Presto Graças ao autor desta imagem
OMRAAM MIKHAËL
AÏVANHOV
24/03/2012
(I)
E bem, caros amigos, eu estou extremamente contente de reencontrá-los.
Eu lhes transmito, inicialmente, todas as minhas Bênçãos.
Eu lhes transmito, inicialmente, todas as minhas Bênçãos.
Desde sete ou oito semanas, agora, uma especificidade nova foi chamada de Onda da Vida, Onda do Éter, Onda da Graça, Manto Azul da Graça (vocês podem ali colocar todos os nomes que vocês quiserem).
Isso pode se resumir em algo muito simples.
Até agora, nós havíamos lhes falado de alguma coisa que descia com um componente triplo (já desde certo tempo).
Agora, nós lhes falamos de alguma coisa que sobe.
Que sobe, em vocês, como isso sobe da Terra.
Através, se vocês quiserem da ação do que foi denominado (porque é preciso bem chamá-lo assim ou de outra forma, é preciso nomear as coisas): o Manto Azul da Graça.
A ação do Manto Azul da Graça foi (e é e será, ainda, principalmente a partir do início de abril) desencadeada: de algum modo (e eu os lembro de que isso não é uma ação de vocês, mas é algo inteiramente natural), a subida da seiva que faz a nova árvore, que faz a nova vida, não é?
Esta subida da seiva (que vem do mais profundo da Terra, que se deposita sobre a Terra) penetra, em vocês, como a seiva sobe na primavera, quando o sol começa a esquentar, de algum modo, esta Terra.
É esse mesmo processo que está em curso, em vocês, para aqueles de vocês que já o vivem.
Então, o Bem Amado SRI AUROBINDO irá falar esta tarde, justamente, sobre as qualidades intrínsecas do que sobe agora.
Para aqueles que leram o que ele disse durante a sua última vida, ele falou da descida do Supramental, do Espírito Santo, se vocês quiserem.
Quando ele foi São Joâo, ele escreveu (sob o ditado de CRISTO) o “Apocalipse” e ele descrevia, com formas alegóricas, com símbolos (e, também, em função do seu mental da época, é claro), tudo o que ele podia ver do que ia chegar.
Mas, em momento algum, ele expressou (ninguém, aliás, expressou) esta resposta da Terra.
E SRI AUROBINDO irá lhes falar.
Além do que vocês vivem, ele irá sistematizar, de alguma forma, o porquê desta Onda da Vida, as consequências que alguns de vocês já vivem: o Casamento Místico (ou este Êxtase místico) que é, eu os lembro (como alguns Anciãos disseram e repetiram), nossa natureza, a de todos, sem exceção.
Mesmo aqui, ainda confinados.
Mesmo nos planos astrais, nos desencarnados.
Mesmo nos planos da Luz.
Até A FONTE.
Até o átomo.
É a constituição intrínseca de absolutamente tudo.
Naturalmente, aqueles que vivem isso sabem, pertinentemente, que isso é a Verdade porque é um Reconhecimento.
Do mesmo modo que, quando um ser humano entra, de maneira fortuita (por uma oração, por uma meditação), em contato Vibratório com MARIA, ele sabe que é MARIA.
É algo que é inato.
Isso está além mesmo do reconhecimento.
É algo que está inscrito, é claro, em todas as carnes, em todas as Consciências e em toda vida.
É exatamente a mesma coisa para a Onda da Vida.
Mas eu deixarei o Bem Amado João se expressar.
A grande novidade é que, então, nós começaremos, desde esta tarde, os momentos de trocas (onde nós temos que lhes dar alguns elementos) por um momento de descida do Manto Azul da Graça, assim será (vocês talvez o saibam) todas as noites às 19 horas (hora francesa) [14h00 – hora de Brasília; 18h00 – hora de Lisboa] e não importa qual momento da vida.
E, o mais importante, será isso.
Isso não é tudo o que nós iremos compartilhar.
Logicamente, as palavras são importantes porque elas nutrem o mental e elas permitem, de alguma forma, ocupar uma parte de vocês mesmos enquanto a conexão (o trabalho da Luz Vibral) se realiza no Interior de vocês.
Do mesmo modo que um artista vai pintar, vai exprimir através de uma poesia ou de qualquer obra criativa, alguma coisa.
Mas é durante o trabalho de criação que se pode manifestar, em certos casos, esta Onda da Vida.
Há artistas conhecidos que o descreveram.
Hoje, aqueles que são artistas podem, particularmente, o sentir.
Eles são absorvidos em alguma coisa que é um ato criativo.
A Onda da Vida vai se manifestar para eles, naquele momento.
Mas isso pode ser exatamente a mesma coisa (nós já o dissemos) para a Onda da Vida (e para, também, a Luz que descia, o que quer que vocês façam).
Não é mais tempo, como dizer, de limitar (ou de restringir) a Luz, nos momentos ditos privilegiados: quando vocês estão Alinhados, quando vocês estão em meditação, quando vocês estão em oração.
Cada minuto da sua vida, de hoje em diante, deve se exprimir pela Onda da Vida.
Vocês são a Onda da Vida, portanto vocês devem, cada vez mais (e vocês irão fazê-lo porque isso é natural), habituar-se a deixar exprimir, em vocês, o que é (como eu dizia quando estava encarnado) o mais espiritual em vocês, o mais elevado.
Não a personalidade.
Não o ego.
Não o que é limitado.
Não o que reage, sem parar, assim que há a menor contrariedade.
Porque, em última análise, é sempre o ego que reage.
Mas, se vocês tomarem um tempo para viver esta Onda da Vida, colocarem, simplesmente, sua observação sobre o que acontece, alguns segundos, alguns minutos (qualquer que seja o tempo que isso dure), isso será o mais importante.
Porque, se vocês se aperceberem, por vocês mesmos, depois, de que se antes de falar, se antes de reagir, se antes de ficar com raiva, vocês permanecerem (alguns instantes, algumas respirações, alguns minutos, não importa) à escuta da Onda da Vida (não para buscá-la, não constrangendo-a, mas, simplesmente, aí, como dizia o Arcanjo ANAEL, no “Aqui e Agora”, Hic e Nunc), neste momento, a Onda da Vida irá fluir em vocês.
E, naquele momento, tudo o que vocês expressarem, tudo o que vocês manifestarem, será procedente da Onda da Vida que vocês são.
E não da personalidade que vocês creem ser.
É um aprendizado que vai ocorrer naturalmente.
É nesse sentido que, já, UM AMIGO (já desde alguns meses) e eu mesmo, nós dissemos que nós lhes demos tudo ao nível do ensinamento, que não haveria ali outro ensinamento, porque, agora, o único ensinamento é vocês e vocês mesmos.
Não vocês e vocês mesmos neste lado desconfortável, confinado, da personalidade, mas na natureza essencial do que nós somos, todos, sem qualquer exceção.
Mesmo o pior assassino é percorrido pela mesma Onda.
Simplesmente, ele, ele está mais afastado do que vocês.
E é por isso que o Mestre PHILIPPE, ou outros, insistiram: jamais julguem.
Porque o menor ato, a menor pessoa, o menor elemento que vocês julgarem, vocês se condenam, vocês mesmos, afastando a Onda da Vida de vocês mesmos.
Isso é muito, muito importante, durante o período que vocês vivem (na sua pequena vida como na vida da totalidade da Terra), para compreender, em profundez, isso: jamais julguem alguém, nem o que quer que seja.
Porque, mesmo se alguma coisa lhes parecer aberrante e lhes parecer injusta, em última análise, quem vê a situação?
É sempre o mental.
É sempre a personalidade (Fogo do Coração ou não Fogo do Coração).
Mas a Onda da Vida, ela é natural.
Mas a única coisa que não pode extingui-lo, mas que o afasta, temporariamente, é o julgamento.
Então, por mais que vocês digam que vocês são amor, que vocês amam todo mundo, mas, se houver o menor julgamento, se vocês condenarem quem quer que seja, vocês se condenam vocês mesmos.
O CRISTO disse: “o que vocês fazem ao menor de vocês, é a mim que vocês fazem”.
Hoje, vocês são portadores (quase todos, conscientes ou não) da Vibração KI-RIS-TI.
Como é que um KI-RIS-TI poderia julgar quem quer que seja?
Portanto, assim que houver um julgamento, assim que houver um pensamento a ser emitido (que é uma condenação, que é uma observação mental), vocês irão se afastar desta Onda da Vida.
Então, é claro, o CRISTO, ele disse também para não jogar pérolas aos porcos.
O que isso quer dizer?
Isso quer dizer, simplesmente, retirar-se.
Mas, retirar-se aonde?
No si.
Será que, para retirar-se no si, é preciso julgar o outro?
Absolutamente não.
E quanto mais vocês vivem a Onda da Vida (quanto mais vocês tocam este indizível, este Absoluto), menos vocês julgam.
Evidentemente, a personalidade (ainda encarnada) pode ficar chocada.
E eu diria mesmo que ela deve ficar chocada.
Lembrem-se: do CRISTO e de JUDAS.
Será que CRISTO condenou JUDAS?
Coloquem-se a questão: será que a Onda da Vida, será que a Vida se condena, ela mesma?
Portanto, se vocês são a Vida, vocês nada podem condenar.
Isso é muito, muito importante, durante este período (e, sobretudo, agora, a partir do início de abril, de 02 de abril, eu creio) em que vocês irão viver esta Onda da Vida (mesmo para aqueles que a vivenciaram, já, na totalidade) como este Êxtase místico.
Vocês irão ver o que isso vai ser.
Desde alguns dias, muitos seres humanos (sem nada compreender) sentem uma espécie de calor (de formigamento) nos pés (sob os pés, nas pernas) sem saber o que é.
É lógico.
A Terra despertou.
Tudo o que nós lhes dissemos acontece sob seus olhos.
Que prova podemos dar-lhes de mais correta, de mais exata, de mais autêntica, do que esta Onda da Vida?
A Onda da Vida, não fomos nós que lhes demos.
Não foram vocês que se deram.
Porque isso é a nossa natureza, de todos.
E ela vem de onde?
Da Terra.
Ela vem de baixo e ela sobe.
O que mais seria isso senão o que foi chamado de Ascensão? Então, é claro, as circunstâncias da Ascensão são diferentes segundo os seres humanos, vocês sabem.
Mas a Ascensão é a Onda da Vida.
Houve um Apelo da Luz.
Vocês acolheram a Luz.
Vocês lhe permitiram (como lhes dissemos) Ancorar, encarnar-se.
E, agora, vem a resposta que é a resposta da Terra: é o ‘sim’ ao seu Casamento, à sua Eternidade.
E tudo isso, é claro, vocês sabem porque vocês o vivem, com interrogações, com dúvidas, com, às vezes, raiva, com, às vezes, necessidade de ter medo.
Porque é tão inédito, é tão imenso, é tão amplo que, naturalmente, tudo o que está inscrito na personalidade (nos medos que foram secretados desde tanto tempo) podem, naqueles momentos, aturdi-los.
Mas o fato de ficar aturdido pode durar apenas um momento.
Portanto, aí tampouco, não se condenem.
Foi-lhes dito (e SRI AUROBINDO irá explicar para vocês muito melhor do que eu) que a Onda da Vida é natural, que vocês nada têm a fazer.
Que há apenas que estar no Hic e Nunc e deixar fazer o que deve ser feito.
Agora, meus Irmãos e minhas Irmãs, eu lhes dou a palavra para todas as suas perguntas.
Pergunta: eu me sinto disperso, particularmente nas minhas atividades criativas, mas enquanto me sentindo o instrumento do Divino. Isso atrapalha a realização da minha missão?
Então, aí, caro Irmão, a única missão que é para realizar é viver a Onda da Vida.
Vocês não são o seu papel.
Vocês não são a sua identidade.
Vocês não são a menor das suas projeções no exterior.
Isso não quer dizer que é preciso ficar como um vegetal: sentar e, então, esperar.
Salvo se a Onda da Vida pedi-lo a você.
O que você denomina esta noção de estar disperso (fragmentado) é apenas uma visão limitada do que nós chamamos de Deslocalização.
Obviamente, enquanto vocês não estiverem conscientes e lúcidos desta Deslocalização, a personalidade vai chamar isso como?
De uma ausência: não mais ter memória, não mais ter neurônios e não mais poder concentrar-se, não mais poder fazer uma atividade normal, não mais se lembrar de um sobrenome, de um nome, etc..
Isso, é o Apelo da Luz.
Mas isso não é somente o Apelo da Luz, como anteriormente.
É, sobretudo, o Apelo da Onda da Vida porque a Onda da Vida (como nós o dissemos), ela é sua natureza, de todos, sem exceção.
Portanto, a Onda da Vida, o Manto Azul da Graça (além da Comunhão, além da Fusão, além da Dissolução), é a Deslocalização da Consciência.
Eu vou empregar muito as palavras “personalidade” e “ego”, mas não vejam qualquer crítica, não é?, porque, quando nós estamos encarnados, é claro, todos nós temos um ego.
Se vocês olharem os Anciãos (os Melquizedeques), durante suas vidas, nós tivemos, todos, fortes personalidades que se expressavam de maneira diferente.
O que acontece?
Se vocês adotam o ponto de vista da personalidade, vocês dizem: “como, eu não posso mais fazer o que eu estava prestes a fazer; eu não posso mais realizar a minha missão?”.
Mas, não há missão.
Não há evolução.
Há, apenas, que ser esta Onda da Vida.
Agora, vocês são livres para não ser a Onda da Vida, para desviar-se disso, para acreditar que há um combate entre os ímpios e os gentis, acreditar que há um papel (uma função) a realizar sobre esta Terra.
A Onda da Vida é tudo, exceto isso.
Ela os chama, ela também, Aqui e Agora, para deixá-la trabalhar.
Então, é claro, o ego vai dizer: “eu não tenho o dia todo; eu tenho uma missão; eu tenho que cozinhar; eu tenho que fazer a limpeza”.
Mas quem lhes disse que vocês não podiam cozinhar, ter sua missão, sendo percorrido pela Onda da Vida?
Todos os seus minutos, todas as suas horas, vão ser tomados pela Onda da Vida.
Então, naquele momento, o que vocês irão dizer?
Vocês irão dizer (é muito simples) ou “eu quero continuar a minha vida”.
Ou vocês irão dizer: “isso não é a Luz; a Luz é o que eu vejo, eu”.
Isso é o ego, não é?
Então, vocês irão dizer: “eu quero a Luz, mas sou eu que decido quando”.
Dissemos a vocês: vocês nada decidem com a Onda da Vida.
Hoje, há seres que vivem o que você descreveu, ou seja, a sensação de estar disperso, porque é a visão da personalidade.
Escute, faça Silêncio e você verá que o que você nomeia “dispersão” nada mais é do que as primícias da Deslocalização.
A Deslocalização não é deixar este corpo.
Não é deixar a consciência da personalidade.
É estar consciente do Tudo.
É não mais estar limitado a esta pequena pessoa.
É serem todas as pessoas, toda a Terra, todas as estrelas, todo o céu.
Isso não é uma visão da mente.
É uma Verdade da Consciência, da Presença, do Si (como dizem nossos amigos orientais) que os leva a viver (pelas Portas da Dissolução, da Crucificação) a Dissolução e, portanto, o Tudo, o Absoluto.
Nossos amigos orientais diriam o Brahman (e, sobretudo, o Parabrahman), ou seja, o que é esta Unidade Absoluta que cada um de nós é, onde quer que estejamos.
Portanto, o sentimento de doença, hoje (se vocês têm bicicletas que se põem a girar cada vez mais), é claro, enquanto vocês estão aí dentro, vocês estão no sofrimento.
Mas, lembrem-se: este sofrimento, ele também, é apenas uma Ilusão.
Tudo depende do olhar (ou seja, do estado da sua Consciência) pelo qual vocês abordam o que vocês vivem.
Se a Onda da Vida os penetrar, não haverá mais problema.
Por quê?
Porque nunca mais haverá a menor questão.
Tudo irá se tornar uma evidência total e absoluta.
E, depois, a personalidade vai rir: “sim, mas, eu, eu ainda estou aqui; eu, eu estou, ainda, nos problemas”.
Quem disse o contrário?
Mas mudem de olhar.
Todo problema da personalidade é que há uma reivindicação da Luz.
Nós lhes explicamos.
E a problemática é que vocês (para muitos de vocês) realizaram um trabalho magnífico: aquele de realizar a Ancoragem da Luz sobre a Terra.
Agora, deixem a Terra despertar.
A Terra vive a sua Ascensão.
Então, é claro, até o extremo limite, haverá seres que vão estar na negação.
Mas, o que eles negam?
Coloquem-se, sempre, esta questão, em vocês: quem fala?
Quem vai se expressar?
O que eu manifesto quando eu estou com raiva de tal pessoa, de tal situação?
Será que é minha parte limitada ou será que é o que eu sou?
Porque, o que eu sou, em Verdade, não tem o que fazer do que é limitado.
Isso não é (como lhes disseram os Anciãos e outros) uma negação.
Longe disso, já que a Ascensão é um movimento que ocorre de baixo para cima, é claro (vocês o compreenderam), que faz participar a carne, a personalidade, a individualidade.
Para conduzi-la aonde?
Na Eternidade e, sobretudo, nesse sentimento (profundo, extraordinário) de Êxtase.
Todas as manhãs, quando eu estava encarnado, eu ia ao Sol.
O que eu vivia a mais que isso?
Eu me regozijava no Sol.
Hoje, vocês estão neste regozijo.
Então, paradoxalmente, vocês irão recusar isso?
Por quê?
A pergunta, ela está aí.
Aliás, é a única pergunta.
Portanto, não se ocupe disso.
Contente-se em viver o que é para viver.
Só o ego tem medo (como disse, eu creio, uma das Estrelas): é a retração da Alma.
Todos os ensinamentos alterados, falsificados, desde o início do século passado, tinham-lhes lisonjeado a Alma: vocês são uma Alma, há Almas irmãs, há Chamas Gêmeas, há Chamas com as quais vocês irão trabalhar.
Mas tudo isso pertence à Alma.
Será que a Alma é eterna?
Não.
A Alma é um intermediário entre o corpo e o Espírito.
Isso é tudo.
Eu os remeto, para isso, a tudo o que disse o IRMÃO K (no último verão (inverno, no hemisfério sul) do seu ano de 2011).
Se vocês quiserem permanecer na Alma (ou seja, nas seduções, na Dualidade), vocês são totalmente livres.
Mas, então, não venham se queixar de não viver a Onda da Vida.
A Onda da Vida é o momento em que há rendição total da Alma.
A Ressurreição é o momento em que todos os corpos (físico, etéreo, mental e causal) são queimados no Fogo do Amor e na Onda da Vida.
Mas se vocês quiserem manter uma causalidade, qualquer que seja, mantenham-na.
Aí também, é um ou outro.
Não se coloquem questões.
Vivam o que é para viver.
Aliás, quando vocês vivem a Onda da Vida, na totalidade, o que poderia permanecer como questão?
Quando há uma questão em vocês (principalmente ao nível espiritual, ao nível de futuro), o que isso quer dizer, fundamentalmente?
Isso quer dizer que vocês não estão mais no Hic e Nunc.
A Onda da Vida, a Luz, nos primeiros momentos, vocês sabem que vocês apenas podem, realmente, beneficiar-se nos Alinhamentos, nas meditações.
Eu, durante a minha vida, eu ia meditar em frente do sol nascente.
Mas, hoje, toda sua vida deve se tornar isso.
Mas se vocês quiserem, não se atormentem.
Façam o que vocês têm que fazer.
Se vocês creem ser, exclusivamente, um criador, sejam um criador.
Se vocês creem ser, exclusivamente, um terapeuta, sejam um terapeuta.
É o ego que, ainda uma vez, vai se colocar problemas de porque ele não vive a Onda da Vida.
Mas, se vocês vivem a Onda da Vida, qual questão poderia ainda existir?
Como vocês sabem que vocês vivem a Onda da Vida?
Obviamente, isso é manifestado.
Portanto, vocês vivem esta Onda.
Portanto, vocês vivem o Êxtase, esse prazer indizível, por intervalos, por enquanto.
Mas vivê-lo uma vez é já o fim da personalidade.
Porque vocês tocaram (apenas durante esta experiência fugaz) a própria Essência.
Vocês sabem que isso é a Essência.
Não há necessidade de se perguntar.
Quando vocês recebem a Luz, vocês ainda podem se perguntar.
Aliás, eu empreguei expressões: “yoyoter de la touffe” [divagar, dizer não importa o quê].
Porque, efetivamente, a Luz que desce chama a perguntas.
Ela chama a posicionamentos, a mudanças, Interiores e exteriores.
A Onda da Vida, ela não é nada disso.
Ela é este Êxtase permanente de vocês mesmos.
Ela os faz Comungar com a Vida.
Pergunta: observar os processos do ego faz parte da Deslocalização?
Sim.
Na totalidade.
Muitos seres que realizam, se vocês quiserem, esta etapa do Si, da Unidade (não do Absoluto, há uma diferença), colocam-se, muitas vezes, na posição dita de observador e de testemunha.
Isso não é uma despersonalização.
É, simplesmente, aí também, o que eu nomeei um ‘olhar que observa’.
Quando vocês entram nesse olhar que observa, é um sinal muito bom.
Porque isso significa que o ego se soltou e que alguma coisa nova está prestes a assumir o lugar.
Vocês se observam, vocês mesmos, e, muitas vezes, vocês notam alguma coisa que vocês não procuram (porque se vocês o procuram, é difícil de reproduzir).
Mas, a um dado momento, vocês fazem alguma coisa e vocês são surpreendidos de ver-se prestes a se observar a si mesmos e vocês dizem, pouco a pouco: “mas não sou eu”.
Isso não é uma despersonalização, no sentido psiquiátrico.
Logicamente, aquele que está no ego vai chamar isso de alucinação, de delírio.
É sua reivindicação.
Mas vocês, quando vocês vivem isso, há um sentimento de estranheza.
Esse sentimento de estranheza é muito exatamente o que vai preceder a Onda da Vida.
Vejam: é um sinal muito bom.
Pergunta: quando eu pratico as respirações dadas por SRI AUROBINDO, há como um sopro que impõe outro ritmo. O que acontece?
Isso é extremamente simples.
Se você tenta (no que foi dado por SRI AUROBINDO, em alguns exercícios de Yoga que lhe são próprios) parar a sua respiração (você faz uma pausa respiratória) e que alguma coisa respira ou quer respirar, é um sinal muito bom: é a passagem da respiração normal (ou dirigida) para a Respiração do Coração que é a Porta, também, da Onda da Vida.
Como todo mundo lhes disse, entre nós, vocês não podem ter exercícios, propriamente falando, sobre a Onda da Vida.
Porque a Onda da Vida representa o Abandono Final.
Por outro lado, vocês podem muito bem continuar a praticar os exercícios referentes ao Si, referentes à Unidade, referentes à criatividade.
Porque, justamente, é o que vai ocupar, literalmente, a sua personalidade (o seu ego) quando a Onda da Vida estiver trabalhando.
Portanto, não há culpa.
Muito pelo contrário.
Usem e abusem do seu ego, mas em uma atividade que poderíamos chamar de criativa (qualquer que seja) ou, em todo caso, ocupem-se do Si.
Naquele momento, a Onda da Vida vai nascer.
Mas não se ocupem da Onda da Vida.
Ela é natural.
Vocês vão constatar, aliás, ao redor de vocês (por exemplo, em suas famílias, junto aos seus amigos), pessoas a quem vocês falam de tudo o que vocês vivem e que os olham como um louco.
E vocês irão constatar, com surpresa, que esses seres (que nada viviam, estritamente nada) que olhavam vocês como um maluco, vão viver a Onda da Vida.
Porque será que eles não a viviam?
Como nós sempre lhes dissemos, pode ser que esses seres tenham um Coração tão puro, tão pronto, que eles não tinham necessidade de fazer todos os exercícios que nós lhes demos, de praticar os yogas que nós lhes demos, de escutar (mesmo Vibratoriamente) tudo o que nós lhes fornecemos.
É o que dizia, já, o CRISTO: “os primeiros serão os últimos; os últimos serão os primeiros”.
Nós sempre lhes dissemos isso.
Houve um grande sábio que se chamava Senhor GANDHI (e outros que tomaram isso, com outros termos) que disse: “sejam as mudanças que vocês querem ver no mundo”.
Enquanto vocês quiserem mudar o mundo, vocês não mudam vocês.
Enquanto vocês quiserem agir no mundo (mesmo nos movimentos ditos associativos, para o bem da humanidade), vocês não mudam vocês.
Vocês apenas fazem projetar o que vocês têm medo de viver no Interior.
Isso não quer dizer que é preciso livrar-se de tudo, isso não quer dizer que é preciso parar de trabalhar em associações humanitárias.
Eu não disse isso.
Simplesmente, mudar o olhar.
O que motiva a sua ação?
O que motiva o que vocês fazem?
Se vocês forem honestos com vocês mesmos, vocês irão ver que isso são apenas meios de ocupar o seu ego e de evitar (como eu disse há pouco tempo) olharem-se vocês mesmos.
(Segue como OMRAAM MIKHAEL AÏVANHOV - 24-03-2012 (I))
Mensagem do Venerável O.M. Aïvanhov,
pelo site Autres Dimensions
em 24 de março de 2012
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