Rendo Graças ao autor desta imagem
IRMÃO K
12/09/2011
O DESAFIO DO
MOMENTO PRESENTE
Eu sou IRMÃO K.
Recebam, Irmãos e Irmãs,
Recebam, Irmãos e Irmãs,
todas minhas saudações e todo meu Amor.
Minha intervenção desta noite irá se situar na sequência lógica das várias intervenções que eu lhes dei, referentes, tanto à Liberdade e à Autonomia, como à liberação do conhecido e o acesso ao desconhecido.
Eu gostaria, esta noite, de falar-lhes do desafio do momento presente.
Este desafio do momento presente inscreve-se em duas perspectivas.
A primeira que é, eu diria, totalmente independente de qualquer tempo exterior, de qualquer calendário e que é válida sempre (e que sempre valeu, no passado).
Eu terminarei esta exposição por uma segunda perspectiva que é, ela, muito mais focada no tempo atual que vocês vivem, que traz alguns esclarecimentos e algumas precisões referentes ao desafio do momento presente.
Vários Arcanjos, vários Anciãos, lhes falaram da necessidade de aproximarem-se de HIC e NUNC, AQUI e AGORA, ou seja, de aproximarem-se do que vocês vivem, em Consciência, no instante presente, a fim de não serem afetados, em qualquer nível que seja, pelo seu passado, por sua história ou por uma projeção no futuro, independentemente da razão, independentemente da causa.
Uma série de elementos foram comunicados permitindo, através de diversas técnicas, de diversos procedimentos, aproximá-los desse famoso ‘instante presente’.
O momento presente que lhes permite, ao nível emocional, mental e ao nível da Consciência, realizar uma espécie de alinhamento possibilitando beneficiar alguns afluxos e alguns influxos, correspondendo a uma captação de Luz ou de uma Consciência, diferente da consciência ordinária, e permitindo, para alguns, viver e manifestar a Consciência que foi nomeada Turiya ou Supramental.
O desafio do momento presente sempre foi, em todas as tradições e em todos os povos, certamente, o elemento o mais ambíguo, o mais complexo e, ao mesmo tempo, o mais simples de realizar.
De fato, o instante presente é, por Essência, inapreensível, já que quando vocês pensam no instante presente, ele já passou.
E vocês estão em um novo instante presente.
O que significou daí (e vocês encontram esta noção nos ensinamentos, tanto orientais como ocidentais): existem, através da oração, da meditação, da contemplação e de outras técnicas derivadas (do yoga também), meios que foram dados ao Homem experimentar uma aproximação da não linearidade do tempo, tal como é percebido e vivenciado pela consciência ordinária quando estamos encarnados.
Todos os místicos, de qualquer origem, descreveram um momento particular, como se existisse uma apreensão da Consciência, transcendendo, justamente, esta linearidade do tempo passado, presente e futuro, permitindo à Consciência, no espaço de um instante, no espaço de um momento mais longo, sair desta linearidade do tempo e culminar em uma Consciência não habitual, onde as percepções dos sentidos, onde as percepções da Consciência, não são mais de qualquer maneira habituais.
Alguns místicos até mesmo consideraram e vivenciaram que a parada do tempo era, de algum modo, ao nível do desenrolar da Consciência, indispensável, para aceder a esta Consciência não ordinária, e para viver um estado de Consciência buscando um estado diferente do ordinário e se acompanhando de manifestações incomuns.
A linearidade do tempo é, em um certo sentido, inelutável, para o ser humano encarnado, como para qualquer forma de vida encarnada e presente na superfície deste mundo.
Existiria, então, um espaço que não depende de um passado, que não depende de um futuro, no qual, através da meditação, da oração, da contemplação, do yoga ou de outra coisa, seria possível, portanto, escapar a esta linearidade e aceder a um tempo que eu denominaria transcendente.
A problemática do mundo moderno (e independentemente deste espaço particular de tempo que vocês vivem) foi modificar a percepção do tempo, até mesmo, pela Consciência, já que o ser humano, podemos dizê-lo, em seus diferentes períodos de povoamento, sempre seguiu, como foi dito, os ciclos da natureza.
Desde ainda pouco tempo, de fato, em escala humana, o Homem seguia o curso do sol, levantava-se com ele e se deitava com ele.
O progresso modificou, é claro, esse agenciamento lógico do tempo, entre o nascer e o pôr do sol, fazendo alternar os ritmos de sono e de vigília.
Alguns trabalham à noite.
A Luz mudou, pela sua abundância (eletricidade), permitindo viver em seu próprio ritmo, não dependendo mais de modo algum, em todo caso para esta parte aqui, de qualquer ritmo solar.
Em algum lugar, pode se dizer que o Homem foi libertado de determinados prazos.
Isso é também o mesmo, aparentemente, para o que se denomina a duração de uma vida, cuja expectativa, calculada e assim nomeada, foi ampliada gradualmente e à medida desse século XX que transcorreu.
A expectativa de vida era limitada a uma geração, desde ainda alguns séculos.
E progressivamente, esta expectativa de vida permitiu aos seres humanos vislumbrar, de alguma forma, ter várias vidas em uma vida.
Dessa maneira, surgiram mudanças de carreira, mudanças de cônjuge, ou mudanças de lugar.
De fato, a modernidade trouxe uma mobilidade, no tempo, e esse tempo foi, de algum modo, estendido, prolongado, permitindo ao ser humano fazer várias experiências de frente e encontrar o que vocês chamam de informações, por diferentes fontes, que não caiam mais sob o sentido habitual do olhar e da observação do ritmo e das estações, mas se tornou, eu diria, globalizado e mundial, permitindo, por intermédio dos seus meios modernos de comunicação, transcender esses limites inscritos no calendário solar ou em um calendário temporal particular, ligado a espaços particulares da Terra.
O ser humano então adotou, de alguma maneira, seus mecanismos de vida, em relação ao desafio deste tempo presente, em relação à modernidade, fazendo-o captar (pode se empregar essa palavra) alguns elementos que teria sido impossível captar anteriormente.
Eu não falo unicamente de informações, mas mesmo do acesso a um conhecimento do seu ambiente, que era ainda impossível, desde somente uma centena de anos.
A questão que se coloca é saber se esta modernidade, esta elasticidade do tempo, esta saída do tempo solar, permitiu ao ser humano aproximar-se de sua transcendência.
Obviamente, isso não ocorreu, vocês não tenham dúvida, muito pelo contrário, já que tudo foi criado, em meio à modernidade, para colocar o Homem em um ritmo frenético de competição, não tendo mais nada a ver com uma vida pacífica evoluindo segundo as estações e segundo o ritmo diário, com suas ocupações cadenciadas por esse mesmo ritmo diário.
Então, é claro, a consciência do homem moderno, hoje, nada tem a ver com a consciência do homem da Idade Média.
E eu falo, nesse nível, do homem normal, sem nenhuma busca específica de sentido, de espiritualidade, e que ocupa sua vida em sua personalidade, exercendo suas funções.
Hoje, os meios de sedução, de informação, de conhecimento, criaram uma grande quantidade de suportes (tecnológicos ou outros) que atraíram o ser humano nesta modernidade.
Esta modernidade tornou, efetivamente, muito mais fácil a vida ordinária.
Na realidade, para ter-se água, basta, em geral (em todo caso no Ocidente), abrir uma torneira: não há mais balde para descer em um poço, nem há que se deslocar para ir a esse poço.
Todos os deslocamentos, aliás, tornaram-se muito mais fáceis e se inscrevem, como vocês talvez notaram, em tempos cada vez mais rápidos, exceto, é claro, nas cidades e no que vocês chamam de engarrafamento.
O ser humano tornou-se, então, capaz, através de sua técnica, de se deslocar de um extremo ao outro do planeta.
Agora, pode-se dizer que isso se acompanhou de uma possibilidade, do ser humano, de viajar, de algum modo, ao seu Interior e de experimentar o conhecimento Interior do seu estado transcendente?
Evidentemente, a resposta é não, já que esta modernidade é acompanhada, como isso foi descrito nos textos orientais, do aparecimento de uma idade decadente, chamada de idade Sombria ou Kali Yuga, onde o homem se fincava, cada vez mais, em uma materialidade e em um afastamento dos ciclos naturais, afastando-se, assim, do seu contato, inerente e natural, à sua natureza de estar vivendo sobre esta Terra.
O problema não é, para mim, descobrir sobre os méritos ou descréditos desta evolução, se for uma, ou de uma involução.
O objetivo é mais aperceber-se, real e concretamente, de que o conjunto desta evolução, ou involução, levou o Homem a afastar-se, cada vez mais, de sua transcendência.
No passado, não tão distante, o ser humano não se colocava a questão da transcendência: ele vivia completamente inserido em sua dinâmica do presente.
Ele não se colocava, tampouco, a questão de qualquer falsificação, de qualquer Unidade e eu diria mesmo que ele não se colocava, muitas vezes, a questão do bem e do mal, além do seu próprio círculo de vida que se referia, frequentemente, à sua família e ao seu círculo restrito, evoluindo no mesmo espaço ou em um espaço próximo, em todo caso, do seu.
Deste modo, apareceu o que, de maneira universal, foi chamado de civilização do ‘lazer’, ao mesmo tempo em que se instalava a civilização da ‘competição’ e da ‘informação’.
Isso não é para julgar já que isso é, e isso correspondeu, de alguma forma, à concretização de uma série de projeções exteriores da humanidade em seu conjunto, através do que é conhecido por vocês como um sistema de crenças, um sistema de valores ou um sistema de melhorias do contexto de vida.
Muitos de vocês, hoje, sabem e vivem o fato de que esse contexto de vida não é, a priori, absolutamente nem libertador, nem passível de expansão e nem transcendente.
É, na realidade, extremamente difícil para um ser, tendo adotado a modernidade, em sua totalidade, e inscrito em uma corrida a esta modernidade e a este progresso (e particularmente se ele tem um papel social ou econômico de destaque), falar de alguma transcendência.
O mundo moderno pôs fim a esta aparência de separação, pôs fim a esta aparência de distância, aproximou certo número de elementos do ser humano, mas que nada tem a ver, é claro, com a transcendência do homem, enquanto dando a impressão de uma maior liberdade do que antigamente, pelo próprio fato do prolongamento da vida, pelo próprio fato da capacidade para simplificar o que nós chamamos de necessidades atuais e para criar, de algum modo, novos desejos e novos prazeres, diretamente procedentes da engenhosidade tecnológica do ser humano no século XX.
O desafio do momento atual é, justamente, reconciliar, de alguma maneira, com a natureza, reconciliar com os ciclos e os ritmos que eu chamaria de naturais.
Obviamente, o fato de ter criado uma possibilidade de ter a luz em plena noite, pela eletricidade, o fato de não mais estar isolado das noções do calendário diário, tornou o Homem muito mais ávido e muito mais orientado para o exterior do que ele foi durante tempos anteriores.
O desafio do momento atual é, então, chegar a encontrar, nesta acentuação do tempo e neste alargamento do tempo (que não é uma parada do tempo), encontrar o meio ou os meios que vão permitir aproximar-se deste tempo presente, além da linearidade deste tempo que transcorre, além das seduções, dos prazeres e das atrações deste mundo, de sua tecnologia e de seus meios, para ir à busca de Si.
Ir à busca de Si jamais necessitou mudar de país, jamais necessitou mudar do que quer que seja.
Podemos até mesmo dizer que ir ao encontro de Si é totalmente, a priori, independente de qualquer curso ou de qualquer procura exterior.
A busca se Si pode se fazer através da adesão (isso vocês sabem) a religiões, a princípios, a filosofias, a crenças, a uma experiência também.
Mas é apenas uma ‘busca’.
O desafio do momento atual, como sentido, cortando todas as fontes de informação ditas exteriores ou exógenas, é encontrar uma transcendência.
Esta transcendência, enquanto está inscrita em uma busca exterior, mesmo a mais louvável, através de exercícios exteriores, através da adesão a uma religião ou a uma filosofia, jamais permite, infelizmente, encontrar a transcendência.
Na realidade, até agora e até um tempo relativamente recente, o número de seres humanos que tiveram acesso a esta transcendência, pela adesão a uma religião, a um princípio, a uma filosofia, é extremamente limitado.
E, aliás, aqueles que fizeram parte de sistemas de crenças, sejam religiosos ou outros, e que acederam a esta transcendência, no Oriente como no Ocidente, foram tão raros que se tornaram ou santos, ou personagens, em todo caso, notáveis segundo sua tradição, e que atraíram muitas pessoas que esperavam, pelo encontro com esses seres, viver uma parcela desta transcendência, uma parcela desta eternidade.
Isso foi extremamente flagrante no século XIX e no século XX onde, como vocês sabem, a maioria daqueles que são denominados Anciãos, estava presente sobre a Terra para ancorar, de alguma forma, o desdobramento da Luz que vocês vivem hoje.
Esses seres, qualquer que seja seu local de predileção, qualquer que seja seu local de origem ou seu local de vida, deixaram uma mensagem, deixaram um testemunho, por seu caminho, por sua vivência.
Todos esses seres que, hoje, constituem a Assembleia dos Melquizedeques, deixaram o plano da Terra, o mais tardar no curso dos anos 1985-90.
Desde esse tempo, a época dos Mestres Encarnados foi totalmente revolucionada.
De fato, o que devia ser ancorado foi totalmente ancorado.
As informações disponíveis que nós deixamos, uns e outros, lançaram, de algum modo, as bases, mesmo se nenhum de nós, naquele momento, pôde abordar claramente o que era a Unidade, de maneira tão nítidas hoje, porque era extremamente difícil poder aceder a este estado de Unidade sem ter parado o tempo, justamente, e sem ter saído da linearidade do tempo, por completo.
O que não é o caso de vocês hoje porque muitos de vocês, que vivenciaram as transformações Vibratórias, prosseguiram sua vida neste mundo, em sua linearidade habitual, mesmo se alguns componentes foram alterados, em seus diversos ambientes.
O desafio do momento atual, então, tem sido sempre o de ‘extrair-se’, de algum modo, de uma maneira ou de outra, o momento de viver esta saída do tempo: o acesso à transcendência.
Todos nós insistimos, durante nossa vida (independentemente de nossa filosofia de vida, de nossas adesões, nós também, às nossas crenças), em mostrar, cada um à sua maneira, que existiam exercícios da Consciência (por minha parte), exercícios espirituais (pelos outros), testemunhos de vida (por outros ainda), que permitiam transcender a linearidade do tempo.
Seja expresso através de curas (como o Mestre Philippe de Lyon, que viveu um pouquinho antes), seja através de ensinamentos espirituais (como o fez nosso Comandante ou ainda como o fizeram outros Anciãos que criaram escolas, como Mestre RAM).
Tudo isso correspondeu a uma época onde os seres humanos estavam ávidos para encontrar um Mestre exterior para seguir, para banhar-se em seu ambiente.
Durante minha vida, eu jamais busquei isso já que eu mesmo rejeitei, formalmente, citando que no meu sentir (e isso se verifica hoje, para muitos seres humanos), não há outro Mestre senão si mesmo, quando vocês decidem cruzar a Porta do seu próprio Coração.
E que nenhum testemunho, hoje, pode substituir o testemunho direto da Luz e que nenhum ser humano, qualquer que seja, pode trazer-lhes o que vocês têm direito de viver, vocês mesmos, sozinhos, com a Luz Vibral.
O desafio do momento atual, e dos tempos que vocês vivem desde um século, e principalmente agora (e eu não falo dos tempos reduzidos que virão na segunda parte da minha exposição), é que a Luz Vibral convida-os a sair do tempo.
Ela os convida a sair do tempo em seus espaços de alinhamento.
Ela os convida a sair do tempo nos espaços Vibratórios que vocês vivem, independentemente dos alinhamentos.
Todos vocês constataram que em dados momentos (não necessariamente identificáveis em relação à Lua, ou em relação a um humor Interior), o afluxo de Vibrações faz-se muito intenso, ao nível da cabeça para a maioria de vocês e, para alguns de vocês já, ao nível do Coração e para outros, mais raros, ao nível da Kundalini.
Este apelo da Luz necessita, de sua parte, uma atenção e uma meticulosidade extremas, permitindo-lhes ‘ali responder’, de algum modo, de maneira adequada, a fim de se beneficiar ao máximo e de colher os influxos da Luz que são, vocês sabem, transformantes, ao nível de sua Consciência.
Tudo isso, uns e outros, vocês têm acompanhado, em graus diversos e têm alcançado, em graus diversos.
Convém também compreender que neste momento presente, e independentemente de tudo o que nós lhes demos, uns e outros (e mesmo através do que eu desenvolvi, desde pouco tempo, através de algumas Portas a passar, a transcender), em última análise, há apenas vocês sozinhos e só vocês que podem efetuar a última passagem.
Então, por que, poderiam me dizer, ter realizado todas essas preparações?
E bem, muito simplesmente, para levá-los diante desta Porta.
E esta Porta, apenas vocês que podem atravessá-la, e vocês sozinhos.
Várias Estrelas e vários Anciãos, independentemente de mim mesmo, exprimiram o que era a passagem desta Porta e eu os remeto às suas intervenções.
A passagem desta Porta, que pouco pode ser dito enquanto não se tenha vivido, porque já, exprimi-la em palavras poderia falseá-la.
Obviamente, podemos falar de Samadhi, podemos falar de Consciência Unificada, podemos falar de Estado de Ser, mas isso são apenas palavras enquanto o Ser, ele mesmo, não o vivenciou, fundamentalmente, no Interior dele mesmo.
O paradoxo é que, parar o tempo para viver isso deve fazê-los aceitar e compreender que não há estritamente nada a buscar que já não esteja aí.
Eis o primeiro paradoxo, e principalmente nesses tempos reduzidos, sobre os quais eu retornarei.
De fato, a Consciência denominada Turiya (ou Consciência Unitária) manifesta-se a partir do momento em que tudo o que é da ordem da consciência habitual, extingue-se.
Ou seja, a partir do momento em que os sinais habituais da Consciência (emoções, pensamentos, laços, Atração, Visão), tudo o que é da ordem da consciência ordinária, de algum modo, silencia.
O que pode levar a dizer (e como isso foi dito, por sinal, desde muito tempo, por alguns Anciãos, na época em que viveram) que a Consciência da Unidade já estava aí.
Ela não tem que ser procurada e vasculhada, de qualquer modo, para ser encontrada, mas ela apenas necessitava, enfim, de uma coisa: que nos voltássemos para ela.
E é exatamente isso.
Então, é claro, a consciência da personalidade, habituada a encontrar elementos de resposta no exterior, na compreensão intelectual, na compreensão emocional, em sua vida, em suas referências a suas vidas passadas, em uma projeção em um futuro idílico ou transformante, na realidade, vai buscar aí onde não é preciso, ou seja, ainda uma vez, no exterior de si.
A Luz é um Apelo.
Ela é um Apelo, na realidade, de vocês mesmos, em sua Dimensão de Eternidade a vocês mesmos, chamando-os, de alguma forma, a desviar-se da consciência ordinária e a voltar-se, francamente, para esta Consciência não ordinária.
A Consciência não ordinária não é algo a conquistar, não é algo a fazer, mas é apenas um estado a conscientizar, ou seja, a ser e a realizar.
Mas esta Realização, este Despertar, não pode estar inscrito em outra parte senão no instante presente.
E toda sutileza vai ser, por meios diversos e variados, parar tudo o que não é este instante presente.
Porque desde que o instante presente é vivenciado enquanto instante único, a Consciência sai instantaneamente desta linearidade do tempo.
Ora, a Consciência apenas sai desta linearidade do tempo, habitualmente, em situação de urgência.
Todos vocês conhecem, ao redor de vocês (ou vocês próprios já vivenciaram), esse mecanismo instantâneo de acidente ou de urgência que lança, literalmente, a Consciência em um espaço onde não existe, justamente, mais tempo, onde não existe, justamente, mais apreensão, onde às vezes a vida vai desfilar atrás dos olhos fechados.
No espaço de um bilionésimo de segundo, vive-se toda a vida.
Existe, portanto, um mecanismo bem real, ligado à urgência, que leva o ser humano a viver esta saída da linearidade do tempo.
Isso foi descrito bem além e bem mais amplamente do que a experiência mística.
O acesso à Consciência Turiya é, então, algo que está aí, mas que não está, de qualquer modo, desvendada, revelada ou manifestada.
E o que impede a manifestação da Consciência Turiya sempre foi (o que disseram os meditadores, o que disseram as pessoas que rezam) o afastamento deste estado pelas próprias atividades conduzidas em meio à vida ordinária.
É por isso que, em outras épocas, vários místicos experimentaram a necessidade, real, de se isolar, de renunciar a toda vida exterior para poder encontrar este estado de Consciência.
Lembrem-se, como eu disse, de que, hoje, a maioria dos seres humanos, desde a partida dos Mestres, chega espontaneamente (e para uma parte não negligenciável da humanidade) a viver experiências de Unidade e isso, independentemente de qualquer situação de urgência.
Este acesso à Consciência não ordinária pode revelar-se, também, para algumas pessoas, à noite.
O desafio, então, do seu momento presente, é muito particular.
É através da vida que vocês vivem, que os afasta do tempo presente, que será preciso encontrar o tempo presente.
O que não se colocava questão antigamente coloca-se, hoje, como uma questão crucial, ainda mais que, desde o início do século XX, uma série de movimentos espiritualistas apareceu e proclamou, de algum modo, a descoberta da alma e os convidaram a conhecer as leis da alma.
Mas, como eu tive ocasião de dizer e como eu o repeti esta noite, as leis da alma não são as Leis do Espírito.
As leis de Dualidade não são as Leis do Espírito.
As leis que foram aplicadas por esses espiritualistas, referiram-se às leis da matéria, mas não se referiam às Leis do Espírito.
Assim foi então desenvolvido o que eu denunciei durante minha vida: uma série de espiritualidades, amplamente reveladas hoje, exercitou o ser humano para afastar-se ainda mais do Espírito, fazendo-o descobrir os mecanismos da alma, criando leis chamadas de Leis do Espírito, mas que não são de forma alguma as Leis do Espírito, porém são apenas o reflexo, ao nível da alma, das leis da personalidade e das leis de confinamento.
A única Verdade, a única Unidade possível apenas pode se encontrar quando, justamente, vocês abandonam todos esses tipos de ensinamentos, todas essas informações, referentes à alma e referentes a qualquer evolução espiritual ligada à reencarnação ou ligada a um futuro melhor, em meio a esta Terra.
Porque jamais, é claro, esses ensinamentos realmente irão lhes falar de sua finalidade.
Obviamente, eles irão lhes falar de acesso à Luz, eles irão lhes falar do Amor, mas em momento algum, eles irão preveni-los sobre o que está prestes a chegar a esta Terra, nesse momento.
Todo seu objetivo foi, então, desviar, da mesma forma que a modernidade, o ser humano, da sua transformação e da sua transcendência.
A finalidade do Espírito não pode ser outra coisa senão o Espírito.
A finalidade da personalidade não pode ser outra coisa senão a personalidade.
A finalidade da alma não pode ser outra coisa senão a alma.
O que está acontecendo?
O Espírito não está mais presente neste mundo.
Naturalmente, é mais fácil dizer que o Homem está encarnado, corpo, alma e Espírito.
Mas quem pode dizer que viu sua alma?
Quem pode dizer que viu seu Espírito?
Quem pode dizer que ele viaja, com toda liberdade, em meio às Dimensões da Eternidade?
Até o final do século XX, mesmo os Mestres encarnados, entre os Anciãos, que viviam os Samadhi (no entanto, autênticos e totais), foram dissolvidos no que é chamado de dissolução bramânica ou dissolução do Âtman, mas, em nenhum momento, lhes pôde ser descrito os outros mundos existentes em meio à Unidade.
Este aspecto multidimensional é uma descoberta que aparece, para algumas pessoas, e cada vez mais, desde 20 a 30 anos, referente ao acesso a uma nova Dimensão de vida que se prepara, agora, desde mais de uma geração.
O primeiro fluxo de codificação Vibratória da nova Dimensão chegou sobre a Terra no início e no meio dos anos 80.
É naquele momento que partiram os últimos Mestres que estavam encarnados, que são, hoje, os Melquizedeques, para aqueles dentre eles que estavam encarnados naquele momento.
Isso significa também que naquele momento, os trabalhos que tínhamos que cumprir estava terminado e que nós devíamos dar lugar a outro tipo de trabalho que era a emergência da Luz, do Espírito, em meio a cada alma e a cada personalidade que o desejava.
Esse trabalho foi realizado, de alguma maneira, pouco a pouco, para cada vez mais seres humanos.
Esse potencial de seres humanos foi multiplicado, eu diria, horizontalmente, de cada ser humano desperto, por simpatia, por ressonância com outros seres humanos ao redor dele.
O trabalho dos Arcanjos, dos Anciãos, das Estrelas, permitiu também tornar acessíveis os ensinamentos da Unidade.
Ser ensinado sobre a Unidade não é viver a Unidade.
Ser ensinado sobre a Unidade dá acesso à vontade e à possibilidade, ao desejo, de viver a Unidade.
Ele permite, entretanto, abrir o que foi chamado de Coroa Radiante da cabeça, tendo feito dizer o São João (que foi, como vocês sabem, bem mais tarde, Sri Aurobindo): “haverá muitos chamados, poucos eleitos, eles serão marcados na testa”.
O que descreveu Sri Aurobindo quanto à chegada do Supramental e da transformação das células, associada à chegada do Supramental.
Tudo isso, vocês o vivem, eu diria, diretamente, hoje, desde algumas dezenas de anos, sobre a Terra.
O desafio do momento presente é então, justamente, não se deixar exceder e não se ludibriar, de qualquer modo, pelo mundo moderno, pelas tecnologias, que são aprisionadoras ao nível da visão, ao nível dos lazeres, ao nível dos prazeres, ao nível da própria facilidade que é buscada.
De, tampouco, não se deixar enganar pelos modelos espirituais que querem fazê-los conhecer, aplicando as leis da matéria, uma parte sutil denominada alma, enquanto que a alma não depende da matéria, mas, sobretudo, vocês compreenderam, das Leis do Espírito.
Das Leis do Espírito que, justamente, estão ausentes, sobre esta Terra, porque o Espírito foi removido, de alguma forma.
Vocês o sabem: princípio de falsificação.
O desafio do momento atual tem sido então abrandar, para muitos de vocês que vivem essas transformações, uma série de elementos aprisionadores.
Foi preciso, de qualquer modo, avançar para sua Liberdade, para sua Autonomia, avançar para algo que, ainda hoje, para muitos, lhes é estritamente desconhecido.
Quaisquer que sejam as Vibrações que vocês vivem, qualquer que seja a abertura, real, das Estrelas e das Portas dos seus corpos, isso é uma preparação.
O acesso à Unidade apenas se realiza, por completo, quando vocês penetram, pelo menos uma vez, o Corpo de Estado de Ser e quando vocês entram, como disse o Comandante durante sua vida, no Sol.
A liberdade passa, então, pela Porta do Sol: ela é o acesso ao Sol.
Ela foi vivida por Moisés, por exemplo (nas escrituras chamadas de Bíblia), no momento da transfiguração e do seu encontro com METATRON.
Naquele momento, pode-se dizer (e somente naquele momento), que este ser saiu da Matriz.
Assim, então, os seres que puderam extrair-se da Matriz, todos compartilharam esse encontro com o Sol.
Este encontro com o Sol é real já que o acesso à Liberdade apenas ocorre a partir do momento em que vocês penetram, realmente, o Sol.
A experiência, denominada e estudada, hoje, NDE (ou Experiência de Morte Iminente), confirma, aliás, isso, já que existe uma passagem por certo número de estados.
Muitas vezes, os seres param no momento desta etapa fora da matriz, mas, contudo, aprisionadora, antes de encontrar o Sol.
Mas a experiência que se tem é totalmente transformante, quanto à experiência da sobrevida da alma, mas não da vida do Espírito.
Hoje, vocês são chamados a viver o Espírito.
E, para viver o Espírito, como eu disse, é preciso liberar-se totalmente de tudo o que é conhecido.
A problemática é que existe, no ser humano, um desafio.
Os desafios lhes são apresentados, tanto pelo mundo exterior no qual vocês vivem, como pelos ensinamentos espirituais ignorando totalmente (voluntariamente ou não) a realidade do Espírito.
Ora, não pode ali haver um salvador exterior e não pode ali haver outra coisa que vocês mesmos, através de sua própria experiência.
Vocês são, de maneira não imaginada, o conjunto da Realidade.
Vocês são a totalidade da Verdade e vocês são a totalidade da Fonte.
Então, é claro, existem, sempre, princípios ditos ‘reducionistas’ que quiseram colocar a consciência humana no que é chamado vulgarmente de pecado, em, vulgarmente, algo que faz considerar o ser humano como qualquer coisa de totalmente dependente de uma autoridade exterior, mesmo chamada de Deus, mesmo chamada de outra forma, que lhes permitia, em um futuro distante, muito depois da morte, o acesso a um paraíso qualquer.
Esse paraíso absolutamente não existe na realidade do que vocês têm a viver.
Porque, como isso lhes foi dito, vocês irão se tornar exatamente o que vocês criaram.
O que é que vocês criaram?
A Unidade ou a Dualidade?
O que é que vocês criaram?
A adesão às crenças ou uma vivência de sua própria experiência da Unidade?
A Unidade não se pode viver no exterior de si.
Ela é, além disso, totalmente independente de qualquer Salvador, de qualquer Mestre e de qualquer autoridade.
Enquanto vocês aceitam uma autoridade exterior, vocês não têm acesso à Unidade.
Enquanto vocês creem depender de algo exterior a vocês, para aceder à sua Unidade, vocês não vivem a Unidade.
Isso é às vezes extremamente simples, mas por vezes mais complicado para aplicar, pelo próprio fato do desafio que é que esta personalidade não pode conceber-se como não existente.
A personalidade apenas existe depois de sua construção, durante a infância, e ela desaparece, depois de diversas peripécias, na morte.
E, no entanto, a personalidade acredita-se imortal.
Enquanto a personalidade se crê imortal, não pode ali haver acesso à Unidade.
É preciso, então, de algum modo, pôr fim à personalidade.
Esta execução não é uma execução, no sentido real.
Não é questão de eliminar o que quer que seja, no sentido real e físico deste mundo, mesmo se é uma Ilusão total.
É, efetivamente, uma mudança de olhar, uma mudança de ‘ponto de vista’, correspondendo a alguns Pilares que lhes foram desenvolvidos, há muito pouco tempo, pelo Arcanjo ANAEL (ndr: intervenção de 12 de setembro de 2011), que foram expressos, aliás, anteriormente, sem, contudo, especificar que eram Pilares.
Mas é evidente que vocês apenas podem penetrar o Templo Interior da Unidade se vocês aceitam, de alguma maneira, não mais existir em meio à personalidade.
Enquanto a personalidade reivindica o Estado de Ser, o Estado de Ser jamais será revelado.
Deste modo, então, isso pôde ser denominado, pelo Arcanjo ANAEL, e desenvolvido desde dois anos, de maneira extensiva, como Abandono à Luz, por algumas Irmãs, como Tensão para o Abandono, como Renúncia.
Mas é, verdadeiramente, uma crucificação que vê o fim de todas as Ilusões e da Ilusão suprema que é a personalidade.
Não há outras maneiras de transcender o tempo e de viver a transcendência.
O paradoxo é que, enquanto vocês creem poder atingir isso pelo exterior (mesmo um Salvador, um Mestre, um cônjuge, um Irmão ou uma Irmã), vocês não podem aceder à sua Verdade Interior.
É tão simples assim.
Então, eu vou agora para a segunda parte da minha exposição, que se refere mais especificamente a este tempo presente que vocês vivem, que, como vocês sabem, é um tempo extremamente especial já que ele está inscrito no final do conhecido, no final do confinamento e no acesso ao desconhecido, à Liberação e à Autonomia a mais total.
Então, é claro, a personalidade vai, sem parar, reconduzi-los ao seu plano de existência e de realidade.
Mesmo para aqueles que vivenciaram o Estado de Ser, ao menos uma vez, as condições e as circunstâncias da vida, atualmente, vão colocá-los frente ao que foi chamado de ‘choque da humanidade’, os medos ancestrais, o medo da morte, os medos do abandono, os diferentes medos denominados coletivos, presentes em toda a humanidade.
E vocês têm, então, naquele momento, de maneira conjunta, uma Consciência dual que discute com esta Consciência Unitária.
Lembrem-se de que a Consciência Unitária jamais discute e jamais combate.
Ela está bem além dos jogos da personalidade.
Ela está bem além dos jogos existentes em meio ao corpo de desejo, em meio a qualquer busca espiritual.
Podemos até mesmo dizer, hoje, que enquanto vocês estão em uma busca espiritual, vocês não podem alcançar o Estado de Ser.
Ainda mais se esta busca está inscrita em um domínio espiritual ligado à alma ou ligado ao conhecimento psicológico, onde a linearidade é onipresente, através da lei de carma.
E vocês sabem, pertinentemente, que a lei de carma estritamente nada tem a ver com a Lei do Espírito, que é chamada de Lei de Ação da Graça ou Lei de Liberdade, Lei dos Filhos do Um.
Vocês não podem pertencer a dois mundos.
Isso vai se revelar, no momento que vocês vivem agora, a cada dia, de maneira cada vez mais crucial, eu diria.
Vocês irão aperceber-se de que o que vocês pensavam poder manter, pela sua consciência ordinária, vai extinguir-se, pouco a pouco.
Então, é claro, aqueles que ainda estão ancorados em sua personalidade e que não tiveram a possibilidade de viver um acesso, pleno e completo, no Sol, vão se encontrar confrontados com esses medos residuais, esses medos ancestrais, fazendo-os duvidar da experiência vivenciada.
E isso, vocês não podem ali escapar.
Isso foi denominado o ‘face a face’, isso foi denominado ‘a noite escura da alma’, isso foi denominado a ‘passagem do buraco da agulha’.
Pouco importa os nomes que vocês lhe deem.
Tudo corresponde exatamente ao mesmo processo que é: vocês querem a Liberdade ou vocês querem permanecer assim como vocês estão?
Não haverá, e haverá cada vez menos, meias medidas.
Esses dois estados de Consciência (denominados consciência ordinária e consciência Turiya) devem necessariamente orientar-se para o desaparecimento de uma ou de outra.
Ou a consciência Turiya vai se revelar e provocar, se isso já não for o caso, o Fogo do Coração, ou a consciência da personalidade vai prevalecer e a Vibração irá se afastar de vocês.
Lembrem-se de que não há qualquer julgamento no que eu defini, de valor ou de hierarquia, do que quer que seja.
Simplesmente, vocês irão, realmente, nestes tempos particulares e no desafio do momento atual, criar, integralmente, sua própria realidade, seu próprio estado Dimensional.
E vocês não podem manter um estado Dimensional liberado além dos mundos em estrutura de carbono.
Há, portanto, processos Vibratórios que não são mais escolhas, mas que são, eu diria, a atualização dos seus potenciais e a atualização da sua Consciência, em meio à nova Consciência.
É, portanto, um momento especial.
E nesse momento especial, é claro, vocês são ajudados pelo acúmulo da Luz, sobre este mundo, permitindo-lhes, se vocês se desviam de sua própria história, de sua própria personalidade, penetrar, ainda mais facilmente, o Estado de Ser.
A penetração no Estado de Ser e no Sol ocorre a partir do momento em que a Coroa Radiante do Coração se revela e se torna quase permanente.
Vocês irão lembrar, então, naquele momento, de que as veleidades da sua própria personalidade não tem mais qualquer peso em relação à Consciência que vocês estão prestes a estabelecer.
Isso quer dizer que, simplesmente, seus desejos nunca mais poderão levá-los aí onde eles os levaram anteriormente.
E vocês irão, por sinal, constatar, como isso foi dito, que a maioria dos desejos, quaisquer que sejam, vai desaparecer, benévola e simplesmente.
Isso não é transgressão.
Então, é claro, em meio a esse processo, algumas almas vivem pesos, vivem pesadas, vivem o sentimento de não mais viver o que elas viviam desde alguns meses ou alguns anos.
As coisas são esclarecidas: essas almas estão prestes a criar sua realidade, nos mundos em carbono, e não nos mundos Unificados.
A única maneira de aceder à Unidade é agora criar a Unidade.
E esta criação se faz no instante presente e não depende de qualquer circunstância exterior.
Enquanto vocês consideram que existe a menor circunstância exterior, seja no domínio que for, que os impede de aceder à sua Unidade, é que, simplesmente, vocês não estão em via de criar sua Unidade.
Criar a Unidade é totalmente independente, totalmente, de qualquer circunstância exterior, já que isso jamais dependerá de uma circunstância exterior, mas sim de um mecanismo Interior.
Viver a Unidade é, também, através do que eu nomeei meditação, contemplação, oração, yoga, a capacidade para cessar, no momento da experiência, qualquer projeção exterior.
Enquanto há uma projeção exterior, neste mundo, nesta encarnação, a Unidade não pode criar-se.
Quando eu digo criar-se, isso quer dizer manifestar-se, já que ela, evidentemente, sempre esteve aí.
Independentemente da liberação dos envelopes da Terra, que está quase terminada, independentemente da libertação da Terra, que se desenrola, agora, sua própria criação dependerá apenas de sua capacidade para estabelecer-se em meio à Unidade.
Os Alinhamentos foram os meios favorecendo, ao se alinhar na Merkabah coletiva, aproximá-los da Porta Estreita.
A porta KI-RIS-TI (ndr: entre as omoplatas) foi aberta em suas costas, propiciando o impulso KI-RIS-TI.
Resta, agora, atravessar esta Porta Estreita.
E lembrem-se de que vocês não podem levar o que quer que seja pertencente ao que vocês foram, ontem, na Unidade, já que, para penetrar esta Liberdade e esta Autonomia, vocês devem liberar-se, totalmente, do conhecido.
Vocês não podem aceder ao desconhecido levando seja o que for de conhecido.
A personalidade fará tudo o que estiver em seu poder, através de suas próprias resistências, através, justamente, do ambiente, e do peso que vocês dão a este ambiente, para impedi-los de realizar essa Passagem.
Esta Passagem que combine, eu os lembro, a Crucificação e a Ressurreição imediata, ou sensivelmente ao mesmo tempo.
Assim, portanto, as circunstâncias da vida que vocês têm que enfrentar, hoje, nestes tempos específicos que vocês vivem, são muito exatamente as circunstâncias que lhes são as mais favoráveis (mesmo se lhes pareça absurdo) para viver a Unidade.
Qualquer que seja o peso que lhes afete, qualquer que seja a doença que pode acometê-los de maneira fulgurante, qualquer que seja a oposição que possa sobrevir em meio à sua família, é justamente na superação desses mecanismos que lhes são propostos que se descobrem as últimas projeções exteriores, conduzidas por vocês mesmos, e que convém transcender para viver a Unidade.
Não há então, aí tampouco, que julgar, que condenar.
Não há então, aí tampouco, que buscar um culpado exterior que viria impedi-los, do exterior, de viver o que vocês têm a viver.
Porque a única resistência, finalmente, será sempre, em última análise, vocês mesmos, hoje, em relação a vocês mesmos, no Si.
Quando vocês compreendem este mecanismo, quando vocês aceitam este mecanismo, através do que lhes foi desenvolvido pelo Arcanjo ANAEL, da Humildade, da Simplicidade, da Transparência e da Pobreza de Espírito, então, naquele momento, vocês podem viver o Coração.
Mas jamais antes.
Vocês podem empreender todas as melhores ações do mundo, vocês podem empreender toda a vontade de bem e toda a vontade de purificação, isso jamais os levará à Unidade.
A Unidade não se vive em um eixo linear.
A Unidade não se vive mais, hoje, nesse tempo que vocês vivem, na promessa de uma abertura ou da ativação de uma Coroa.
Ela se vive por este mecanismo específico que é o ‘desafio’ do momento atual, que é o de Abandonar-se, totalmente, à sua própria Crucificação, à sua própria morte, à sua própria Ressurreição.
O que se inscreve em minhas palavras, hoje, dá-lhes a possibilidade de vivê-lo antes que esse mecanismo realmente diga respeito à totalidade da humanidade.
Naquele momento, as condições, justamente, deste ambiente, não serão mais completamente as mesmas.
Há, como lhes disse MARIA, datas irrevogáveis.
Essas datas irrevogáveis não estão ligadas a um confinamento suplementar, mas são limites Vibratórios que não dependem nem de vocês, nem da Terra, mas que dependem unicamente da Estrela que anuncia a Estrela.
Assim, então, vocês estão avisados deste tempo reduzido, final, no qual vocês têm que passar (para aqueles que não o fizeram), da totalidade de sua co-criação consciente, levando-os a viver a Unidade, ou a viver a personalidade.
Compreendam bem que nada há a buscar no exterior.
Compreendam bem que todas as técnicas, quaisquer que sejam, e que mesmo o que lhes foi falado (a oração, a meditação, a contemplação, o yoga e algumas técnicas que vocês podem utilizar nesse contexto, ou seja, cristais ou qualquer outra coisa), em última análise, apenas faz ‘aproximá-los desta Porta’, mas jamais farão com que atravessem a Porta.
Há apenas vocês, Abandonando-se, que atravessam a Porta.
E isso, vocês o fazem sozinhos, face a face, colocados entre os 4 Pilares (ndr: Humildade, Simplicidade, Infância, Transparência).
Naquele momento, vocês irão constatar que o desdobramento da Luz (que, para alguns, foi limitado à Coroa Radiante da cabeça), que confirma, de qualquer modo, sua Liberação, poderá permitir-lhes, se tal é sua escolha, se tal é sua Verdade, estabelecer-se na Unidade e nos mundos multidimensionais, totalmente Livres.
Eis algumas palavras que eu tinha para dar-lhes referentes ao desafio deste momento atual: momento presente ordinário e momento presente do Agora, ou seja, ‘extraordinário’, correspondendo, desde a abertura da Porta KI-RIS-TI, até a libertação da Terra.
Irmãos e Irmãs, se vocês têm perguntas em relação ao que eu acabo de falar, então eu os escuto com grande prazer.
Eu gostaria, esta noite, de falar-lhes do desafio do momento presente.
Este desafio do momento presente inscreve-se em duas perspectivas.
A primeira que é, eu diria, totalmente independente de qualquer tempo exterior, de qualquer calendário e que é válida sempre (e que sempre valeu, no passado).
Eu terminarei esta exposição por uma segunda perspectiva que é, ela, muito mais focada no tempo atual que vocês vivem, que traz alguns esclarecimentos e algumas precisões referentes ao desafio do momento presente.
Vários Arcanjos, vários Anciãos, lhes falaram da necessidade de aproximarem-se de HIC e NUNC, AQUI e AGORA, ou seja, de aproximarem-se do que vocês vivem, em Consciência, no instante presente, a fim de não serem afetados, em qualquer nível que seja, pelo seu passado, por sua história ou por uma projeção no futuro, independentemente da razão, independentemente da causa.
Uma série de elementos foram comunicados permitindo, através de diversas técnicas, de diversos procedimentos, aproximá-los desse famoso ‘instante presente’.
O momento presente que lhes permite, ao nível emocional, mental e ao nível da Consciência, realizar uma espécie de alinhamento possibilitando beneficiar alguns afluxos e alguns influxos, correspondendo a uma captação de Luz ou de uma Consciência, diferente da consciência ordinária, e permitindo, para alguns, viver e manifestar a Consciência que foi nomeada Turiya ou Supramental.
O desafio do momento presente sempre foi, em todas as tradições e em todos os povos, certamente, o elemento o mais ambíguo, o mais complexo e, ao mesmo tempo, o mais simples de realizar.
De fato, o instante presente é, por Essência, inapreensível, já que quando vocês pensam no instante presente, ele já passou.
E vocês estão em um novo instante presente.
O que significou daí (e vocês encontram esta noção nos ensinamentos, tanto orientais como ocidentais): existem, através da oração, da meditação, da contemplação e de outras técnicas derivadas (do yoga também), meios que foram dados ao Homem experimentar uma aproximação da não linearidade do tempo, tal como é percebido e vivenciado pela consciência ordinária quando estamos encarnados.
Todos os místicos, de qualquer origem, descreveram um momento particular, como se existisse uma apreensão da Consciência, transcendendo, justamente, esta linearidade do tempo passado, presente e futuro, permitindo à Consciência, no espaço de um instante, no espaço de um momento mais longo, sair desta linearidade do tempo e culminar em uma Consciência não habitual, onde as percepções dos sentidos, onde as percepções da Consciência, não são mais de qualquer maneira habituais.
Alguns místicos até mesmo consideraram e vivenciaram que a parada do tempo era, de algum modo, ao nível do desenrolar da Consciência, indispensável, para aceder a esta Consciência não ordinária, e para viver um estado de Consciência buscando um estado diferente do ordinário e se acompanhando de manifestações incomuns.
A linearidade do tempo é, em um certo sentido, inelutável, para o ser humano encarnado, como para qualquer forma de vida encarnada e presente na superfície deste mundo.
Existiria, então, um espaço que não depende de um passado, que não depende de um futuro, no qual, através da meditação, da oração, da contemplação, do yoga ou de outra coisa, seria possível, portanto, escapar a esta linearidade e aceder a um tempo que eu denominaria transcendente.
A problemática do mundo moderno (e independentemente deste espaço particular de tempo que vocês vivem) foi modificar a percepção do tempo, até mesmo, pela Consciência, já que o ser humano, podemos dizê-lo, em seus diferentes períodos de povoamento, sempre seguiu, como foi dito, os ciclos da natureza.
Desde ainda pouco tempo, de fato, em escala humana, o Homem seguia o curso do sol, levantava-se com ele e se deitava com ele.
O progresso modificou, é claro, esse agenciamento lógico do tempo, entre o nascer e o pôr do sol, fazendo alternar os ritmos de sono e de vigília.
Alguns trabalham à noite.
A Luz mudou, pela sua abundância (eletricidade), permitindo viver em seu próprio ritmo, não dependendo mais de modo algum, em todo caso para esta parte aqui, de qualquer ritmo solar.
Em algum lugar, pode se dizer que o Homem foi libertado de determinados prazos.
Isso é também o mesmo, aparentemente, para o que se denomina a duração de uma vida, cuja expectativa, calculada e assim nomeada, foi ampliada gradualmente e à medida desse século XX que transcorreu.
A expectativa de vida era limitada a uma geração, desde ainda alguns séculos.
E progressivamente, esta expectativa de vida permitiu aos seres humanos vislumbrar, de alguma forma, ter várias vidas em uma vida.
Dessa maneira, surgiram mudanças de carreira, mudanças de cônjuge, ou mudanças de lugar.
De fato, a modernidade trouxe uma mobilidade, no tempo, e esse tempo foi, de algum modo, estendido, prolongado, permitindo ao ser humano fazer várias experiências de frente e encontrar o que vocês chamam de informações, por diferentes fontes, que não caiam mais sob o sentido habitual do olhar e da observação do ritmo e das estações, mas se tornou, eu diria, globalizado e mundial, permitindo, por intermédio dos seus meios modernos de comunicação, transcender esses limites inscritos no calendário solar ou em um calendário temporal particular, ligado a espaços particulares da Terra.
O ser humano então adotou, de alguma maneira, seus mecanismos de vida, em relação ao desafio deste tempo presente, em relação à modernidade, fazendo-o captar (pode se empregar essa palavra) alguns elementos que teria sido impossível captar anteriormente.
Eu não falo unicamente de informações, mas mesmo do acesso a um conhecimento do seu ambiente, que era ainda impossível, desde somente uma centena de anos.
A questão que se coloca é saber se esta modernidade, esta elasticidade do tempo, esta saída do tempo solar, permitiu ao ser humano aproximar-se de sua transcendência.
Obviamente, isso não ocorreu, vocês não tenham dúvida, muito pelo contrário, já que tudo foi criado, em meio à modernidade, para colocar o Homem em um ritmo frenético de competição, não tendo mais nada a ver com uma vida pacífica evoluindo segundo as estações e segundo o ritmo diário, com suas ocupações cadenciadas por esse mesmo ritmo diário.
Então, é claro, a consciência do homem moderno, hoje, nada tem a ver com a consciência do homem da Idade Média.
E eu falo, nesse nível, do homem normal, sem nenhuma busca específica de sentido, de espiritualidade, e que ocupa sua vida em sua personalidade, exercendo suas funções.
Hoje, os meios de sedução, de informação, de conhecimento, criaram uma grande quantidade de suportes (tecnológicos ou outros) que atraíram o ser humano nesta modernidade.
Esta modernidade tornou, efetivamente, muito mais fácil a vida ordinária.
Na realidade, para ter-se água, basta, em geral (em todo caso no Ocidente), abrir uma torneira: não há mais balde para descer em um poço, nem há que se deslocar para ir a esse poço.
Todos os deslocamentos, aliás, tornaram-se muito mais fáceis e se inscrevem, como vocês talvez notaram, em tempos cada vez mais rápidos, exceto, é claro, nas cidades e no que vocês chamam de engarrafamento.
O ser humano tornou-se, então, capaz, através de sua técnica, de se deslocar de um extremo ao outro do planeta.
Agora, pode-se dizer que isso se acompanhou de uma possibilidade, do ser humano, de viajar, de algum modo, ao seu Interior e de experimentar o conhecimento Interior do seu estado transcendente?
Evidentemente, a resposta é não, já que esta modernidade é acompanhada, como isso foi descrito nos textos orientais, do aparecimento de uma idade decadente, chamada de idade Sombria ou Kali Yuga, onde o homem se fincava, cada vez mais, em uma materialidade e em um afastamento dos ciclos naturais, afastando-se, assim, do seu contato, inerente e natural, à sua natureza de estar vivendo sobre esta Terra.
O problema não é, para mim, descobrir sobre os méritos ou descréditos desta evolução, se for uma, ou de uma involução.
O objetivo é mais aperceber-se, real e concretamente, de que o conjunto desta evolução, ou involução, levou o Homem a afastar-se, cada vez mais, de sua transcendência.
No passado, não tão distante, o ser humano não se colocava a questão da transcendência: ele vivia completamente inserido em sua dinâmica do presente.
Ele não se colocava, tampouco, a questão de qualquer falsificação, de qualquer Unidade e eu diria mesmo que ele não se colocava, muitas vezes, a questão do bem e do mal, além do seu próprio círculo de vida que se referia, frequentemente, à sua família e ao seu círculo restrito, evoluindo no mesmo espaço ou em um espaço próximo, em todo caso, do seu.
Deste modo, apareceu o que, de maneira universal, foi chamado de civilização do ‘lazer’, ao mesmo tempo em que se instalava a civilização da ‘competição’ e da ‘informação’.
Isso não é para julgar já que isso é, e isso correspondeu, de alguma forma, à concretização de uma série de projeções exteriores da humanidade em seu conjunto, através do que é conhecido por vocês como um sistema de crenças, um sistema de valores ou um sistema de melhorias do contexto de vida.
Muitos de vocês, hoje, sabem e vivem o fato de que esse contexto de vida não é, a priori, absolutamente nem libertador, nem passível de expansão e nem transcendente.
É, na realidade, extremamente difícil para um ser, tendo adotado a modernidade, em sua totalidade, e inscrito em uma corrida a esta modernidade e a este progresso (e particularmente se ele tem um papel social ou econômico de destaque), falar de alguma transcendência.
O mundo moderno pôs fim a esta aparência de separação, pôs fim a esta aparência de distância, aproximou certo número de elementos do ser humano, mas que nada tem a ver, é claro, com a transcendência do homem, enquanto dando a impressão de uma maior liberdade do que antigamente, pelo próprio fato do prolongamento da vida, pelo próprio fato da capacidade para simplificar o que nós chamamos de necessidades atuais e para criar, de algum modo, novos desejos e novos prazeres, diretamente procedentes da engenhosidade tecnológica do ser humano no século XX.
O desafio do momento atual é, justamente, reconciliar, de alguma maneira, com a natureza, reconciliar com os ciclos e os ritmos que eu chamaria de naturais.
Obviamente, o fato de ter criado uma possibilidade de ter a luz em plena noite, pela eletricidade, o fato de não mais estar isolado das noções do calendário diário, tornou o Homem muito mais ávido e muito mais orientado para o exterior do que ele foi durante tempos anteriores.
O desafio do momento atual é, então, chegar a encontrar, nesta acentuação do tempo e neste alargamento do tempo (que não é uma parada do tempo), encontrar o meio ou os meios que vão permitir aproximar-se deste tempo presente, além da linearidade deste tempo que transcorre, além das seduções, dos prazeres e das atrações deste mundo, de sua tecnologia e de seus meios, para ir à busca de Si.
Ir à busca de Si jamais necessitou mudar de país, jamais necessitou mudar do que quer que seja.
Podemos até mesmo dizer que ir ao encontro de Si é totalmente, a priori, independente de qualquer curso ou de qualquer procura exterior.
A busca se Si pode se fazer através da adesão (isso vocês sabem) a religiões, a princípios, a filosofias, a crenças, a uma experiência também.
Mas é apenas uma ‘busca’.
O desafio do momento atual, como sentido, cortando todas as fontes de informação ditas exteriores ou exógenas, é encontrar uma transcendência.
Esta transcendência, enquanto está inscrita em uma busca exterior, mesmo a mais louvável, através de exercícios exteriores, através da adesão a uma religião ou a uma filosofia, jamais permite, infelizmente, encontrar a transcendência.
Na realidade, até agora e até um tempo relativamente recente, o número de seres humanos que tiveram acesso a esta transcendência, pela adesão a uma religião, a um princípio, a uma filosofia, é extremamente limitado.
E, aliás, aqueles que fizeram parte de sistemas de crenças, sejam religiosos ou outros, e que acederam a esta transcendência, no Oriente como no Ocidente, foram tão raros que se tornaram ou santos, ou personagens, em todo caso, notáveis segundo sua tradição, e que atraíram muitas pessoas que esperavam, pelo encontro com esses seres, viver uma parcela desta transcendência, uma parcela desta eternidade.
Isso foi extremamente flagrante no século XIX e no século XX onde, como vocês sabem, a maioria daqueles que são denominados Anciãos, estava presente sobre a Terra para ancorar, de alguma forma, o desdobramento da Luz que vocês vivem hoje.
Esses seres, qualquer que seja seu local de predileção, qualquer que seja seu local de origem ou seu local de vida, deixaram uma mensagem, deixaram um testemunho, por seu caminho, por sua vivência.
Todos esses seres que, hoje, constituem a Assembleia dos Melquizedeques, deixaram o plano da Terra, o mais tardar no curso dos anos 1985-90.
Desde esse tempo, a época dos Mestres Encarnados foi totalmente revolucionada.
De fato, o que devia ser ancorado foi totalmente ancorado.
As informações disponíveis que nós deixamos, uns e outros, lançaram, de algum modo, as bases, mesmo se nenhum de nós, naquele momento, pôde abordar claramente o que era a Unidade, de maneira tão nítidas hoje, porque era extremamente difícil poder aceder a este estado de Unidade sem ter parado o tempo, justamente, e sem ter saído da linearidade do tempo, por completo.
O que não é o caso de vocês hoje porque muitos de vocês, que vivenciaram as transformações Vibratórias, prosseguiram sua vida neste mundo, em sua linearidade habitual, mesmo se alguns componentes foram alterados, em seus diversos ambientes.
O desafio do momento atual, então, tem sido sempre o de ‘extrair-se’, de algum modo, de uma maneira ou de outra, o momento de viver esta saída do tempo: o acesso à transcendência.
Todos nós insistimos, durante nossa vida (independentemente de nossa filosofia de vida, de nossas adesões, nós também, às nossas crenças), em mostrar, cada um à sua maneira, que existiam exercícios da Consciência (por minha parte), exercícios espirituais (pelos outros), testemunhos de vida (por outros ainda), que permitiam transcender a linearidade do tempo.
Seja expresso através de curas (como o Mestre Philippe de Lyon, que viveu um pouquinho antes), seja através de ensinamentos espirituais (como o fez nosso Comandante ou ainda como o fizeram outros Anciãos que criaram escolas, como Mestre RAM).
Tudo isso correspondeu a uma época onde os seres humanos estavam ávidos para encontrar um Mestre exterior para seguir, para banhar-se em seu ambiente.
Durante minha vida, eu jamais busquei isso já que eu mesmo rejeitei, formalmente, citando que no meu sentir (e isso se verifica hoje, para muitos seres humanos), não há outro Mestre senão si mesmo, quando vocês decidem cruzar a Porta do seu próprio Coração.
E que nenhum testemunho, hoje, pode substituir o testemunho direto da Luz e que nenhum ser humano, qualquer que seja, pode trazer-lhes o que vocês têm direito de viver, vocês mesmos, sozinhos, com a Luz Vibral.
O desafio do momento atual, e dos tempos que vocês vivem desde um século, e principalmente agora (e eu não falo dos tempos reduzidos que virão na segunda parte da minha exposição), é que a Luz Vibral convida-os a sair do tempo.
Ela os convida a sair do tempo em seus espaços de alinhamento.
Ela os convida a sair do tempo nos espaços Vibratórios que vocês vivem, independentemente dos alinhamentos.
Todos vocês constataram que em dados momentos (não necessariamente identificáveis em relação à Lua, ou em relação a um humor Interior), o afluxo de Vibrações faz-se muito intenso, ao nível da cabeça para a maioria de vocês e, para alguns de vocês já, ao nível do Coração e para outros, mais raros, ao nível da Kundalini.
Este apelo da Luz necessita, de sua parte, uma atenção e uma meticulosidade extremas, permitindo-lhes ‘ali responder’, de algum modo, de maneira adequada, a fim de se beneficiar ao máximo e de colher os influxos da Luz que são, vocês sabem, transformantes, ao nível de sua Consciência.
Tudo isso, uns e outros, vocês têm acompanhado, em graus diversos e têm alcançado, em graus diversos.
Convém também compreender que neste momento presente, e independentemente de tudo o que nós lhes demos, uns e outros (e mesmo através do que eu desenvolvi, desde pouco tempo, através de algumas Portas a passar, a transcender), em última análise, há apenas vocês sozinhos e só vocês que podem efetuar a última passagem.
Então, por que, poderiam me dizer, ter realizado todas essas preparações?
E bem, muito simplesmente, para levá-los diante desta Porta.
E esta Porta, apenas vocês que podem atravessá-la, e vocês sozinhos.
Várias Estrelas e vários Anciãos, independentemente de mim mesmo, exprimiram o que era a passagem desta Porta e eu os remeto às suas intervenções.
A passagem desta Porta, que pouco pode ser dito enquanto não se tenha vivido, porque já, exprimi-la em palavras poderia falseá-la.
Obviamente, podemos falar de Samadhi, podemos falar de Consciência Unificada, podemos falar de Estado de Ser, mas isso são apenas palavras enquanto o Ser, ele mesmo, não o vivenciou, fundamentalmente, no Interior dele mesmo.
O paradoxo é que, parar o tempo para viver isso deve fazê-los aceitar e compreender que não há estritamente nada a buscar que já não esteja aí.
Eis o primeiro paradoxo, e principalmente nesses tempos reduzidos, sobre os quais eu retornarei.
De fato, a Consciência denominada Turiya (ou Consciência Unitária) manifesta-se a partir do momento em que tudo o que é da ordem da consciência habitual, extingue-se.
Ou seja, a partir do momento em que os sinais habituais da Consciência (emoções, pensamentos, laços, Atração, Visão), tudo o que é da ordem da consciência ordinária, de algum modo, silencia.
O que pode levar a dizer (e como isso foi dito, por sinal, desde muito tempo, por alguns Anciãos, na época em que viveram) que a Consciência da Unidade já estava aí.
Ela não tem que ser procurada e vasculhada, de qualquer modo, para ser encontrada, mas ela apenas necessitava, enfim, de uma coisa: que nos voltássemos para ela.
E é exatamente isso.
Então, é claro, a consciência da personalidade, habituada a encontrar elementos de resposta no exterior, na compreensão intelectual, na compreensão emocional, em sua vida, em suas referências a suas vidas passadas, em uma projeção em um futuro idílico ou transformante, na realidade, vai buscar aí onde não é preciso, ou seja, ainda uma vez, no exterior de si.
A Luz é um Apelo.
Ela é um Apelo, na realidade, de vocês mesmos, em sua Dimensão de Eternidade a vocês mesmos, chamando-os, de alguma forma, a desviar-se da consciência ordinária e a voltar-se, francamente, para esta Consciência não ordinária.
A Consciência não ordinária não é algo a conquistar, não é algo a fazer, mas é apenas um estado a conscientizar, ou seja, a ser e a realizar.
Mas esta Realização, este Despertar, não pode estar inscrito em outra parte senão no instante presente.
E toda sutileza vai ser, por meios diversos e variados, parar tudo o que não é este instante presente.
Porque desde que o instante presente é vivenciado enquanto instante único, a Consciência sai instantaneamente desta linearidade do tempo.
Ora, a Consciência apenas sai desta linearidade do tempo, habitualmente, em situação de urgência.
Todos vocês conhecem, ao redor de vocês (ou vocês próprios já vivenciaram), esse mecanismo instantâneo de acidente ou de urgência que lança, literalmente, a Consciência em um espaço onde não existe, justamente, mais tempo, onde não existe, justamente, mais apreensão, onde às vezes a vida vai desfilar atrás dos olhos fechados.
No espaço de um bilionésimo de segundo, vive-se toda a vida.
Existe, portanto, um mecanismo bem real, ligado à urgência, que leva o ser humano a viver esta saída da linearidade do tempo.
Isso foi descrito bem além e bem mais amplamente do que a experiência mística.
O acesso à Consciência Turiya é, então, algo que está aí, mas que não está, de qualquer modo, desvendada, revelada ou manifestada.
E o que impede a manifestação da Consciência Turiya sempre foi (o que disseram os meditadores, o que disseram as pessoas que rezam) o afastamento deste estado pelas próprias atividades conduzidas em meio à vida ordinária.
É por isso que, em outras épocas, vários místicos experimentaram a necessidade, real, de se isolar, de renunciar a toda vida exterior para poder encontrar este estado de Consciência.
Lembrem-se, como eu disse, de que, hoje, a maioria dos seres humanos, desde a partida dos Mestres, chega espontaneamente (e para uma parte não negligenciável da humanidade) a viver experiências de Unidade e isso, independentemente de qualquer situação de urgência.
Este acesso à Consciência não ordinária pode revelar-se, também, para algumas pessoas, à noite.
O desafio, então, do seu momento presente, é muito particular.
É através da vida que vocês vivem, que os afasta do tempo presente, que será preciso encontrar o tempo presente.
O que não se colocava questão antigamente coloca-se, hoje, como uma questão crucial, ainda mais que, desde o início do século XX, uma série de movimentos espiritualistas apareceu e proclamou, de algum modo, a descoberta da alma e os convidaram a conhecer as leis da alma.
Mas, como eu tive ocasião de dizer e como eu o repeti esta noite, as leis da alma não são as Leis do Espírito.
As leis de Dualidade não são as Leis do Espírito.
As leis que foram aplicadas por esses espiritualistas, referiram-se às leis da matéria, mas não se referiam às Leis do Espírito.
Assim foi então desenvolvido o que eu denunciei durante minha vida: uma série de espiritualidades, amplamente reveladas hoje, exercitou o ser humano para afastar-se ainda mais do Espírito, fazendo-o descobrir os mecanismos da alma, criando leis chamadas de Leis do Espírito, mas que não são de forma alguma as Leis do Espírito, porém são apenas o reflexo, ao nível da alma, das leis da personalidade e das leis de confinamento.
A única Verdade, a única Unidade possível apenas pode se encontrar quando, justamente, vocês abandonam todos esses tipos de ensinamentos, todas essas informações, referentes à alma e referentes a qualquer evolução espiritual ligada à reencarnação ou ligada a um futuro melhor, em meio a esta Terra.
Porque jamais, é claro, esses ensinamentos realmente irão lhes falar de sua finalidade.
Obviamente, eles irão lhes falar de acesso à Luz, eles irão lhes falar do Amor, mas em momento algum, eles irão preveni-los sobre o que está prestes a chegar a esta Terra, nesse momento.
Todo seu objetivo foi, então, desviar, da mesma forma que a modernidade, o ser humano, da sua transformação e da sua transcendência.
A finalidade do Espírito não pode ser outra coisa senão o Espírito.
A finalidade da personalidade não pode ser outra coisa senão a personalidade.
A finalidade da alma não pode ser outra coisa senão a alma.
O que está acontecendo?
O Espírito não está mais presente neste mundo.
Naturalmente, é mais fácil dizer que o Homem está encarnado, corpo, alma e Espírito.
Mas quem pode dizer que viu sua alma?
Quem pode dizer que viu seu Espírito?
Quem pode dizer que ele viaja, com toda liberdade, em meio às Dimensões da Eternidade?
Até o final do século XX, mesmo os Mestres encarnados, entre os Anciãos, que viviam os Samadhi (no entanto, autênticos e totais), foram dissolvidos no que é chamado de dissolução bramânica ou dissolução do Âtman, mas, em nenhum momento, lhes pôde ser descrito os outros mundos existentes em meio à Unidade.
Este aspecto multidimensional é uma descoberta que aparece, para algumas pessoas, e cada vez mais, desde 20 a 30 anos, referente ao acesso a uma nova Dimensão de vida que se prepara, agora, desde mais de uma geração.
O primeiro fluxo de codificação Vibratória da nova Dimensão chegou sobre a Terra no início e no meio dos anos 80.
É naquele momento que partiram os últimos Mestres que estavam encarnados, que são, hoje, os Melquizedeques, para aqueles dentre eles que estavam encarnados naquele momento.
Isso significa também que naquele momento, os trabalhos que tínhamos que cumprir estava terminado e que nós devíamos dar lugar a outro tipo de trabalho que era a emergência da Luz, do Espírito, em meio a cada alma e a cada personalidade que o desejava.
Esse trabalho foi realizado, de alguma maneira, pouco a pouco, para cada vez mais seres humanos.
Esse potencial de seres humanos foi multiplicado, eu diria, horizontalmente, de cada ser humano desperto, por simpatia, por ressonância com outros seres humanos ao redor dele.
O trabalho dos Arcanjos, dos Anciãos, das Estrelas, permitiu também tornar acessíveis os ensinamentos da Unidade.
Ser ensinado sobre a Unidade não é viver a Unidade.
Ser ensinado sobre a Unidade dá acesso à vontade e à possibilidade, ao desejo, de viver a Unidade.
Ele permite, entretanto, abrir o que foi chamado de Coroa Radiante da cabeça, tendo feito dizer o São João (que foi, como vocês sabem, bem mais tarde, Sri Aurobindo): “haverá muitos chamados, poucos eleitos, eles serão marcados na testa”.
O que descreveu Sri Aurobindo quanto à chegada do Supramental e da transformação das células, associada à chegada do Supramental.
Tudo isso, vocês o vivem, eu diria, diretamente, hoje, desde algumas dezenas de anos, sobre a Terra.
O desafio do momento presente é então, justamente, não se deixar exceder e não se ludibriar, de qualquer modo, pelo mundo moderno, pelas tecnologias, que são aprisionadoras ao nível da visão, ao nível dos lazeres, ao nível dos prazeres, ao nível da própria facilidade que é buscada.
De, tampouco, não se deixar enganar pelos modelos espirituais que querem fazê-los conhecer, aplicando as leis da matéria, uma parte sutil denominada alma, enquanto que a alma não depende da matéria, mas, sobretudo, vocês compreenderam, das Leis do Espírito.
Das Leis do Espírito que, justamente, estão ausentes, sobre esta Terra, porque o Espírito foi removido, de alguma forma.
Vocês o sabem: princípio de falsificação.
O desafio do momento atual tem sido então abrandar, para muitos de vocês que vivem essas transformações, uma série de elementos aprisionadores.
Foi preciso, de qualquer modo, avançar para sua Liberdade, para sua Autonomia, avançar para algo que, ainda hoje, para muitos, lhes é estritamente desconhecido.
Quaisquer que sejam as Vibrações que vocês vivem, qualquer que seja a abertura, real, das Estrelas e das Portas dos seus corpos, isso é uma preparação.
O acesso à Unidade apenas se realiza, por completo, quando vocês penetram, pelo menos uma vez, o Corpo de Estado de Ser e quando vocês entram, como disse o Comandante durante sua vida, no Sol.
A liberdade passa, então, pela Porta do Sol: ela é o acesso ao Sol.
Ela foi vivida por Moisés, por exemplo (nas escrituras chamadas de Bíblia), no momento da transfiguração e do seu encontro com METATRON.
Naquele momento, pode-se dizer (e somente naquele momento), que este ser saiu da Matriz.
Assim, então, os seres que puderam extrair-se da Matriz, todos compartilharam esse encontro com o Sol.
Este encontro com o Sol é real já que o acesso à Liberdade apenas ocorre a partir do momento em que vocês penetram, realmente, o Sol.
A experiência, denominada e estudada, hoje, NDE (ou Experiência de Morte Iminente), confirma, aliás, isso, já que existe uma passagem por certo número de estados.
Muitas vezes, os seres param no momento desta etapa fora da matriz, mas, contudo, aprisionadora, antes de encontrar o Sol.
Mas a experiência que se tem é totalmente transformante, quanto à experiência da sobrevida da alma, mas não da vida do Espírito.
Hoje, vocês são chamados a viver o Espírito.
E, para viver o Espírito, como eu disse, é preciso liberar-se totalmente de tudo o que é conhecido.
A problemática é que existe, no ser humano, um desafio.
Os desafios lhes são apresentados, tanto pelo mundo exterior no qual vocês vivem, como pelos ensinamentos espirituais ignorando totalmente (voluntariamente ou não) a realidade do Espírito.
Ora, não pode ali haver um salvador exterior e não pode ali haver outra coisa que vocês mesmos, através de sua própria experiência.
Vocês são, de maneira não imaginada, o conjunto da Realidade.
Vocês são a totalidade da Verdade e vocês são a totalidade da Fonte.
Então, é claro, existem, sempre, princípios ditos ‘reducionistas’ que quiseram colocar a consciência humana no que é chamado vulgarmente de pecado, em, vulgarmente, algo que faz considerar o ser humano como qualquer coisa de totalmente dependente de uma autoridade exterior, mesmo chamada de Deus, mesmo chamada de outra forma, que lhes permitia, em um futuro distante, muito depois da morte, o acesso a um paraíso qualquer.
Esse paraíso absolutamente não existe na realidade do que vocês têm a viver.
Porque, como isso lhes foi dito, vocês irão se tornar exatamente o que vocês criaram.
O que é que vocês criaram?
A Unidade ou a Dualidade?
O que é que vocês criaram?
A adesão às crenças ou uma vivência de sua própria experiência da Unidade?
A Unidade não se pode viver no exterior de si.
Ela é, além disso, totalmente independente de qualquer Salvador, de qualquer Mestre e de qualquer autoridade.
Enquanto vocês aceitam uma autoridade exterior, vocês não têm acesso à Unidade.
Enquanto vocês creem depender de algo exterior a vocês, para aceder à sua Unidade, vocês não vivem a Unidade.
Isso é às vezes extremamente simples, mas por vezes mais complicado para aplicar, pelo próprio fato do desafio que é que esta personalidade não pode conceber-se como não existente.
A personalidade apenas existe depois de sua construção, durante a infância, e ela desaparece, depois de diversas peripécias, na morte.
E, no entanto, a personalidade acredita-se imortal.
Enquanto a personalidade se crê imortal, não pode ali haver acesso à Unidade.
É preciso, então, de algum modo, pôr fim à personalidade.
Esta execução não é uma execução, no sentido real.
Não é questão de eliminar o que quer que seja, no sentido real e físico deste mundo, mesmo se é uma Ilusão total.
É, efetivamente, uma mudança de olhar, uma mudança de ‘ponto de vista’, correspondendo a alguns Pilares que lhes foram desenvolvidos, há muito pouco tempo, pelo Arcanjo ANAEL (ndr: intervenção de 12 de setembro de 2011), que foram expressos, aliás, anteriormente, sem, contudo, especificar que eram Pilares.
Mas é evidente que vocês apenas podem penetrar o Templo Interior da Unidade se vocês aceitam, de alguma maneira, não mais existir em meio à personalidade.
Enquanto a personalidade reivindica o Estado de Ser, o Estado de Ser jamais será revelado.
Deste modo, então, isso pôde ser denominado, pelo Arcanjo ANAEL, e desenvolvido desde dois anos, de maneira extensiva, como Abandono à Luz, por algumas Irmãs, como Tensão para o Abandono, como Renúncia.
Mas é, verdadeiramente, uma crucificação que vê o fim de todas as Ilusões e da Ilusão suprema que é a personalidade.
Não há outras maneiras de transcender o tempo e de viver a transcendência.
O paradoxo é que, enquanto vocês creem poder atingir isso pelo exterior (mesmo um Salvador, um Mestre, um cônjuge, um Irmão ou uma Irmã), vocês não podem aceder à sua Verdade Interior.
É tão simples assim.
Então, eu vou agora para a segunda parte da minha exposição, que se refere mais especificamente a este tempo presente que vocês vivem, que, como vocês sabem, é um tempo extremamente especial já que ele está inscrito no final do conhecido, no final do confinamento e no acesso ao desconhecido, à Liberação e à Autonomia a mais total.
Então, é claro, a personalidade vai, sem parar, reconduzi-los ao seu plano de existência e de realidade.
Mesmo para aqueles que vivenciaram o Estado de Ser, ao menos uma vez, as condições e as circunstâncias da vida, atualmente, vão colocá-los frente ao que foi chamado de ‘choque da humanidade’, os medos ancestrais, o medo da morte, os medos do abandono, os diferentes medos denominados coletivos, presentes em toda a humanidade.
E vocês têm, então, naquele momento, de maneira conjunta, uma Consciência dual que discute com esta Consciência Unitária.
Lembrem-se de que a Consciência Unitária jamais discute e jamais combate.
Ela está bem além dos jogos da personalidade.
Ela está bem além dos jogos existentes em meio ao corpo de desejo, em meio a qualquer busca espiritual.
Podemos até mesmo dizer, hoje, que enquanto vocês estão em uma busca espiritual, vocês não podem alcançar o Estado de Ser.
Ainda mais se esta busca está inscrita em um domínio espiritual ligado à alma ou ligado ao conhecimento psicológico, onde a linearidade é onipresente, através da lei de carma.
E vocês sabem, pertinentemente, que a lei de carma estritamente nada tem a ver com a Lei do Espírito, que é chamada de Lei de Ação da Graça ou Lei de Liberdade, Lei dos Filhos do Um.
Vocês não podem pertencer a dois mundos.
Isso vai se revelar, no momento que vocês vivem agora, a cada dia, de maneira cada vez mais crucial, eu diria.
Vocês irão aperceber-se de que o que vocês pensavam poder manter, pela sua consciência ordinária, vai extinguir-se, pouco a pouco.
Então, é claro, aqueles que ainda estão ancorados em sua personalidade e que não tiveram a possibilidade de viver um acesso, pleno e completo, no Sol, vão se encontrar confrontados com esses medos residuais, esses medos ancestrais, fazendo-os duvidar da experiência vivenciada.
E isso, vocês não podem ali escapar.
Isso foi denominado o ‘face a face’, isso foi denominado ‘a noite escura da alma’, isso foi denominado a ‘passagem do buraco da agulha’.
Pouco importa os nomes que vocês lhe deem.
Tudo corresponde exatamente ao mesmo processo que é: vocês querem a Liberdade ou vocês querem permanecer assim como vocês estão?
Não haverá, e haverá cada vez menos, meias medidas.
Esses dois estados de Consciência (denominados consciência ordinária e consciência Turiya) devem necessariamente orientar-se para o desaparecimento de uma ou de outra.
Ou a consciência Turiya vai se revelar e provocar, se isso já não for o caso, o Fogo do Coração, ou a consciência da personalidade vai prevalecer e a Vibração irá se afastar de vocês.
Lembrem-se de que não há qualquer julgamento no que eu defini, de valor ou de hierarquia, do que quer que seja.
Simplesmente, vocês irão, realmente, nestes tempos particulares e no desafio do momento atual, criar, integralmente, sua própria realidade, seu próprio estado Dimensional.
E vocês não podem manter um estado Dimensional liberado além dos mundos em estrutura de carbono.
Há, portanto, processos Vibratórios que não são mais escolhas, mas que são, eu diria, a atualização dos seus potenciais e a atualização da sua Consciência, em meio à nova Consciência.
É, portanto, um momento especial.
E nesse momento especial, é claro, vocês são ajudados pelo acúmulo da Luz, sobre este mundo, permitindo-lhes, se vocês se desviam de sua própria história, de sua própria personalidade, penetrar, ainda mais facilmente, o Estado de Ser.
A penetração no Estado de Ser e no Sol ocorre a partir do momento em que a Coroa Radiante do Coração se revela e se torna quase permanente.
Vocês irão lembrar, então, naquele momento, de que as veleidades da sua própria personalidade não tem mais qualquer peso em relação à Consciência que vocês estão prestes a estabelecer.
Isso quer dizer que, simplesmente, seus desejos nunca mais poderão levá-los aí onde eles os levaram anteriormente.
E vocês irão, por sinal, constatar, como isso foi dito, que a maioria dos desejos, quaisquer que sejam, vai desaparecer, benévola e simplesmente.
Isso não é transgressão.
Então, é claro, em meio a esse processo, algumas almas vivem pesos, vivem pesadas, vivem o sentimento de não mais viver o que elas viviam desde alguns meses ou alguns anos.
As coisas são esclarecidas: essas almas estão prestes a criar sua realidade, nos mundos em carbono, e não nos mundos Unificados.
A única maneira de aceder à Unidade é agora criar a Unidade.
E esta criação se faz no instante presente e não depende de qualquer circunstância exterior.
Enquanto vocês consideram que existe a menor circunstância exterior, seja no domínio que for, que os impede de aceder à sua Unidade, é que, simplesmente, vocês não estão em via de criar sua Unidade.
Criar a Unidade é totalmente independente, totalmente, de qualquer circunstância exterior, já que isso jamais dependerá de uma circunstância exterior, mas sim de um mecanismo Interior.
Viver a Unidade é, também, através do que eu nomeei meditação, contemplação, oração, yoga, a capacidade para cessar, no momento da experiência, qualquer projeção exterior.
Enquanto há uma projeção exterior, neste mundo, nesta encarnação, a Unidade não pode criar-se.
Quando eu digo criar-se, isso quer dizer manifestar-se, já que ela, evidentemente, sempre esteve aí.
Independentemente da liberação dos envelopes da Terra, que está quase terminada, independentemente da libertação da Terra, que se desenrola, agora, sua própria criação dependerá apenas de sua capacidade para estabelecer-se em meio à Unidade.
Os Alinhamentos foram os meios favorecendo, ao se alinhar na Merkabah coletiva, aproximá-los da Porta Estreita.
A porta KI-RIS-TI (ndr: entre as omoplatas) foi aberta em suas costas, propiciando o impulso KI-RIS-TI.
Resta, agora, atravessar esta Porta Estreita.
E lembrem-se de que vocês não podem levar o que quer que seja pertencente ao que vocês foram, ontem, na Unidade, já que, para penetrar esta Liberdade e esta Autonomia, vocês devem liberar-se, totalmente, do conhecido.
Vocês não podem aceder ao desconhecido levando seja o que for de conhecido.
A personalidade fará tudo o que estiver em seu poder, através de suas próprias resistências, através, justamente, do ambiente, e do peso que vocês dão a este ambiente, para impedi-los de realizar essa Passagem.
Esta Passagem que combine, eu os lembro, a Crucificação e a Ressurreição imediata, ou sensivelmente ao mesmo tempo.
Assim, portanto, as circunstâncias da vida que vocês têm que enfrentar, hoje, nestes tempos específicos que vocês vivem, são muito exatamente as circunstâncias que lhes são as mais favoráveis (mesmo se lhes pareça absurdo) para viver a Unidade.
Qualquer que seja o peso que lhes afete, qualquer que seja a doença que pode acometê-los de maneira fulgurante, qualquer que seja a oposição que possa sobrevir em meio à sua família, é justamente na superação desses mecanismos que lhes são propostos que se descobrem as últimas projeções exteriores, conduzidas por vocês mesmos, e que convém transcender para viver a Unidade.
Não há então, aí tampouco, que julgar, que condenar.
Não há então, aí tampouco, que buscar um culpado exterior que viria impedi-los, do exterior, de viver o que vocês têm a viver.
Porque a única resistência, finalmente, será sempre, em última análise, vocês mesmos, hoje, em relação a vocês mesmos, no Si.
Quando vocês compreendem este mecanismo, quando vocês aceitam este mecanismo, através do que lhes foi desenvolvido pelo Arcanjo ANAEL, da Humildade, da Simplicidade, da Transparência e da Pobreza de Espírito, então, naquele momento, vocês podem viver o Coração.
Mas jamais antes.
Vocês podem empreender todas as melhores ações do mundo, vocês podem empreender toda a vontade de bem e toda a vontade de purificação, isso jamais os levará à Unidade.
A Unidade não se vive em um eixo linear.
A Unidade não se vive mais, hoje, nesse tempo que vocês vivem, na promessa de uma abertura ou da ativação de uma Coroa.
Ela se vive por este mecanismo específico que é o ‘desafio’ do momento atual, que é o de Abandonar-se, totalmente, à sua própria Crucificação, à sua própria morte, à sua própria Ressurreição.
O que se inscreve em minhas palavras, hoje, dá-lhes a possibilidade de vivê-lo antes que esse mecanismo realmente diga respeito à totalidade da humanidade.
Naquele momento, as condições, justamente, deste ambiente, não serão mais completamente as mesmas.
Há, como lhes disse MARIA, datas irrevogáveis.
Essas datas irrevogáveis não estão ligadas a um confinamento suplementar, mas são limites Vibratórios que não dependem nem de vocês, nem da Terra, mas que dependem unicamente da Estrela que anuncia a Estrela.
Assim, então, vocês estão avisados deste tempo reduzido, final, no qual vocês têm que passar (para aqueles que não o fizeram), da totalidade de sua co-criação consciente, levando-os a viver a Unidade, ou a viver a personalidade.
Compreendam bem que nada há a buscar no exterior.
Compreendam bem que todas as técnicas, quaisquer que sejam, e que mesmo o que lhes foi falado (a oração, a meditação, a contemplação, o yoga e algumas técnicas que vocês podem utilizar nesse contexto, ou seja, cristais ou qualquer outra coisa), em última análise, apenas faz ‘aproximá-los desta Porta’, mas jamais farão com que atravessem a Porta.
Há apenas vocês, Abandonando-se, que atravessam a Porta.
E isso, vocês o fazem sozinhos, face a face, colocados entre os 4 Pilares (ndr: Humildade, Simplicidade, Infância, Transparência).
Naquele momento, vocês irão constatar que o desdobramento da Luz (que, para alguns, foi limitado à Coroa Radiante da cabeça), que confirma, de qualquer modo, sua Liberação, poderá permitir-lhes, se tal é sua escolha, se tal é sua Verdade, estabelecer-se na Unidade e nos mundos multidimensionais, totalmente Livres.
Eis algumas palavras que eu tinha para dar-lhes referentes ao desafio deste momento atual: momento presente ordinário e momento presente do Agora, ou seja, ‘extraordinário’, correspondendo, desde a abertura da Porta KI-RIS-TI, até a libertação da Terra.
Irmãos e Irmãs, se vocês têm perguntas em relação ao que eu acabo de falar, então eu os escuto com grande prazer.
Nós não temos perguntas, nós lhe agradecemos.
Irmãos e Irmãs, então, como do meu costume, eu lhes proponho um momento de comunhão e eu retornarei, certamente, para exprimir outras coisas dentro de muito pouco tempo, entre vocês.
Então comunguemos.
E eu lhes digo até breve.
... Efusão Vibratória ...
E eu lhes digo até breve.
... Efusão Vibratória ...
Áudio da Mensagem em Francês
Link para download: clique aqui
Áudio da Mensagem em Português
Link para download: clique aqui
Mensagem de IRMÃO K,
pelo site Autres Dimensions
em 12 de setembro de 2011
Rendo Graças às fontes deste texto:
Rendo Graças às fontes deste texto:
Tradução: Zulma Peixinho
Nenhum comentário:
Postar um comentário