em meio à personalidade, ela vai induzir certo número de mecanismos, de mecanismos de ‘mudança’.
E, sobretudo, a personalidade vai se transformar sob a influência da alma.
A alma vai poder experimentar tudo o que é agradável, tudo o que é aspiração para alguma coisa mais leve.
Esta alma, como eu dizia, possui regras próprias, seu próprio modo de manifestação e de vida.
Os mecanismos da alma destinam-se, sobretudo, para encontrar-se a si mesma, através da observação do que é criado, ou do que é servido, no sentido do serviço.
A alma, quando ela se descobre, faz compreender que a vida não se limita somente a esse corpo, a este nascimento, a esta morte, mas está inscrita em um princípio denominado Reencarnação.
A alma se descobre, de alguma maneira, persistente, e diferente, no entanto, a cada vida, mas em uma ressonância que pode ser comum através de uma sequência lógica de encarnações, de reencarnações.
Onde a alma vai exprimir, e manifestar, essa necessidade de experimentar, essa necessidade de ver (em todos os sentidos do termo), de confrontar-se a ela mesma e também, de interferir com outras almas.
Na realidade, as almas que se encontram e se reencontram, muitas vezes tiveram destinos comuns ou caminhos que são cruzados.
Então, surgem lembranças de almas, de atrações, que não se explicam sempre por um aspecto físico ou por um aspecto intelectual, mas que, efetivamente, vêm da própria alma.
Quando a alma se descobre em meio à personalidade, a personalidade muda, naturalmente.
A Vontade de Bem, a vontade de serviço, a vontade de fazer o bem, aparece.
Ela se desenvolve, é claro, progressivamente, de vida em vida.
A vida da alma vai então, de algum modo, realmente, aprimorar a personalidade.
Vai permitir-lhe limitar algumas angústias, alguns elementos que, na personalidade que não conhece a alma, são a agonia da morte, a agonia de desaparecer, todo um conjunto de medos.
Que foram, aliás, chamados de ‘medos fundamentais’, porque eles estão inscritos em todas as almas.
Esses medos são como domesticados quando a alma é descoberta.
Quando a alma é descoberta, ela vive também, em meio à personalidade, mecanismos particulares.
Percepções novas, sensações novas, aberturas novas.
Uma sensibilidade, ainda uma vez, à beleza, mas também à vibração, mas à vibração da energia de outras almas.
A vibração de lugares, a energia de lugares.
Uma sensibilidade particular às belezas históricas, à história com um grande H, também.
A alma, descobrindo-se, experimenta fundamentalmente a necessidade de fazer sempre melhor.
Existe então uma polaridade para o Bem, que se exprime naturalmente quando a alma se descobre.
A alma tem necessidade, de alguma maneira, de se conhecer ela mesma.
Ela vai, então, recorrer a ainda mais de invisível, pela prece ou pela meditação, segundo a origem cultural da personalidade.
A alma terá, também, necessidade de conhecer o mecanismo da vida.
O que é que explica que ela vive isso?
Ela terá necessidade de significação, muito mais do que a simples ação / reação presente na personalidade comum.
A alma tem necessidade, de certa forma de encontrar uma direção, um sentido
Ela tem necessidade de conhecer.
De conhecer o passado, o futuro.
É então uma ampliação da consciência, real.
Mas esta ampliação se inscreve, sistematicamente, neste mundo.
A alma não pode duvidar, em momento algum, que existia talvez uma origem que não era, simplesmente, deste mundo.
Exceto, talvez, durante esses últimos trinta anos da Terra, onde, devido a Impulsos de energias, bem além da alma, algumas almas puderam perceber, talvez, por sopros, por momentos, mas sem poder elucidar realmente isso.
A alma, em geral, tem uma vibração que é mais leve do que a vibração da personalidade.
A alma implica, também, em modificações no sentido das relações entre os seres humanos, e com o ambiente, a alma exprime necessidade de esclarecimento.
Ela precisa de significado, muito mais do que a personalidade.
Ela tem necessidade de conhecer profundamente.
Ela tem necessidade de ser mais precisa nos mecanismos de sua ação.
É naquele momento que aparece o ‘humanismo’ [filosofia moral que coloca os humanos como principais em uma escala de importância, dando ênfase à racionalidade, e destacando-se por contraposição ao apelo ao sobrenatural ou a uma autoridade superior - http://pt.wikipedia.org/wiki/Humanismo ].
É naquele momento que aparecem funções espirituais importantes.
A alma experimenta sempre a necessidade de fazer mais, de fazer melhor.
Ela precisa de algum modo, contemplar-se.
Durante o século em que eu vivi, vários ensinamentos, aliás, nasceram, e que eram desconhecidos nos séculos anteriores.
Em uma escala e em um número de indivíduos muito mais importante, que descobriu, por exemplo, a necessidade de saber mais sobre a vida.
De explorar a psicologia, o funcionamento do psíquico.
E tudo isso contribuiu, é claro, no início do século em que eu nasci, para fazer desaparecer a interrogação a este psíquico.
Todos os movimentos ligados ao estudo do psíquico nasceram, aliás, no decorrer desse século.
A alma tinha necessidade de sair, globalmente, de uma forma de mecanismo automático da personalidade.
Ela teve também necessidade, esta alma coletiva humana, de se libertar da fé e da crença pura sem se colocar questão.
É o momento onde as questões, quando a alma se descobre, começam a ser colocadas.
Sobre o próprio sentido da vida, sobre a orientação da vida, e sobre as diferentes formas de vida que podem existir neste mundo.
A alma é então parte integrante deste mundo, e ela permite, efetivamente, um sentimento de evolução, através da própria evolução da revelação da alma.
As virtudes da personalidade aparecem, e se revelam, como a bondade, o serviço, mas também o amor.
A necessidade de amar com menos posse, de observar entre os sábios, entre os profetas.
Ela experimenta a necessidade de conhecer a história da alma, através de outras almas.
Ela vai, também, dar uma forma de pacificação da personalidade.
Uma sensibilidade mais intensa, mas uma capacidade, também, talvez mais intensa de ver-se a si mesma.
A fim de, sempre, exercer uma tensão para mais beleza, mais estética, mais criatividade.
A alma tem necessidade de agir.
Mas ela tem uma necessidade de agir, de algum modo, para fazer valer sua presença e sua beleza.
Para tentar, também, abrir outras almas à sua própria percepção.
A vontade se revela, então, de maneira muito natural, como um desejo de conhecimento.
Este conhecimento podendo se exprimir, por sinal, pela prática de diferentes tipos de yoga, de diferentes exercícios, de diferentes tipos de práticas, mesmo espirituais (como a magia, a teurgia, o ocultismo).
A alma vai então ter necessidade de se encontrar, de alguma forma, sempre mais.
A alma é voltada, em última análise, permanentemente, para a experimentação da encarnação, para o aprimoramento da encarnação e das reencarnações.
Ela vai estudar a ação/reação.
Ela pode ser, literalmente, Atraída pela necessidade de estar em conformidade com um modelo (seja Krishna, seja Buda, seja o CRISTO, seja MARIA, e tantos outros).
Há uma forma de mimetismo ao nível da alma, que tem tendência a querer se identificar, projetar-se, para um modelo ideal.
Isso, é claro, todo ser humano o vive e o vivencia.
É a lógica e é a função mesmo da alma, em todo caso neste mundo.
Algumas almas, neste encantamento da luz procurada, puderam viver algo a mais.
Nós, as Estrelas, naturalmente, temos vivido mais isso.
Esse mais, o que é que é?
É simplesmente ir além da alma.
Ou seja, ver a alma, vivê-la, mas ter uma Tensão para alguma coisa totalmente indescritível, inconcebível, e mesmo impossível de ver.
Desta Tensão, para um Absoluto e não mais somente para a encarnação, nós todas vivenciamos, em um momento ou outro, o reencontro com o mistério dos Mistérios.
Naquele momento, assim que ela vive este primeiro reencontro com o absoluto, não pode mais de qualquer maneira manifestar a mesma Atração para a personalidade, para a própria alma.
A alma é, de algum modo, aí também, Siderada, por alguma coisa que a supera amplamente.
Esta experiência é uma experiência que eu qualificaria de final.
Em minha vida, ela era extremamente rara.
A tal ponto que essas almas, que viviam isso, tornaram-se santos, místicos, personagens que buscaram a fraternidade, sem sempre compreender o porquê.
Mas simplesmente se aproximando desses seres, a alma podia se abrir, e também, a personalidade podia ser apaziguada.
Essa foi a época dos ‘mestres exteriores’.
Havia modelos vivos, e não somente na história, para venerar, para reencontrar, para esperar si próprio abrir a alma.
E isso funcionou durante certo tempo.
Porque, naquele momento, é claro, esses mestres estavam realmente encarnados.
Eles prepararam os Fundamentos do Espírito que vocês vivem hoje.
O conjunto das Estrelas, a maioria das Estrelas, também estava encarnado naquelas épocas.
Elas se fundamentaram, pelo seu contato com esta Sideração da alma, ou seja, vocês o compreenderam, com o Espírito.
O que é que acontece quando o Espírito é contatado?
Naquele momento, a alma vive, por sua vez, como a personalidade que descobre a alma, uma forma de revolução.
Esta revolução é uma Sideração.
Ou seja, tudo o que, até agora, a alma teve necessidade de experimentar, de viver, para aprimorar a personalidade e a encarnação, encontra-se confrontado com alguma coisa que não tem mais nada a ver com a encarnação.
Com um amor que supera amplamente o contexto da encarnação, ou mesmo, do que pode ser expresso através da alma.
Há, realmente, um absoluto total que se manifesta naquele momento.
Onde a própria alma não sente mais o Impulso para existir.
Ela não sente mais o Impulso para manifestar, seja o que for, neste mundo.
É uma revolução extremamente importante.
Porque a alma tinha suas próprias regras, e essas regras eram voltadas para a beleza, para a estética, para a criatividade, para tudo o que torna a vida humana mais doce e mais agradável, quando se compreende o mecanismo.
E depois, de um único golpe, a alma encontra-se confrontada com algo que, aí também, supera-a completamente.
E que vem como apagar todas as memórias.
Que vem fazer desaparecer a encarnação, até mesmo, como alguma coisa que não é a Verdade.
Como algo que não tem mais o mesmo sentido que antigamente.
A revolução, naquele momento, Interior, é tão potente como o reencontro da personalidade com a alma.
A alma se encontra, de algum modo, em uma Sideração total.
Ela vive a Consciência de que não é mais necessário manifestar coisa alguma.
E que mesmo a vontade de fazer o Bem, a vontade de agir para aprimorar o que quer que seja, não tem mais qualquer sentido.
Naquele momento, a alma descobre, estupefata, que existe ainda alguma coisa, acima.
Ou algo de mais profundo.
E que esse algo de mais profundo vem responder a todos os Impulsos da alma.
Vem responder a todos os desejos, vem preencher todas as lacunas.
Vem fazer desaparecer, ainda (até aniquilar totalmente, em certos momentos), a personalidade, e mesmo a alma.
Naquele momento, a alma é preenchida da Luz do Espírito.
Quando a experiência ocorre uma vez, ou invade a vida (como eu vivenciei em minha vida, por períodos muito longos), naquele momento, a alma é transportada no Mundo do Espírito e não tem mais qualquer desejo neste mundo.
Ela vive, realmente, de maneira efetiva, praticamente, concretamente com uma lucidez total, o que vários seres vivenciaram anteriormente, e que, minha fé, é bem difícil de aceitar enquanto não se vivenciou esta revolução.
Ou seja, que tudo o que pertence a este mundo é uma Ilusão, e não existência.
Que é simplesmente uma projeção.
Que é simplesmente um divertimento, de alguma maneira, um divertimento trágico.
A alma, naquele momento, toma Consciência, realmente, de que ela vive um confinamento.
A Vontade de Bem desaparece, integralmente.
O que não quer dizer que a alma não existe mais, e que não há mais nada a fazer.
Mas a alma tem todo o escopo do que isso significa: Ser, e não mais fazer.
Estabelecer-se na Luz basta a ela mesma, de qualquer forma.
A alma vai viver, de algum modo, êxtases cada vez mais Elevados.
Levando-a a regar-se nesta Fonte, nesta Fonte de Cristal.
Neste estado particular, onde mais nada pode existir, exceto a própria Luz.
Então, naquele momento, o Espírito se revela.
E o Espírito não tem de qualquer maneira as mesmas regras que a alma ou que a personalidade.
Porque o Espírito não pertence a este mundo, e não tem nada a ver com a projeção deste mundo.
Isso foi descrito, é claro, como uma vivência pelos mestres que estavam encarnados no século XX, cada um segundo sua cultura, segundo seu país, segundo as pessoas para quem eles haviam expressado isso.
De forma mais ou menos velada, porque uma alma sendo Atraída para a encarnação, para a resolução do seu carma, para esse desdobramento da revelação da alma, não está necessariamente pronta para aceitar o Espírito.
Porque ela está ocupada com sua própria verdade e não pode perceber, enquanto ela não vivenciou, este aspecto que lhe é totalmente Desconhecido.
A Revelação do Espírito é um jorro impetuoso, que devasta tudo.
E que vai permitir à Consciência instalar-se, em algo que não tem mais nada a ver com as leis deste mundo, sejam espirituais, ou mesmo da personalidade.
Viver o Espírito é suficiente para ele próprio.
Quando o Espírito se verte em vocês, a Consciência ilumina-se inteiramente.
E mais nada pode existir senão este estado de Ser.
Particularmente, para nós, que vivenciamos aquele momento, nós não tivemos sequer pensamento para ir a outras Dimensões, como vocês o dizem.
Mas simplesmente para nos fundirmos nesta Luz, para apenas existir, aliás, neste estado.
É isso que em minha vida eu experimentei inúmeras vezes.
E obviamente, é mais difícil expressar palavras referentes a isso.
Porque este estado, é claro, não representa absolutamente nada para a alma, e ainda menos para a personalidade.
É uma abstração tal, que a alma não pode ali acreditar, e menos ainda a personalidade.
É um estado que, para a personalidade, é chamado de loucura.
É um estado que, para a alma, é denominada uma abstração.
Ou algo que não pode existir, porque não faz absolutamente parte de seu campo de experiência, ou de seu campo do possível.
Portanto, quando o Espírito se revela, há apenas uma coisa a fazer, é ali permanecer por mais tempo possível.
Não por uma vontade qualquer.
Mas sim por, o que foi denominado pelos Arcanjos, esse ‘soltar’ total, este Abandono à Luz, que vem arrebatá-los.
E levá-los nas esferas da Alegria, que mesmo a alma a mais equilibrada e a mais desperta não pode viver.
Porque é um estado que se basta a ele mesmo.
Muitas vezes, isso é chamado de Samadhi, ou de Maha Samadhi, a Morada de Paz Suprema, Shantinilaya.
Isso pode ser também denominado, se vocês preferem, e é a melhor expressão que pode ser dada, é como se vocês vivessem um estado de Amor permanente, fazendo o Amor a cada instante.
E o instante, aliás, que não existe.
Porque vocês não estão mais no tempo.
Vocês saíram, verdadeiramente, do tempo linear, vocês saíram do tempo da alma, e vocês expressam a Felicidade a mais absoluta, que mesmo a alma a mais aberta não pode experimentar.
Dessa maneira, é claro, esta revolução é um furacão comparado com a abertura da alma.
Durante a abertura do Espírito, quando a alma se volta para o Espírito, ela vai viver sua própria Dissolução.
Ou seja, tudo o que era acreditado, e vivenciado como real anteriormente, não existe mais.
Há esse processo chamado de Dissolução.
É o retorno ao estado de Brahman.
É o retorno ao estado indiferenciado e, no entanto, tão diferenciado.
Aí está o paradoxo.
A personalidade está identificada a algo fechado.
Viver o Espírito e viver esta unidade do Espírito é, às vezes, viver o Ilimitado, a Dissolução, mas estar, ao mesmo tempo, perfeitamente definido, neste indefinido.
Ainda uma vez, as palavras são muito delicadas.
A alma, além disso, leva-os a manifestações, ditas energéticas, cada vez mais sutis.
É naquele momento que a alma experimenta a necessidade de desenvolver suas próprias energias, de viver algumas coisas.
De descrever o que ela sente, de exprimi-lo.
Quando vocês vivem o Espírito, vocês apercebem-se de que não há nada a exprimir.
Vocês se apercebem de que não há mais nada a manifestar, neste mundo.
E, entretanto, vocês estão ainda sobre este mundo.
Mas vocês Transcenderam os limites, totais, deste mundo, os limites desta Dimensão, como vocês dizem hoje.
Os limites da alma elas mesmas não existindo mais, e não querendo mais nada dizer.
Este estado particular, este instante onde se instala uma Vibração particular.
E a própria Vibração se dissolve, porque vocês se tornam a Vibração.
Mesmo mais a vibração deste corpo, desta alma, mesmo a Vibração Total de toda a Criação.
Não há mais nada a criar, já que vocês se tornaram a Criação.
É muito difícil de aceitar para a alma.
Porque a alma, ela também, é um confinamento, isso vocês sabem.
O Espírito é Liberdade total.
E esta Liberdade é mesmo inconcebível.
Ela apenas pode ser vivenciada pela própria Consciência, que se Dissolve inteiramente na Luz Branca.
Evidentemente, a Alegria que é, naquele momento, não tem nada a ver com um prazer, ou com a satisfação de algum prazer da alma (mesmo através do mais refinado desses prazeres).
É um estado que não tem qualquer justificativa.
E que não é, principalmente, o resultado de outra coisa senão dele mesmo.
Este estado é um estado tão fora de qualquer conhecimento, que alguns o chamaram de O Conhecimento.
Viver isso é inegavelmente, já, sair deste mundo.
É a isso que vocês foram chamados.
Obviamente, lembrem-se de que cada um tem a Liberdade a mais absoluta de manter sua alma.
De manter esta forma de sedução, porque é uma, de Atração para a vida, para os sentidos.
Esses sentidos se manifestam também nos cinco sentidos, que vocês conhecem, como nos sentidos denominados espirituais, os poderes espirituais.
Mas o Espírito nada tem a ver com isso.
O Espírito, eu diria que é outra etapa ou outro estado, mas é algo de profundamente diferentes.
Que não tem a ver como tudo o que conhecido, isso lhes foi expresso.
Mas, ainda uma vez, o Espírito, quando é encontrado, não pode mais ser fechado.
A alma vive peregrinações, pode cair e se erguer, mas o Espírito jamais.
O Espírito é o mesmo de toda Eternidade.
Ele é o mesmo para todos.
Ele está aí, em vocês, sempre.
Ele aguarda apenas seu Despertar.
Ele aguarda apenas seu Abandono total, como lhes foi falado, a esta Verdade do Espírito.
É nesse sentido que minha Irmã HILDEGARDE DE BINGEN lhes expressou, desde alguns meses, esta Tensão da alma para a Luz, para o Final (ndr: ver a canalização de HILDEGARDE DE BINGEN de 25 de outubro de 2010).
Esta Tensão para o Final é, de certa forma, um Sacrifício da alma.
Mas esse Sacrifício culmina no Extraordinário, o mais absoluto.
Mas enquanto não existe, na alma, uma saciedade de experiências e de experimentações, ela não pode conceber o que eu tento colocar em palavras, para vocês.
Deste modo, é claro, as Núpcias Celestes permitiram Despertar em vocês a alma.
E permitiram, para alguns de vocês, começar a levantar o véu do Espírito.
Isso vai se tornar tanto mais fácil como, agora, a Luz Branca está entre vocês.
Quando em minha época, era preciso, realmente, Abandonar-se totalmente, em Tensão para esta Elevação.
Se tanto é, ainda uma vez, que se podia falar desta Elevação, que não é uma.
Mas que é, realmente, o estabelecimento no Ser, que sempre esteve aí.
É como se, de uma só vez, a própria Consciência tomasse Consciência que ela não é mais limitada por nada.
E ela vive este Ilimitado.
Sem qualquer pergunta, sem qualquer interrogação, sem qualquer medo.
E naquele momento, e somente naquele momento, revela-se esta Felicidade Total.
Enquanto a alma se coloca questões em relação a isso, ela não pode vivê-lo.
Porque ela vai buscá-la nela mesma.
Eu não falo mesmo da personalidade, a alma é já um progresso.
Mas obviamente, o Espírito, quando ele é vivenciado, compreende que mesmo a alma está fechada.
Que isso não é o que é para Realizar.
Porque o Espírito compreende que de fato, não há nada a Realizar, que não há nada a buscar, que não há nada a esperar.
Que há apenas que viver esta Consciência.
Mas enquanto a consciência limitada, ou a própria alma, quer viver, ela não o viverá.
Porque enquanto ela está identificada a ela mesma, a personalidade ou a alma, ela não pode abraçar o Espírito.
É por isso que isso foi chamado de Ressurreição, a Passagem da Porta Estreita.
É o momento da rendição total da alma e de sua Atração para a personalidade, para os desejos, para a necessidade de muito fazer, para a Vontade de Bem.
O Espírito não pode se manifestar por muito tempo com a alma.
Porque o Espírito conduz vocês para a Verdade.
Ele não quer deixá-los (e vocês não podem, por sinal, ali permanecer) muito tempo nesta Ilusão.
O que explica, aliás, a partida de algumas de minhas Irmãs, como Gemma, como Teresa, muito jovens (ndr: GEMMA GALAGANI e TERESA DE LISIEUX).
Algumas almas, como eu, foram ajudadas, realmente, por outros Planos para poder manter esse corpo, que era tão pesado, já que ninguém conseguia movê-lo.
Que era preciso me manter viva, para ser, de algum modo, ao meu nível, este Derramamento da alma sobre a Terra.
Da mesma forma que em sua curta vida, Gemma, ou Teresa, no desconhecido o mais total, enxamearam este Espírito.
A fim de que, por ressonância, algumas almas próximas de suas Vibrações, próximas de suas almas, pudessem aceitar viver o Espírito.
É graças ao conjunto desses Sacrifícios, graças ao conjunto dos mestres que estavam encarnados no século passado, que, hoje, a dimensão do Espírito lhes é oferecida.
Mas se apreendam bem de que vocês não podem manter uma personalidade, e uma alma, quando o Espírito se descobre, e se revela.
Mas compreendam bem, também, que vocês não podem terminar, decidindo, assim, esquecer, obstruir sua personalidade ou sua alma.
Esperando que, voltando-se para este Espírito, vocês irão coagir o Espírito a se Revelar.
O Espírito apenas se revela realmente quando todo o resto é verdadeiramente Abandonado.
Este Abandono é um mecanismo Interior.
Não há necessidade para fazer isso, porque isso seria ir viver no fundo de uma gruta, ou de uma montanha, e evitar os outros seres humanos.
Porque esta descoberta, ela não ocorre no exterior.
Ela apenas pode se viver no mais profundo de si.
E isso é totalmente independente de qualquer circunstância exterior.
Independentemente da vida de sua personalidade, independentemente mesmo da vida da alma, é um mecanismo de Reversão específico.
É desta Tensão no Abandono que lhes falou HILDEGARDE.
É esta vontade de não mais ver este mundo, não por desgosto, mas muito pelo contrário, pela vontade de Ver além do mundo.
De Ver além do sentido da alma.
De Ver além das aparências, além da matéria, e até mesmo além da alma.
É querer Ver, realmente, a causa Final, ou a Fonte primeira.
É não mais expressar o que quer que seja como desejo.
É essa Renúncia total, mas que não é uma renúncia em meio à renúncia da vida, porque renunciar à vida não permite jamais encontrar o Espírito.
Por outro lado, quando o Espírito é encontrado, quando ele se Revela, naquele momento há uma verdadeira Renúncia.
Mas isso não é vocês que decidiram, é o Espírito que vocês levam.
E isso é profundamente diferente.
Principalmente que hoje, como vocês sabem, existem ensinamentos da alma que têm como objetivo, e como única finalidade, impedi-los de voltar-se para o Espírito, fazendo-os acreditar que a alma vai chegar à Luz e vai chegar a esta Unidade.
Isso não é possível.
A Unidade não conhece a alma.
A Unidade não conhece a personalidade.
A Unidade está bem além desta Ilusão, bem além de todos os papeis que vocês podem imaginar desempenhar, em todas suas encarnações e suas reencarnações.
A lei de carma não existe ao nível do Espírito.
É a Lei da Graça.
É aí onde tudo é Graça, tudo é pleno, tudo é resposta.
É aí onde há apenas a Luz, porque a Luz é Tudo.
Hoje, coletivamente, o que vem a vocês é isso.
Então, é claro, a alma que não quer esta Luz, vai chamar isso de fim, de morte.
A personalidade que vai viver isso vai chamá-lo de terror.
Mas compreendam bem que é unicamente a negação ou a não vontade de ir para este Espírito que irá exprimi-lo.
O Amor se revela, qualquer que seja a alma, e independentemente do que querem as personalidades.
Porque o que vocês vivem se inscreve em um Tempo particular, que foi denominado, no Oriente, o final do Kali Yuga, o final da Idade negra.
O Retorno da Luz.
Os Impulsos da alma, para alguns de vocês, preparam-nos (em vocês fazendo deixar certas coisas, certas situações) para aceitar a eventualidade do Espírito.
Mas quando o Espírito penetra vocês, por completo, nada mais existe.
Quando ele os penetra e se conecta com vocês, por Efusão de Energia e de Consciência.
Então, naquele momento, o que é que acontece?
Sua personalidade se Dissolve, em parte.
Vocês não sabem mais quem vocês são.
Vocês não chegam mais a agir.
Vocês têm a impressão de que seu mental não funciona mais, de que suas emoções não existem mais.
Isso são etapas anteriores onde a alma começa a se render.
Onde, em todo caso, ela não se volta mais para a personalidade, mas começa a se voltar realmente para o Espírito.
A Luz Branca, CRISTO, vem para isso.
Para permitir-lhes finalizar, se tal é sua escolha, essa última Passagem.
Dessa maneira, é claro, enquanto vocês estão nos medos, enquanto a personalidade está predominando, e enquanto a alma está predominando, isso pode lhes parecer uma ilusão.
Ou mesmo, fazê-los ver isso como uma negação, como a pior das loucuras.
E efetivamente, para a alma, é uma loucura.
Ainda mais para a personalidade.
Porque o paradoxo da personalidade é que ela busca a luz, ela buscar estar bem.
Mas a personalidade nunca pode se sentir bem, isso jamais dura.
A alma busca se aprimorar, gradualmente e à medida, de vida em vida, para purificar seu karma, para aliviar seu carma.
Esperando um dia encontrar a luz.
Mas a Luz não está na alma.
Ela não pode estar.
É uma Ilusão e um reflexo da Luz, um simples reflexo.
Mesmo os seres humanos que fizeram uma experiência às portas da morte, viram esta luz ao longe: eles viram apenas um reflexo, eles não são a Luz.
Eles viram seres luminosos que não são a Luz, que são eles também apenas reflexos.
O Espírito não tem nada a ver com isso.
E é para isso que a Revelação Final desta humanidade convida vocês.
Através das palavras simples que eu lhes pronunciei esta noite, eu espero que vocês possam ter elementos suficientes, para aqueles que o desejam, para aceitar o Espírito.
Porque o Espírito não é para buscar.
Obviamente, há várias técnicas que lhes foram dadas.
E que foram dadas o tempo todo.
Permitindo-lhes aproximar-se do Espírito, ou, em todo caso, tentar perceber as primícias.
Mas, como lhes foi dito, a última etapa, a última Porta, é apenas a sua alma que decide atravessá-la.
Não pode ser de outra forma, em momento algum.
Simplesmente, eu diria que o Impulso coletivo, que chega agora, do Espírito, é irremediável, e irreversível.
Para o conjunto da humanidade.
Porque mesmo se vocês desejam prosseguir em meio à alma, será preciso fazê-lo no Conhecimento do Espírito, e não na ignorância do Espírito.
Porque, como vocês sabem, o Espírito foi cortado da alma.
Quase na totalidade.
Então, a alma tem talvez necessidade, ainda, de acreditar em suas próprias ilusões, em sua própria perfeição, em sua própria evolução.
Nada há para repreender.
São apenas experiências que necessitavam prosseguir em meio a uma Ilusão.
A Ilusão, em si, não é algo de condenável, nem para condenar.
Mas é preciso, para isso, que a alma viva ao menos uma vez o Impulso do Espírito.
E viva este Face a Face com a Luz.
A fim de conhecer, e ter em alguma parte da alma, esta conexão ao Espírito que se reinstalou definitivamente.
Eis, dito em minhas palavras por mim, o que vocês são Chamados a viver.
Tudo foi preparado, no Interior de vocês, do corpo, da alma, sobre a Terra, neste Sistema Solar e bem além, para o que está para viver agora.
Eis minhas palavras.
Se vocês têm interrogações que permaneceram, então, juntos, nós podemos tentar ir para o mais próximo do que eu posso exprimir com as palavras.
Nós não temos perguntas, nós lhe agradecemos.
Minhas irmãs e meus Irmãos, eu rendo Graças pela escuta atenta e pela abertura do seu Coração.
Todo meu Amor está à sua disposição.
Bem além deste espaço e deste instante.
Como vocês sabem, todas as separações extinguiram-se, atualmente.
Está mais fácil, se vocês tiverem necessidade, sobre seu caminho para o Espírito, de nos chamar.
E nós estaremos aí.
Nós portamos, como sabem, cada uma de nós, Dimensões particulares, Eixos particulares.
Agora que a Luz Branca foi revelada, pelo Senhor METATRON, e que as Portas Interdimensionais estão abertas em vocês, a Energia da alma se revela.
Tanto para baixo como para o alto.
E nós estamos, cada uma, à sua disposição.
Nossa Vibração pode acompanhá-los a cada instante.
Eu rendo Graças pela sua Presença, e eu darei a palavra, nos outros dias, para algumas de minhas Irmãs, Estrelas.
Lembrem-se sempre de que vocês foram chamados de Sementes Estelares.
Esta palavra foi escolhida.
Todo meu Amor está à sua disposição.
Bem além deste espaço e deste instante.
Como vocês sabem, todas as separações extinguiram-se, atualmente.
Está mais fácil, se vocês tiverem necessidade, sobre seu caminho para o Espírito, de nos chamar.
E nós estaremos aí.
Nós portamos, como sabem, cada uma de nós, Dimensões particulares, Eixos particulares.
Agora que a Luz Branca foi revelada, pelo Senhor METATRON, e que as Portas Interdimensionais estão abertas em vocês, a Energia da alma se revela.
Tanto para baixo como para o alto.
E nós estamos, cada uma, à sua disposição.
Nossa Vibração pode acompanhá-los a cada instante.
Eu rendo Graças pela sua Presença, e eu darei a palavra, nos outros dias, para algumas de minhas Irmãs, Estrelas.
Lembrem-se sempre de que vocês foram chamados de Sementes Estelares.
Esta palavra foi escolhida.
Eu lhes dou todo meu Amor, e todo meu Coração.
Até mais tarde.
Até mais tarde.
Áudio da Mensagem em Francês
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Áudio da Mensagem em Português
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Mensagem de MA ANANDA MOYI,
pelo site Autres Dimensions
em 09 de agosto de 2011
Rendo Graças às fontes deste texto:
Tradução: Zulma Peixinho
Áudio:http://mensagensdeamor.webpt.net
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