Rendo Graças ao autor desta imagem
MA ANANDA MOYI
11/07/2011
VIVÊNCIA,
ESTRELA AL E O FOGO
Eu sou MA ANANDA MOYI.
Caríssimos Irmãos e caríssimas Irmãs,
que a Paz e a Alegria estejam em vocês.
Eu venho a vocês, esta noite, para exprimir certo número de elementos ligados, sobretudo, à minha vivência na encarnação e, também, ligados à minha Vibração de Estrela AL, que é ligada ao Fogo.
Esse Fogo que pode ser tanto o fogo do ego como o Fogo do Coração, antes de sua Reversão.
Então, venho entre vocês para tentar fazê-los perceber, para além mesmo das palavras que vou empregar (que são, necessariamente, vindas de minha experiência, de minha vivência e de minha cultura de então), a expressão do que é o Fogo do Coração e a expressão do que é o fogo do ego.
Como sabem, vocês entraram num processo específico de revelação da Luz, que deve conduzir o humano a viver certo número de mecanismos, de transformações, ou não, da Consciência.
Então, o Fogo do Céu, esse Fogo do Espírito, quando se revela no ser humano, vai desencadear, eu diria, certo número de mecanismos e, também, conforme o impacto desse Fogo que se revela e sua localização, vai ocorrer certo número de manifestações da própria Consciência, mas, também, da personalidade manifestada no mundo no qual vocês estão.
Então, é claro, existem testemunhos Vibratórios de percepção, que traduzem e acompanham, de algum modo, a chegada da Luz, seja ao nível da cabeça, ao nível do Coração, ao nível do sacrum ou ao nível das zonas de desenvolvimento da Luz Vibral.
Foi-lhes feita referência de um mecanismo importante.
Esse mecanismo importante, retomado em muito numerosas ocasiões pelos Arcanjos e pelos Anciões e, também, por algumas de minhas Irmãs, é diretamente ligado ao mecanismo do Abandono à Luz.
Então, é claro, o Abandono à Luz vai traduzir a manifestação de um estado de Consciência que passa de um estado a outro, de um modo de funcionamento para outro, que é profundamente diferente.
Como o Bem amado João dizia: haverá muitos Chamados, poucos Escolhidos.
Haverá, também, no período que vocês vivem e através de elementos que ele havia descrito então, elementos de confusão importantes, tanto na consciência individual como na consciência do corpo da sociedade, do corpo social em seu conjunto.
A reatividade à Luz, o acolhimento da Luz, a revelação da Luz não se fazem segundo os mesmos auspícios e segundo a mesma Graça, segundo, de algum modo, o ego que é reencontrado.
Existe certo número de etapas para aqueles, em todo caso, que aceitarão a Luz, que dela não se desviarão, mas que poderão viver essa aceitação a partir do ego ou a partir do Coração.
A resultante será eminentemente diferente, é claro, ao nível da Consciência e ao nível do próprio comportamento do ser, em função do que ele é capaz de metabolizar dessa Luz.
Então, é claro, alguns Anciões desenvolveram e evocaram um conjunto de funcionamentos específicos, ligados a essa revelação da Luz, a essa descompartimentação, a esse despertar do Canal do Éter e a certo número de modificações que ocorrem, justamente, no corpo de desejo e que devem conduzir a manifestar a totalidade do Espírito e da Consciência Unitária.
É claro, a qualidade intrínseca (se é que se possa falar assim) do ego, em função de elementos chamados Humildade, Simplicidade, sua capacidade para estar na calma, para ter empreendido um trabalho, já anteriormente (qualquer que seja o modo pelo qual esse trabalho é encarado), será, de algum modo, não condicionante, mas, em todo caso, orientadora para a manifestação da Consciência, na reação ou em ressonância com a Luz que se revela.
É claro, tudo será diferente, conforme a consciência comum já tenha vivido experiências de acesso à Unidade ou, em todo caso, experiências de Vibração, de Fogos na Coroa Radiante da Cabeça ou na Coroa Radiante do Coração ou, ainda, ao nível do sacrum.
Alguns seres (para alguns deles, já desde numerosos anos) vivem transformações incessantes, que se traduzem, pouco a pouco, numa transformação da consciência, que os prepara para viver esse Abandono à Luz e viver essa Unidade, essa facilidade.
Foi-lhes dito, muito frequentemente, que será feito a cada um muito exatamente segundo sua própria Vibração.
Então, é claro, se no ser humano, certo número de desejos não foram ainda totalmente evacuados, eles se arriscam, durante essa fase, a manifestar-se pelo que é chamado o fogo do ego, ao invés do Fogo do Coração.
Compreendam, efetivamente, que, em meus propósitos, não é questão de julgar o que quer que seja, mas dar-lhes elementos, objetivos e sensíveis, que lhes permitam observar sem julgar, ao redor de vocês, o que é da ordem do ego e o que é da ordem do Coração.
Então, primeiramente, há uma diferença essencial, mesmo nesse fogo, onde quer que ele esteja, que vai traduzir o Coração ou o ego.
E, antes mesmo de falar do fogo do ego ou do Fogo do Coração, é necessário redefinir, muito resumidamente, o que é o ego e o que é o Coração, para além de toda concepção, para além de toda noção espiritual ou religiosa, ou mesmo social ou cultural.
O ego, por definição, é o que guarda toda a experiência vivida no interior de si, sempre para uma noção de comparação ou de apropriação.
O ego é, portanto, algo que vai fechar e sempre guardar para si mesmo (pelo instante, sem qualquer noção pejorativa), tudo o que pode ser vivido, porque o ego pode definir-se apenas em relação ao passado, em relação ao futuro.
E a experiência vivida, quando ela é vivida, recolocará o ego, sempre, numa classificação, numa discriminação, num julgamento de valor da experiência vivida, sempre em relação à sua própria referência, à sua própria vivência, às suas próprias crenças, às suas próprias feridas.
O Coração, para além de toda noção conceitual de compaixão, de empatia, a Consciência do Coração (antes mesmo que apareça, eu repito, o fogo do ego ou o Fogo do Coração) é, já, a Consciência que permite não apropriar-se do que é vivido, na qual existe, já, uma forma de distância, uma ausência de julgamento do que é aportado à Consciência (quer ela concirna a si mesmo, quer concirna a qualquer evento ou a qualquer elemento interpessoal que ocorra no que é vivido).
O ego está, portanto, permanentemente, julgando, classificando, discriminando, tentando compreender.
O Coração será Pacífico, vai retroceder, vai recusar o julgamento, não vai tomar nada para si.
Ele vai aquiescer, mesmo se não está de acordo.
Ele vai se dar o tempo para não estar, de algum modo, numa reação ou numa compreensão intelectual, mas, bem mais, num tempo, talvez, um pouco diferente do que aquele que evolui no ego no qual a reação, o julgamento, a emoção, a compreensão é, frequentemente, muito rápida, não tendo em conta o conjunto de uma situação, mas que tem em conta a experiência passada para definir mesmo esse presente, essa reação que está sendo vivida.
De fato, o ego, de uma maneira geral, guarda, sempre, tudo para si, guarda, sempre, tudo para sua própria experiência e é, portanto, incapaz mesmo de definir-se numa Consciência mais ampla, na qual todas essas noções não existem mais.
Então, é claro, o humano não é jamais totalmente bom, nem jamais totalmente mau, nem jamais totalmente no Coração, nem jamais totalmente no ego: existe, sempre, uma mistura de duas consciências, mas que, eu esclareço, não são, ainda, a Consciência Turiya.
Para que a Consciência Turiya exista é necessário, verdadeiramente, passar à Unidade.
É necessário que o ego seja Transcendido, inteiramente, e que tudo o que já aparecia, no ego que eu qualificaria de normal e no Coração normal, não se torne mais exuberante, mas, ao contrário, completamente Transcendido.
O fogo do ego (ligado à Luz Vibral, em sua revelação, doravante) vai traduzir-se, sempre, ao nível do ego, por uma necessidade de identificar-se, geralmente, com uma noção de grandeza, na qual o próprio ego, vocês compreenderam, vai apropriar-se do fogo e, aí também, tudo o que é vivido, mesmo da ordem de uma Consciência diferente, será, de algum modo, apropriado pela própria pessoa.
Frequentemente, isso pode aproximar-se do que é chamada a megalomania.
Essa megalomania faz com que a Consciência que a vive, no ego, terá tendência a identificar tudo o que é vivido no sentido de sua apropriação, e mesmo a Unidade.
Isso dará situações um pouco engraçadas, vistas do exterior, nas quais esse fogo aparente será, efetivamente, um fogo devorador (o fogo chamado Luciferiano ou Prometeico), que vai provocar a alma a reivindicar a Unidade, a manifestar algumas características da Unidade, uma vez que a alma torna-se, de algum modo, iluminada.
E é nesses momentos que se revelam o que são chamados os Siddhis, os poderes da alma, que nada têm a ver com o poder do Espírito.
Esses poderes da alma que darão poderes, como o nome indica, de ver o astral, de ver o outro, mas de puxar tudo isso, em relação à sua própria visão e à própria personalidade.
Não há, portanto, qualquer Transcendência, mas, efetivamente, uma ilusão de Transcendência, na qual a megalomania vai encontrar um terreno de expressão importante.
Isso pode, também, ser vivido, estritamente, ao oposto, numa personalidade que se pode qualificar, ao inverso, de atrofiada, na qual o fogo virá, de algum modo, reforçar esse sentimento de ser atrofiado, reforçar não mais o ego, naquele momento, mas o medo do ego, provocando sofrimentos, um confinamento, o que vocês teriam tendência a chamar um estresse, ao inverso da dilatação do ego, que eu qualificaria de megalômana.
Naquele momento, o ego vai retrair-se, para evitar, de algum modo, a Luz, o que se traduz, então, por uma frustração, um medo intenso, uma retração mesmo do ego habitual, mas não para passar ao Coração, para retirar-se, mesmo, do ego.
As duas situações, que são os dois extremos, estão em relação com o fogo do ego.
As manifestações, naquele momento, concernentes, é claro, ao plexo solar e ao terceiro olho, ou seja, naquele momento, esse fogo do ego vai manifestar-se, aí também, por poderes que se tornam terríveis, que se tornam a ocasião de ter medo.
Enquanto, no ego invertido, ao nível megalomaníaco, naquele momento, ocorrerá todo um conjunto de processos de identificação, geralmente a personagens históricos, se possível importantes, ou mesmo muito importantes, que vão até manifestar, para alguns seres, e perfeitamente conhecidos no país do qual sou originária (ndr: a Índia), o que se chama o princípio de identificação a um grande Ser, cujo nome o mais conhecido, é claro, é ser um avatar.
O que significa um ser que se define acima de toda lei, porque ele viveu a Luz, que nada mais é do que o fogo Prometeico, que é confundido, naquele momento, inteiramente, com o Fogo do Coração.
É claro, naquele momento, não existe percepção alguma do chacra do Coração, e ainda menos da Coroa Radiante do Coração, mas, sobretudo, uma percepção de emoções (as suas, como do outro) e, sobretudo, poderes espirituais que aparecem em grande número e que vão, pouco a pouco, conduzir a alma a afastar-se, cada vez mais, do Espírito e a tomar o controle, através desse fogo, chamado o fogo do ego.
Então, é claro, o Fogo do Coração, absolutamente, não tem as mesmas características.
Não há nem retração do ego num mecanismo de estresse; não há nem megalomania, identificação ao que quer que seja superior.
Há, sobretudo, a Paz que se instala, a Humildade, a Simplicidade, a recusa de toda apropriação, do que quer que seja (seja de uma pessoa, de uma ideia ou de uma relação, qualquer que seja), o que confere o que lhes foi chamada, aliás, a Liberdade, a Autonomia total.
Mas, nessa Liberdade, nessa Autonomia, existe uma forma de Paz total, manifestada pelo Espírito, naquele momento, que dá uma incapacidade do ser para confrontar, para opor, para julgar.
O ser está totalmente, naquele momento, banhado na Luz.
Não existe mais qualquer jogo de Sombra ou de Luz.
Há uma Transcendência total, nesse caso, do ego.
E o estabelecimento, unicamente naquele momento, do que pode ser chamado os diferentes Samadhi, as diferentes Alegrias Interiores, que não são as alegrias do emocional ou as alegrias do ego exaltado, ou o medo do ego retraído.
Nesse espaço de Fogo do Coração, a Vibração é onipresente ao nível do Coração, ou como um calor, ou como uma presença que pode, por vezes, ser percebida como exterior a si mesmo, na qual se sente o Si dilatar-se no Interior de si.
Qualquer que seja a cultura, aliás, isso pode ser chamado KRISHNA, o CRISTO, MARIA, pouco importa, ou a Luz, simplesmente.
Mas, em caso algum, essa dilatação do Coração vai traduzir-se por qualquer reivindicação, qualquer apropriação ou qualquer medo.
Então, o Fogo do Coração traduz-se, de algum modo, por uma consumação do ego, o que se traduz por cada vez mais Alegria e, sobretudo, essa desfragmentação, que não se situa na capacidade de poderes espirituais (para ver o outro no astral, para manipular o astral, para ver o astral), mas, bem mais, num sentimento de Completude Interior, na qual não pode existir espaço algum para qualquer projeção, nem no espaço do sonho, nem no espaço do que quer que seja além do Si.
Isso é válido quando essa etapa é realizada aqui mesmo, nessa Dimensão na qual vocês estão ainda, quando a alma e o Espírito são diretamente voltados para a Luz e tornam-se cada vez menos identificados a esse corpo, às suas funções.
Isso vai até manifestar períodos, mais ou menos longos (que foram comuns, aliás, em todos os seres que viveram isso), nesse Samadhi extremo, no qual há, totalmente, uma extração da personalidade, na qual o ser pode permanecer, assim, sem comer, sem beber, sem nada fazer, simplesmente estando na Vibração da Luz, sem qualquer reivindicação, na Humildade e na Simplicidade a mais total.
E isso pode durar, para alguns seres, meses, ou mesmo anos.
É claro, isso é profundamente diferente do ego agitado pelo fogo, que vai reivindicar, que vai querer, a todo custo, mostrar que ele é a Luz, enquanto aquele que está na Luz, estritamente, nenhuma necessidade tem de mostrar, uma vez que ele é isso.
Toda a diferença vai, portanto, situar-se nesse nível.
Então, é claro, nas fases que existem, agora, sobre esta Terra, desde as intervenções deste ano de METATRON, muitos seres puderam ser arrastados, de maneira temporária, por essa luz, na qual a energia refluiu do ego para o terceiro olho e não se instalou no Coração.
É claro, os poderes são extremamente sedutores porque, nesse nível, existem mecanismos muito precisos, que permitem ter todo o poder e toda a ascendência.
Aliás, eu creio que, no Ocidente, vocês chamam a isso: o sedutor, o usurpador, aquele que falsifica.
Isso dá a Ilusão da Luz, para aquele que não está, ainda, no Coração: que o que está diante dele, aquele que está diante dele representa uma luz.
De fato, a Luz, como vocês sabem e, sobretudo, no Fogo do Coração, estritamente nada pode reivindicar, uma vez que a própria reivindicação do que quer que seja na Ilusão (dado que a pessoa, naquele momento, é extraída da Ilusão), faz a pessoa recair, instantaneamente, na Ilusão.
E a reivindicação do ego, ou a necessidade de reconhecimento do ego, que é, frequentemente, a causa desse fogo do ego, a partir do instante em que o ego está Pacificado, a partir do instante em que o Fogo do Coração manifesta-se de modo mais intenso, o ego terá menos precedência; ele poderá menos intervir; ele poderá menos manifestar-se; ele poderá menos reivindicar.
E, naquele momento, quanto mais o Coração sobe sua própria Vibração, mais os poderes afastam-se, menos há capacidade real para compreender, mesmo os jogos de uns e de outros no astral, porque a Visão torna-se, então, totalmente o que é chamada a Visão Etérea ou a Visão do Coração, que é uma Visão que mais nada tem a ver com os jogos do ego, os jogos de sedução e com os jogos de papel, que podem existir na Ilusão.
Então, existe uma diferença fundamental.
É claro, aquele que está no fogo do ego não quererá ver isso.
Ele estará todo tomado às suas próprias emoções, às suas próprias exaltações, à sua própria Ilusão do terceiro olho e não poderá, em momento algum, perceber-se, a ele mesmo, diferentemente do que no Fogo do Coração. Aí está o paradoxo.
Ele vai declamar, reclamar, manifestar (num sentido ou no outro, que não é aquele do Coração), enquanto o Coração vai se fazer uma suavidade.
O Coração é um Fogo devorador, mas que devora a Ilusão da vida na Ilusão matricial, no Maya.
Assim, o Fogo do Coração confere a suavidade; confere não a indiferença, mas o verdadeiro Desapego de todos os problemas desse mundo.
Não há qualquer reivindicação do que quer que seja, ao nível do Espírito.
O Espírito absolutamente nada reivindica como lugar, como papel, como função nesse mundo.
O Espírito tem necessidade apenas de ser ele mesmo, afogado nele mesmo, de algum modo, ou seja, no Contentamento e no que é chamado o Si.
É claro, todos os seres que viveram esse estado são, por vezes, chamados a voltar a descer, eu diria, um nível, para poder testemunhar, para poder escrever.
SRI AUROBINDO fui desses.
Outros se isolaram.
Outros, ainda, retrocederam com toda forma de espiritualidade para reencontrar-se na própria Verdade, na qual não existe possibilidade de levar a si mesmo (como vocês dizem) no barco, ou de levar o que quer que seja no barco.
Isso pode dar, efetivamente, a percepção, do exterior, de alguém totalmente inacessível, totalmente impermeável.
E ele é, efetivamente, às emoções.
O que não é uma indiferença, mas, bem mais, a verdadeira Vibração do Coração, na qual, simplesmente, a própria Presença do ser basta para emanar essa Luz, sem nada querer, sem nada pedir,
simplesmente, o fato de estar nesse estado, e unicamente nesse estado.
Isso explicava, por exemplo, em minha vida, quando se era, em alguns momentos, obrigado mesmo a me fazer comer, quando, contudo, julgava-se que eu tinha necessidade de comer ou de beber.
Mas a Luz da Unidade nutre.
O Espírito nutre.
O Espírito, quando está integrado, nutre a alma e o Espírito, mas não pode ser possuído nem pelo corpo, nem pela alma.
O Espírito permanece Espírito.
Ele permanece Espírito de Unidade.
Manifestação da Unidade, da Humildade, da Simplicidade, na qual não existe, eu repito, qualquer vontade, qualquer medo, simplesmente um estado do ser que se imerge e se funde, de algum modo, no Atman ou no Paratman, ou seja, no Tudo, no Si e na Consciência Revelada a ela mesma, que compreende que essa Consciência faz apenas Uma com todas as Consciências presentes, aqui como em outros lugares, mesmo se ela sabe, pertinentemente, e ela vê, pertinentemente, que as outras Consciências não têm Consciência delas mesmas, no mesmo estado que ela.
Contudo, não existe, e eu insisto nisso, qualquer reivindicação do que quer que seja do Espírito.
O Espírito É, por definição, e não tem necessidade de reivindicar absolutamente qualquer lugar, qualquer papel, qualquer função, a não ser deixar-se levar, pela Luz, após a ela estar Abandonado, e após, de algum modo, nela ter-se afogado.
Há, portanto, realmente, uma perda da personalidade, uma dissolução da personalidade, na individualidade ou no Si, no Atman, bem além do corpo budista, bem além do corpo do ego.
Naquele momento, a alma está totalmente imersa nessa Vibração, nesse Fogo, e manifesta-se, em si como ao redor de si, uma Alegria que eu qualificaria de incontrolável e insuperável, ou seja, que não é possível manifestar outra coisa que não essa Alegria, essa Paz, essa Humildade e essa Simplicidade, que é o sinal característico dos Corações abertos, como pôde ser ilustrado tanto por algumas de minhas Irmãs, jovens ou mais idosas, durante sua vida.
Se se toma, por exemplo, Hildegarde (ndr: HILDEGARDE DE BINGEN), ela jamais reivindicou o que quer que fosse.
O que ela recebeu, tudo foi recebido, transcrito e escrito.
Mas, jamais, isso pôde servir a ela, em sua vida, para reivindicar qualquer lugar.
Assim, mesmo Teresa (ndr: TERESA LISIEUX), quando ela dizia, em sua vida, que ela queria o menor lugar, ela se fazia a menor possível, porque seu Espírito havia percebido que era o único modo, nesse Caminho da Pequenez, como ela o dizia, de aceder à Totalidade.
É preciso compreender o fogo do ego e o Fogo do Coração, nos mecanismos da Consciência, como um princípio de vasos comunicantes.
Não pode haver e não podem existir os dois ao mesmo tempo.
Quando um preenche-se, o outro se esvazia, e, quando o outro se esvazia, o um preenche-se.
E a diferença é flagrante, mesmo para um observador (que poderia, contudo, fazer-se enganar pela sedução e pelos poderes manifestados pelo fogo do ego) e não pode, em caso algum, fazer ilusão, num tempo longo.
E a diferença, aliás, é que o fogo do ego consome, literalmente, a alma e o corpo, e pode manifestar-se apenas num tempo relativamente curto, no qual, naquele momento, o delírio vai tomar o lugar, para levar o ser a viver estados de confusão cada vez maiores.
O Fogo do Coração vai traduzir-se por um estado permanente de Paz, bem diferente da exaltação ou da retirada do fogo do ego.
Essa Paz, essa Alegria pode, como eu disse, durar e durar tempos extremamente longos, sem que qualquer alteração sobrevenha, tanto ao nível do corpo como da alma, uma vez que o Espírito tomou, inteiramente, posse.
Há Consciências que encarnaram ou que tomaram um corpo nesse mundo (sobretudo no século precedente e em sua parte final).
Os Melquisedeques provaram, a maior parte deles, e outros seres que encarnaram, inteiramente, esse Fogo do Espírito ou esse Fogo do Coração, no qual nenhum fogo do ego pôde imiscuir-se.
Então, é claro, o que lhes disse, por exemplo, um Melquisedeque, como Mestre PHILIPPE DE LYON, ou algumas de minhas Irmãs, é absolutamente fundamental no que se revela atualmente porque, o que se revela é um Fogo.
E esse Fogo, como qualquer fogo, tem tendência a expandir-se.
Mas o fato de expandir-se no conjunto de estruturas e de partir, realmente, do que são chamados os chacras de Enraizamento da alma e do Espírito, não é a mesma coisa que revelá-lo a partir do plexo solar.
É claro, num caso houve Abandono à Luz e, no outro, houve apropriação da Luz, mas, absolutamente, não Abandono.
Mesmo se a ilusão pode, num primeiro tempo, aparecer como sedutora.
Lembrem-se de que o Fogo do Coração nada tem a reivindicar.
Vocês devem ser, ao contrário, o menor possível nessa Ilusão, na Dualidade, para tornarem-se cada vez maiores na Luz.
E, naquele momento, tornarem-se os Ancoradores de Luz, os Emanadores de Luz e não os emanadores do ego.
Então, é claro, este período é um período crucial, como vocês sabem, nessa revelação da Luz, que conduz aqueles que estão no caminho e que já viveram uma das Coroas Radiantes a manifestarem, inteiramente, um ou o outro desses fogos.
É claro, eu não falo, absolutamente, daqueles que ainda não viveram nem o fogo da Coroa Radiante da Cabeça, nem a Coroa Radiante do Coração, nem o sacrum.
Mas é necessário reter que esse Fogo, essa Luz Vibral que se revela, esse Espírito, deverá, necessariamente, penetrar todos os corpos, todos os seres humanos.
Então, é claro, se nem a cabeça está permeável, nem o Coração está permeável, naquele momento, a Luz penetrará, diretamente, nos centros os mais abertos.
Os seres de poder, cujo segundo chacra é predominante (através do papel deles, no poder sobre os outros, como através da sexualidade ou da necessidade de tomar a ascendência sobre alguém, seja um indivíduo ou um país, em sua totalidade), serão confrontados a uma desmedida dessa noção de poder, que desemboca, aí também, numa megalomania total e numa ilusão total do que é a Luz.
É nesse sentido que as preparações que, eu espero, vocês viveram através desse canal (o que foi emitido, o que nós emitimos, ou à sua maneira), permitirá a vocês serem sábios e manifestar essa sabedoria, indispensável para viver, inteiramente, o Fogo do Coração, a Humildade, a Simplicidade, os quatro Pilares, HIC e NUNC, ou seja, sistematicamente, colocarem-se no Instante Presente: recusar tudo o que pode vir do passado; recusar tudo o que pode vir do futuro, mesmo em visões que sobreviriam de algo que acontece em seu futuro.
É, efetivamente, muito sedutor, vivendo o Fogo do Coração, ter visões, ter projeções no passado ou no futuro, mesmo sem ali identificar-se de maneira formal.
Mas se vocês aceitam essas visões, se vocês aceitam essas projeções, naquele momento, o Fogo do Coração basculará, em parte, no fogo do ego.
Então, é a vocês que cabe manter esse Fogo do Coração, exercitando sua Consciência nessa vigilância, que permite evitar os excessos, num sentido ou no outro; que lhes permite recentrarem-se, permanentemente, no Coração, pelas diferentes técnicas que foram dadas, pela respiração, pela ativação dos Atalhos, pela própria observação de sua Consciência porque, tanto no fogo do ego como no Fogo do Coração, nos primeiros tempos, existe uma capacidade, ao mesmo tempo estando no Si, de distanciar-se, ligeiramente, do Si, para ver-se agir.
É nesses momentos que será necessário estar numa forma de Atenção, de Intenção, de Ética, de Integridade, que lhes permite, o mais possível, estar nesse Presente, porque é apenas no Presente que se pode difundir, ao máximo, a Luz em vocês; e o Coração em vocês; e a Existência em vocês.
É nessa condição que vocês poderão, pouco a pouco, imergir-se, literalmente, nesse estado de Consciência de Turiya, até extraírem-se, inteiramente, de tudo o que fazia a consciência separada.
E quanto mais vocês viverem isso, mais isso se tornará fácil.
Quanto mais se tornar fácil alinhar-se no Instante Presente, mais se tornará fácil não mais desempenhar papel algum, mas ser, simplesmente, o Si, na Alegria do Ser; num estado de Samadhi cada vez mais profundo e cada vez mais Feliz, que os afasta de todos os jogos que possam existir na Dualidade; todos os jogos de posse; todos os jogos que os isolam, de algum modo, no ego e na certeza de ter chegado a algum lugar pela Luz.
Mas não pode existir realização do estado KI-RIS-TI, de outro modo que não pelo Fogo do Coração, total e totalmente instalado no peito, que lhes permite viver a Humildade, a Simplicidade, a tomada de distância em relação à personalidade que não é, como lhes foi dito, uma despersonalização ou uma perda de individualidade, mas, bem ao contrário, um reforço do Espírito, esse Espírito que não está mais, de modo algum, separado de qualquer outro Espírito.
Então, como um Espírito que se torna Espírito poderia manifestar qualquer aversão por outro Espírito ou qualquer alma?
Como esse Espírito, que se tornou totalmente Luz, poderia ver outra coisa e perceber outra coisa que não a Luz, para além dos véus da Ilusão?
Como poderia ver outra Ilusão, como uma Ilusão que não tem substância alguma para aquele que vive na Consciência do Coração?
A Unidade não é uma reivindicação, é um estado de ser; é um estado de Alegria; é um estado de Fogo do Coração, que se traduz por um sentimento de imensidade, no qual não há mais barreira, efetivamente.
E não é questão de dissociar o que quer que seja nesse estado, mas, efetivamente, não mais interferir, de maneira alguma, e cada vez menos frequentemente, na Dualidade.
É a esse preço que se realiza a passagem, inteiramente, da lagarta à borboleta, expressão querida de nosso Comandante (ndr: O.M. AÏVANHOV), seu Comandante também.
É para isso que vocês serão conduzidos a observar, em vocês, como ao redor de vocês, para cada um.
Vocês vão observar, efetivamente, os dois fogos: o fogo do ego e o Fogo do Coração, enquanto a revelação da Luz não é total e enquanto o ser não se juntou ao Sol.
Como foi escrito nos textos antigos da Índia, aquele que realizou a Unidade é aquele que está no Coração e que viveu no Sol.
Ele realmente tocou o Sol, ele fundiu-se, realmente, em CRISTO, se preferem.
Ele realmente acolheu a Luz Branca, inteiramente.
E, na Luz Branca, não pode existir qualquer Sombra, qualquer jogo de Sombra e de Luz, tal como é percebido na Dualidade.
Esse estado basta-se por si e não tem, portanto, absolutamente nada a reivindicar para si, para a personalidade, na vida que é vivida naquele momento.
Então, lembrem-se, também, de que o período que se abre, agora, é um período extremamente curto em relação à duração de uma vida humana normal e que, o que eu pude viver, quando estava no corpo de MA ANANDA MOYI, quando eu era ela, eu o vivi durante anos.
O tempo, eu diria, passado no Samadhi, deve ser tão importante, se não mais, do que o tempo passado pelo ser no corpo do ego, a servir e a falar.
Hoje, isso vai imprimir-se, de algum modo, num tempo extremamente curto, uma vez que concerne, como vocês sabem, a menos de um ano, alguns meses.
Portanto, cabe a vocês estar vigilantes, porque a personalidade estará sempre aí, enquanto vocês estão ainda sobre esse mundo.
Mas é a vocês, em Consciência e estando Conscientes, que convém saber o que querem nutrir: continuar a viver o Espírito e nutrir o Espírito, para tornar-se ele, inteiramente, ou, então, desviar a energia do Fogo do Espírito, do Fogo do Coração, para o fogo do ego (ou o fogo da alma, o que é a mesma coisa), a fim de manifestar qualquer necessidade exterior do próprio ego.
É nesse sentido que vocês deverão estar lúcidos, e ter o olhar exato sobre si mesmos, mas, também, sobre tudo o que vai cercá-los, porque vocês imaginam, efetivamente, que o Fogo que desce é, estritamente, o mesmo para todos; que é simplesmente o impacto que será diferente, conforme cada um.
O impacto poderá fazer-se pela cabeça e revelar-se, então.
Essa revelação, vocês sabem, que se faz ou ao nível do chacra do Coração, da Coroa Radiante do Coração, ou ao nível dos dois pontos chamados AL e UNIDADE (aí onde eu estou localizada também, é claro), ou, então, chacras de Enraizamento da alma e do Espírito permitirá, então, uma revelação harmoniosa da Luz no Espírito para viver, inteiramente, a Unidade e não mais viver nem o medo, nem o inverso do medo, que é o fogo do ego.
É claro, não é questão de julgar-se, tampouco, a si mesmo, no fogo do ego, mas, simplesmente, tentar, nos primeiros tempos que vocês vivem isso, ter Consciência disso e a confiança para poder Abandonar-se ainda mais à Luz.
É através dessa possibilidade, que foi chamada a tomada de distância em relação a si mesmo, que tudo vai realizar-se, porque, a um dado momento (que, talvez, já chegou, para alguns), vocês poderão desempenhar um papel, que é aquele de sua vida, e vocês se aperceberão de que não são esse papel, que não são essa pessoa (que tem tal idade, que está em tal corpo), mas que vocês são mais do que isso.
E é nesse momento preciso, qualquer que seja a intensidade que vocês o vivam, que será necessário decidir o que vocês querem nutrir: o Fogo do Espírito ou o fogo do ego.
O Fogo do Espírito é o Fogo da Unidade, quer dizer que não pode existir reivindicação na Dualidade.
A Unidade não se importa com a Dualidade.
A Unidade, eu diria, não se importa com esse mundo porque, quando a Consciência está na Unidade, ela sabe, pertinente e inteiramente, porque ela o vive, que esse mundo é, na totalidade, uma Ilusão e uma projeção.
Na totalidade.
Não há, portanto, reivindicação, jogo de poder, jogo de posse, nem nada a mostrar no exterior.
Há, apenas, que mostrar-se a si mesmo, em Espírito.
Isso é profundamente diferente.
E, dessa atitude, ou não, que existirá naquele momento, vocês demonstrarão sua capacidade para manifestar o fogo do ego ou o Fogo do Coração.
O objetivo, lembrem-se, eu repito, sem qualquer julgamento, mas, simplesmente, observando, será determinar, por sua vivência nesses tempos, se querem entregar-se ao Espírito ou se querem entregar-se à alma.
É, de qualquer modo, uma Liberação da privação de Luz, mas vocês se tornarão o que Criaram durante este período final desse tempo, no qual vocês se tornam, como lhes foi dito, Co-criadores de sua realidade e de sua Verdade.
Se sua Verdade está na alma, então, vocês Criarão uma alma, novamente, e um corpo.
Se sua Verdade é o Espírito, então, vocês se tornarão, inteiramente, o Espírito, e serão Liberados de toda noção carbonada.
Eu repito: não há caminho que seja melhor do que outro, porque os dois pertencem à experiência, à experimentação.
Mas estejam, efetivamente, lúcidos de com que vocês se engajam nessa Liberação: ou o fogo do ego, ou o Fogo do Espírito; ou a Humildade e Simplicidade os conduzem ao Abandono total, para viver isso; ou vocês decidem outra coisa.
Mas, aí também, será necessário, de qualquer modo, tomar Consciência disso, nesses tempos reduzidos.
Então, é muito fácil tomar Consciência, quando há o Fogo do Coração, porque vocês o sabem.
É muito difícil, quando há o fogo do ego ou o fogo da retirada do ego que, aí, conduz, antes, a situações de sofrimento, de cólera, de Ilusão que podem, num primeiro tempo, fazer crer, pela exaltação, no Fogo da Unidade e do Coração.
Mas isso não pode durar.
Então, ao invés de viver formas de desgastes específicos (a Luz é um Fogo, como vocês sabem, que queima o ego e que queima, também, a alma), é preciso, efetivamente, estar vigilante, sem fazer disso uma obsessão, mas, efetivamente, ver, para vocês como ao redor de vocês, o que acontece nas interações entre os seres, nas interações com vocês mesmos e as diferentes fases de vocês mesmos.
Lembrem-se, também, que, quando o Fogo do Coração está aí, vocês estão nessa alegria, na qual tudo é pleno, na qual nada pode estar vazio, na qual não pode existir qualquer falta, na qual não pode existir, eu repito, qualquer projeção do que quer que seja.
Lembrem-se de que vocês têm os meios, também, de dirigir sua Consciência, simplesmente recusando tudo o que é projeção; recusando tudo o que serão visões, que não são a Visão do Coração ou a Visão Etérea; toda projeção no astral; toda projeção na emoção.
Simplesmente, estando conscientes disso, vocês se aproximarão, cada vez mais, de sua Humildade, de sua Simplicidade e, portanto, da vivência, inteiramente, do Fogo do Coração e de sua Unidade.
Aí estão alguns elementos que, por minha Vibração AL, foram-me pedidos transmitir-lhes.
Se, em relação ao que acabo de exprimir e com relação a isso, unicamente, meus Irmãos e minhas Irmãs, vocês têm questões, interrogações ou dúvidas, então, tentarei responder o melhor que eu possa.
Esse Fogo que pode ser tanto o fogo do ego como o Fogo do Coração, antes de sua Reversão.
Então, venho entre vocês para tentar fazê-los perceber, para além mesmo das palavras que vou empregar (que são, necessariamente, vindas de minha experiência, de minha vivência e de minha cultura de então), a expressão do que é o Fogo do Coração e a expressão do que é o fogo do ego.
Como sabem, vocês entraram num processo específico de revelação da Luz, que deve conduzir o humano a viver certo número de mecanismos, de transformações, ou não, da Consciência.
Então, o Fogo do Céu, esse Fogo do Espírito, quando se revela no ser humano, vai desencadear, eu diria, certo número de mecanismos e, também, conforme o impacto desse Fogo que se revela e sua localização, vai ocorrer certo número de manifestações da própria Consciência, mas, também, da personalidade manifestada no mundo no qual vocês estão.
Então, é claro, existem testemunhos Vibratórios de percepção, que traduzem e acompanham, de algum modo, a chegada da Luz, seja ao nível da cabeça, ao nível do Coração, ao nível do sacrum ou ao nível das zonas de desenvolvimento da Luz Vibral.
Foi-lhes feita referência de um mecanismo importante.
Esse mecanismo importante, retomado em muito numerosas ocasiões pelos Arcanjos e pelos Anciões e, também, por algumas de minhas Irmãs, é diretamente ligado ao mecanismo do Abandono à Luz.
Então, é claro, o Abandono à Luz vai traduzir a manifestação de um estado de Consciência que passa de um estado a outro, de um modo de funcionamento para outro, que é profundamente diferente.
Como o Bem amado João dizia: haverá muitos Chamados, poucos Escolhidos.
Haverá, também, no período que vocês vivem e através de elementos que ele havia descrito então, elementos de confusão importantes, tanto na consciência individual como na consciência do corpo da sociedade, do corpo social em seu conjunto.
A reatividade à Luz, o acolhimento da Luz, a revelação da Luz não se fazem segundo os mesmos auspícios e segundo a mesma Graça, segundo, de algum modo, o ego que é reencontrado.
Existe certo número de etapas para aqueles, em todo caso, que aceitarão a Luz, que dela não se desviarão, mas que poderão viver essa aceitação a partir do ego ou a partir do Coração.
A resultante será eminentemente diferente, é claro, ao nível da Consciência e ao nível do próprio comportamento do ser, em função do que ele é capaz de metabolizar dessa Luz.
Então, é claro, alguns Anciões desenvolveram e evocaram um conjunto de funcionamentos específicos, ligados a essa revelação da Luz, a essa descompartimentação, a esse despertar do Canal do Éter e a certo número de modificações que ocorrem, justamente, no corpo de desejo e que devem conduzir a manifestar a totalidade do Espírito e da Consciência Unitária.
É claro, a qualidade intrínseca (se é que se possa falar assim) do ego, em função de elementos chamados Humildade, Simplicidade, sua capacidade para estar na calma, para ter empreendido um trabalho, já anteriormente (qualquer que seja o modo pelo qual esse trabalho é encarado), será, de algum modo, não condicionante, mas, em todo caso, orientadora para a manifestação da Consciência, na reação ou em ressonância com a Luz que se revela.
É claro, tudo será diferente, conforme a consciência comum já tenha vivido experiências de acesso à Unidade ou, em todo caso, experiências de Vibração, de Fogos na Coroa Radiante da Cabeça ou na Coroa Radiante do Coração ou, ainda, ao nível do sacrum.
Alguns seres (para alguns deles, já desde numerosos anos) vivem transformações incessantes, que se traduzem, pouco a pouco, numa transformação da consciência, que os prepara para viver esse Abandono à Luz e viver essa Unidade, essa facilidade.
Foi-lhes dito, muito frequentemente, que será feito a cada um muito exatamente segundo sua própria Vibração.
Então, é claro, se no ser humano, certo número de desejos não foram ainda totalmente evacuados, eles se arriscam, durante essa fase, a manifestar-se pelo que é chamado o fogo do ego, ao invés do Fogo do Coração.
Compreendam, efetivamente, que, em meus propósitos, não é questão de julgar o que quer que seja, mas dar-lhes elementos, objetivos e sensíveis, que lhes permitam observar sem julgar, ao redor de vocês, o que é da ordem do ego e o que é da ordem do Coração.
Então, primeiramente, há uma diferença essencial, mesmo nesse fogo, onde quer que ele esteja, que vai traduzir o Coração ou o ego.
E, antes mesmo de falar do fogo do ego ou do Fogo do Coração, é necessário redefinir, muito resumidamente, o que é o ego e o que é o Coração, para além de toda concepção, para além de toda noção espiritual ou religiosa, ou mesmo social ou cultural.
O ego, por definição, é o que guarda toda a experiência vivida no interior de si, sempre para uma noção de comparação ou de apropriação.
O ego é, portanto, algo que vai fechar e sempre guardar para si mesmo (pelo instante, sem qualquer noção pejorativa), tudo o que pode ser vivido, porque o ego pode definir-se apenas em relação ao passado, em relação ao futuro.
E a experiência vivida, quando ela é vivida, recolocará o ego, sempre, numa classificação, numa discriminação, num julgamento de valor da experiência vivida, sempre em relação à sua própria referência, à sua própria vivência, às suas próprias crenças, às suas próprias feridas.
O Coração, para além de toda noção conceitual de compaixão, de empatia, a Consciência do Coração (antes mesmo que apareça, eu repito, o fogo do ego ou o Fogo do Coração) é, já, a Consciência que permite não apropriar-se do que é vivido, na qual existe, já, uma forma de distância, uma ausência de julgamento do que é aportado à Consciência (quer ela concirna a si mesmo, quer concirna a qualquer evento ou a qualquer elemento interpessoal que ocorra no que é vivido).
O ego está, portanto, permanentemente, julgando, classificando, discriminando, tentando compreender.
O Coração será Pacífico, vai retroceder, vai recusar o julgamento, não vai tomar nada para si.
Ele vai aquiescer, mesmo se não está de acordo.
Ele vai se dar o tempo para não estar, de algum modo, numa reação ou numa compreensão intelectual, mas, bem mais, num tempo, talvez, um pouco diferente do que aquele que evolui no ego no qual a reação, o julgamento, a emoção, a compreensão é, frequentemente, muito rápida, não tendo em conta o conjunto de uma situação, mas que tem em conta a experiência passada para definir mesmo esse presente, essa reação que está sendo vivida.
De fato, o ego, de uma maneira geral, guarda, sempre, tudo para si, guarda, sempre, tudo para sua própria experiência e é, portanto, incapaz mesmo de definir-se numa Consciência mais ampla, na qual todas essas noções não existem mais.
Então, é claro, o humano não é jamais totalmente bom, nem jamais totalmente mau, nem jamais totalmente no Coração, nem jamais totalmente no ego: existe, sempre, uma mistura de duas consciências, mas que, eu esclareço, não são, ainda, a Consciência Turiya.
Para que a Consciência Turiya exista é necessário, verdadeiramente, passar à Unidade.
É necessário que o ego seja Transcendido, inteiramente, e que tudo o que já aparecia, no ego que eu qualificaria de normal e no Coração normal, não se torne mais exuberante, mas, ao contrário, completamente Transcendido.
O fogo do ego (ligado à Luz Vibral, em sua revelação, doravante) vai traduzir-se, sempre, ao nível do ego, por uma necessidade de identificar-se, geralmente, com uma noção de grandeza, na qual o próprio ego, vocês compreenderam, vai apropriar-se do fogo e, aí também, tudo o que é vivido, mesmo da ordem de uma Consciência diferente, será, de algum modo, apropriado pela própria pessoa.
Frequentemente, isso pode aproximar-se do que é chamada a megalomania.
Essa megalomania faz com que a Consciência que a vive, no ego, terá tendência a identificar tudo o que é vivido no sentido de sua apropriação, e mesmo a Unidade.
Isso dará situações um pouco engraçadas, vistas do exterior, nas quais esse fogo aparente será, efetivamente, um fogo devorador (o fogo chamado Luciferiano ou Prometeico), que vai provocar a alma a reivindicar a Unidade, a manifestar algumas características da Unidade, uma vez que a alma torna-se, de algum modo, iluminada.
E é nesses momentos que se revelam o que são chamados os Siddhis, os poderes da alma, que nada têm a ver com o poder do Espírito.
Esses poderes da alma que darão poderes, como o nome indica, de ver o astral, de ver o outro, mas de puxar tudo isso, em relação à sua própria visão e à própria personalidade.
Não há, portanto, qualquer Transcendência, mas, efetivamente, uma ilusão de Transcendência, na qual a megalomania vai encontrar um terreno de expressão importante.
Isso pode, também, ser vivido, estritamente, ao oposto, numa personalidade que se pode qualificar, ao inverso, de atrofiada, na qual o fogo virá, de algum modo, reforçar esse sentimento de ser atrofiado, reforçar não mais o ego, naquele momento, mas o medo do ego, provocando sofrimentos, um confinamento, o que vocês teriam tendência a chamar um estresse, ao inverso da dilatação do ego, que eu qualificaria de megalômana.
Naquele momento, o ego vai retrair-se, para evitar, de algum modo, a Luz, o que se traduz, então, por uma frustração, um medo intenso, uma retração mesmo do ego habitual, mas não para passar ao Coração, para retirar-se, mesmo, do ego.
As duas situações, que são os dois extremos, estão em relação com o fogo do ego.
As manifestações, naquele momento, concernentes, é claro, ao plexo solar e ao terceiro olho, ou seja, naquele momento, esse fogo do ego vai manifestar-se, aí também, por poderes que se tornam terríveis, que se tornam a ocasião de ter medo.
Enquanto, no ego invertido, ao nível megalomaníaco, naquele momento, ocorrerá todo um conjunto de processos de identificação, geralmente a personagens históricos, se possível importantes, ou mesmo muito importantes, que vão até manifestar, para alguns seres, e perfeitamente conhecidos no país do qual sou originária (ndr: a Índia), o que se chama o princípio de identificação a um grande Ser, cujo nome o mais conhecido, é claro, é ser um avatar.
O que significa um ser que se define acima de toda lei, porque ele viveu a Luz, que nada mais é do que o fogo Prometeico, que é confundido, naquele momento, inteiramente, com o Fogo do Coração.
É claro, naquele momento, não existe percepção alguma do chacra do Coração, e ainda menos da Coroa Radiante do Coração, mas, sobretudo, uma percepção de emoções (as suas, como do outro) e, sobretudo, poderes espirituais que aparecem em grande número e que vão, pouco a pouco, conduzir a alma a afastar-se, cada vez mais, do Espírito e a tomar o controle, através desse fogo, chamado o fogo do ego.
Então, é claro, o Fogo do Coração, absolutamente, não tem as mesmas características.
Não há nem retração do ego num mecanismo de estresse; não há nem megalomania, identificação ao que quer que seja superior.
Há, sobretudo, a Paz que se instala, a Humildade, a Simplicidade, a recusa de toda apropriação, do que quer que seja (seja de uma pessoa, de uma ideia ou de uma relação, qualquer que seja), o que confere o que lhes foi chamada, aliás, a Liberdade, a Autonomia total.
Mas, nessa Liberdade, nessa Autonomia, existe uma forma de Paz total, manifestada pelo Espírito, naquele momento, que dá uma incapacidade do ser para confrontar, para opor, para julgar.
O ser está totalmente, naquele momento, banhado na Luz.
Não existe mais qualquer jogo de Sombra ou de Luz.
Há uma Transcendência total, nesse caso, do ego.
E o estabelecimento, unicamente naquele momento, do que pode ser chamado os diferentes Samadhi, as diferentes Alegrias Interiores, que não são as alegrias do emocional ou as alegrias do ego exaltado, ou o medo do ego retraído.
Nesse espaço de Fogo do Coração, a Vibração é onipresente ao nível do Coração, ou como um calor, ou como uma presença que pode, por vezes, ser percebida como exterior a si mesmo, na qual se sente o Si dilatar-se no Interior de si.
Qualquer que seja a cultura, aliás, isso pode ser chamado KRISHNA, o CRISTO, MARIA, pouco importa, ou a Luz, simplesmente.
Mas, em caso algum, essa dilatação do Coração vai traduzir-se por qualquer reivindicação, qualquer apropriação ou qualquer medo.
Então, o Fogo do Coração traduz-se, de algum modo, por uma consumação do ego, o que se traduz por cada vez mais Alegria e, sobretudo, essa desfragmentação, que não se situa na capacidade de poderes espirituais (para ver o outro no astral, para manipular o astral, para ver o astral), mas, bem mais, num sentimento de Completude Interior, na qual não pode existir espaço algum para qualquer projeção, nem no espaço do sonho, nem no espaço do que quer que seja além do Si.
Isso é válido quando essa etapa é realizada aqui mesmo, nessa Dimensão na qual vocês estão ainda, quando a alma e o Espírito são diretamente voltados para a Luz e tornam-se cada vez menos identificados a esse corpo, às suas funções.
Isso vai até manifestar períodos, mais ou menos longos (que foram comuns, aliás, em todos os seres que viveram isso), nesse Samadhi extremo, no qual há, totalmente, uma extração da personalidade, na qual o ser pode permanecer, assim, sem comer, sem beber, sem nada fazer, simplesmente estando na Vibração da Luz, sem qualquer reivindicação, na Humildade e na Simplicidade a mais total.
E isso pode durar, para alguns seres, meses, ou mesmo anos.
É claro, isso é profundamente diferente do ego agitado pelo fogo, que vai reivindicar, que vai querer, a todo custo, mostrar que ele é a Luz, enquanto aquele que está na Luz, estritamente, nenhuma necessidade tem de mostrar, uma vez que ele é isso.
Toda a diferença vai, portanto, situar-se nesse nível.
Então, é claro, nas fases que existem, agora, sobre esta Terra, desde as intervenções deste ano de METATRON, muitos seres puderam ser arrastados, de maneira temporária, por essa luz, na qual a energia refluiu do ego para o terceiro olho e não se instalou no Coração.
É claro, os poderes são extremamente sedutores porque, nesse nível, existem mecanismos muito precisos, que permitem ter todo o poder e toda a ascendência.
Aliás, eu creio que, no Ocidente, vocês chamam a isso: o sedutor, o usurpador, aquele que falsifica.
Isso dá a Ilusão da Luz, para aquele que não está, ainda, no Coração: que o que está diante dele, aquele que está diante dele representa uma luz.
De fato, a Luz, como vocês sabem e, sobretudo, no Fogo do Coração, estritamente nada pode reivindicar, uma vez que a própria reivindicação do que quer que seja na Ilusão (dado que a pessoa, naquele momento, é extraída da Ilusão), faz a pessoa recair, instantaneamente, na Ilusão.
E a reivindicação do ego, ou a necessidade de reconhecimento do ego, que é, frequentemente, a causa desse fogo do ego, a partir do instante em que o ego está Pacificado, a partir do instante em que o Fogo do Coração manifesta-se de modo mais intenso, o ego terá menos precedência; ele poderá menos intervir; ele poderá menos manifestar-se; ele poderá menos reivindicar.
E, naquele momento, quanto mais o Coração sobe sua própria Vibração, mais os poderes afastam-se, menos há capacidade real para compreender, mesmo os jogos de uns e de outros no astral, porque a Visão torna-se, então, totalmente o que é chamada a Visão Etérea ou a Visão do Coração, que é uma Visão que mais nada tem a ver com os jogos do ego, os jogos de sedução e com os jogos de papel, que podem existir na Ilusão.
Então, existe uma diferença fundamental.
É claro, aquele que está no fogo do ego não quererá ver isso.
Ele estará todo tomado às suas próprias emoções, às suas próprias exaltações, à sua própria Ilusão do terceiro olho e não poderá, em momento algum, perceber-se, a ele mesmo, diferentemente do que no Fogo do Coração. Aí está o paradoxo.
Ele vai declamar, reclamar, manifestar (num sentido ou no outro, que não é aquele do Coração), enquanto o Coração vai se fazer uma suavidade.
O Coração é um Fogo devorador, mas que devora a Ilusão da vida na Ilusão matricial, no Maya.
Assim, o Fogo do Coração confere a suavidade; confere não a indiferença, mas o verdadeiro Desapego de todos os problemas desse mundo.
Não há qualquer reivindicação do que quer que seja, ao nível do Espírito.
O Espírito absolutamente nada reivindica como lugar, como papel, como função nesse mundo.
O Espírito tem necessidade apenas de ser ele mesmo, afogado nele mesmo, de algum modo, ou seja, no Contentamento e no que é chamado o Si.
É claro, todos os seres que viveram esse estado são, por vezes, chamados a voltar a descer, eu diria, um nível, para poder testemunhar, para poder escrever.
SRI AUROBINDO fui desses.
Outros se isolaram.
Outros, ainda, retrocederam com toda forma de espiritualidade para reencontrar-se na própria Verdade, na qual não existe possibilidade de levar a si mesmo (como vocês dizem) no barco, ou de levar o que quer que seja no barco.
Isso pode dar, efetivamente, a percepção, do exterior, de alguém totalmente inacessível, totalmente impermeável.
E ele é, efetivamente, às emoções.
O que não é uma indiferença, mas, bem mais, a verdadeira Vibração do Coração, na qual, simplesmente, a própria Presença do ser basta para emanar essa Luz, sem nada querer, sem nada pedir,
simplesmente, o fato de estar nesse estado, e unicamente nesse estado.
Isso explicava, por exemplo, em minha vida, quando se era, em alguns momentos, obrigado mesmo a me fazer comer, quando, contudo, julgava-se que eu tinha necessidade de comer ou de beber.
Mas a Luz da Unidade nutre.
O Espírito nutre.
O Espírito, quando está integrado, nutre a alma e o Espírito, mas não pode ser possuído nem pelo corpo, nem pela alma.
O Espírito permanece Espírito.
Ele permanece Espírito de Unidade.
Manifestação da Unidade, da Humildade, da Simplicidade, na qual não existe, eu repito, qualquer vontade, qualquer medo, simplesmente um estado do ser que se imerge e se funde, de algum modo, no Atman ou no Paratman, ou seja, no Tudo, no Si e na Consciência Revelada a ela mesma, que compreende que essa Consciência faz apenas Uma com todas as Consciências presentes, aqui como em outros lugares, mesmo se ela sabe, pertinentemente, e ela vê, pertinentemente, que as outras Consciências não têm Consciência delas mesmas, no mesmo estado que ela.
Contudo, não existe, e eu insisto nisso, qualquer reivindicação do que quer que seja do Espírito.
O Espírito É, por definição, e não tem necessidade de reivindicar absolutamente qualquer lugar, qualquer papel, qualquer função, a não ser deixar-se levar, pela Luz, após a ela estar Abandonado, e após, de algum modo, nela ter-se afogado.
Há, portanto, realmente, uma perda da personalidade, uma dissolução da personalidade, na individualidade ou no Si, no Atman, bem além do corpo budista, bem além do corpo do ego.
Naquele momento, a alma está totalmente imersa nessa Vibração, nesse Fogo, e manifesta-se, em si como ao redor de si, uma Alegria que eu qualificaria de incontrolável e insuperável, ou seja, que não é possível manifestar outra coisa que não essa Alegria, essa Paz, essa Humildade e essa Simplicidade, que é o sinal característico dos Corações abertos, como pôde ser ilustrado tanto por algumas de minhas Irmãs, jovens ou mais idosas, durante sua vida.
Se se toma, por exemplo, Hildegarde (ndr: HILDEGARDE DE BINGEN), ela jamais reivindicou o que quer que fosse.
O que ela recebeu, tudo foi recebido, transcrito e escrito.
Mas, jamais, isso pôde servir a ela, em sua vida, para reivindicar qualquer lugar.
Assim, mesmo Teresa (ndr: TERESA LISIEUX), quando ela dizia, em sua vida, que ela queria o menor lugar, ela se fazia a menor possível, porque seu Espírito havia percebido que era o único modo, nesse Caminho da Pequenez, como ela o dizia, de aceder à Totalidade.
É preciso compreender o fogo do ego e o Fogo do Coração, nos mecanismos da Consciência, como um princípio de vasos comunicantes.
Não pode haver e não podem existir os dois ao mesmo tempo.
Quando um preenche-se, o outro se esvazia, e, quando o outro se esvazia, o um preenche-se.
E a diferença é flagrante, mesmo para um observador (que poderia, contudo, fazer-se enganar pela sedução e pelos poderes manifestados pelo fogo do ego) e não pode, em caso algum, fazer ilusão, num tempo longo.
E a diferença, aliás, é que o fogo do ego consome, literalmente, a alma e o corpo, e pode manifestar-se apenas num tempo relativamente curto, no qual, naquele momento, o delírio vai tomar o lugar, para levar o ser a viver estados de confusão cada vez maiores.
O Fogo do Coração vai traduzir-se por um estado permanente de Paz, bem diferente da exaltação ou da retirada do fogo do ego.
Essa Paz, essa Alegria pode, como eu disse, durar e durar tempos extremamente longos, sem que qualquer alteração sobrevenha, tanto ao nível do corpo como da alma, uma vez que o Espírito tomou, inteiramente, posse.
Há Consciências que encarnaram ou que tomaram um corpo nesse mundo (sobretudo no século precedente e em sua parte final).
Os Melquisedeques provaram, a maior parte deles, e outros seres que encarnaram, inteiramente, esse Fogo do Espírito ou esse Fogo do Coração, no qual nenhum fogo do ego pôde imiscuir-se.
Então, é claro, o que lhes disse, por exemplo, um Melquisedeque, como Mestre PHILIPPE DE LYON, ou algumas de minhas Irmãs, é absolutamente fundamental no que se revela atualmente porque, o que se revela é um Fogo.
E esse Fogo, como qualquer fogo, tem tendência a expandir-se.
Mas o fato de expandir-se no conjunto de estruturas e de partir, realmente, do que são chamados os chacras de Enraizamento da alma e do Espírito, não é a mesma coisa que revelá-lo a partir do plexo solar.
É claro, num caso houve Abandono à Luz e, no outro, houve apropriação da Luz, mas, absolutamente, não Abandono.
Mesmo se a ilusão pode, num primeiro tempo, aparecer como sedutora.
Lembrem-se de que o Fogo do Coração nada tem a reivindicar.
Vocês devem ser, ao contrário, o menor possível nessa Ilusão, na Dualidade, para tornarem-se cada vez maiores na Luz.
E, naquele momento, tornarem-se os Ancoradores de Luz, os Emanadores de Luz e não os emanadores do ego.
Então, é claro, este período é um período crucial, como vocês sabem, nessa revelação da Luz, que conduz aqueles que estão no caminho e que já viveram uma das Coroas Radiantes a manifestarem, inteiramente, um ou o outro desses fogos.
É claro, eu não falo, absolutamente, daqueles que ainda não viveram nem o fogo da Coroa Radiante da Cabeça, nem a Coroa Radiante do Coração, nem o sacrum.
Mas é necessário reter que esse Fogo, essa Luz Vibral que se revela, esse Espírito, deverá, necessariamente, penetrar todos os corpos, todos os seres humanos.
Então, é claro, se nem a cabeça está permeável, nem o Coração está permeável, naquele momento, a Luz penetrará, diretamente, nos centros os mais abertos.
Os seres de poder, cujo segundo chacra é predominante (através do papel deles, no poder sobre os outros, como através da sexualidade ou da necessidade de tomar a ascendência sobre alguém, seja um indivíduo ou um país, em sua totalidade), serão confrontados a uma desmedida dessa noção de poder, que desemboca, aí também, numa megalomania total e numa ilusão total do que é a Luz.
É nesse sentido que as preparações que, eu espero, vocês viveram através desse canal (o que foi emitido, o que nós emitimos, ou à sua maneira), permitirá a vocês serem sábios e manifestar essa sabedoria, indispensável para viver, inteiramente, o Fogo do Coração, a Humildade, a Simplicidade, os quatro Pilares, HIC e NUNC, ou seja, sistematicamente, colocarem-se no Instante Presente: recusar tudo o que pode vir do passado; recusar tudo o que pode vir do futuro, mesmo em visões que sobreviriam de algo que acontece em seu futuro.
É, efetivamente, muito sedutor, vivendo o Fogo do Coração, ter visões, ter projeções no passado ou no futuro, mesmo sem ali identificar-se de maneira formal.
Mas se vocês aceitam essas visões, se vocês aceitam essas projeções, naquele momento, o Fogo do Coração basculará, em parte, no fogo do ego.
Então, é a vocês que cabe manter esse Fogo do Coração, exercitando sua Consciência nessa vigilância, que permite evitar os excessos, num sentido ou no outro; que lhes permite recentrarem-se, permanentemente, no Coração, pelas diferentes técnicas que foram dadas, pela respiração, pela ativação dos Atalhos, pela própria observação de sua Consciência porque, tanto no fogo do ego como no Fogo do Coração, nos primeiros tempos, existe uma capacidade, ao mesmo tempo estando no Si, de distanciar-se, ligeiramente, do Si, para ver-se agir.
É nesses momentos que será necessário estar numa forma de Atenção, de Intenção, de Ética, de Integridade, que lhes permite, o mais possível, estar nesse Presente, porque é apenas no Presente que se pode difundir, ao máximo, a Luz em vocês; e o Coração em vocês; e a Existência em vocês.
É nessa condição que vocês poderão, pouco a pouco, imergir-se, literalmente, nesse estado de Consciência de Turiya, até extraírem-se, inteiramente, de tudo o que fazia a consciência separada.
E quanto mais vocês viverem isso, mais isso se tornará fácil.
Quanto mais se tornar fácil alinhar-se no Instante Presente, mais se tornará fácil não mais desempenhar papel algum, mas ser, simplesmente, o Si, na Alegria do Ser; num estado de Samadhi cada vez mais profundo e cada vez mais Feliz, que os afasta de todos os jogos que possam existir na Dualidade; todos os jogos de posse; todos os jogos que os isolam, de algum modo, no ego e na certeza de ter chegado a algum lugar pela Luz.
Mas não pode existir realização do estado KI-RIS-TI, de outro modo que não pelo Fogo do Coração, total e totalmente instalado no peito, que lhes permite viver a Humildade, a Simplicidade, a tomada de distância em relação à personalidade que não é, como lhes foi dito, uma despersonalização ou uma perda de individualidade, mas, bem ao contrário, um reforço do Espírito, esse Espírito que não está mais, de modo algum, separado de qualquer outro Espírito.
Então, como um Espírito que se torna Espírito poderia manifestar qualquer aversão por outro Espírito ou qualquer alma?
Como esse Espírito, que se tornou totalmente Luz, poderia ver outra coisa e perceber outra coisa que não a Luz, para além dos véus da Ilusão?
Como poderia ver outra Ilusão, como uma Ilusão que não tem substância alguma para aquele que vive na Consciência do Coração?
A Unidade não é uma reivindicação, é um estado de ser; é um estado de Alegria; é um estado de Fogo do Coração, que se traduz por um sentimento de imensidade, no qual não há mais barreira, efetivamente.
E não é questão de dissociar o que quer que seja nesse estado, mas, efetivamente, não mais interferir, de maneira alguma, e cada vez menos frequentemente, na Dualidade.
É a esse preço que se realiza a passagem, inteiramente, da lagarta à borboleta, expressão querida de nosso Comandante (ndr: O.M. AÏVANHOV), seu Comandante também.
É para isso que vocês serão conduzidos a observar, em vocês, como ao redor de vocês, para cada um.
Vocês vão observar, efetivamente, os dois fogos: o fogo do ego e o Fogo do Coração, enquanto a revelação da Luz não é total e enquanto o ser não se juntou ao Sol.
Como foi escrito nos textos antigos da Índia, aquele que realizou a Unidade é aquele que está no Coração e que viveu no Sol.
Ele realmente tocou o Sol, ele fundiu-se, realmente, em CRISTO, se preferem.
Ele realmente acolheu a Luz Branca, inteiramente.
E, na Luz Branca, não pode existir qualquer Sombra, qualquer jogo de Sombra e de Luz, tal como é percebido na Dualidade.
Esse estado basta-se por si e não tem, portanto, absolutamente nada a reivindicar para si, para a personalidade, na vida que é vivida naquele momento.
Então, lembrem-se, também, de que o período que se abre, agora, é um período extremamente curto em relação à duração de uma vida humana normal e que, o que eu pude viver, quando estava no corpo de MA ANANDA MOYI, quando eu era ela, eu o vivi durante anos.
O tempo, eu diria, passado no Samadhi, deve ser tão importante, se não mais, do que o tempo passado pelo ser no corpo do ego, a servir e a falar.
Hoje, isso vai imprimir-se, de algum modo, num tempo extremamente curto, uma vez que concerne, como vocês sabem, a menos de um ano, alguns meses.
Portanto, cabe a vocês estar vigilantes, porque a personalidade estará sempre aí, enquanto vocês estão ainda sobre esse mundo.
Mas é a vocês, em Consciência e estando Conscientes, que convém saber o que querem nutrir: continuar a viver o Espírito e nutrir o Espírito, para tornar-se ele, inteiramente, ou, então, desviar a energia do Fogo do Espírito, do Fogo do Coração, para o fogo do ego (ou o fogo da alma, o que é a mesma coisa), a fim de manifestar qualquer necessidade exterior do próprio ego.
É nesse sentido que vocês deverão estar lúcidos, e ter o olhar exato sobre si mesmos, mas, também, sobre tudo o que vai cercá-los, porque vocês imaginam, efetivamente, que o Fogo que desce é, estritamente, o mesmo para todos; que é simplesmente o impacto que será diferente, conforme cada um.
O impacto poderá fazer-se pela cabeça e revelar-se, então.
Essa revelação, vocês sabem, que se faz ou ao nível do chacra do Coração, da Coroa Radiante do Coração, ou ao nível dos dois pontos chamados AL e UNIDADE (aí onde eu estou localizada também, é claro), ou, então, chacras de Enraizamento da alma e do Espírito permitirá, então, uma revelação harmoniosa da Luz no Espírito para viver, inteiramente, a Unidade e não mais viver nem o medo, nem o inverso do medo, que é o fogo do ego.
É claro, não é questão de julgar-se, tampouco, a si mesmo, no fogo do ego, mas, simplesmente, tentar, nos primeiros tempos que vocês vivem isso, ter Consciência disso e a confiança para poder Abandonar-se ainda mais à Luz.
É através dessa possibilidade, que foi chamada a tomada de distância em relação a si mesmo, que tudo vai realizar-se, porque, a um dado momento (que, talvez, já chegou, para alguns), vocês poderão desempenhar um papel, que é aquele de sua vida, e vocês se aperceberão de que não são esse papel, que não são essa pessoa (que tem tal idade, que está em tal corpo), mas que vocês são mais do que isso.
E é nesse momento preciso, qualquer que seja a intensidade que vocês o vivam, que será necessário decidir o que vocês querem nutrir: o Fogo do Espírito ou o fogo do ego.
O Fogo do Espírito é o Fogo da Unidade, quer dizer que não pode existir reivindicação na Dualidade.
A Unidade não se importa com a Dualidade.
A Unidade, eu diria, não se importa com esse mundo porque, quando a Consciência está na Unidade, ela sabe, pertinente e inteiramente, porque ela o vive, que esse mundo é, na totalidade, uma Ilusão e uma projeção.
Na totalidade.
Não há, portanto, reivindicação, jogo de poder, jogo de posse, nem nada a mostrar no exterior.
Há, apenas, que mostrar-se a si mesmo, em Espírito.
Isso é profundamente diferente.
E, dessa atitude, ou não, que existirá naquele momento, vocês demonstrarão sua capacidade para manifestar o fogo do ego ou o Fogo do Coração.
O objetivo, lembrem-se, eu repito, sem qualquer julgamento, mas, simplesmente, observando, será determinar, por sua vivência nesses tempos, se querem entregar-se ao Espírito ou se querem entregar-se à alma.
É, de qualquer modo, uma Liberação da privação de Luz, mas vocês se tornarão o que Criaram durante este período final desse tempo, no qual vocês se tornam, como lhes foi dito, Co-criadores de sua realidade e de sua Verdade.
Se sua Verdade está na alma, então, vocês Criarão uma alma, novamente, e um corpo.
Se sua Verdade é o Espírito, então, vocês se tornarão, inteiramente, o Espírito, e serão Liberados de toda noção carbonada.
Eu repito: não há caminho que seja melhor do que outro, porque os dois pertencem à experiência, à experimentação.
Mas estejam, efetivamente, lúcidos de com que vocês se engajam nessa Liberação: ou o fogo do ego, ou o Fogo do Espírito; ou a Humildade e Simplicidade os conduzem ao Abandono total, para viver isso; ou vocês decidem outra coisa.
Mas, aí também, será necessário, de qualquer modo, tomar Consciência disso, nesses tempos reduzidos.
Então, é muito fácil tomar Consciência, quando há o Fogo do Coração, porque vocês o sabem.
É muito difícil, quando há o fogo do ego ou o fogo da retirada do ego que, aí, conduz, antes, a situações de sofrimento, de cólera, de Ilusão que podem, num primeiro tempo, fazer crer, pela exaltação, no Fogo da Unidade e do Coração.
Mas isso não pode durar.
Então, ao invés de viver formas de desgastes específicos (a Luz é um Fogo, como vocês sabem, que queima o ego e que queima, também, a alma), é preciso, efetivamente, estar vigilante, sem fazer disso uma obsessão, mas, efetivamente, ver, para vocês como ao redor de vocês, o que acontece nas interações entre os seres, nas interações com vocês mesmos e as diferentes fases de vocês mesmos.
Lembrem-se, também, que, quando o Fogo do Coração está aí, vocês estão nessa alegria, na qual tudo é pleno, na qual nada pode estar vazio, na qual não pode existir qualquer falta, na qual não pode existir, eu repito, qualquer projeção do que quer que seja.
Lembrem-se de que vocês têm os meios, também, de dirigir sua Consciência, simplesmente recusando tudo o que é projeção; recusando tudo o que serão visões, que não são a Visão do Coração ou a Visão Etérea; toda projeção no astral; toda projeção na emoção.
Simplesmente, estando conscientes disso, vocês se aproximarão, cada vez mais, de sua Humildade, de sua Simplicidade e, portanto, da vivência, inteiramente, do Fogo do Coração e de sua Unidade.
Aí estão alguns elementos que, por minha Vibração AL, foram-me pedidos transmitir-lhes.
Se, em relação ao que acabo de exprimir e com relação a isso, unicamente, meus Irmãos e minhas Irmãs, vocês têm questões, interrogações ou dúvidas, então, tentarei responder o melhor que eu possa.
Questão: quando uma pessoa está no fogo do ego, a priori, ela não tem consciência disso. Que é possível fazer nesse caso?
Do exterior, absolutamente nada, porque aquele que vai querer opor-se, recairá, ele também, mesmo se estava na Unidade anteriormente, na Dualidade.
E, então, reforçará o fogo do ego, porque o fogo do ego não quer, sobretudo, apagar-se.
Ele se apagará por si, quando for inteiramente consumido, ao nível do corpo ou da alma.
Isso significa que, em geral, o metabolismo do fogo do ego, girando em superaquecimento, vai induzir certo número de perturbações fisiológicas que podem, aí também, infelizmente, ser interpretadas como uma Unidade: como a impossibilidade de dormir, a impossibilidade de comer, uma temperatura do corpo extrema, uma agitação que termina num esgotamento e, o mais frequentemente, pelo que é chamado um delírio.
Vocês observarão, cada vez mais, esse mecanismo no trabalho, no período que vocês vão viver.
Compreendam, efetivamente, que não é a Luz que quer isso, do mesmo modo que vocês observam, hoje, como reação à efusão da Luz Branca (seja através de vulcões, seja através de ventos, seja através de sismos ou de organismos sociais ou de países), é apenas a resultante da incompreensão da Luz.
Não é a Luz que faz isso, mas, efetivamente, os seres humanos, ou a Terra, que se Libera.
A Luz não será, jamais, responsável por tudo isso.
O único modo que há, para vocês que estão Despertos, aqui como em outros lugares, é permanecer nessa Humildade, nessa Simplicidade, nessa vontade (não uma vontade, mas essa noção de Atenção, de vigilância) para não se deixar arrastar por um passado ou por um futuro, qualquer que seja, mas centrarem-se, cada vez mais, no HIC e NUNC.
Mas isso será amplamente ajudado pela ativação dos Atalhos de Luz Vibral, ao nível do sacrum.
Mas enquanto a efusão da Luz Branca e o desenvolvimento pelos pontos AL e UNIDADE não é total, há, efetivamente, um risco de atrito, um risco de abalo.
Mas tudo depende, eu repito, da qualidade ou da quantidade de ego que é encontrada naquele momento.
Há testemunhos, é claro.
Os testemunhos são o que eu disse: esse calor do corpo que não é agradável; o fato de não mais comer; de estar excitado; de perder a calma; de não mais encontrar a Paz; de não mais poder ficar tranqüilo (em todos os sentidos do termo) são sinais que devem alertar sobre o fogo do ego.
Entretanto, tranquilizem-se: quanto mais vocês se Abandonarem à Luz e quanto mais vocês a deixarem trabalhar por sua Inteligência, menos vocês estarão sujeitos ao fogo do ego.
O fogo do ego é, justamente, aquele que recusa, em sua consciência, deixar agir a Luz.
Se vocês deixam agir a Luz, inteiramente, não há razão alguma para que esse fogo do ego possa nascer ou aparecer.
E, então, reforçará o fogo do ego, porque o fogo do ego não quer, sobretudo, apagar-se.
Ele se apagará por si, quando for inteiramente consumido, ao nível do corpo ou da alma.
Isso significa que, em geral, o metabolismo do fogo do ego, girando em superaquecimento, vai induzir certo número de perturbações fisiológicas que podem, aí também, infelizmente, ser interpretadas como uma Unidade: como a impossibilidade de dormir, a impossibilidade de comer, uma temperatura do corpo extrema, uma agitação que termina num esgotamento e, o mais frequentemente, pelo que é chamado um delírio.
Vocês observarão, cada vez mais, esse mecanismo no trabalho, no período que vocês vão viver.
Compreendam, efetivamente, que não é a Luz que quer isso, do mesmo modo que vocês observam, hoje, como reação à efusão da Luz Branca (seja através de vulcões, seja através de ventos, seja através de sismos ou de organismos sociais ou de países), é apenas a resultante da incompreensão da Luz.
Não é a Luz que faz isso, mas, efetivamente, os seres humanos, ou a Terra, que se Libera.
A Luz não será, jamais, responsável por tudo isso.
O único modo que há, para vocês que estão Despertos, aqui como em outros lugares, é permanecer nessa Humildade, nessa Simplicidade, nessa vontade (não uma vontade, mas essa noção de Atenção, de vigilância) para não se deixar arrastar por um passado ou por um futuro, qualquer que seja, mas centrarem-se, cada vez mais, no HIC e NUNC.
Mas isso será amplamente ajudado pela ativação dos Atalhos de Luz Vibral, ao nível do sacrum.
Mas enquanto a efusão da Luz Branca e o desenvolvimento pelos pontos AL e UNIDADE não é total, há, efetivamente, um risco de atrito, um risco de abalo.
Mas tudo depende, eu repito, da qualidade ou da quantidade de ego que é encontrada naquele momento.
Há testemunhos, é claro.
Os testemunhos são o que eu disse: esse calor do corpo que não é agradável; o fato de não mais comer; de estar excitado; de perder a calma; de não mais encontrar a Paz; de não mais poder ficar tranqüilo (em todos os sentidos do termo) são sinais que devem alertar sobre o fogo do ego.
Entretanto, tranquilizem-se: quanto mais vocês se Abandonarem à Luz e quanto mais vocês a deixarem trabalhar por sua Inteligência, menos vocês estarão sujeitos ao fogo do ego.
O fogo do ego é, justamente, aquele que recusa, em sua consciência, deixar agir a Luz.
Se vocês deixam agir a Luz, inteiramente, não há razão alguma para que esse fogo do ego possa nascer ou aparecer.
Questão: isso é reversível?
Enquanto existe uma lucidez, sim.
Enquanto existe uma possibilidade de Abandono à Luz, inteiramente, há, efetivamente, uma reversibilidade.
De qualquer modo, lembrem-se de que, qualquer que seja o fogo que anima um Ser (seja o fogo do poder, o fogo do ego ou o Fogo do Coração), de qualquer modo, esses três fogos provocarão a Liberação.
Mas, de modo algum, o mesmo tipo de Liberação.
Enquanto existe uma possibilidade de Abandono à Luz, inteiramente, há, efetivamente, uma reversibilidade.
De qualquer modo, lembrem-se de que, qualquer que seja o fogo que anima um Ser (seja o fogo do poder, o fogo do ego ou o Fogo do Coração), de qualquer modo, esses três fogos provocarão a Liberação.
Mas, de modo algum, o mesmo tipo de Liberação.
Questão: esse desenvolvimento do Fogo estender-se-á até o fim dessa dimensão?
Sim.
Ele vai num crescente e crescendo.
É conjunto às manifestações da Terra.
O Fogo da Terra e o Fogo do Éter, o Fogo do Céu são, disso, ilustrações, em seu corpo, uma vez que o que vocês observam no exterior é exatamente o que acontece em seu Interior.
Ele vai num crescente e crescendo.
É conjunto às manifestações da Terra.
O Fogo da Terra e o Fogo do Éter, o Fogo do Céu são, disso, ilustrações, em seu corpo, uma vez que o que vocês observam no exterior é exatamente o que acontece em seu Interior.
Questão: quando o ego prende-se, sempre, ao fato de estar separado da FONTE, como superar isso sem combater?
O combate reforça a separação, sem exceção, porque o combate, a reação, mantém a Dualidade.
O problema não é saber como, dado que o único modo é viver o Abandono.
E o Abandono é, verdadeiramente, essa Crucificação que vocês têm a viver: essa passagem dessa terceira Porta está aí, na qual vocês Abandonam, totalmente, todo papel, toda função, tudo o que não é o Espírito, a fim de realizar o Espírito, aqui.
O problema não é saber como, dado que o único modo é viver o Abandono.
E o Abandono é, verdadeiramente, essa Crucificação que vocês têm a viver: essa passagem dessa terceira Porta está aí, na qual vocês Abandonam, totalmente, todo papel, toda função, tudo o que não é o Espírito, a fim de realizar o Espírito, aqui.
Questão: quando as manifestações do Fogo do Coração provocam dores, pode ser difícil permanecer concentrada no Fogo do Coração. Como fazer nesse caso?
Minha Irmã, eu lhe responderia que, no Fogo do Coração, qualquer dor não pertence a você.
E ela não pode, em caso algum, ser um incômodo.
Ela é percebida como uma dor, sentida como uma dor, mas a Consciência está além dessa dor, no Fogo do Coração.
É muito conhecido que o humano, quando vive uma dor extremamente forte (como num campo de batalha), num momento em que a dor torna-se intolerável, muitos seres humanos descrevem, naquele momento, que eles não são mais essa dor, que eles não são mais esse corpo.
Existe, de algum modo, uma sideração de sinais, ligada a uma situação de urgência.
Esse processo é, exatamente, o mesmo vivido quando há o Fogo do Coração.
Do mesmo modo que vocês não são esse corpo (eu não vejo como, não sendo esse corpo) vocês não podem, de modo algum, ser o sofrimento que se manifesta nesse corpo, uma vez que vocês não são a Consciência desse corpo.
O que é vivido nas situações de urgência, em casos, portanto, específicos, reencontra-se, do mesmo modo, no estado de Consciência Turiya ou na Unidade.
Naquele momento, o corpo está totalmente insensível.
A dor, mesmo se ela é percebida vagamente, em algum lugar, na Consciência não pode, absolutamente, ser preservada e tomar a dianteira da cena.
Assim, portanto, se existem dores nesse corpo, no estabelecimento do Fogo do Coração, isso corresponde às últimas Sombras que se eliminam pela influência da Luz, mas, o que quer que seja, aí também, não se deve mais identificar-se à dor.
Não é negando uma dor que ela vai desaparecer, isso vocês todos sabem.
Mas é tornando-se essa Consciência Unitária que a dor não pode mais afetá-los ao nível da própria Consciência.
Os centros da dor, naquele momento, tornam-se inoperantes.
E ela não pode, em caso algum, ser um incômodo.
Ela é percebida como uma dor, sentida como uma dor, mas a Consciência está além dessa dor, no Fogo do Coração.
É muito conhecido que o humano, quando vive uma dor extremamente forte (como num campo de batalha), num momento em que a dor torna-se intolerável, muitos seres humanos descrevem, naquele momento, que eles não são mais essa dor, que eles não são mais esse corpo.
Existe, de algum modo, uma sideração de sinais, ligada a uma situação de urgência.
Esse processo é, exatamente, o mesmo vivido quando há o Fogo do Coração.
Do mesmo modo que vocês não são esse corpo (eu não vejo como, não sendo esse corpo) vocês não podem, de modo algum, ser o sofrimento que se manifesta nesse corpo, uma vez que vocês não são a Consciência desse corpo.
O que é vivido nas situações de urgência, em casos, portanto, específicos, reencontra-se, do mesmo modo, no estado de Consciência Turiya ou na Unidade.
Naquele momento, o corpo está totalmente insensível.
A dor, mesmo se ela é percebida vagamente, em algum lugar, na Consciência não pode, absolutamente, ser preservada e tomar a dianteira da cena.
Assim, portanto, se existem dores nesse corpo, no estabelecimento do Fogo do Coração, isso corresponde às últimas Sombras que se eliminam pela influência da Luz, mas, o que quer que seja, aí também, não se deve mais identificar-se à dor.
Não é negando uma dor que ela vai desaparecer, isso vocês todos sabem.
Mas é tornando-se essa Consciência Unitária que a dor não pode mais afetá-los ao nível da própria Consciência.
Os centros da dor, naquele momento, tornam-se inoperantes.
Questão: não há um paradoxo entre o fato de não mais identificar-se ao corpo e as manifestações corporais que há no Samadhi, como o fato de não mais comer?
No Samadhi há, efetivamente, a possibilidade absoluta de nada mais ingerir.
No fogo do ego há, também, pela consumação, o fato de não mais comer.
Mas a resultante não é, de modo algum, a mesma.
No fogo do ego há, também, pela consumação, o fato de não mais comer.
Mas a resultante não é, de modo algum, a mesma.
Questão: a Consciência não está, portanto, centrada no mesmo lugar?
Não.
A consciência do ego está centrada no ego.
A Consciência da Unidade, para além do Fogo do Coração, não está, justamente, centrada em lugar algum.
Ela é onipresente, por toda a parte, o que é uma diferença fundamental, aí também.
Aquele que vive a Unidade é tanto a árvore como a criança que acaba de nascer do outro lado da Terra, como o Sol, como todo o resto.
Isso não é uma visão específica do Espírito, ou um pensamento, ou um conceito, mas é a estrita Verdade.
A consciência do ego está centrada no ego.
A Consciência da Unidade, para além do Fogo do Coração, não está, justamente, centrada em lugar algum.
Ela é onipresente, por toda a parte, o que é uma diferença fundamental, aí também.
Aquele que vive a Unidade é tanto a árvore como a criança que acaba de nascer do outro lado da Terra, como o Sol, como todo o resto.
Isso não é uma visão específica do Espírito, ou um pensamento, ou um conceito, mas é a estrita Verdade.
Questão: qual é a atitude a mais correta diante de pessoas que estão no ego?
Permanecer no Coração, porque aquele que permanece no Coração e que fosse confrontado a um ego, em nome de que interferiria com uma Ilusão?
Uma vez que ele, justamente, saiu da Ilusão.
Lembrem-se de que foi dito por numerosos intervenientes: a consciência do ego está localizada num espaço, num lugar, que é esse corpo, nessa vida; a Consciência do Espírito não está em lugar algum e por toda a parte.
Uma vez que ele, justamente, saiu da Ilusão.
Lembrem-se de que foi dito por numerosos intervenientes: a consciência do ego está localizada num espaço, num lugar, que é esse corpo, nessa vida; a Consciência do Espírito não está em lugar algum e por toda a parte.
Questão: é, então, impossível deslocar-se? Seria, de algum modo, uma posição em que o corpo é estacionário?
Em qual situação?
Quem se desloca?
Se o corpo é estacionário, a Consciência podendo estar por toda a parte: nesse corpo, como no Sol, como num outro corpo, ela é, justamente, deslocamento total, uma vez que ela não está mais localizada.
Eu os lembro que é para isso que vocês são chamados.
Que é exatamente isso que vai acontecer através do Fogo do Espírito que se derrama.
Quando lhes é dito que vocês saem da limitação, da compartimentação, isso não é uma visão do espírito ou um discurso; apreendam, efetivamente, que é a estrita Verdade da Consciência.
Quem se desloca?
Se o corpo é estacionário, a Consciência podendo estar por toda a parte: nesse corpo, como no Sol, como num outro corpo, ela é, justamente, deslocamento total, uma vez que ela não está mais localizada.
Eu os lembro que é para isso que vocês são chamados.
Que é exatamente isso que vai acontecer através do Fogo do Espírito que se derrama.
Quando lhes é dito que vocês saem da limitação, da compartimentação, isso não é uma visão do espírito ou um discurso; apreendam, efetivamente, que é a estrita Verdade da Consciência.
Questão: poderia desenvolver sobre o fogo do ego negativo, um termo que teria sido utilizado?
O ego negativo corresponde a outra especificidade do fogo do ego que, diante desse Fogo, e diante da Luz, retira-se.
O medo, naquele momento, torna-se enorme.
Há um estresse, uma tensão, porque o ego tem medo de morrer.
Então, aí, obviamente, não é questão de que esse ego aproprie-se do Fogo, porque, mesmo isso, dá medo a ele.
Assim, portanto, vai manifestar-se um ego negativo.
Esse ego negativo vai dizer: eu não sou digno, eu sou indigno, não é o momento.
O medo, a angústia vão, então, manifestar-se.
É a situação exatamente inversa da exaltação.
Mas é, também, o que pode ser chamado um fogo do ego negativo.
Esse fogo não é mais voltado para o exterior, mas para o interior, do próprio ego.
E vai corroer, de algum modo, e vai consumir, de um modo menos evidente do que um ego no fogo do ego clássico, mas vai conduzir mesmo a uma negação e não a uma Transcendência.
Uma negação da Luz, um medo da Luz, e um confinamento no medo e na retração.
Há, então, naquele momento, uma consumação também, mas ela se faz do interior, ou seja, pelo corpo, e não mais pelo próprio ego ou pela alma, ou seja, por manifestações do comportamento, das emoções, do excesso do mental, mas por uma consumação interior ao nível do corpo que vai corroer, de algum modo, o fígado, o baço.
O ser corrói-se do interior, a si mesmo.
É, portanto, uma consumação interior.
Nesse caso, há o medo de Ser, enquanto, no outro caso, da consumação exterior, há o medo de não ser.
Tudo se resume num medo.
O medo, naquele momento, torna-se enorme.
Há um estresse, uma tensão, porque o ego tem medo de morrer.
Então, aí, obviamente, não é questão de que esse ego aproprie-se do Fogo, porque, mesmo isso, dá medo a ele.
Assim, portanto, vai manifestar-se um ego negativo.
Esse ego negativo vai dizer: eu não sou digno, eu sou indigno, não é o momento.
O medo, a angústia vão, então, manifestar-se.
É a situação exatamente inversa da exaltação.
Mas é, também, o que pode ser chamado um fogo do ego negativo.
Esse fogo não é mais voltado para o exterior, mas para o interior, do próprio ego.
E vai corroer, de algum modo, e vai consumir, de um modo menos evidente do que um ego no fogo do ego clássico, mas vai conduzir mesmo a uma negação e não a uma Transcendência.
Uma negação da Luz, um medo da Luz, e um confinamento no medo e na retração.
Há, então, naquele momento, uma consumação também, mas ela se faz do interior, ou seja, pelo corpo, e não mais pelo próprio ego ou pela alma, ou seja, por manifestações do comportamento, das emoções, do excesso do mental, mas por uma consumação interior ao nível do corpo que vai corroer, de algum modo, o fígado, o baço.
O ser corrói-se do interior, a si mesmo.
É, portanto, uma consumação interior.
Nesse caso, há o medo de Ser, enquanto, no outro caso, da consumação exterior, há o medo de não ser.
Tudo se resume num medo.
Não temos mais perguntas, agradecemos.
Meus caros Irmãos e minhas caras Irmãs, todo o meu Amor lhes é oferecido.
Vão na Paz, porque o que vem é uma grande Alegria, mesmo se, de momento, para alguns de vocês, o mental está paralisado por esse Desconhecido, no qual a emoção pode tomar o passo.
Lembrem-se de que, em definitivo, há apenas que deixar a Inteligência da Luz revelar-se, não querer interferir, de uma maneira ou de outra.
E, se vocês fazem isso, se vocês aceitam isso, tudo irá para o melhor e o Espírito revelar-se-á em toda sua majestade.
É a partir do instante em que a personalidade quer tomar o encargo (suas próprias emoções, seu próprio destino) que as coisas vão, em geral, muito mal.
Esqueçam as leis desse mundo, esqueçam as leis da predação, esqueçam as leis da competição, esqueçam os medos.
O que vem é Amor, na totalidade.
Então, o que temer?
O temor virá sempre do ego, do mental ou da emoção, jamais do Espírito.
Vão na Paz, porque o que vem é uma grande Alegria, mesmo se, de momento, para alguns de vocês, o mental está paralisado por esse Desconhecido, no qual a emoção pode tomar o passo.
Lembrem-se de que, em definitivo, há apenas que deixar a Inteligência da Luz revelar-se, não querer interferir, de uma maneira ou de outra.
E, se vocês fazem isso, se vocês aceitam isso, tudo irá para o melhor e o Espírito revelar-se-á em toda sua majestade.
É a partir do instante em que a personalidade quer tomar o encargo (suas próprias emoções, seu próprio destino) que as coisas vão, em geral, muito mal.
Esqueçam as leis desse mundo, esqueçam as leis da predação, esqueçam as leis da competição, esqueçam os medos.
O que vem é Amor, na totalidade.
Então, o que temer?
O temor virá sempre do ego, do mental ou da emoção, jamais do Espírito.
Com todo o meu Amor, até um próximo dia.
Áudio da Mensagem em Francês
Link para download: clique aqui
Áudio da Mensagem em Português
Link para download: clique aqui
Mensagem de Ma Ananda Moyi,
pelo site Autres Dimensions
em 11 de julho de 2011
Rendo Graças às fontes deste texto:
www.autresdimensions.com
Versão do francês: Célia G.
http://leiturasdaluz.blogspot.com
Áudio:http://mensagensdeamor.webpt.net
em 11 de julho de 2011
Rendo Graças às fontes deste texto:
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Versão do francês: Célia G.
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