terça-feira, 24 de julho de 2012

IRMÃO K - 20-07-2012 - COM ÁUDIO

Rendo Graças ao auto desta imagem




IRMÃO K
20/07/2012


Meu nome é IRMÃO K.
Irmãos e Irmãs, estabeleçamo-nos na Comunhão.

... Partilhando a doação da Graça ...

Eu venho a vocês, neste dia, para tentar exprimir o que é, a priori, complexo, mas espero que através da nossa Comunhão, as Vibrações e as palavras que vou empregar, permitirão simplificar.

Iremos abordar o tema da não-percepção, levando, como sempre, de início, a definir o que é a percepção e em qual quadro ela se inscreve, em relação à consciência e em relação à vida tal como vocês a conhecem e tal como ela é.

A consciência em encarnação, qualquer que ela seja, baseia-se na experiência de sua própria percepção, ela se baseia sobre um certo número de elementos que lhe permitem interagir, de forma permanente, com si mesma e com o conjunto de viventes sobre este mundo.

A consciência vai então apresentar um certo número de atributos que vão resultar em um certo número de eixos, mais ou menos presentes, mais ou menos importantes.

O primeiro desses eixos concerne à concepção, e entendo por concepção tudo o que pode ser um modo de interação, no sentido amplo, e que é oriundo diretamente dos mecanismos do pensamento, dos mecanismos de adesão às crenças assim como do conjunto das experiências da encarnação tendo imprimido, no ser, um certo número de elementos.

Vem em seguida a percepção. A percepção é a capacidade da consciência de receber e emitir um certo número de elementos lhe permitindo, através dos sentidos, e para alguns, além dos sentidos, receber um certo número de sinais que vão, de maneira inelutável, encontrar-se em interação, em um primeiro momento, com a percepção ela mesma, a concepção e a percepção então em interação.

No nível da concepção, nós podemos deixar entrar também a educação da própria sociedade, a própria cultura, o meio cultural, o conjunto dos afetos, o conjunto das experiências que foram conduzidas após o aparecimento neste mundo, que seja nesta vida ou no que é denominado correntemente outras vidas.

A problemática é que a consciência do ser humano em encarnação apresenta um certo número de filtros. Esses filtros foram nomeados Véus.

Esses Véus, que podem, em um primeiro momento, facilitar o acesso à outra coisa além do que é visível ou percebido pelo comum dos mortais, não é mais, como vou tentar lhes explicar e demonstrar, do que um filtro que modifica, certamente, a percepção, dando a ver o que é invisível para os sentidos mas que não é menos colorido, ele também, pelas suas próprias concepções, suas próprias ideias, suas próprias organizações, Internas e também sociais.

Falarei então da percepção limitada, no sentido em que é a percepção correspondente aos sentidos habituais e comuns a todo ser humano, mais ou menos acentuados, mais ou menos evidentes, quer isso se trate, por exemplo, da audição onde, no plano estritamente físico, existem é claro, tanto déficits de audição como uma audição que é qualificada de absoluta, o ouvido absoluto.

A consciência evolui então, e se manifesta, por um mecanismo que foi chamado projeção da consciência, em meio a um ambiente dado, que vai dar as percepções. Percepções sensoriais, percepções ligadas às concepções inscritas tanto no humano como na sociedade.

Da interação, por exemplo, da concepção do humano e da concepção da sociedade resulta uma adequação ou uma inadequação do humano em relação ao seu ambiente.

A percepção pode também fazer apelo ao que eu nomearia a percepção expandida. É essa que eu lhes descrevi por tê-la vivenciado no momento de um choque vivido em minha encarnação passada.

Essa percepção expandida excede o quadro dos sentidos, excede portanto o quadro usual e vai se traduzir por uma amplificação da percepção, excedendo largamente os quadros usuais e se dirigindo, a algum lugar, maravilhoso, que era então invisível na percepção limitada.

A percepção expandida se dá em um modo não sensorial, mas extrassensorial, podendo fazer apelo, eventualmente, a sentidos mais sutis do que aqueles que lhes são conhecidos, como por exemplo a clarividência, a clariaudiência, a clari senciência, a intuição. Essa percepção expandida dá então acesso ao que é qualificado de invisível ou de não percebido pelos sentidos ordinários.

Não esqueçam que a percepção limitada (como a expandida) vai necessariamente encontrar-se confrontada a suas próprias experiências e a suas próprias construções mentais e também afetivas.

A percepção limitada, como a percepção expandida, correspondem ambas a projeções da consciência que provocam, em retorno, um sinal podendo ser ele também, e sendo, necessariamente filtrado pelas concepções e também pelos diferentes filtros chamados corpos sutis que têm, eles mesmos, apenas permitido perceber o que era então não visível, não percebido no sentido da percepção limitada. Um como o outro são então condicionados e condicionantes.

Eles não são livres da interferência da consciência, eles não são livres do julgamento, não são livres do livre-arbítrio mas se inscrevem segundo um princípio chamado evolução, específico deste mundo.

Toda concepção, limitada como expandida, vai modificar os véus que permitiram essa percepção.

O primeiro dos véus concerne, evidentemente, ao que eu chamaria o afeto ou o afetivo, em seu sentido mais amplo, correspondendo ao corpo astral, ao corpo emocional ou, se vocês preferem, ao corpo de desejo.

Como resultado, podemos dizer que tanto o que é visto na percepção limitada como na percepção expandida resulta, de uma certa maneira, da qualidade do corpo de desejo, de sua presença, de sua rarefação mas também do que constitui as concepções que interagem com esse corpo de desejo, chamado corpo mental ou o véu mental.

O véu mental é constituído das crenças, das ideias e das experiências que ajudaram a formar, a construir diretamente a personalidade, dando-lhe um quadro de referências e de ajustamento ao ambiente. O ambiente sendo ele mesmo formado, através da cultura, da educação, da experiência vivida com familiares e as diferentes relações construídas, faz com que a mesma realidade deste mundo não se traduza pelo mesmo real no sentido da concepção, para cada Irmão e cada Irmã.

A diversidade das crenças, das ideias, das emoções e dos afetos traduz indiscutivelmente esse princípio e é o que faz a diversidade, a riqueza do que é chamado a vida deste lado aqui em que vocês estão.

Nenhuma dessas percepções dá conta da Verdade absoluta ou do real. Muitas vezes foi dito que o invisível não era a verdade sobre este mundo e que o que era visível para os olhos, para os sentidos ou para as percepções era apenas filtrado, de alguma maneira e confrontado, de alguma maneira, a suas próprias experiências.

Assim sendo, por exemplo, o que é chamado por sentimento.
Muitos Irmãos e Irmãs confiam em seus sentimentos, sem duvidar um segundo que o sentimento é, ele também, passado pelos filtros do véu astral e do véu mental.

E portanto ele também submetido a uma dualidade inexorável já que existem coisas, e vocês o sabem, que lhes parecem justas, que lhes parecem injustas, que lhes parecem boas ou que não lhes parecem boas para vocês ou para o outro, mas sempre em relação a um sistema de filtros ou de véus ligados às ideias, às crenças, à educação e ao sistema social. Parece, por ora, e já que tanto a percepção limitada, como a expandida, são alteradas pela própria interação existente em meio a este mundo.

A questão que se coloca é, portanto, saber se a percepção, como a concepção, podem se aplicar evidentemente além das leis e das interações deste mundo.

A resposta, através do que vocês vivem, do que vocês têm lido, leva-os a pensar e a viver que isso não é verdadeiro. O sentimento de um não é o sentimento do outro. E contudo, o que é observado pode ser estritamente, exatamente o mesmo objeto, a mesma consciência, a mesma energia, o mesmo acontecimento, podendo se traduzir, para um Irmão e um outro Irmão como opostos.
Dito de outra forma, o que é bom para um não é bom para o outro.

Podemos razoavelmente considerar que isso é assim em outros lugares. E o podemos afirmar, e é o que vou tentar lhes desenvolver, que enquanto existe uma percepção, enquanto existe uma concepção, enquanto o que é chamado os véus ou corpos sutis estão presentes, nenhum elemento restabelecido à consciência pode ser exato, porque ele é, como acabei de explicar, colorido pela presença dos ditos véus, dos ditos corpos sutis, mesmo no que concerne às coisas não visíveis, quer dizer em meio à percepção expandida.

A concepção é ela própria resultado do conjunto das crenças de tudo o que foi experimentado ou do que vocês tenham eventualmente aderido sem mesmo se colocar a questão de saber porque vocês aderiram a tal crença, porque ela lhes parece justa. Mesmo se não existe sentimento associado, nem percepção associada.
Assim é a história do gênero humano sobre este mundo, onde se traduz, nesse nível também, uma espécie de filiação, confinante e alienante, privando-os da Liberdade.

Tudo o que é conhecido, provável e experimentável se referirá sempre apenas ao seu próprio ponto de vista, como foi dito, quer dizer apenas aos seus próprios filtros, e seus filtros não são os mesmos que os de um Irmão ou uma Irmã, e no entanto nós somos todos Um.

Então existiria, além da percepção limitada como da expandida, além das concepções, além do afetivo e das emoções, algo que permitiria superar seus limites, de alguma forma, e permitir acessar um Ilimitado onde não haveria, senão uma mesma finalidade, pelo menos um mesmo suporte ou um mesmo elemento comum e que então atingiria o que chamamos o princípio da Unidade.

Enquanto os véus estão presentes (mesmo se lhes dão a ver o que é dito invisível para os sentidos), vocês permanecem e ficam condicionados pelas suas próprias concepções: ideias, cultura, educação, experiências pessoais, experiências de vidas passadas.

Dentro do sistema que é referência a um passado, a uma experiência, pode-se encontrar uma objetividade total?
Isso é estritamente impossível.

O que é justo para você não é justo para o outro. E penso que não haverá ninguém para me contradizer, referente também ao que vocês chamam o Amor à Luz, às religiões, aos sistemas sociais e mesmo entre dois indivíduos extremamente próximos, não há, de maneira infalível, a mesma percepção, a mesma concepção.

Podemos então nos perguntar, muito legitimamente, se a percepção ela mesma, seja ela a mais expandida possível, como as mais vastas concepções possíveis, não são senão obstáculos a algo do outro.
Pois que toda percepção, toda concepção, todo afeto, toda emoção vão induzir uma forma de reação no indivíduo encarnado que é o modo de expressão normal da encarnação, que podemos chamar, da maneira a mais ampla possível, Ação/Reação.

O fato de perceber ou de conceber sendo então uma ação, a reação se traduzindo pelo ajustamento ao que é percebido, ao que é concebido, ao que foi a experiência pessoal. Daí derivam todas as incompreensões existentes sobre este mundo. A maior parte dos seres humanos evoluem segundo o princípio das crenças.

Há algum tempo, eu lhes tinha explicado o papel da imagem, o papel da visão. O que eu disse hoje ultrapassa largamente o quadro visual.

Vocês todos também sabem que sobre os sentidos mais sutis, como a audição, a mesma música, a mesma voz pode parecer agradável ou desagradável, ou indiferente. E no entanto, de modo objetivo, o som, a música que é emitida é exatamente a mesma, sobre o plano físico. Mas o resultado, para um indivíduo, pode ser aí também estritamente o oposto para um como para outro.

A percepção pode parar? As concepções podem parar?
Eu entendo por parar, não desaparecer, pois elas são a base da consciência em encarnação, e a encarnação não é senão um jogo de interações.

Existe, então, um meio de colocar fim aos filtros, de colocar fim à percepção limitada como à expandida, de colocar fim às concepções e de colocar fim aos afetos e às emoções?
A resposta é seguramente: sim, é ser Absoluto.

Evidentemente, vocês sabem que nada se pode dizer do Absoluto, e em minha vida, eu dizia a alguns interlocutores que aqueles que me falavam também, evidentemente, nunca tinham atravessado o Rio para ir ao outro lado.
E certamente, enquanto vocês não atravessarem o Rio, vocês não têm nenhuma possibilidade, pelas percepções, pelas concepções, mesmo se sua concepção aproxima-se da Verdade e do real da Outra Margem, vocês não têm nenhuma experiência e isso permanece no nível da crença, ou de uma adesão a um dogma.

Tudo o que não é, então, experimentado realmente por si mesmo não apresenta nenhum sentido nem nenhuma realidade em relação à percepção e à concepção, quer dizer que isso permanece, mesmo se chocantes.

Existiria então uma concepção limitada oriunda do que vocês viveram, ou daquilo a que vocês aderiram neste mundo por sua experiência, seus afetos e suas emoções.

Há, do mesmo modo, uma concepção expandida que poderíamos chamar dos ideais, mas esses mesmos ideais, sejam eles os mais nobres, como uma aspiração ou uma tensão para um futuro melhor ou sublimado, não são em nada uma experiência vivida.

Essa concepção expandida, qualquer que seja o ideal, seja o Amor, a caridade, a compaixão ou a Idade de Ouro, permanecem apenas projeções, mesmo que elas sejam mais expandidas, é claro, do que as concepções limitadas que regem, por exemplo, as regras morais, sociais, políticas de sua sociedade.

Ter um ideal, efetivamente, expande a concepção, porque a partir desse momento, vocês não estão mais enrijecidos nos mecanismos ligados à experiência passada, mas vocês tentam criar, realmente, um mundo melhor.

Mas esse mundo melhor, que vocês querem ou não, mesmo apoiando-se sobre conceitos ideais como o Amor, não poderá ser senão tingido por seus próprios filtros, suas próprias experiências. E se chocará, fortemente, com o que está estabelecido em meio à sociedade, como tecido social ou grupo social, como algo imutável.

A novidade e a busca de novidade que vocês podem aplicar em relação a um mundo melhor não será, definitivamente, senão função de sua própria experiência, quer dizer de sua própria consciência. E essa consciência, também, seja ela do eu ou do Si. Seja ela, também, limitada ou expandida.

Tanto uma como a outra não mudam estritamente nada.
Então, existe um meio de ir além de tudo isso?

O paradoxal, é que é necessário cessar a percepção, cessar a concepção, cessar as emoções e o afetivo para transbordar sobre o que sabem não ser possível como uma passagem ou experiência, mas como estado último, nomeado Absoluto.

Nós lhes temos dado elementos, elementos sobre os quais nós temos insistido, enquanto Pilares do Coração. Dois deles aqui, nomeados Humildade e Simplicidade lhes foram largamente explicitados. Mas a Humildade e a Simplicidade, enquanto concepção, não são suficientes para ultrapassar a concepção expandida, mas fornecem um quadro que eu chamaria de mais vasto, permitindo talvez ultrapassar esse quadro.

Há somente a Transparência que pode permitir, na ausência de percepção e de concepção, não mais projetar a consciência e se colocar além do sujeito-objeto e, portanto na distância necessária entre um sujeito e um outro sujeito, um sujeito e um objeto, entre um objeto e um outro objeto que são definidos pelo que foi nomeado uma localização exata, uma determinada forma, uma densidade e um conjunto de características físicas extremamente exatas, que definem, de outro modo, o que é o objeto.

Isso é um pouco mais difícil para o sujeito, mas é realizável, da mesma maneira, por aproximações, diversas e variadas, existindo tanto no nível filosófico, como sociológico, como espiritual. Mas que são apenas referências de um quadro, experimentado ou experimentável, e que permitem, de algum modo, se desembaraçar deste mundo no qual nós evoluímos quando estamos encarnados.

O que então eu quero lhes falar não tem estritamente nada a ver com o que é definido. E como vocês o sabem, nós não podemos falar do Desconhecido. Nós não podemos falar do Absoluto. Mas se há um elemento sobre o qual eu posso desenvolver, é a Transparência, porque a Transparência, quando é adotada, vai transbordar muito precisamente sobre a não percepção e a não concepção. Isto quer dizer, de alguma maneira, uma extração do modo de interação da consciência ordinária (como expandida).

Isso passa, evidentemente, pelo silêncio sensorial. Isso passa, evidentemente, pelo distanciamento de suas próprias crenças, de suas próprias ideias, de seus próprios pensamentos, assim como de seus próprios afetos e de suas próprias emoções. O que poderia se chamar, em um primeiro momento, uma forma de desidentificação ou de despersonalização, com todos os seus componentes negativos tais como o concebe, por exemplo, a psiquiatria.

Uma vez que, certamente, desde que a despersonalização ocorre e não há mais satisfação em relação ao mundo, os termos de diagnóstico caem, por exemplo, na psicose ou no autismo.

Mas eu não me dirijo, certamente, a esse lado psiquiátrico, mas aos seres humanos sensatos, que têm sido sensatos ao buscar, de algum modo, um sentido para sua vida, algo diferente, e que é seu caso se vocês me leem ou se vocês me escutam.

Então, como ultrapassar a percepção, como ultrapassar as concepções?
Bem, é conveniente antes colocar-se fora do sujeito e do objeto, tornar-se, de algum modo, o observador, o que foi nomeado como imutável.

A Transparência permite isso. Porque ela não vai negar o que é percebido, ela não vai negar as concepções, mas largamente transcendê-las, ultrapassando-as, para ir bem além do que está inscrito, tanto na limitada como na expandida. O que não ocorre senão a partir do momento em que vocês podem, efetivamente, ir para a Outra Margem. Não há um caminho para ir para lá, existem apenas meios que podem fazer cessar o que é conhecido, o que é limitado, o que é da ordem da experiência.

Os véus estão aí desde a encarnação.
É claro, essas camadas isolantes, elas se encontram como vocês o sabem no nível do sistema solar, tendo sido muito amplamente rompidas, e mesmo algumas entre elas, no nível coletivo, foram dissolvidas.
Agora, exatamente, o que pode lhes permitir dissolver seus próprios véus?
Bem, é necessário antes aceitar que vocês não podem perceber nada através da própria consciência, nem conceber nada, através da consciência ou da experiência, referente à Outra Margem.

Assim, então, numerosos princípios lhes têm sido comunicados, explicitados, como a refutação, a investigação, eu não voltarei a isso, é claro, esse não é meu papel.

A Transparência, eu a descobri, e ela continua, de algum modo, uma atitude particular ligada às condições de minha encarnação em minha última vida, mas também pela capacidade tanto de ser absorvido pelo que eu observava quanto pela vontade de não interferir. Era então uma vontade pessoal de não interferir com a percepção e ainda menos com as concepções.
Isso necessita estar Livre de todo julgamento, isso necessita estar Livre de tudo a priori e antes de tudo, liberar-se de toda crença, de toda adesão aos próprios afetos, às próprias emoções e à sua própria história.

Esse processo de abstração ou de extração de si mesmo, ainda uma vez, não é uma despersonalização, mas vai lhes permitir poder experimentar a Transparência.

A Transparência é muito exatamente o instante que se produz quando não existe mais a concepção, quando não existe mais a percepção. Isto quer dizer que a percepção foi impulsionada até o seu extremo, essa percepção expandida dá-lhes a ver o milagre da vida, dá-lhes a ver o invisível e a percebê-lo, senti-lo.

Mas como eu o disse, todo sentimento é necessariamente marcado por seu próprio julgamento de valores, pela escala de referências que lhes é própria, ainda uma vez.

Nenhum ser humano encarnado não possui uma escala de valores, de referências ou de julgamento, que seja a Verdade, uma vez que não existe, em seu nível, como no nível de cada Irmão e Irmã, senão uma verdade relativa.

A Verdade absoluta situa-se bem além das capacidades deste mundo, bem além se suas capacidades de percepção, de concepção, de afeto ou de emoção.

Há, portanto, um processo que poderia parecer, aí nesse nível, como um não senso (absurdo). Porque a consciência consciente dela mesma, não pode imaginar nem mesmo supor que seu desaparecimento possa dar acesso à Verdade ou ao Absoluto. Sobretudo que um certo número de princípios de preservação são onipresentes, vocês o sabem. Trata-se dos condicionamentos desse corpo, como do conjunto dos condicionamentos ligados à educação.

A educação os confina, ela não os torna Livres, porque ela os induz às crenças. Tudo aquilo que representa as ideologias, mesmo nas matemáticas que reproduzem a explicação deste mundo. Mas essa explicação permanece no nível da ideia, ela pode permitir a exploração da ciência e da tecnologia, mas em nenhum caso pode lhes dar acesso à vivência de sua consciência, além de qualquer consciência.

O elemento Maior é a Transparência e eu volto a isso.
Passar da percepção limitada à percepção expandida vai transcender os sentidos habituais para lhes dar acesso ao que é chamado o suprassensorial ou o extrassensorial, o suprassensível.

Porque estes não são percebidos pelos sentidos mas por outros mecanismos, que vocês chamam chacras ou projeção sutil, dos diferentes véus, das diferentes camadas isolantes do ser humano.
A partir do instante em que vocês aceitam que o conjunto de seus sentimentos, que o conjunto de suas percepções, que o conjunto de suas concepções não resultam, finalmente, senão em seus diferentes filtros pessoais, a partir do instante em que vocês cessam de interagir ou de querer agir no que é visto, percebido, concebido, cria-se, no interior da consciência, um estado de neutralidade.

Esse estado de neutralidade pode, na maioria das vezes, e principalmente no que vocês vivem atualmente, permitir-lhes encontrar as realidades ultrassensíveis. Os melhores exemplos e mais recentes concernem ao Canal Mariano, a Onda da Vida ou mesmo ao Supramental. Mas isso não é suficiente.

Tem-lhes sido falado e explicitado, em numerosas vezes, o princípio do Abandono do Si. Especificando-lhes que os Quatro Pilares, Infância, Integridade (Ética, se vocês preferem) ou ainda, além da personalidade, a Transparência, a Humildade e a Simplicidade, eram, de algum modo, os guias, os trilhos que iam lhes permitir superar as regras, quaisquer que elas sejam e sobretudo seus próprios filtros.

No momento em que se produz a percepção expandida, qualquer que seja a forma que ela tome, que seja através do Canal Mariano, que seja através da clarividência, que seja no nível da intuição ou de um sentimento indefinível que não se exprime, necessariamente, por uma clarividência, uma clara senciência ou uma clara audiência mas, bem mais, por um lado que eu qualificaria de instintivo, que quer dizer que o próprio corpo pode reagir ao que é bom para ele e ao que é mau para ele, isso todos os sabemos.

Mas vocês não têm nenhuma prova (e, além disso, ela não pode existir) a não ser pelo sentimento, instintivo ou visceral, ajudando-os na vida deste mundo, não que seja uma ajuda para acessar ao Absoluto, bem ao contrário.
A partir do momento em que vocês dão vez aos seus sentimentos, vocês se distanciam do Absoluto, porque vocês aderem à sua história, vocês aderem à sua experiência, a suas percepções, a suas concepções e ao seu instinto.

Isso pode lhes ser muito útil para defendê-los nesta vida mas não lhes permitirá, em nenhum caso, passar ao outro lado e ir para a Outra Margem.

É necessário portanto renunciar. É necessário então, em um dado momento, além de qualquer percepção, colocar em movimento um mecanismo que vai lhes dizer: “ basta” e isso se chama, de algum modo, a Maturidade.

Essa Maturidade vai lhes mostrar, de maneira muito mais geral, que a dualidade, que o carma, a ação/reação, que a encarnação neste mundo, não podem em nenhum caso inteirar-se do que vocês São.
É claro, cada Irmão e Irmã não chega a essa Maturidade no mesmo momento, a problemática é que a Maturidade, agora, é um processo coletivo e que não concerne ao seu indivíduo nem a uma pessoa mas sim ao conjunto deste sistema solar, que vem ao seu encontro.

Portanto, é de algum modo, urgente encontrar o que sempre esteve aí, o que jamais desapareceu, além, justamente, de seus filtros, de suas experiências, de suas concepções, de suas percepções e de sua própria Consciência.

É claro, a percepção limitada e a percepção expandida correspondem, de algum modo (e em todo caso são sobrepostas), à passagem do Eu ao Si, o que quer dizer do estado humano comum, onde circula a energia vital, ao que é denominado o Supramental ou o Vibral, dando-lhes a descobrir um certo número de novas características, cujos nomes foram múltiplos no decorrer desses anos. Houve, de algum modo, uma aprendizagem que levou a Consciência a passar de algo limitado a algo expandido.

A partir do instante em que, qualquer que seja, ainda uma vez, o sentido ou o que está além dos sentidos, que dá a perceber essa percepção expandida, há um momento em que é necessário cessar tudo isso, porque nada disso os levará ao bom porto e tudo isso apenas manterá um confinamento, mesmo se um certo número de elementos lhes permitem se extraírem através da Alegria, através do Samadhi e através da experimentação, que seja a Kundalini, o despertar dos chacras ou ainda a Onda da Vida, porque em tudo isso, há um observador.
A onda da Vida apresenta uma especificidade pois, em um dado momento, no mais total Abandono do Si, vocês podem tornar-se a Onda da Vida e então Ser o que vocês São de toda Eternidade, quer dizer Absoluto.

Qual é então o mecanismo, que não é uma passagem, mas que permite passar de uma percepção expandida para a não percepção?
Bem, é justamente a Transparência. Coisa que eu manifestei, desde minha mais tenra idade, antes mesmo de ter acesso à percepção expandida.

A Transparência consiste em se deixar atravessar, não interferir, não interagir com o que quer que seja. Isso se reúne, em parte, ao princípio da não dualidade que vocês encontram, por exemplo, tanto no Induísmo no nível da Advaita, como vocês encontram no Sufismo original ou, ainda, no Budismo original e não organizado porque, desde que haja organização, desde que haja estruturação, há concepção e há perda da expansão. E isso é uma constante. Nenhuma tecnologia, já que baseada sobre o que é perceptível, ou que é conceitualizável, pode lhes permitir, aí tampouco, acessar a outra coisa senão o Si.

A Transparência da qual eu falo é um estado que poderíamos qualificar de Vacuidade. É o momento em que toda percepção vai se desligar, em que toda concepção vai se desligar. É bem mais do que a meditação. Os estados de Alinhamento, que vocês vivem desde, para alguns, muitos anos, são destinados a fazê-los ir para isso.

Alguns entre vocês, hoje, vivem momentos em que a Consciência está como ausente, sem que isso seja dormir, propriamente dito, mesmo se isso é sobreposto. É nesse nível que se situa a Transparência, no momento em que há, de algum modo, uma obliteração da Consciência, uma obliteração dos sentidos, uma obliteração da percepção, das concepções, das emoções e dos afetos.
É muito precisamente nesse instante, que vocês saem de todo tempo, quer dizer da linearidade passada, presente e futura, que os faz sair de todo sentimento, que se encontra a solução.

Enquanto vocês ficam no nível dos sentimentos, vocês permanecem em sua história pessoal. E vocês não podem ter acesso à sua história imortal, à sua Eternidade. Isso é uma constante. Inteirar-se disso é a Maturidade. Inteirar-se disso, é depor as armas e é Abandonar o Si.
Mas isso somente pode se produzir quando há uma forma de saturação, tanto dos sentimentos como das percepções, tanto limitadas como expandidas.

É o momento em que vocês não aceitam ter nenhuma autoridade exterior, de não lhes referir nenhum modelo, nenhum mestre, nenhuma ideologia, nenhuma crença, nenhum ser humano, como nenhum ser espiritual. E, além disso, os princípios (alcançados pelo Canal Mariano, para aqueles que o vivem) de Comunhão, de Fusão têm um único objetivo: a Dissolução e portanto, a Transparência.

É então a cessação completa da interação com o mundo, visível ou suprassensível, que conduz ao fim da experiência e ao fim da separação, quer dizer à Liberação.

Portanto nós os temos conduzido (e isso já foi exprimido) a perceber algo do expandido, a penetrar uma realidade ultra sensível ou suprassensível, principalmente no nível coletivo, os planos sutis e os planos multidimensionais estão próximos de vocês, até dando-lhes a perceber a presença tanto de desencarnados liberados como de seres espirituais. E lembrando-os, como foi dito, que não é o lado sensacional de entrar em contato com isso que os faz ultrapassar a percepção, mas a própria interação, que transborda sobre algo bem mais vasto.

Assim então, não é do seu ponto de vista nem do ponto de vista de uma entidade Arcangélica, de uma Estrela ou de um Ancião, que se atinge essa alquimia, mas bem na interação que se tem onde, justamente, a distância desaparece, onde justamente o sujeito desaparece, onde os sujeitos podem mesmo se tornarem intercambiáveis, dando-lhes a viver o que é nomeado a Transparência. Porque para ser o outro, é necessário que você esteja vazio. Quaisquer que sejam os nomes que vocês empregam. Que isso seja um princípio de Dissolução, de Fusão ou, ainda, algo chamado o Walk-in.

Tudo isso participa de uma única coisa: fazê-los descobrir e aceitar a imortalidade, o que quer dizer o que vocês São, em Absoluto.

A não percepção não é então uma ação de recusar a percepção. É bem atravessar por ela, aceitar não mais interagir com o que é percebido e ir além do que é percebido, da mesma maneira que é necessário ir além do que é concebido, além de suas próprias experiências e de seus próprios sentimentos.
Enquanto existe um sentimento, vocês não estão Livres. Enquanto existe uma concepção, vocês não estão Livres. Enquanto existe uma interação, vocês não estão Livres.

Tudo o que nós temos conduzido juntos (e que vocês têm conduzido sobre esta Terra) lhes permitiu, para muitos de vocês, viver o Si, aproximarem-se, de algum modo, de um estado suprassensível, dando-lhes acesso a concepções expandidas e a percepções expandidas. Mas mesmo isso deve desaparecer. É apenas no desaparecimento completo de todos os véus, de todas as interações e de todas as projeções que se situa o Absoluto. E isso passa necessariamente pela Transparência.

Essa Transparência não é absolutamente uma regra moral de conduta, de personalidade para personalidade, mas bem a Transparência da não percepção, da não concepção, fazendo desaparecerem todos os sinais, não recusando vê-los já que, em certos casos, é justamente aceitando ver o que vocês têm recusado ver que vocês passam através da percepção e da concepção.
Não se trata de negar as sombras ainda presentes, mas bem de atravessá-las e não mais analisá-las, se elas existem em vocês.
Aceitar ver-se face a face faz parte da Transparência. O que não é uma Transparência que se define no sentido horizontal (que isso seja no nível de um grupo social ou de dois indivíduos, estejam eles ligados pela paz ou pela guerra), mas é na aceitação disso, que se situa a Transparência que permite transbordar sobre a não percepção e a não concepção.Enquanto vocês inter-reagem sobre este mundo, enquanto vocês inter-reagem com sua história, enquanto vocês inter-reagem com seus sentimentos, vocês não estão Livres, porque vocês estão condicionados, mesmo se o condicionamento pode parecer cada vez mais bambo, à medida em que vocês passam da percepção limitada para a percepção expandida.

Se vocês chegarem a apreender, além das palavras, o que eu disse, vai se tornar cada vez mais evidente que a solução está aí e ela se chama a Maturidade, que não deriva de uma experiência, mas que justamente deriva da saturação de experiências.

A partir do instante em que vocês chegam a compreender e a viver que toda experiência da Consciência, finalmente, não os Libera, mesmo se ela os realiza, então, nesse momento, vocês estão prontos para viver a Maturidade.

Desligarem-se dos afetos, desligarem-se das emoções, não para contorná-las, mas sim para atravessá-las (atravessá-las não querendo dizer analisá-las e ainda menos vivê-las, mas simplesmente, atravessá-las) então, nesse momento, vocês constatarão que o conjunto de seus sentimentos, que o conjunto de suas concepções e de suas percepções concernem tanto ao corpo como à sua Consciência, que neste mundo, desaparecem em totalidade. Nesse momento vocês estão na Outra Margem.

Para retomar o que disse UM AMIGO, uma outra vez, é a posição do observador que observa um grupo de humanos. Ou para retomar o que dizia BIDI, é passar daquele que observa a cena do teatro para aquele que sai do teatro para ver que não há teatro. Enquanto isso não ocorre, vocês estão em uma verdade relativa. E essa verdade relativa vai fazê-los considerar que tudo o que escapa de seu campo de percepção, de seu campo de concepção, de seu campo de afeto e de emoção, como ao seu sentimento, não existe muito simplesmente e, de seu ponto de vista, vocês terão razão.

Mais uma vez, somente a Maturidade é suscetível de fazê-los aceitar a não percepção, a não concepção. E para isso, é necessário vocês se tornarem Transparentes. A Humildade e a Simplicidade lhes permitem chegar a essa Transparência, que não é mais uma regra moral nem social, nem de relação, porque a Transparência aplicada a uma relação não seria ainda senão um jogo de enganos, ligados à interação, colocando em jogo os afetos, as emoções, as concepções e as percepções.

O parar de todo sinal, como o parar de toda interação, como o parar de toda projeção, como o parar de toda interiorização ou exteriorização, vai levá-los ao ponto de ruptura o equilíbrio que os faz passar, instantaneamente, para a Outra Margem.

A não percepção não é portanto o parar nem a cognição, nem as percepções mas bem sua suspensão, permitindo sair realmente, concretamente, definitivamente da ação/reação.

Evidentemente, a pessoa não é absolutamente concernida por isso. Evidentemente, nenhuma lei cármica, social, moral, espiritual, filosófica ou psicológica lhes é de qualquer interesse para viver isso. Bem ao contrário. É a superação e a transcendência de todos esses elementos que vocês têm vivido, conhecido, experimentado, inscritos no nível consciente ou inconsciente, que cessam.
A não percepção lhes dá portanto, de algum modo, a viver a Essência do que vocês São. Enquanto isso não é atingido, vocês não estão Liberados.

É claro, nós sempre lhes dissemos que a Liberação concerne ao conjunto da humanidade e que esse momento estava inscrito na decisão da Terra, assim como nos ciclos astronômicos.

Muitas Estrelas estão intervindo, nesses últimos dias, para lhes dizer que o momento chegou. É inteiramente isso. Da mesma maneira que UM AMIGO lhes explicou, isso sempre esteve aí. É simplesmente sua Consciência que não estava aí. E além disso, sua Consciência não pode estar aí em nenhum momento, pois é necessário que a aconsciência (não consciência) esteja presente a fim de superar, de transcender, de transfigurar e de ressuscitar no Absoluto.

E, mais uma vez, não há nisto, eu diria, nenhuma obrigação. Porque se vocês não estão maduros, vocês não estão maduros. Porque se vocês não querem soltar, não soltem. Isso faz parte de sua Liberdade imprescritível, inscrita tanto na lei da ação/reação como na Lei da Graça.
Mas, novamente, isso não pode ser um e outro, é necessariamente um ou o outro.
Muitas estrelas lhes têm também falado, é claro, do medo e do Amor, porque o que está subjacente, evidentemente, é o medo. E o primeiro dos medos, que está justamente, ligado ao efêmero: a morte.
Enquanto esse medo não é, ele também, atravessado, vocês não estão Livres.
E a Maturidade, é exatamente conceber o inelutável da Consciência, como do corpo, é exatamente a morte, o que quer que vocês digam, o que quer que vocês façam, o que quer que vocês experimentem, quaisquer que sejam suas lembranças, quaisquer que sejam suas visões do futuro (o seu), vocês não escapam de modo algum, em um dado momento, do fim desse corpo e do fim dessa Consciência.

O que permanece então?
É nessa reflexão que se desenrola e se desenrolará para vocês, o Choque da Humanidade, que é também um Choque Individual.

Resolver a equação não é um fazer matemático nem físico, mas sim de Abandono, quer dizer de ir, honestamente, para a não percepção.

Se vocês realizam isso, se vocês realizam a Refutação e a investigação, vocês superarão todas as experiências que vocês vivenciaram até o presente, para se estabelecerem na não experiência, o que quer dizer no estado de Ser.

Esse estado de Ser que eu diferencio formalmente do “Eu Sou” ou do “Eu Sou Um”. Para muitos, o “Eu Sou” e o “Eu Sou Um” foram etapas de construção indispensáveis, eu diria, de uma escala que não existe e que, contudo, lhes foi útil, segundo seu ponto de vista. Mas enquanto vocês permanecem em seus pontos de vista, vocês permanecem confinados no medo e vocês não são, é claro, Absoluto. Quer dizer, vocês não vivem a Verdade Absoluta que no entanto, eu os lembro, sempre esteve aí.

A única maneira de passar aí, uma vez que não é uma Passagem, de se estabelecer aí, é então passar da percepção expandida à não percepção.

Enquanto vocês estão submetidos, mesmo a uma percepção superior, Supra sensível, extrassensorial, seja ela a mais agradável, vocês não estão Livres.

Então, é claro, aqueles que estão instalados em suas percepções, vão lhes responder que o Absoluto não existe e eles têm razão, de seus pontos de vista, já que não tendo vivenciado, não tendo passado para a outra margem, eles são obrigados a estar na negação e na recusa. Não há outra alternativa para eles e vocês devem respeitar, porque o que quer que vocês oponham a eles, os reforçará inelutavelmente. Aquele que não quer ver, aquele que não quer não perceber, reforça-se.

A Maturidade é então o desaparecimento do medo. A Maturidade é então o desaparecimento de toda noção espiritual, de toda noção conhecida e de toda organização, em si como no exterior de si. Porque enquanto existe uma organização, há sempre um dominante e um dominado. Vocês têm o exemplo absoluto de tudo isso, tanto nos sistemas sociais como nas religiões, como nos domínios ditos espirituais. Enquanto essa relação dominante/dominado, sabendo e não sabendo, existe, vocês não podem ser Livres, de nenhuma maneira e, ainda menos, autônomos.

A dominação, a escravidão, a noção daquele que está acima ou abaixo, resultará sempre, em um como no outro, do medo, mesmo se o pretexto é o Amor, porque o Amor é Livre.

O Amor não está em um princípio de escravidão ou de relação. O verdadeiro Amor Vibral situa-se em uma Fusão Total da individualidade. É a Fusão de duas quintessências e absolutamente não uma relação, seja ela satisfatória, qualquer que seja o desejo existente ou o prazer existente nessa relação.

Nós temos construído, progressivamente, através de nossas diversas intervenções, esse ponto preciso de ruptura em que vocês estão. Alguns o têm transposto, outros não. Isso se chama a Ressurreição ou a Porta Estreita.

As condições dessa passagem dependem, evidentemente, do que vocês alcançaram até o presente. A última sessão do Manto Azul da Graça realizou a Fusão Total, elétrica, invisível, do Sol e da Terra. Isso está a viver em vocês, além de qualquer percepção e de qualquer corpo, antes do movimento coletivo, se posso dizer assim, não leva ao desaparecimento do teatro. As circunstâncias da Ressurreição dependem muito precisamente da não percepção, quer dizer da Transparência.

Mas apreendam bem esse termo em sua Essência, tal como eu a redefini e não em suas legendas pessoais ou em uma aceitação moral, social ou racional.

Enquanto existir uma organização em vocês, essa organização concerne tanto às suas concepções, como aos seus sentimentos, vocês não estão Livres. É necessário que vocês atravessem tudo isso. E, novamente, é uma questão de Maturidade. Essa Maturidade não os situa acima ou abaixo, ela não os torna superiores mas ela é, de algum modo, a rendição.

É o momento em que a própria Consciência se dá conta de que, qualquer que seja a percepção expandida, isso não tem sentido, porque isso não tem fim, mesmo se o fim é um elemento importante nos ensinamentos espirituais, lhes dizendo que purificando suficientemente isso ou aquilo, vocês vão liberar um carma qualquer. O carma existe apenas para a pessoa, ele não existe para o que vocês São no Ser.

Todo o princípio da Ilusão foi de dar sempre mais corpo à Ilusão e de fazê-los validar essa Ilusão seja através das leis de ação/reação, físicas ou supra sensíveis, não lhes permitindo acessar a outra coisa, mas, como por acaso, lhes fazendo sempre espelhar uma solução dita futura, através do que é nomeado evolução, as transformações.

Mas enquanto vocês permanecem na percepção ou nas concepções, nos afetos ou nas emoções, os Véus estão sempre aí.

A questão que vocês devem então se colocar, é:
“estou Maduro ou não?”
Essa Maturidade não se definindo em relação a um número de experiências, a uma intensidade da experiência, a uma percepção, qualquer que ela seja e, ainda menos, uma concepção, mas bem no mecanismo, extremamente fino, que os faz, como eu já disse, depor as armas e superar todos os elementos do conhecido.

É a esse preço que vocês são Liberados. As experiências que vocês têm conduzido ou que conduzirão, os têm aproximado dessa Ressurreição. Alguns entre vocês já a viveram e somente aqueles que a viveram podem testemunhá-la. E é claro, aqueles entre vocês, entre os Irmãos e as Irmãs encarnados que a viveram, o sabem entre eles, porque isso não deixa nenhuma dúvida, uma vez que estão além da percepção, além do sentimento e além de sua história pessoal.

É claro, aquele que não a viveu não pode ver isso senão com um olhar extremamente crítico, porque ele está inscrito necessariamente no medo.

Todos os sistemas de defesa, que concernem ao corpo humano, que concernem aos sistemas, às organizações, às crenças, são todos construídos no medo. Os exemplos poderiam ser multiplicados ao infinito mas importa recolocar o debate, não sobre as concepções (que são o que elas são) mesmo nos ideais mais elevados, mas no que eu nomeei a percepção e que eu lhes expliquei.

Porque a percepção, a partir do momento em que ela se torna expandida, se lida muito mais facilmente. E é então muito mais fácil entrar na não percepção. Alguns entre vocês a experimentam como uma aproximação do que foi nomeado a Infinita Presença ou a Última Presença. São os momentos em que não existem mais parâmetros, que são as primícias da Deslocalização.
Não sabendo mais quem vocês são, onde vocês estão, vocês se dirigem para a Liberdade e a Maturidade e a Autonomia, não antes.
Os elementos que eu lhes explicitei são para retomar, é claro, e para reler, porque a leitura, além da simples compreensão, pode lhes dar o clique que lhes permitirá superar a percepção expandida.
A percepção expandida pode ser definida como tudo o que é extrassensorial: clariaudiência, clarividência, clara senciência, dando-lhes a ver o mundo astral que é também uma verdade relativa mas que não é nem uma finalidade, nem um objetivo, mas bem um Véu. Ali onde estão situados todos aqueles que vão lhes comunicar as leis da alma, as leis da evolução, a organização espiritual, sobretudo do 20º século mas que, jamais, lhes vão propor e expor o que é a Liberação, seduzindo a alma e a personalidade e o Espírito, no conhecimento dos mecanismos e do funcionamento da encarnação e da evolução.

O Ser não tem de evoluir, ele não pode evoluir. A Maturidade está aqui. Somente o medo pode evoluir e enquanto houver o medo, há evolução, que é uma crença e, às vezes, uma percepção. Mas isso permanece uma percepção, seja ela a mais expandida.

Somente a não percepção os faz passar para a Outra Margem. Antes isso é impossível.

Irmãos e Irmãs, faço agora o Silêncio das palavras,
a fim de reforçar nossa Comunhão.

... Partilhando o dom da Graça ...

Rendo Graças por sua Atenção.

IRMÃO K os saúda.

Até logo.





Áudio da Mensagem em Português

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Mensagem de Irmão K,
pelo site Autres Dimensions
em 20 de julho de 2012





Rendo Graças às fontes deste texto:
Tradução: Ligia Borges


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