Rendo Graças ao autor desta imagem
IRMÃO K
03/07/2011
O CONHECIDO E
O DESCONHECIDO
Caríssimas Irmãs e Irmãos chamem-me,
se quiserem, Irmão K.
Saudações e Bênçãos.
Áudio da Mensagem em Francês
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Áudio da Mensagem em Português
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Mensagem do IRMÃO K,
Há algumas semanas eu lhes dei certo número de elementos concernentes a certo número de eventos, digamos, que devem produzir-se num futuro próximo.
Eu lhes dizia, naquele momento, que conceber a Autonomia e a Liberdade era algo necessário antecipar (ainda que simplesmente colocando-se as questões para além da simples interrogação mental), concernente ao sentido de sua vida, da vida, do que vocês são, do que vocês fazem.
Hoje eu posso, enfim, dizer-lhes que chegou o tempo de conceber essa Liberdade e essa Autonomia.
Essa Liberdade e essa Autonomia que lhes são prometidas implicam certo número de condições.
Eu me exprimirei, se efetivamente quiserem, sob o ângulo exclusivo da Consciência, para além de qualquer consideração concernente à própria revelação da Luz que está para vir nessa Dimensão e mesmo em sua Consciência, cujas modalidades ser-lhes-ão definidas nos dias que vêm.
Eu atraio, simplesmente, sua atenção a certo número de elementos que devem conduzi-los a interrogarem-se.
Essa interrogação não é de natureza estritamente mental, mas, bem mais, releva diretamente da Atenção e da Intenção da Consciência, quanto à sua posição, sua localização e, sobretudo, o que eu chamaria, de algum modo, sua evolução nos tempos que se instalam doravante.
A Autonomia e a Liberdade são-lhes profundamente desconhecidas no que vocês vivem quando estão encarnados.
É necessário, por isso, desembaraçar-se, de algum modo, de tudo o que é conhecido, porque nada do que lhes é conhecido (seja desse lado do véu, estando encarnado ou, também, estando desencarnado), pode ser acessível.
De fato, o conhecido concerne ao conjunto do campo de percepções de sua própria consciência, ao conjunto de suas concepções, ao conjunto de suas percepções, aplicando-se a essa Dimensão (e exclusivamente a essa Dimensão) e isso vale, também, a partir do instante em que vocês deixam esse corpo e penetram o que é convindo chamar, classicamente, o além.
Esse além não é, tampouco, a Liberdade e a Autonomia, uma vez que, como sabem, cada ser humano encarna-se e reencarna-se esperando pacificar, purificar e depurar o que vocês chamam um elemento cármico que, quase sempre, não pode realizar-se.
Assim, portanto, a Autonomia e a Liberdade não se encontram nesse mundo, seja desse lado do véu como do outro lado do véu, chamado a morte.
Em minha vida, eu frequentemente falei desse conhecido, do modo de liberar-se dele que era, já, uma interrogação da Consciência pura.
Obviamente, enquanto a Consciência pura não pode aceder ao que está além do conhecido, é muito difícil, para ela, em sua limitação e em sua fragmentação, perceber ou aderir ao que é, é claro, desconhecido.
As circunstâncias da humanidade, há trinta anos, são profundamente diferentes e, sobretudo, desde algum tempo, porque lhes foi dado a perceber (através do que são chamadas Vibrações, que meu colega Sri Aurobindo chamava, em sua vida, o Supramental) o que está além do conhecido, além do hábito, além das limitações.
Assim, portanto, as Vibrações, as percepções que pode sentir sua Consciência e seu corpo em encarnação são os testemunhos de algo que vem, diretamente, do Desconhecido, chamando-os, de algum modo, para esse Desconhecido.
A problemática essencial da humanidade, qualquer que seja (em suas culturas, em suas religiões, em seus fundamentos), é que o Desconhecido é, por essência, temido, porque, justamente, ele não faz parte do campo de percepções ou do campo de concepções.
Hoje (esse hoje significando algumas semanas), um número importante de seres humanos começa a modificar sua percepção do conhecido para aperceber-se, em Consciência, que certo número de elementos que, até então, eram improváveis, tornam-se, cada vez mais, prováveis.
Isso é diretamente procedente da ativação das Novas Frequências e, para aqueles de vocês, Irmãos e Irmãs que estão avançados nesse caminho, abrem-se percepções e concepções totalmente diferentes do que é conhecido, conduzindo-os a perceber (sob forma de fragmentos, sob forma de flashes), por momentos ou por intermitência (raramente de maneira constante), o que é esse Desconhecido que se desvenda a vocês em meio ao conhecido, traduzindo-se, então, por uma espécie de dilatação temporal, mas, também, de dilatação da trama da matriz, fazendo-os, então, perceber o que está para além da matriz e que, normalmente, não devia jamais ser percebido (ou mesmo concebido) por seus olhos ou por sua consciência.
A percepção pelos olhos traduz, portanto, a irrupção da Visão numa nova gama de frequências, bem além do que pode ver o olho, traduzindo-se pela percepção do Éter ou da Luz Supramental sob forma de Luz Branca, na qual nada mais do que pode pertencer ao seu conhecido, ao seu ambiente, existe naqueles momentos.
Essa é uma forma, de algum modo, de saída do conhecido para o Desconhecido, acontecendo de maneira progressiva.
Frequentemente, aliás, quando a Consciência volta ao seu estado comum, naquele momento, aqueles que vivem essa experiência podem colocar-se, muito logicamente, questões quanto à realidade do que é vivido, fazendo-os sair, de algum modo, da própria realidade que eu qualificaria de comum.
Esse processo é chamado a generalizar-se.
É claro, a capacidade de sua consciência para ter, anteriormente, estabelecido bases sólidas de acesso a esse Desconhecido (cujo conjunto é-lhes conhecido, por vocês que me escutam ou que me leem) corresponde, completamente, ao que lhes foi dito, em especial por Um Amigo, concernente à Consciência Vibração.
Assim, as Vibrações novas que aparecem em suas estruturas, mesmo físicas, são os testemunhos de seu acesso a esse Desconhecido que se desenha, pouco a pouco.
Eu não irei mais adiante hoje sobre o que desvendarei em breve, concernente à própria Consciência na exploração desse Desconhecido e ao acesso a esse Desconhecido, chamado a revelação da Luz Metatrônica e traduzindo-se por funcionamentos novos da consciência.
Mas eu tenho a esclarecer que existe certo número de elementos que são fundamentais quanto ao acesso a esse Desconhecido e à vivência da Consciência no Ilimitado, na Existência, se preferem.
Primeiramente, convém praticar certo número de características da consciência limitada que permitem, inicialmente, libertar-se, de algum modo, dos condicionamentos do conhecido.
Os condicionamentos do conhecido são inumeráveis.
Eles são, primeiro, o conjunto de apegos a tudo o que faz sua vida e seus condicionamentos numa personalidade, num papel, numa função e eu diria, mesmo, nas atividades que vocês efetuam, aderindo a elas como sendo a única verdade possível, porque é a única acessível à própria consciência limitada.
Esses apegos são inumeráveis.
Um Arcanjo disse-lhes que existia certo número de apegos que estavam presentes no conjunto da humanidade, porque inscritos na própria estrutura do cérebro e nos comportamentos, portanto, que são inscritos e inatos, eu diria, de algum modo, no funcionamento da consciência nessa limitação.
Liberar-se do conhecido é, de algum modo, aceitar, antecipadamente, os mecanismos de funcionamento (ainda que eles não sejam perfeitamente conhecidos) do acesso à Consciência Ilimitada.
É claro, inúmeros escritos, de todos os tempos, em todas as tradições, insistiram na experiência de alguns Seres que tocaram esses estados desconhecidos, que os viveram de maneira mais ou menos intensa e que lhes trouxeram certo vocabulário que, aí também, convém superar, intelectualmente.
Esse vocabulário insiste, sempre, pesadamente, na noção de Ilusão da encarnação, da Ilusão mesmo desse mundo, da Ilusão da pessoa e da personalidade, da Ilusão dos papéis, traduz-se numa única palavra: «Maya».
Essa palavra traduz que, final e definitivamente, a consciência vive um sonho, como tão bem o descreveram os povos primitivos.
Esse sonho despertado é, de algum modo, uma realidade que não tem qualquer substância espiritual, mas, simplesmente, uma substância material, com suas próprias regras, seus próprios condicionamentos, suas próprias limitações, inscritas mesmo nas regras sociais, regras políticas, regras econômicas, regras mesmo chamadas de predação, característica dos mamíferos, porque o homem é um mamífero, não esqueçamos disso.
Tudo isso faz parte das regras do jogo, num mundo onde predomina o que é chamada a ação/reação ou, se preferem outro termo (que está muito na moda na limitação), também chamado o livre arbítrio, ou seja, a capacidade do ser humano para escolher, para emitir escolhas, sempre nessa limitação, fazendo-o dizer que ele é livre, mas não confunda o livre arbítrio com a Liberdade.
A Liberdade de que eu lhes falava é aquela que se libera do conhecido e de todos os condicionamentos existentes na Ilusão para permitir-lhes, em definitivo, penetrar espaços ilimitados da Consciência, nos quais mais nenhuma regra existente nesse mundo pode perdurar.
De fato, existe uma oposição fundamental entre o livre arbítrio e a Liberdade.
O livre arbítrio é oriundo de certo número de condicionamentos chamados carma, ação/reação, fazendo-os crer que as Leis do Espírito são, estritamente, as mesmas.
As Leis do Espírito, nos Mundos Unificados, são, eu diria, de algum modo, estritamente opostas ao livre arbítrio e à ação/reação.
No que lhes é desconhecido pelo instante, a Lei que é a única em uso é a Lei de Liberdade ou Lei de Graça ou, ainda, Lei de Ação de Graça, na qual absolutamente nada pode ser apropriado, na qual absolutamente nada pode ser personificado, na qual absolutamente nada pode ser confinado, o que, vocês hão de convir, é exatamente o oposto e o inverso do que é vivido desse lado (quando vocês estão encarnados), ou morrido, na matriz.
Efetivamente, vocês têm, todos, uma identidade.
Essa identidade é localizada no tempo e no espaço.
Ela é limitada por um limite corporal.
Ela é limitada por limites mentais, limites emocionais, limites energéticos e, também, limites causais que correspondem ao princípio existente no livre arbítrio.
Os Mundos Unificados (ou o Corpo de Existência), estritamente, nada têm a ver com tudo o que lhes é conhecido como modo de funcionamento no conhecido.
O conjunto de Vibrações que alguns de vocês, sobre a Terra, começaram a perceber desde alguns anos ou mais longo tempo conduziu-os, progressivamente, a liberar-se, de algum modo, do conhecido, para prepará-los para viver o Desconhecido.
Essa preparação foi extremamente importante para muitos de vocês, porque ela lhes permitiu preparar sua Consciência para esse salto quântico para um Desconhecido e para a Liberdade e a Autonomia.
Na ação/reação não existe qualquer Autonomia e qualquer Liberdade, dado que essa Liberdade está confinada numa Ilusão dimensional, na qual as regras não são as regras dos Universos além da manifestação tridimensional.
Assim, como lhes foi dito, penetrando o Corpo de Existência, inteiramente, vocês se aperceberão de que não são limitados nem por um tempo, nem limitados por um espaço e, ainda menos, por um corpo, fosse ele aquele de sua própria Existência.
Essa é uma mudança radical da Consciência, que os conduz a poderem provar certo número de medos ligados aos seus próprios condicionamentos.
Os medos são o privilégio desse mundo, ligados, diretamente, à predação e à competição; ligados, também, à ausência de provas do Desconhecido (que lhes foi, de algum modo, ocultado na consciência, como em seus céus), como regras de funcionamento da vida nesse universo e, mais especificamente, desse Sistema Solar.
Assim, a mudança de paradigma que vem a vocês (e que é, agora, como sabem, inexorável e extremamente próxima em dados de seu tempo) não pode ser ignorada.
Cada vez mais seres humanos perceberão, de uma maneira ou de outra (ou em seus sonhos, ou em suas emoções, ou em seu mental e em sua própria razão), a transformação que está em curso que, como lhes disse nosso Comandante, pode exprimir-se, conforme o ponto de vista, segundo a visão da lagarta, que vê sua morte, ou segundo a borboleta a vir, que vê sua Ressurreição, seu Renascimento ou sua Liberdade.
É claro, o ser humano percorreu (durante tempos longos e remotos) os caminhos da encarnação e, portanto, do livre arbítrio (com regras que foram cada vez mais densas e cada vez mais aplicadas), conduzindo a uma privação cada vez mais total da Liberdade dimensional, progressivamente e à medida dos milênios (como de sua Liberdade muito curta nesse mundo, tal como vocês o vivem nesse fim de ciclo) pela restrição de Liberdades, quaisquer que sejam, pelo confinamento e pela necessidade de segurança nesse confinamento cada vez mais consequente, em meio a regras cada vez mais rígidas, de leis cada vez mais liberticidas, conduzindo-os, cada vez mais, a colocar-se questões (ao menos esperamos) sobre sua própria condição nesse mundo.
O conjunto do próprio desenvolvimento (chamado tecnológico moderno, tal como foi realizado nesta Terra desde a era industrial) contribuiu, pesada e amplamente, para aumentar o confinamento, sob pretexto de uma Liberdade e de um conforto de vida que, de fato, afastaram-nos ainda mais da Dimensão do Espírito.
A Dimensão do Espírito da qual restou apenas uma vaga lembrança (mesmo nas religiões melhor organizadas), confinando-os ainda mais na Ilusão e prometendo-lhes um futuro melhor que não existirá, é claro, jamais, nessa matriz, nesse lado do véu, como do outro lado do véu.
Assim, não existe além de Luz, contrariamente ao que os fizeram crer porque, ir para esse além de Luz necessita, inteiramente, de liberar-se do conhecido para percorrer, em toda Liberdade, o Ilimitado da Consciência (chamado o Desconhecido, no momento, para vocês), em todo caso para aqueles que não acedem, inteiramente, a própria Existência.
Ora, qual é a característica fundamental (independentemente da lei de livre arbítrio, existente desse lado, ou da lei da Ação de Graça, existente para além dessa matriz e para além da morte)?
A diferença fundamental é, antes de tudo, que aqui, nesse corpo (como eu dizia), e nessa consciência, vocês estão limitados.
Limitados por suas próprias crenças, limitados por seus próprios condicionamentos, por suas próprias experiências, que os confinaram nas certezas e nos medos (e, aliás, a certeza é feita para lutar contra o medo), assim como na crença, enquanto, de fato, elas ocultam, ainda mais, sua noção de graça e sua possibilidade de acesso ao Desconhecido.
A armadilha a mais importante dessa matriz (nesses condicionamentos e em sua Ilusão) é fazê-los crer que vocês são uma pessoa (e unicamente uma pessoa ou uma personalidade) que vive uma vida, limitada por um instante chamado o nascimento e um outro instante chamado a morte, durante o qual se desenrola uma consciência que vai fazer escolhas, experimentar coisas, mas, em momento algum (mesmo num caminho espiritual) poder-se-á, jamais, liberar-se, de qualquer modo, desses condicionamentos e dessa lei de ação/reação.
Então, é claro, de algum modo, encorajaram-nos (através de algumas religiões e de alguns condicionamentos ditos espirituais) a crer no Espírito, mas um espírito no qual as leis seriam as mesmas, estritamente as mesmas, como no confinamento.
Isso é totalmente falso.
A Liberdade nada tem a ver com o livre arbítrio.
A Lei de Graça nada tem a ver com a lei de ação e reação.
A ação e reação, aliás, como o compreenderam alguns mestres do budismo, perfeitamente compreenderam que era totalmente ilusório querer colher ou pagar o resultado do conjunto de ações efetuadas desde tempos imemoráveis.
Isso é, simplesmente, impossível.
Então, alguns seres, além do budismo, tiveram êxito em levar a efeito o que é chamada a Unidade, quer dizer que eles, literalmente, extraíram-se dos condicionamentos, inteiramente.
Eles extraíram-se, inteiramente, do conhecido.
Eles extraíram-se de sua própria pessoa, de sua própria personalidade e, naquele momento, descobriram o que é, realmente, a Verdade para além da Ilusão desse mundo, quer fosse desse lado do véu como na morte.
É muito difícil, para esses seres, testemunhar com palavras, e mesmo com Vibrações, o que é a Verdade para além da Ilusão porque, assim que uma palavra é posta sobre a experiência vivida, real, da Consciência há, já, uma falsificação pela própria linguagem do que é vivido.
A Luz da experiência Unitária não pode ser, em caso algum, comparável com a luz que vocês veem com seus olhos ou com seu terceiro olho.
Ela não tem, estritamente, a mesma composição.
Ela não tem, estritamente, os mesmos efeitos.
Ela não tem, estritamente, os mesmos limites que a luz, tal como vocês a descrevem, analisam nesse mundo, como na Ilusão do outro lado do véu, quando morrem.
É por isso que, desde o início, no que nós lhes demos, a palavra que foi escolhida pelos Anciões e pelos Arcanjos foi a palavra Luz Vibral, para, efetivamente, diferenciá-la da luz ilusória desse mundo, seja desse lado do véu como do lado da morte.
Hoje, devido à ativação de alguns potenciais de Consciência (ainda limitados em relação ao que vai desenvolver-se e revelar-se), vocês são cada vez mais numerosos a percorrer espaços etéreos novos, nos quais a visão do sol não é mais, de modo algum, a mesma, nos quais a visão do que seus olhos podem ver de olhos abertos não é mais, de modo algum, a mesma.
Há, de fato (como lhes disse o Bem Amado Sri Aurobindo), uma Efusão de Luz Vibral nesse mundo, uma Fusão dos Éteres, traduzindo-se pelo aparecimento da Luz Branca, que alguns olhos começam a ver, dado que a matriz, desse lado do véu, desta vez (aí, onde vocês estão presos), está dissolvendo-se inteiramente sob seus olhos.
É isso que é chamada a Ascensão.
É isso que poderia chamar-se, de outra maneira, a etereação do planeta e a etereação da Consciência, permitindo a ela reencontrar, de algum modo, sua Autonomia, sua Liberdade e, portanto, vogar para o Desconhecido.
As armadilhas são numerosas nesse caminho, a tal ponto que isso pode ser chamado o fogo do ego e foi, aliás, assim chamado por nosso Comandante.
Alguns seres, de fato, captaram essa Luz Vibral, nos momentos de descida e, de algum modo, prenderam-na e confinaram-na em seu próprio ego, tentando (como o fizeram as religiões, aliás) traduzir essa Luz e dela apropriar-se mesmo na personalidade, tendo feito Sri Aurobindo dizer (quando ele foi São João) que haveria muitos chamados, poucos escolhidos, que esses chamados seriam marcados na fronte, enquanto os escolhidos seriam marcados no Coração.
O fogo do ego vai traduzir-se por uma apropriação da Luz e uma reivindicação do ego para ser, de algum modo, um servidor da Luz.
Vocês não podem servir à Luz, uma vez que vocês são a Luz.
Assim, pretender servir à Luz ou a um papel, qualquer que seja, os conduz, inevitavelmente, a distanciarem-se da Luz Vibral que vocês receberam.
Essa é a armadilha magnífica do ego, que ocorre nesses tempos finais nos quais, por medo, o ego, o mental ou o emocional, vão apropriar-se da Luz, dela fazendo algo que vai permitir certa forma de continuidade da consciência limitada, com um pouco mais de Luz.
O que se desvenda (através do choque da humanidade e da revelação da Luz) não pode, em caso algum, ser compatível com um prosseguimento qualquer da personalidade, de um papel, de uma função, do mental, do ego, do emocional.
É uma mudança total de vida, chamada a Ressurreição, ou o Renascimento, que nada mais tem a ver com qualquer condicionamento religioso, social, econômico, político, afetivo e mesmo nos papeis que vocês desempenham num casal ou numa família.
A Liberdade não pode obscurecer-se de qualquer laço.
A Liberdade não pode obscurecer-se de qualquer história, fosse ela a mais prestigiosa desse mundo que vocês tenham vivido numa vida passada.
Vocês devem, portanto, liberar-se, inteiramente, e preparar-se para liberar-se de toda identificação ao que quer que seja que exista no conhecido.
Sem isso, vocês não poderão ir com facilidade ao desconhecido.
Isso foi chamado, pelo Arcanjo Anael, o Abandono à Luz, que lhes é, hoje, solicitado concretizar inteiramente.
Esse Abandono à Luz, compreendam, efetivamente, que não se trata de fugir de sua própria vida, que não é necessário fugir de tal trabalho ou de tal pessoa, mas que vocês devem, ao contrário, tornar-se cada vez mais conscientes desse Desconhecido, ao mesmo tempo mantendo esse corpo no conhecido.
A Luz Vibral, que depositou-se em vocês, nas diferentes Coroas, permitiu facilitar, de algum modo, essa Passagem do conhecido ao Desconhecido que, no momento, eu lhes esclareço, não lhes éainda conhecido e não lhes é ainda acessível inteiramente, exceto para alguns seres.
Entretanto, essa preparação permitiu (para aqueles que a aceitaram), despojar-se de certo número de condicionamentos, esses condicionamentos que são, antes de tudo, as crenças, quaisquer que sejam (as crenças de que seus filhos sejam seus filhos; as crenças de que sua profissão é sua vida; as crenças entre o que vocês aderem como país, como cultura e a Verdade).
Não existe qualquer verdade nesse mundo, e não pode, portanto, existir qualquer verdade em tudo o que vocês conhecem desse mundo que é, eu repito, um sonho ou uma Ilusão, Maya.
Essa não é uma visão do espírito, mas, efetivamente, a Verdade final que vocês terão que enfrentar e viver.
Assim, portanto, vocês não podem manter qualquer angústia concernente a esse corpo (que é, ele também, uma Ilusão), no entanto, no qual se realiza o Desconhecido pela Luz Vibral, mas vocês devem desincrustar-se, literalmente, de todo condicionamento e de todo apego.
Sem isso, vocês não poderão penetrar o Desconhecido.
Isso parece extremamente simples, mas a armadilha a mais importante situar-se-á, sempre, ao nível de seu ego que tentará, de um modo ou de outro (enquanto vocês não tenham vivido sua própria Ressurreição, enquanto vocês não tenham passado a Porta da Crucificação correspondente à revelação da Luz, tal como deve realizar-se), vocês não podem estar seguros, inteiramente, de penetrar o Desconhecido.
Penetrar o Desconhecido necessita soltar, inteiramente, no que é conhecido, esse conhecido sendo tanto seu próprio corpo, suas próprias concepções, mas, também, sua própria história, uma vez que a história (nesse próprio mundo) é uma Ilusão, mesmo se isso possa acontecer nos tempos antigos ou presentes, mesmo se isso possa refletir certa forma de realidade observável, ainda (através de dados arqueológicos ou outro), elas pertencem, de maneira irremediável, à Ilusão desse mundo.
É disso que vocês devem, hoje, extrair-se, inteiramente, a fim (nós o esperamos, para a maior parte de vocês) de juntar-se às esferas da Liberdade, do Desconhecidom ou seja, da 3a. Dimensão e percorrer, em total Liberdade, os estados multidimensionais ou os estados de densidade diferentes do seu.
A armadilha do ego é, sempre, limitar, lembrem-se disso.
Ele vai limitá-los querendo apropriar-se, enquanto vocês não são os Servidores da Luz, mas os Ancoradores da Luz, e que é na condição de tornar-se, inteiramente, transparentes (ou seja, que não retenham nada da Luz) que vocês se tornam, vocês mesmos, Luz.
Mas, tornar-se Luz quer dizer não mais existir como pessoa localizada nesse tempo, nesse espaço, nessa idade, nessa vida.
Vocês não são essa vida que vocês vivem.
Enquanto vocês têm a esperança, ou enquanto seu ego acariciar a esperança de servir-se da Luz para transformar algo dessa vida, ele, verdadeiramente, não compreendeu grande coisa do que é esse acesso ao Desconhecido, qualquer que seja a Luz Vibral que vocês vivam numa de suas Coroas Radiantes.
A única Porta (como lhes foi dito) é o Coração, e continuará o Coração e, quando eu falo do Coração, eu não falo de boas ações, eu falo, simplesmente, do estabelecimento da Coroa Radiante do Coração, da Vibração do Coração, do acesso consciente à Unidade e ao Samadhi, tal como o realizaram seres cada vez mais numerosos sobre esta Terra, e tal como o realizaram exemplos nas diferentes correntes tradicionais e culturais desse mundo em encarnação.
A Liberdade e a Autonomia necessitam do abandonar-se e do lançar-se, de algum modo, no Desconhecido.
Isso necessita transcender todos os apegos, todos os medos e, sobretudo, eu esclareço, todo apego ao seu ego e, é claro, é nessa Ilusão mesmo que deve realizar-se essa Passagem, e não num qualquer além situado do outro lado do véu, chamado a morte.
Vocês devem, portanto, enfrentar e viver o que vem de maneira lúcida e consciente, desprendendo-se cada vez mais de sua história e de sua própria pessoa.
Enquanto existe um resto de identificação a um papel, a uma função ou a uma pessoa, vocês não podem penetrar os estados multidimensionais do Ser ou chamados, também, estados múltiplos do Ser.
Os estados múltiplos do Ser são ligados à Consciência Livre.
Vocês não podem, jamais, experimentar isso, enquanto estão condicionados, por vocês mesmos ou por um sistema exterior, qualquer que seja.
O choque da humanidade corresponde à revelação total da Luz e à revelação dessa Luz em suas estruturas, aqui mesmo, ilusórias.
De fato, o que se revela é seu Espírito, sua Consciência Ilimitada e a Consciência, é claro, Ilimitada da Terra, fazendo com que ela mesma (efetuando esse salto quântico) esteja desagregando e dissolvendo tudo o que pertence ao domínio da Ilusão, da compressão, da falsificação.
A Terra vai, portanto, reverter-se, assim como vocês; reverter-se em todos os sentidos do termo (fisicamente, geograficamente), do mesmo modo que sua Consciência, em definitivo, vive sua última Reversão, seu último Cruzamento, ligado ao último cruzamento da cabeça, revelando-se, doravante, no corpo (tal como eu darei, disso, alguns elementos), que lhes permitirá levar a efeito (se vocês aceitam soltar todo o conhecido) sua transformação final e seu acesso ao seu status de borboleta ou de Semente de Estrelas realizada.
Mas, eu repito: vocês não poderão, de maneira alguma, manter o que vocês creem ser hoje e o que vocês serão amanhã, que vocês ainda não conhecem.
É ou um ou o outro.
Cabe-lhes, portanto, a partir de hoje, colocarem-se as boas questões:
O que vocês querem viver?
Se vocês querem viver, ainda uma vez, numa estrutura carbonada, com um pouco mais de Luz, ser-lhes-á feito, exatamente, segundo sua Vibração.
Mas vocês não poderão pretender a Luz, ao mesmo tempo permanecendo nesse corpo carbonado.
Assim, portanto, vocês deverão escolher entre a Vibração Ilimitada e a Vibração limitada.
Essa escolha, eu repito, não é uma escolha da consciência, porque, obviamente, o ego vai sempre dizer que ele escolhe a Luz, mas na condição de que ele subsista e permaneça no mesmo estado.
Ora, o estado que vem nada tem a ver com o estado do ego.
O ego é uma ilusão criada para a Ilusão desse mundo, que não tem qualquer substrato nos Mundos Unificados.
Nos Mundos Unificados, vocês não são uma pessoa.
Obviamente, existe ainda uma individualidade, mas essa individualidade não se exprime através de uma pessoa ou de um corpo limitado, mas, efetivamente, como uma Consciência totalmente liberada de todo entrave, que isso seja a possibilidade de viajar nas diferentes densidades temporais, nos diferentes multiversos, nas diferentes Dimensões, desde a Fonte até a orla dos mundos carbonados.
Aí está, portanto, o que vocês têm a integrar.
Aí está, portanto, o que vocês têm a revelar como desafio.
Aí está, portanto, a questão essencial que sua Consciência deve colocar-se, mesmo na limitação: vocês querem continuar um ego ou querem tornar-se, inteiramente, livres?
Não há alternativa.
O ego não pode, jamais, tornar-se livre.
Compreendam, efetivamente, e apreendam bem isso: o ego será sempre confinador e limitante num papel, num corpo limitado, num tempo limitado.
O Espírito é totalmente livre de tudo isso.
Simplesmente, sua consciência está, ainda, em grande parte, submissa a essa Ilusão.
A preparação Vibratória (que, eu espero, inúmeros de vocês vivem) é destinada a fazê-los passar mais ou menos facilmente, segundo sua Vibração, nesses espaços unificados.
Alguns de vocês começam a perceber esses espaços Unificados, ou como uma espécie de dilatação da Consciência, não estando mais consciente dela mesma nesse corpo (mecanismo aproximando-se da obliteração da Consciência), levando ao que é chamado o quarto Estado da Consciência ou Turiya (estado Unitário) ou, ainda, pela percepção (de maneira lúcida e consciente), diretamente, dos Éteres Unificados, traduzindo-se, por exemplo, pela Visão do Sol Azul ou, ainda, traduzindo-se pela Visão do desaparecimento de seu ambiente, com os olhos abertos.
É assim que se produzirá, efetivamente, a Passagem do conhecido ao Desconhecido.
É preciso, portanto, agora, no fundo de vocês, colocar-se a questão e ver, com Verdade, onde vocês estão nisso.
A revelação da própria Luz (tal como deve intervir) permitir-lhes-á ver claramente, inteiramente. O que quer dizer que, ainda uma vez e, também num grau ainda mais importante, vocês não poderão mais trapacear com seu ego.
Ou vocês aceitarão seu ego, ou vocês o rejeitarão (mas vocês o rejeitarão, integrando-o), mas vocês não poderão mais manter a Consciência nos dois.
Isso se tornará cada vez mais evidente para cada um de vocês que percorre os caminhos da Luz Vibral: vocês se tornarão o Ilimitado, ou vocês continuarão limitados.
E vocês penetrarão, cada vez mais, nas esferas do Ilimitado, ou vocês penetrarão, cada vez mais, nas esferas da limitação, qualquer que seja a vivência da Coroa Radiante da Cabeça.
Lembrem-se de que a Porta de saída é, e continuará, sempre, o Coração, através de sua Vibração da Luz Vibral, quaisquer que sejam as sete etapas existentes.
Assim, portanto, a Liberdade e a Autonomia são sua Essência, são nossa Essência e nossa natureza.
Cabe-lhes, portanto, aderir, não como se adere a uma religião ou a uma crença, mas a adesão poderá ser feita apenas pela própria vivência desse acesso ao Desconhecido.
É para isso que vocês são prometidos nas semanas que se abrem a vocês, diante de vocês e que vão colocá-los no desafio de passar a esse Desconhecido, inteiramente.
É claro, lembrem-se de que o ponto de vista da limitação será o oposto, e estritamente o oposto do ponto de vista da Ilimitação.
A lagarta vai chamar a tudo o que vai desenrolar-se (e desenrola-se, já, sobre a Terra) uma destruição total da vida, porque ela percebe a vida apenas através do filtro da Ilusão.
A borboleta, ao contrário, vai chamar a todas essas modificações da própria Luz e da densidade, uma liberação e a verdadeira Vida, ou seja, a Ressurreição, ou o Renascimento.
Respeitem o ponto de vista da lagarta.
Respeitem o ponto de vista da borboleta.
É a vocês que cabe determinar-se, descondicionar-se, sendo ou uma, ou a outra e, cada vez mais, vocês se tornarão ou uma, ou a outra, em Consciência e em toda lucidez.
Vocês não poderão mais trapacear com o conhecido e com o Desconhecido.
Vocês se tornarão ou o Desconhecido, ou o conhecido.
Tornando-se o Desconhecido, vocês penetrarão, cada vez mais, as esferas da Existência (e sua própria dissolução dessa Dimensão nas esferas da Existência), em seus veículos multidimensionais, para além dos papeis da personalidade, para além de qualquer função e de qualquer identificação a uma função na Ilusão.
Cristo havia dito: «Ninguém pode me conhecer se não nasce novamente».
Esse Renascimento não é uma reencarnação, mas, verdadeiramente, uma ressurreição nos Domínios do Espírito.
O Domínio do Espírito é-lhes estritamente desconhecido na encarnação.
Podem ser apenas projeções, projeções de construção mental, imaginando, supondo, segundo o que lhes é conhecido, o que seja o desconhecido, o além do além.
Todas as construções ligadas ao conhecimento dito esotérico são apenas suposições que não têm qualquer realidade e qualquer verdade quando vocês penetram a Unidade, se é que vocês a penetram.
Vocês devem, portanto, rejeitar toda forma de conhecimento exterior, aí também, toda forma de esoterismo, toda forma de espiritualidade para penetrar, diretamente, na vivência do Espírito (quer dizer não mais estar na aplicação de uma espiritualidade vinda do conhecido), mas penetrar, diretamente, o Espírito de Verdade, ou seja, o que vocês são na Luz.
Aí estão alguns elementos de interrogação que eu desejava dar-lhes, que verão, é claro, amplos desenvolvimentos da própria Consciência quando da revelação da Luz, da qual participarei ao nível humano, na vivência da própria Consciência.
É claro, se existem em vocês, hoje, na sequência, interrogações, e se tenho tempo, gostaria de tentar dar mais elementos que lhes permitam ir para esse Desconhecido.
Mas lembrem-se de que nenhuma palavra pode traduzi-lo e de que apenas vocês podem ali ir.
Ninguém pode fazê-lo em seu lugar.
Questão: o Desconhecido é conhecido por nós, enquanto Sementes de Estrelas?
Meu Irmão, o que você percebe ao nível Vibral (na Vibração das Estrelas, por exemplo), na ativação de alguns potenciais ligados aos chacras essenciais (chamados, nesse caso, Coroas Radiantes), quer seja ao nível do Sacrum, do Kundalini (chamado o Canal do Éter), quer seja ao nível do Coração ou da Cabeça, dá-lhe um pequeno vislumbre do que é o Desconhecido.
É a penetração do Desconhecido no conhecido que, justamente, permite fazer a ponte, e é uma ponte que se chama o Antakarana, que permite, portanto, religar e reunificar o Espírito.
Assim, portanto, sem conhecer a Existência, há, para o ser humano (e já desde extremamente longo tempo, bem antes desse período de trinta anos), a possibilidade de penetrar estados de felicidade total, chamada Sat Chit Ananda, como o descreveram numerosos seres que atingiram esse estado.
Assim, o estado atingido, mesmo nesse corpo egoico presente nesse mundo, permite dissolver, inteiramente, o ego, e coloca-lo ao serviço do próprio Espírito, se o Espírito não possa ser vivido inteiramente.
Isso muda, devido mesmo ao desaparecimento da matriz astral coletiva, à dissolução da Ilusão, programada desde muito tempo (e realizando-se desde trinta anos, como eu disse) e, sobretudo, desde os Casamentos Celestes.
Assim, portanto, o Desconhecido é-lhe conhecido através, simplesmente, da Luz Vibral, que vem modificar (se você a aceita) comportamentos mesmo procedentes de seu próprio ego, de sua própria pessoa, fazendo (como foi dito) com que o conjunto do que pertence a esse corpo egoico (ou seja, o corpo de desejo e o conjunto de desejos) desapareça, progressivamente, de seu campo de Consciência e de seu campo de interesse.
Enquanto existe um desejo, qualquer que seja (quer ele seja de reconhecimento como pessoa, quer ele seja de continuar como pessoa), enquanto existe um desejo de reconhecimento como ser espiritual na matriz, vocês não podem tocar, inteiramente, o Desconhecido porque, naquele momento, o ego apropria-se da Luz.
O melhor modo de liberar-se dessas armadilhas, inteiramente, será realizado pela revelação da Luz.
Mas, agora e já, alguns de vocês tiveram acesso, ou à Existência, ou às manifestações diretamente religadas às novas funções espirituais, chamadas os Novos Corpos (que são apenas uma das partes da revelação da Luz Vibral), permitindo-lhes, no momento vindo, dar um passo decisivo e irreversível, para ir ao Desconhecido, inteiramente.
A problemática principal do ego é que ele tenta, sempre, apropriar-se do que é vivido na Consciência Unitária para fazê-lo dele.
É preciso estar lúcido e perfeitamente consciente de que o fogo do ego não será, jamais, o Fogo do Coração.
O fogo do ego é um fogo que vai reivindicar: «eu, eu, eu sou isso, eu faço isso», enquanto o Fogo do Coração sabe, pertinentemente, que ele nada faz.
Enquanto existe a mínima reivindicação, mesmo da Luz, há, é claro, persistência do ego.
Questão: eu vivi um toque de Eternidade em minha individualidade. É uma Ilusão?
Meu Irmão, eu posso responder-lhe o seguinte: aquele que vive, ainda que apenas de modo fragmentário, a dissolução da Ilusão e do ego, não pode colocar-se a questão da Ilusão do que é vivido.
Somente o ego vai fazê-lo crer que era uma ilusão.
Aquele que se instala, de maneira mais ou menos constante, em sua Unidade, não pode, em caso algum, ser vítima de qualquer ilusão porque, naquele momento, os fatores do ego nesse mundo tendem a apagar-se diante da majestade da Unidade.
Assim, portanto, não pode haver qualquer dúvida sobre o que é vivido no Fogo do Coração.
Quem questiona será sempre o ego, mas o ego, nesse caso, apaga-se e apagar-se-á, cada vez mais, diante do Ilimitado.
Assim, portanto, enquanto você me faz, ou, enquanto você se faz a pergunta da realidade do que foi vivido, isso traduz, simplesmente, ainda, no momento, a superioridade do ego, porque é o ego que duvida, e jamais a Unidade.
Compreendam, efetivamente, que não há oposição (ainda que isso possa aparecer-lhes assim, e é normal, quando a consciência situa-se na limitação). Essa oposição aparente entre o que é limitado, conhecido, e o Ilimitado, Desconhecido, é apenas uma aparência muito relativa que tem, justamente, o confinamento no ego.
A partir do instante em que o Coração, de uma maneira ou de outra, penetra no Fogo do Coração, o fogo do ego desaparece (porque, aí, é um vaso comunicante).
Essa Passagem do ego ao Coração corresponde à Porta Estreita da Crucificação e da Ressurreição, num segundo tempo.
Há, é claro, no momento da Passagem em si mesmo, uma dúvida final ilustrada, também, de maneira simbólica, pelo Cristo na Cruz.
É o momento em que é preciso abandonar-se, inteiramente, à Luz.
É o momento em que a própria Consciência vai compreender que ela não tem papel algum em relação à Luz, a não ser tornar-se essa Luz, e tornar-se a Luz apenas é possível se há parada de tudo o que é da ordem emocional, mental, de apego, de crença, sem exceção, ao mesmo tempo mantendo, de momento, esse corpo aqui.
Existem testemunhos desse acesso ao Ilimitado ou ao Desconhecido.
Eles são testemunhos indiretos, mas, entretanto, a prova formal do que é vivido.
São as Doze Estrelas, antes de tudo.
São as Coroas Radiantes: aquela da Cabeça, aquela do Coração e aquela do Sacrum.
É o único meio que existe, eu diria, racionalmente, de saber que vocês vivem essa transformação.
Todo o resto é apenas ilusão.
A reminiscência de suas vidas passadas, o acesso às suas vidas passadas, a reivindicação de um papel nesse mundo, como líder ou como ser desperto, é uma armadilha importante do ego porque, como havia dito em sua vida o Mestre Philippe, é sendo nada aqui, absolutamente nada, que vocês são tudo em outro lugar.
Mas, se vocês são algo aqui, como podem ser algo e tudo em outro lugar?
É impossível.
Em outros termos (e espero que essas algumas palavras falem a vocês), enquanto vocês creem possuir a Luz, é o ego que os possui.
A Luz os possuirá e os liberará, a partir do instante em que vocês nada mais forem aqui.
Em outras palavras (e em sua terminologia Ocidental), isso se chama a humildade e a simplicidade.
Isso não é uma vã palavra.
Não é um vão conceito, mas é a estrita verdade.
Compreendam, efetivamente, também, que, quando eu falo do corpo de desejo, o conjunto de desejos não deve ser contrariado porque, se vocês se opõem aos seus próprios desejos, vocês os reforçarão, inevitavelmente.
Mas os desejos são, realmente, transmutados. Não por sua vontade, mas pela própria Luz, que põe fim a todos os desejos ilusórios, sem exceção, em graus diversos para cada um, em função de sua progressão para o Desconhecido.
Questão: como encontrar a causa da defasagem causada pelo fato de não estar na Alegria, ao mesmo tempo vivendo o Fogo do Coração?
Procurar a causa não quer dizer encontrar uma explicação.
A ignição ou a ativação do que é chamado o Fogo do Coração corresponde, em verdade, à ativação conjunta do que vocês chamam o 8º e o 9º Corpos (ponto OD e ponto ER), traduzindo-se pela ignição da Coroa Radiante do Coração, passando-se (como já lhes foi detalhado) em sete etapas.
A primeira etapa não é, necessariamente, na Alegria.
Ela corresponde às primícias dessa abertura e traduz-se, frequentemente, por percepções de compressão e de dores que ocorrem na região do coração ou em torno da região do coração ou acima.
O ego está ainda presente naquele momento.
A Porta Estreita, a Passagem real, total e definitiva, do ego ao Coração faz-se quando o ego é dissolvido.
É naquele momento que a Alegria pode instalar-se de maneira definitiva.
Quando eu digo definitiva, isso não quer dizer que será permanente.
Alguns seres foram capazes de manifestar essa permanência durante tempos muito longos.
O melhor exemplo que daria é a vida de Ma Ananda Moyi.
Mas alguns seres manifestaram esse estado de Alegria em alguns determinados momentos da vida, ao mesmo tempo podendo manifestar, também, cóleras, quando eles voltavam a descer à personalidade, porque a Porta Estreita não estava ainda fechada.
Ela estava entreaberta, permitindo passar do ego ao Coração e do Coração ao ego.
É essa Porta que, quando da revelação da Luz, vai voltar a fechar inteiramente, traduzindo, portanto, a separação final da Consciência, entre aqueles que vivem a Consciência do Desconhecido (e ali penetram em plena Consciência e em plena lucidez) e aqueles que continuarão na consciência limitada, contudo, deixando os mundos da separação e da Ilusão.
Assim, para responder de outra maneira a essa questão, se existe uma percepção, mesmo nas primeiras etapas, do Fogo do Coração, e se a Alegria não está presente, é que o ego está em luta contra o Coração.
A esfera da Unidade, vivida no Samadhi, na Consciência Unificada (estado de Turiya, Sat Chit Ananda) propicia uma espécie de distanciamento e não uma indiferença a todos os jogos existentes na matriz, porque vocês não estão mais identificados à sua pessoa, vocês não estão mais identificados a um papel, vocês não estão mais identificados a uma função, nem a qualquer ilusão presente nesse mundo, e isso propicia um estado de Alegria.
A Alegria é a própria Essência do Espírito.
O medo é a própria essência do ego.
Questão: como fazer, então, para diminuir essa defasagem?
Abandonar-se à Luz.
Não há outra possibilidade.
Enquanto vocês não se dão à Luz, vocês não podem penetrar o Espírito.
Enquanto vocês mantêm uma ilusão de pessoa, através mesmo de sofrimentos passados, realmente vividos, vocês estão no passado, vocês não estão no Aqui e Agora.
Se vocês estivessem inteiramente no Aqui e Agora, seu Coração estaria saturado de Alegria, do mesmo modo que Ma Ananda Moyi ou outros.
Assim, portanto, nada há a fazer, porque o fazer situar-se-á, sempre, ao nível do ego.
Agora, cada vez mais, há apenas a Ser.
E Ser encontra-se apenas no Espírito, no Aqui e Agora, não por constrangimento do ego, mas pelo abandono do ego em proveito da Luz.
Isso é muito complexo, o que eu digo, para perceber pelo ego porque, justamente, é o ego que escuta.
Mas aquele que vive, ainda que apenas em parte, o Ilimitado, compreenderá facilmente, uma vez que ele vive o que eu digo.
A Alegria apenas pode existir quando o medo está ausente.
Todo medo, qualquer que seja, é um condicionamento do ego e, portanto, um não Abandono à Luz.
Enquanto vocês creem que dirigem, dominam, controlam a Luz, vocês não são a Luz, uma vez que, obviamente, vocês estão na distância em relação ao que vocês consideram como exterior.
Vocês permanecem no conhecido e, portanto, na limitação e, portanto, no sofrimento e, portanto, no medo.
Em outros termos, o medo ligado ao ego gostaria de desaparecer, incorporando a Luz no medo ou nas Sombras.
Isso é impossível.
A Luz deve tomar todo o lugar, expulsando todas as partes reptilianas de seu cérebro.
Questão: como fazer, no quotidiano, para ir para o Abandono à Luz?
Quem não consegue, se não é o ego?
E o ego não conseguirá, jamais.
O Abandono à Luz não é uma vontade.
Não é um fazer, tampouco.
Não é um trabalho em suas próprias Sombras, ainda que a Luz ilumine as Sombras.
É a aceitação, pura e simples, da Luz.
Há, simplesmente, sofrimento e afastamento da Luz pela adesão ao que você é, em verdade ou, em todo caso, ao que você crê ser em verdade, ou seja, esse corpo, essa presença nesse corpo que é, de fato, apenas uma projeção de seu próprio espírito na Ilusão na qual você foi presa.
É preciso, já, aceitar esse conceito.
A partir do instante em que você aceita, inteiramente, esse conceito, você já toma certa forma de distância em relação ao que é chamada sua própria personalidade.
Essa tomada de distância em relação à personalidade é já uma primeira etapa para a crucificação da personalidade, que não vai desaparecer.
A Passagem ao Coração faz, simplesmente, com que aquele que conduz o veículo não é mais a personalidade, mas o Espírito.
Mas o ego gostaria de apropriar-se do Espírito.
É, aliás, por isso que ele criou regras do Espírito nesse mundo, chamado livre arbítrio, que absolutamente não existe na Graça.
Questão: um sentimento de paz profunda é o que você chamava, há pouco, o Desconhecido?
Não.
Isso são as primícias.
O Desconhecido libera-os, inteiramente, do jogo do ego, e isso vocês não podem ignorar, quando o vivem, porque é uma mudança radical de percepção, de concepções, mas, é claro, antes de tudo, de Consciência.
Tudo o que é vivido na matriz pode aproximá-los, pela Luz Vibral, desse estado de que falo.
Mas não pode ser referenciado como experiência pertencente a esse mundo.
Vocês estão sobre esse mundo, mas vocês não são desse mundo.
O Reino dos Céus é inexistente sobre a Terra, dado que esta Terra é uma projeção que foi privada do Espírito.
Portanto, vocês não podem pretender encontrar o Espírito, inteiramente, nesse mundo, mas, sobre esse mundo.
Nesse sentido, a Luz Vibral vem liberá-los.
Questão: você pode ajudar-nos, justamente, a superar esse ego e esse mental?
Se excluídas minhas palavras concernentes à Consciência pura, o conjunto do Yoga da Unidade, da Verdade (que lhes foi comunicado por Um Amigo) e o conjunto dos Casamentos Celestes, concorrem, de maneira formal, a fazê-los fazer esse caminho, cada um ao seu ritmo, mas, apreendam, efetivamente, que o que chega agora é a revelação da Luz e que a revelação da Luz em si mesma vai fazer-se na totalidade, para todo ser vivo, quer ele queira ou não, quer ele aceite ou não.
Portanto, não há preocupação a ter-se para o desaparecimento do mental.
Simplesmente, as circunstâncias do desaparecimento dele serão profundamente diferentes, segundo sua capacidade para dele extrair-se ou para manter o que eu chamei o fogo do ego ou os jogos do ego.
Progressivamente e à medida que vocês penetrarem a Luz Vibral, ou, antes, mais exatamente, progressivamente e à medida que a Luz Vibral penetra-os, sua Consciência vive acessos temporários a estados de Samadhi.
É nesse estado de Samadhi que vocês tomam consciência da Verdade da assertiva de que esse mundo é Ilusão, não antes.
Se não, é apenas uma crença, aí também, mental.
Vocês podem viver apenas a experiência da Ilusão e a experiência do Desconhecido, e isso não é função de um fazer do ego, bem ao contrário.
É nesse sentido que a Luz Vibral tem por vocação primeira, quando de suas primeiras revelações (anteriores à revelação da Luz agora), de levá-los a viver a proximidade dessa Passagem que é, de algum modo, a última Porta.
É o lugar em que vocês se despojam de todas as suas ilusões, de todas as suas pretensões, inteiramente.
De algum modo, vocês se despojam de si mesmos.
Vocês aceitam, ou não, nada mais ser, para poder ser tudo.
Não temos mais perguntas, agradecemos.
Caríssimas Irmãs e caríssimos Irmãos, eu lhes transmito toda a Graça que é possível transmitir-lhes através do corpo onde estou.
Eu lhes digo até muito em breve para prosseguir, de maneira, eu espero, mais explícita, as diferentes Passagens que se produzem quando dessa última Passagem do conhecido ao Desconhecido, da revelação da Consciência Ilimitada, Sat Chit Ananda.
Eu lhes dizia, naquele momento, que conceber a Autonomia e a Liberdade era algo necessário antecipar (ainda que simplesmente colocando-se as questões para além da simples interrogação mental), concernente ao sentido de sua vida, da vida, do que vocês são, do que vocês fazem.
Hoje eu posso, enfim, dizer-lhes que chegou o tempo de conceber essa Liberdade e essa Autonomia.
Essa Liberdade e essa Autonomia que lhes são prometidas implicam certo número de condições.
Eu me exprimirei, se efetivamente quiserem, sob o ângulo exclusivo da Consciência, para além de qualquer consideração concernente à própria revelação da Luz que está para vir nessa Dimensão e mesmo em sua Consciência, cujas modalidades ser-lhes-ão definidas nos dias que vêm.
Eu atraio, simplesmente, sua atenção a certo número de elementos que devem conduzi-los a interrogarem-se.
Essa interrogação não é de natureza estritamente mental, mas, bem mais, releva diretamente da Atenção e da Intenção da Consciência, quanto à sua posição, sua localização e, sobretudo, o que eu chamaria, de algum modo, sua evolução nos tempos que se instalam doravante.
A Autonomia e a Liberdade são-lhes profundamente desconhecidas no que vocês vivem quando estão encarnados.
É necessário, por isso, desembaraçar-se, de algum modo, de tudo o que é conhecido, porque nada do que lhes é conhecido (seja desse lado do véu, estando encarnado ou, também, estando desencarnado), pode ser acessível.
De fato, o conhecido concerne ao conjunto do campo de percepções de sua própria consciência, ao conjunto de suas concepções, ao conjunto de suas percepções, aplicando-se a essa Dimensão (e exclusivamente a essa Dimensão) e isso vale, também, a partir do instante em que vocês deixam esse corpo e penetram o que é convindo chamar, classicamente, o além.
Esse além não é, tampouco, a Liberdade e a Autonomia, uma vez que, como sabem, cada ser humano encarna-se e reencarna-se esperando pacificar, purificar e depurar o que vocês chamam um elemento cármico que, quase sempre, não pode realizar-se.
Assim, portanto, a Autonomia e a Liberdade não se encontram nesse mundo, seja desse lado do véu como do outro lado do véu, chamado a morte.
Em minha vida, eu frequentemente falei desse conhecido, do modo de liberar-se dele que era, já, uma interrogação da Consciência pura.
Obviamente, enquanto a Consciência pura não pode aceder ao que está além do conhecido, é muito difícil, para ela, em sua limitação e em sua fragmentação, perceber ou aderir ao que é, é claro, desconhecido.
As circunstâncias da humanidade, há trinta anos, são profundamente diferentes e, sobretudo, desde algum tempo, porque lhes foi dado a perceber (através do que são chamadas Vibrações, que meu colega Sri Aurobindo chamava, em sua vida, o Supramental) o que está além do conhecido, além do hábito, além das limitações.
Assim, portanto, as Vibrações, as percepções que pode sentir sua Consciência e seu corpo em encarnação são os testemunhos de algo que vem, diretamente, do Desconhecido, chamando-os, de algum modo, para esse Desconhecido.
A problemática essencial da humanidade, qualquer que seja (em suas culturas, em suas religiões, em seus fundamentos), é que o Desconhecido é, por essência, temido, porque, justamente, ele não faz parte do campo de percepções ou do campo de concepções.
Hoje (esse hoje significando algumas semanas), um número importante de seres humanos começa a modificar sua percepção do conhecido para aperceber-se, em Consciência, que certo número de elementos que, até então, eram improváveis, tornam-se, cada vez mais, prováveis.
Isso é diretamente procedente da ativação das Novas Frequências e, para aqueles de vocês, Irmãos e Irmãs que estão avançados nesse caminho, abrem-se percepções e concepções totalmente diferentes do que é conhecido, conduzindo-os a perceber (sob forma de fragmentos, sob forma de flashes), por momentos ou por intermitência (raramente de maneira constante), o que é esse Desconhecido que se desvenda a vocês em meio ao conhecido, traduzindo-se, então, por uma espécie de dilatação temporal, mas, também, de dilatação da trama da matriz, fazendo-os, então, perceber o que está para além da matriz e que, normalmente, não devia jamais ser percebido (ou mesmo concebido) por seus olhos ou por sua consciência.
A percepção pelos olhos traduz, portanto, a irrupção da Visão numa nova gama de frequências, bem além do que pode ver o olho, traduzindo-se pela percepção do Éter ou da Luz Supramental sob forma de Luz Branca, na qual nada mais do que pode pertencer ao seu conhecido, ao seu ambiente, existe naqueles momentos.
Essa é uma forma, de algum modo, de saída do conhecido para o Desconhecido, acontecendo de maneira progressiva.
Frequentemente, aliás, quando a Consciência volta ao seu estado comum, naquele momento, aqueles que vivem essa experiência podem colocar-se, muito logicamente, questões quanto à realidade do que é vivido, fazendo-os sair, de algum modo, da própria realidade que eu qualificaria de comum.
Esse processo é chamado a generalizar-se.
É claro, a capacidade de sua consciência para ter, anteriormente, estabelecido bases sólidas de acesso a esse Desconhecido (cujo conjunto é-lhes conhecido, por vocês que me escutam ou que me leem) corresponde, completamente, ao que lhes foi dito, em especial por Um Amigo, concernente à Consciência Vibração.
Assim, as Vibrações novas que aparecem em suas estruturas, mesmo físicas, são os testemunhos de seu acesso a esse Desconhecido que se desenha, pouco a pouco.
Eu não irei mais adiante hoje sobre o que desvendarei em breve, concernente à própria Consciência na exploração desse Desconhecido e ao acesso a esse Desconhecido, chamado a revelação da Luz Metatrônica e traduzindo-se por funcionamentos novos da consciência.
Mas eu tenho a esclarecer que existe certo número de elementos que são fundamentais quanto ao acesso a esse Desconhecido e à vivência da Consciência no Ilimitado, na Existência, se preferem.
Primeiramente, convém praticar certo número de características da consciência limitada que permitem, inicialmente, libertar-se, de algum modo, dos condicionamentos do conhecido.
Os condicionamentos do conhecido são inumeráveis.
Eles são, primeiro, o conjunto de apegos a tudo o que faz sua vida e seus condicionamentos numa personalidade, num papel, numa função e eu diria, mesmo, nas atividades que vocês efetuam, aderindo a elas como sendo a única verdade possível, porque é a única acessível à própria consciência limitada.
Esses apegos são inumeráveis.
Um Arcanjo disse-lhes que existia certo número de apegos que estavam presentes no conjunto da humanidade, porque inscritos na própria estrutura do cérebro e nos comportamentos, portanto, que são inscritos e inatos, eu diria, de algum modo, no funcionamento da consciência nessa limitação.
Liberar-se do conhecido é, de algum modo, aceitar, antecipadamente, os mecanismos de funcionamento (ainda que eles não sejam perfeitamente conhecidos) do acesso à Consciência Ilimitada.
É claro, inúmeros escritos, de todos os tempos, em todas as tradições, insistiram na experiência de alguns Seres que tocaram esses estados desconhecidos, que os viveram de maneira mais ou menos intensa e que lhes trouxeram certo vocabulário que, aí também, convém superar, intelectualmente.
Esse vocabulário insiste, sempre, pesadamente, na noção de Ilusão da encarnação, da Ilusão mesmo desse mundo, da Ilusão da pessoa e da personalidade, da Ilusão dos papéis, traduz-se numa única palavra: «Maya».
Essa palavra traduz que, final e definitivamente, a consciência vive um sonho, como tão bem o descreveram os povos primitivos.
Esse sonho despertado é, de algum modo, uma realidade que não tem qualquer substância espiritual, mas, simplesmente, uma substância material, com suas próprias regras, seus próprios condicionamentos, suas próprias limitações, inscritas mesmo nas regras sociais, regras políticas, regras econômicas, regras mesmo chamadas de predação, característica dos mamíferos, porque o homem é um mamífero, não esqueçamos disso.
Tudo isso faz parte das regras do jogo, num mundo onde predomina o que é chamada a ação/reação ou, se preferem outro termo (que está muito na moda na limitação), também chamado o livre arbítrio, ou seja, a capacidade do ser humano para escolher, para emitir escolhas, sempre nessa limitação, fazendo-o dizer que ele é livre, mas não confunda o livre arbítrio com a Liberdade.
A Liberdade de que eu lhes falava é aquela que se libera do conhecido e de todos os condicionamentos existentes na Ilusão para permitir-lhes, em definitivo, penetrar espaços ilimitados da Consciência, nos quais mais nenhuma regra existente nesse mundo pode perdurar.
De fato, existe uma oposição fundamental entre o livre arbítrio e a Liberdade.
O livre arbítrio é oriundo de certo número de condicionamentos chamados carma, ação/reação, fazendo-os crer que as Leis do Espírito são, estritamente, as mesmas.
As Leis do Espírito, nos Mundos Unificados, são, eu diria, de algum modo, estritamente opostas ao livre arbítrio e à ação/reação.
No que lhes é desconhecido pelo instante, a Lei que é a única em uso é a Lei de Liberdade ou Lei de Graça ou, ainda, Lei de Ação de Graça, na qual absolutamente nada pode ser apropriado, na qual absolutamente nada pode ser personificado, na qual absolutamente nada pode ser confinado, o que, vocês hão de convir, é exatamente o oposto e o inverso do que é vivido desse lado (quando vocês estão encarnados), ou morrido, na matriz.
Efetivamente, vocês têm, todos, uma identidade.
Essa identidade é localizada no tempo e no espaço.
Ela é limitada por um limite corporal.
Ela é limitada por limites mentais, limites emocionais, limites energéticos e, também, limites causais que correspondem ao princípio existente no livre arbítrio.
Os Mundos Unificados (ou o Corpo de Existência), estritamente, nada têm a ver com tudo o que lhes é conhecido como modo de funcionamento no conhecido.
O conjunto de Vibrações que alguns de vocês, sobre a Terra, começaram a perceber desde alguns anos ou mais longo tempo conduziu-os, progressivamente, a liberar-se, de algum modo, do conhecido, para prepará-los para viver o Desconhecido.
Essa preparação foi extremamente importante para muitos de vocês, porque ela lhes permitiu preparar sua Consciência para esse salto quântico para um Desconhecido e para a Liberdade e a Autonomia.
Na ação/reação não existe qualquer Autonomia e qualquer Liberdade, dado que essa Liberdade está confinada numa Ilusão dimensional, na qual as regras não são as regras dos Universos além da manifestação tridimensional.
Assim, como lhes foi dito, penetrando o Corpo de Existência, inteiramente, vocês se aperceberão de que não são limitados nem por um tempo, nem limitados por um espaço e, ainda menos, por um corpo, fosse ele aquele de sua própria Existência.
Essa é uma mudança radical da Consciência, que os conduz a poderem provar certo número de medos ligados aos seus próprios condicionamentos.
Os medos são o privilégio desse mundo, ligados, diretamente, à predação e à competição; ligados, também, à ausência de provas do Desconhecido (que lhes foi, de algum modo, ocultado na consciência, como em seus céus), como regras de funcionamento da vida nesse universo e, mais especificamente, desse Sistema Solar.
Assim, a mudança de paradigma que vem a vocês (e que é, agora, como sabem, inexorável e extremamente próxima em dados de seu tempo) não pode ser ignorada.
Cada vez mais seres humanos perceberão, de uma maneira ou de outra (ou em seus sonhos, ou em suas emoções, ou em seu mental e em sua própria razão), a transformação que está em curso que, como lhes disse nosso Comandante, pode exprimir-se, conforme o ponto de vista, segundo a visão da lagarta, que vê sua morte, ou segundo a borboleta a vir, que vê sua Ressurreição, seu Renascimento ou sua Liberdade.
É claro, o ser humano percorreu (durante tempos longos e remotos) os caminhos da encarnação e, portanto, do livre arbítrio (com regras que foram cada vez mais densas e cada vez mais aplicadas), conduzindo a uma privação cada vez mais total da Liberdade dimensional, progressivamente e à medida dos milênios (como de sua Liberdade muito curta nesse mundo, tal como vocês o vivem nesse fim de ciclo) pela restrição de Liberdades, quaisquer que sejam, pelo confinamento e pela necessidade de segurança nesse confinamento cada vez mais consequente, em meio a regras cada vez mais rígidas, de leis cada vez mais liberticidas, conduzindo-os, cada vez mais, a colocar-se questões (ao menos esperamos) sobre sua própria condição nesse mundo.
O conjunto do próprio desenvolvimento (chamado tecnológico moderno, tal como foi realizado nesta Terra desde a era industrial) contribuiu, pesada e amplamente, para aumentar o confinamento, sob pretexto de uma Liberdade e de um conforto de vida que, de fato, afastaram-nos ainda mais da Dimensão do Espírito.
A Dimensão do Espírito da qual restou apenas uma vaga lembrança (mesmo nas religiões melhor organizadas), confinando-os ainda mais na Ilusão e prometendo-lhes um futuro melhor que não existirá, é claro, jamais, nessa matriz, nesse lado do véu, como do outro lado do véu.
Assim, não existe além de Luz, contrariamente ao que os fizeram crer porque, ir para esse além de Luz necessita, inteiramente, de liberar-se do conhecido para percorrer, em toda Liberdade, o Ilimitado da Consciência (chamado o Desconhecido, no momento, para vocês), em todo caso para aqueles que não acedem, inteiramente, a própria Existência.
Ora, qual é a característica fundamental (independentemente da lei de livre arbítrio, existente desse lado, ou da lei da Ação de Graça, existente para além dessa matriz e para além da morte)?
A diferença fundamental é, antes de tudo, que aqui, nesse corpo (como eu dizia), e nessa consciência, vocês estão limitados.
Limitados por suas próprias crenças, limitados por seus próprios condicionamentos, por suas próprias experiências, que os confinaram nas certezas e nos medos (e, aliás, a certeza é feita para lutar contra o medo), assim como na crença, enquanto, de fato, elas ocultam, ainda mais, sua noção de graça e sua possibilidade de acesso ao Desconhecido.
A armadilha a mais importante dessa matriz (nesses condicionamentos e em sua Ilusão) é fazê-los crer que vocês são uma pessoa (e unicamente uma pessoa ou uma personalidade) que vive uma vida, limitada por um instante chamado o nascimento e um outro instante chamado a morte, durante o qual se desenrola uma consciência que vai fazer escolhas, experimentar coisas, mas, em momento algum (mesmo num caminho espiritual) poder-se-á, jamais, liberar-se, de qualquer modo, desses condicionamentos e dessa lei de ação/reação.
Então, é claro, de algum modo, encorajaram-nos (através de algumas religiões e de alguns condicionamentos ditos espirituais) a crer no Espírito, mas um espírito no qual as leis seriam as mesmas, estritamente as mesmas, como no confinamento.
Isso é totalmente falso.
A Liberdade nada tem a ver com o livre arbítrio.
A Lei de Graça nada tem a ver com a lei de ação e reação.
A ação e reação, aliás, como o compreenderam alguns mestres do budismo, perfeitamente compreenderam que era totalmente ilusório querer colher ou pagar o resultado do conjunto de ações efetuadas desde tempos imemoráveis.
Isso é, simplesmente, impossível.
Então, alguns seres, além do budismo, tiveram êxito em levar a efeito o que é chamada a Unidade, quer dizer que eles, literalmente, extraíram-se dos condicionamentos, inteiramente.
Eles extraíram-se, inteiramente, do conhecido.
Eles extraíram-se de sua própria pessoa, de sua própria personalidade e, naquele momento, descobriram o que é, realmente, a Verdade para além da Ilusão desse mundo, quer fosse desse lado do véu como na morte.
É muito difícil, para esses seres, testemunhar com palavras, e mesmo com Vibrações, o que é a Verdade para além da Ilusão porque, assim que uma palavra é posta sobre a experiência vivida, real, da Consciência há, já, uma falsificação pela própria linguagem do que é vivido.
A Luz da experiência Unitária não pode ser, em caso algum, comparável com a luz que vocês veem com seus olhos ou com seu terceiro olho.
Ela não tem, estritamente, a mesma composição.
Ela não tem, estritamente, os mesmos efeitos.
Ela não tem, estritamente, os mesmos limites que a luz, tal como vocês a descrevem, analisam nesse mundo, como na Ilusão do outro lado do véu, quando morrem.
É por isso que, desde o início, no que nós lhes demos, a palavra que foi escolhida pelos Anciões e pelos Arcanjos foi a palavra Luz Vibral, para, efetivamente, diferenciá-la da luz ilusória desse mundo, seja desse lado do véu como do lado da morte.
Hoje, devido à ativação de alguns potenciais de Consciência (ainda limitados em relação ao que vai desenvolver-se e revelar-se), vocês são cada vez mais numerosos a percorrer espaços etéreos novos, nos quais a visão do sol não é mais, de modo algum, a mesma, nos quais a visão do que seus olhos podem ver de olhos abertos não é mais, de modo algum, a mesma.
Há, de fato (como lhes disse o Bem Amado Sri Aurobindo), uma Efusão de Luz Vibral nesse mundo, uma Fusão dos Éteres, traduzindo-se pelo aparecimento da Luz Branca, que alguns olhos começam a ver, dado que a matriz, desse lado do véu, desta vez (aí, onde vocês estão presos), está dissolvendo-se inteiramente sob seus olhos.
É isso que é chamada a Ascensão.
É isso que poderia chamar-se, de outra maneira, a etereação do planeta e a etereação da Consciência, permitindo a ela reencontrar, de algum modo, sua Autonomia, sua Liberdade e, portanto, vogar para o Desconhecido.
As armadilhas são numerosas nesse caminho, a tal ponto que isso pode ser chamado o fogo do ego e foi, aliás, assim chamado por nosso Comandante.
Alguns seres, de fato, captaram essa Luz Vibral, nos momentos de descida e, de algum modo, prenderam-na e confinaram-na em seu próprio ego, tentando (como o fizeram as religiões, aliás) traduzir essa Luz e dela apropriar-se mesmo na personalidade, tendo feito Sri Aurobindo dizer (quando ele foi São João) que haveria muitos chamados, poucos escolhidos, que esses chamados seriam marcados na fronte, enquanto os escolhidos seriam marcados no Coração.
O fogo do ego vai traduzir-se por uma apropriação da Luz e uma reivindicação do ego para ser, de algum modo, um servidor da Luz.
Vocês não podem servir à Luz, uma vez que vocês são a Luz.
Assim, pretender servir à Luz ou a um papel, qualquer que seja, os conduz, inevitavelmente, a distanciarem-se da Luz Vibral que vocês receberam.
Essa é a armadilha magnífica do ego, que ocorre nesses tempos finais nos quais, por medo, o ego, o mental ou o emocional, vão apropriar-se da Luz, dela fazendo algo que vai permitir certa forma de continuidade da consciência limitada, com um pouco mais de Luz.
O que se desvenda (através do choque da humanidade e da revelação da Luz) não pode, em caso algum, ser compatível com um prosseguimento qualquer da personalidade, de um papel, de uma função, do mental, do ego, do emocional.
É uma mudança total de vida, chamada a Ressurreição, ou o Renascimento, que nada mais tem a ver com qualquer condicionamento religioso, social, econômico, político, afetivo e mesmo nos papeis que vocês desempenham num casal ou numa família.
A Liberdade não pode obscurecer-se de qualquer laço.
A Liberdade não pode obscurecer-se de qualquer história, fosse ela a mais prestigiosa desse mundo que vocês tenham vivido numa vida passada.
Vocês devem, portanto, liberar-se, inteiramente, e preparar-se para liberar-se de toda identificação ao que quer que seja que exista no conhecido.
Sem isso, vocês não poderão ir com facilidade ao desconhecido.
Isso foi chamado, pelo Arcanjo Anael, o Abandono à Luz, que lhes é, hoje, solicitado concretizar inteiramente.
Esse Abandono à Luz, compreendam, efetivamente, que não se trata de fugir de sua própria vida, que não é necessário fugir de tal trabalho ou de tal pessoa, mas que vocês devem, ao contrário, tornar-se cada vez mais conscientes desse Desconhecido, ao mesmo tempo mantendo esse corpo no conhecido.
A Luz Vibral, que depositou-se em vocês, nas diferentes Coroas, permitiu facilitar, de algum modo, essa Passagem do conhecido ao Desconhecido que, no momento, eu lhes esclareço, não lhes éainda conhecido e não lhes é ainda acessível inteiramente, exceto para alguns seres.
Entretanto, essa preparação permitiu (para aqueles que a aceitaram), despojar-se de certo número de condicionamentos, esses condicionamentos que são, antes de tudo, as crenças, quaisquer que sejam (as crenças de que seus filhos sejam seus filhos; as crenças de que sua profissão é sua vida; as crenças entre o que vocês aderem como país, como cultura e a Verdade).
Não existe qualquer verdade nesse mundo, e não pode, portanto, existir qualquer verdade em tudo o que vocês conhecem desse mundo que é, eu repito, um sonho ou uma Ilusão, Maya.
Essa não é uma visão do espírito, mas, efetivamente, a Verdade final que vocês terão que enfrentar e viver.
Assim, portanto, vocês não podem manter qualquer angústia concernente a esse corpo (que é, ele também, uma Ilusão), no entanto, no qual se realiza o Desconhecido pela Luz Vibral, mas vocês devem desincrustar-se, literalmente, de todo condicionamento e de todo apego.
Sem isso, vocês não poderão penetrar o Desconhecido.
Isso parece extremamente simples, mas a armadilha a mais importante situar-se-á, sempre, ao nível de seu ego que tentará, de um modo ou de outro (enquanto vocês não tenham vivido sua própria Ressurreição, enquanto vocês não tenham passado a Porta da Crucificação correspondente à revelação da Luz, tal como deve realizar-se), vocês não podem estar seguros, inteiramente, de penetrar o Desconhecido.
Penetrar o Desconhecido necessita soltar, inteiramente, no que é conhecido, esse conhecido sendo tanto seu próprio corpo, suas próprias concepções, mas, também, sua própria história, uma vez que a história (nesse próprio mundo) é uma Ilusão, mesmo se isso possa acontecer nos tempos antigos ou presentes, mesmo se isso possa refletir certa forma de realidade observável, ainda (através de dados arqueológicos ou outro), elas pertencem, de maneira irremediável, à Ilusão desse mundo.
É disso que vocês devem, hoje, extrair-se, inteiramente, a fim (nós o esperamos, para a maior parte de vocês) de juntar-se às esferas da Liberdade, do Desconhecidom ou seja, da 3a. Dimensão e percorrer, em total Liberdade, os estados multidimensionais ou os estados de densidade diferentes do seu.
A armadilha do ego é, sempre, limitar, lembrem-se disso.
Ele vai limitá-los querendo apropriar-se, enquanto vocês não são os Servidores da Luz, mas os Ancoradores da Luz, e que é na condição de tornar-se, inteiramente, transparentes (ou seja, que não retenham nada da Luz) que vocês se tornam, vocês mesmos, Luz.
Mas, tornar-se Luz quer dizer não mais existir como pessoa localizada nesse tempo, nesse espaço, nessa idade, nessa vida.
Vocês não são essa vida que vocês vivem.
Enquanto vocês têm a esperança, ou enquanto seu ego acariciar a esperança de servir-se da Luz para transformar algo dessa vida, ele, verdadeiramente, não compreendeu grande coisa do que é esse acesso ao Desconhecido, qualquer que seja a Luz Vibral que vocês vivam numa de suas Coroas Radiantes.
A única Porta (como lhes foi dito) é o Coração, e continuará o Coração e, quando eu falo do Coração, eu não falo de boas ações, eu falo, simplesmente, do estabelecimento da Coroa Radiante do Coração, da Vibração do Coração, do acesso consciente à Unidade e ao Samadhi, tal como o realizaram seres cada vez mais numerosos sobre esta Terra, e tal como o realizaram exemplos nas diferentes correntes tradicionais e culturais desse mundo em encarnação.
A Liberdade e a Autonomia necessitam do abandonar-se e do lançar-se, de algum modo, no Desconhecido.
Isso necessita transcender todos os apegos, todos os medos e, sobretudo, eu esclareço, todo apego ao seu ego e, é claro, é nessa Ilusão mesmo que deve realizar-se essa Passagem, e não num qualquer além situado do outro lado do véu, chamado a morte.
Vocês devem, portanto, enfrentar e viver o que vem de maneira lúcida e consciente, desprendendo-se cada vez mais de sua história e de sua própria pessoa.
Enquanto existe um resto de identificação a um papel, a uma função ou a uma pessoa, vocês não podem penetrar os estados multidimensionais do Ser ou chamados, também, estados múltiplos do Ser.
Os estados múltiplos do Ser são ligados à Consciência Livre.
Vocês não podem, jamais, experimentar isso, enquanto estão condicionados, por vocês mesmos ou por um sistema exterior, qualquer que seja.
O choque da humanidade corresponde à revelação total da Luz e à revelação dessa Luz em suas estruturas, aqui mesmo, ilusórias.
De fato, o que se revela é seu Espírito, sua Consciência Ilimitada e a Consciência, é claro, Ilimitada da Terra, fazendo com que ela mesma (efetuando esse salto quântico) esteja desagregando e dissolvendo tudo o que pertence ao domínio da Ilusão, da compressão, da falsificação.
A Terra vai, portanto, reverter-se, assim como vocês; reverter-se em todos os sentidos do termo (fisicamente, geograficamente), do mesmo modo que sua Consciência, em definitivo, vive sua última Reversão, seu último Cruzamento, ligado ao último cruzamento da cabeça, revelando-se, doravante, no corpo (tal como eu darei, disso, alguns elementos), que lhes permitirá levar a efeito (se vocês aceitam soltar todo o conhecido) sua transformação final e seu acesso ao seu status de borboleta ou de Semente de Estrelas realizada.
Mas, eu repito: vocês não poderão, de maneira alguma, manter o que vocês creem ser hoje e o que vocês serão amanhã, que vocês ainda não conhecem.
É ou um ou o outro.
Cabe-lhes, portanto, a partir de hoje, colocarem-se as boas questões:
O que vocês querem viver?
Se vocês querem viver, ainda uma vez, numa estrutura carbonada, com um pouco mais de Luz, ser-lhes-á feito, exatamente, segundo sua Vibração.
Mas vocês não poderão pretender a Luz, ao mesmo tempo permanecendo nesse corpo carbonado.
Assim, portanto, vocês deverão escolher entre a Vibração Ilimitada e a Vibração limitada.
Essa escolha, eu repito, não é uma escolha da consciência, porque, obviamente, o ego vai sempre dizer que ele escolhe a Luz, mas na condição de que ele subsista e permaneça no mesmo estado.
Ora, o estado que vem nada tem a ver com o estado do ego.
O ego é uma ilusão criada para a Ilusão desse mundo, que não tem qualquer substrato nos Mundos Unificados.
Nos Mundos Unificados, vocês não são uma pessoa.
Obviamente, existe ainda uma individualidade, mas essa individualidade não se exprime através de uma pessoa ou de um corpo limitado, mas, efetivamente, como uma Consciência totalmente liberada de todo entrave, que isso seja a possibilidade de viajar nas diferentes densidades temporais, nos diferentes multiversos, nas diferentes Dimensões, desde a Fonte até a orla dos mundos carbonados.
Aí está, portanto, o que vocês têm a integrar.
Aí está, portanto, o que vocês têm a revelar como desafio.
Aí está, portanto, a questão essencial que sua Consciência deve colocar-se, mesmo na limitação: vocês querem continuar um ego ou querem tornar-se, inteiramente, livres?
Não há alternativa.
O ego não pode, jamais, tornar-se livre.
Compreendam, efetivamente, e apreendam bem isso: o ego será sempre confinador e limitante num papel, num corpo limitado, num tempo limitado.
O Espírito é totalmente livre de tudo isso.
Simplesmente, sua consciência está, ainda, em grande parte, submissa a essa Ilusão.
A preparação Vibratória (que, eu espero, inúmeros de vocês vivem) é destinada a fazê-los passar mais ou menos facilmente, segundo sua Vibração, nesses espaços unificados.
Alguns de vocês começam a perceber esses espaços Unificados, ou como uma espécie de dilatação da Consciência, não estando mais consciente dela mesma nesse corpo (mecanismo aproximando-se da obliteração da Consciência), levando ao que é chamado o quarto Estado da Consciência ou Turiya (estado Unitário) ou, ainda, pela percepção (de maneira lúcida e consciente), diretamente, dos Éteres Unificados, traduzindo-se, por exemplo, pela Visão do Sol Azul ou, ainda, traduzindo-se pela Visão do desaparecimento de seu ambiente, com os olhos abertos.
É assim que se produzirá, efetivamente, a Passagem do conhecido ao Desconhecido.
É preciso, portanto, agora, no fundo de vocês, colocar-se a questão e ver, com Verdade, onde vocês estão nisso.
A revelação da própria Luz (tal como deve intervir) permitir-lhes-á ver claramente, inteiramente. O que quer dizer que, ainda uma vez e, também num grau ainda mais importante, vocês não poderão mais trapacear com seu ego.
Ou vocês aceitarão seu ego, ou vocês o rejeitarão (mas vocês o rejeitarão, integrando-o), mas vocês não poderão mais manter a Consciência nos dois.
Isso se tornará cada vez mais evidente para cada um de vocês que percorre os caminhos da Luz Vibral: vocês se tornarão o Ilimitado, ou vocês continuarão limitados.
E vocês penetrarão, cada vez mais, nas esferas do Ilimitado, ou vocês penetrarão, cada vez mais, nas esferas da limitação, qualquer que seja a vivência da Coroa Radiante da Cabeça.
Lembrem-se de que a Porta de saída é, e continuará, sempre, o Coração, através de sua Vibração da Luz Vibral, quaisquer que sejam as sete etapas existentes.
Assim, portanto, a Liberdade e a Autonomia são sua Essência, são nossa Essência e nossa natureza.
Cabe-lhes, portanto, aderir, não como se adere a uma religião ou a uma crença, mas a adesão poderá ser feita apenas pela própria vivência desse acesso ao Desconhecido.
É para isso que vocês são prometidos nas semanas que se abrem a vocês, diante de vocês e que vão colocá-los no desafio de passar a esse Desconhecido, inteiramente.
É claro, lembrem-se de que o ponto de vista da limitação será o oposto, e estritamente o oposto do ponto de vista da Ilimitação.
A lagarta vai chamar a tudo o que vai desenrolar-se (e desenrola-se, já, sobre a Terra) uma destruição total da vida, porque ela percebe a vida apenas através do filtro da Ilusão.
A borboleta, ao contrário, vai chamar a todas essas modificações da própria Luz e da densidade, uma liberação e a verdadeira Vida, ou seja, a Ressurreição, ou o Renascimento.
Respeitem o ponto de vista da lagarta.
Respeitem o ponto de vista da borboleta.
É a vocês que cabe determinar-se, descondicionar-se, sendo ou uma, ou a outra e, cada vez mais, vocês se tornarão ou uma, ou a outra, em Consciência e em toda lucidez.
Vocês não poderão mais trapacear com o conhecido e com o Desconhecido.
Vocês se tornarão ou o Desconhecido, ou o conhecido.
Tornando-se o Desconhecido, vocês penetrarão, cada vez mais, as esferas da Existência (e sua própria dissolução dessa Dimensão nas esferas da Existência), em seus veículos multidimensionais, para além dos papeis da personalidade, para além de qualquer função e de qualquer identificação a uma função na Ilusão.
Cristo havia dito: «Ninguém pode me conhecer se não nasce novamente».
Esse Renascimento não é uma reencarnação, mas, verdadeiramente, uma ressurreição nos Domínios do Espírito.
O Domínio do Espírito é-lhes estritamente desconhecido na encarnação.
Podem ser apenas projeções, projeções de construção mental, imaginando, supondo, segundo o que lhes é conhecido, o que seja o desconhecido, o além do além.
Todas as construções ligadas ao conhecimento dito esotérico são apenas suposições que não têm qualquer realidade e qualquer verdade quando vocês penetram a Unidade, se é que vocês a penetram.
Vocês devem, portanto, rejeitar toda forma de conhecimento exterior, aí também, toda forma de esoterismo, toda forma de espiritualidade para penetrar, diretamente, na vivência do Espírito (quer dizer não mais estar na aplicação de uma espiritualidade vinda do conhecido), mas penetrar, diretamente, o Espírito de Verdade, ou seja, o que vocês são na Luz.
Aí estão alguns elementos de interrogação que eu desejava dar-lhes, que verão, é claro, amplos desenvolvimentos da própria Consciência quando da revelação da Luz, da qual participarei ao nível humano, na vivência da própria Consciência.
É claro, se existem em vocês, hoje, na sequência, interrogações, e se tenho tempo, gostaria de tentar dar mais elementos que lhes permitam ir para esse Desconhecido.
Mas lembrem-se de que nenhuma palavra pode traduzi-lo e de que apenas vocês podem ali ir.
Ninguém pode fazê-lo em seu lugar.
Questão: o Desconhecido é conhecido por nós, enquanto Sementes de Estrelas?
Meu Irmão, o que você percebe ao nível Vibral (na Vibração das Estrelas, por exemplo), na ativação de alguns potenciais ligados aos chacras essenciais (chamados, nesse caso, Coroas Radiantes), quer seja ao nível do Sacrum, do Kundalini (chamado o Canal do Éter), quer seja ao nível do Coração ou da Cabeça, dá-lhe um pequeno vislumbre do que é o Desconhecido.
É a penetração do Desconhecido no conhecido que, justamente, permite fazer a ponte, e é uma ponte que se chama o Antakarana, que permite, portanto, religar e reunificar o Espírito.
Assim, portanto, sem conhecer a Existência, há, para o ser humano (e já desde extremamente longo tempo, bem antes desse período de trinta anos), a possibilidade de penetrar estados de felicidade total, chamada Sat Chit Ananda, como o descreveram numerosos seres que atingiram esse estado.
Assim, o estado atingido, mesmo nesse corpo egoico presente nesse mundo, permite dissolver, inteiramente, o ego, e coloca-lo ao serviço do próprio Espírito, se o Espírito não possa ser vivido inteiramente.
Isso muda, devido mesmo ao desaparecimento da matriz astral coletiva, à dissolução da Ilusão, programada desde muito tempo (e realizando-se desde trinta anos, como eu disse) e, sobretudo, desde os Casamentos Celestes.
Assim, portanto, o Desconhecido é-lhe conhecido através, simplesmente, da Luz Vibral, que vem modificar (se você a aceita) comportamentos mesmo procedentes de seu próprio ego, de sua própria pessoa, fazendo (como foi dito) com que o conjunto do que pertence a esse corpo egoico (ou seja, o corpo de desejo e o conjunto de desejos) desapareça, progressivamente, de seu campo de Consciência e de seu campo de interesse.
Enquanto existe um desejo, qualquer que seja (quer ele seja de reconhecimento como pessoa, quer ele seja de continuar como pessoa), enquanto existe um desejo de reconhecimento como ser espiritual na matriz, vocês não podem tocar, inteiramente, o Desconhecido porque, naquele momento, o ego apropria-se da Luz.
O melhor modo de liberar-se dessas armadilhas, inteiramente, será realizado pela revelação da Luz.
Mas, agora e já, alguns de vocês tiveram acesso, ou à Existência, ou às manifestações diretamente religadas às novas funções espirituais, chamadas os Novos Corpos (que são apenas uma das partes da revelação da Luz Vibral), permitindo-lhes, no momento vindo, dar um passo decisivo e irreversível, para ir ao Desconhecido, inteiramente.
A problemática principal do ego é que ele tenta, sempre, apropriar-se do que é vivido na Consciência Unitária para fazê-lo dele.
É preciso estar lúcido e perfeitamente consciente de que o fogo do ego não será, jamais, o Fogo do Coração.
O fogo do ego é um fogo que vai reivindicar: «eu, eu, eu sou isso, eu faço isso», enquanto o Fogo do Coração sabe, pertinentemente, que ele nada faz.
Enquanto existe a mínima reivindicação, mesmo da Luz, há, é claro, persistência do ego.
Questão: eu vivi um toque de Eternidade em minha individualidade. É uma Ilusão?
Meu Irmão, eu posso responder-lhe o seguinte: aquele que vive, ainda que apenas de modo fragmentário, a dissolução da Ilusão e do ego, não pode colocar-se a questão da Ilusão do que é vivido.
Somente o ego vai fazê-lo crer que era uma ilusão.
Aquele que se instala, de maneira mais ou menos constante, em sua Unidade, não pode, em caso algum, ser vítima de qualquer ilusão porque, naquele momento, os fatores do ego nesse mundo tendem a apagar-se diante da majestade da Unidade.
Assim, portanto, não pode haver qualquer dúvida sobre o que é vivido no Fogo do Coração.
Quem questiona será sempre o ego, mas o ego, nesse caso, apaga-se e apagar-se-á, cada vez mais, diante do Ilimitado.
Assim, portanto, enquanto você me faz, ou, enquanto você se faz a pergunta da realidade do que foi vivido, isso traduz, simplesmente, ainda, no momento, a superioridade do ego, porque é o ego que duvida, e jamais a Unidade.
Compreendam, efetivamente, que não há oposição (ainda que isso possa aparecer-lhes assim, e é normal, quando a consciência situa-se na limitação). Essa oposição aparente entre o que é limitado, conhecido, e o Ilimitado, Desconhecido, é apenas uma aparência muito relativa que tem, justamente, o confinamento no ego.
A partir do instante em que o Coração, de uma maneira ou de outra, penetra no Fogo do Coração, o fogo do ego desaparece (porque, aí, é um vaso comunicante).
Essa Passagem do ego ao Coração corresponde à Porta Estreita da Crucificação e da Ressurreição, num segundo tempo.
Há, é claro, no momento da Passagem em si mesmo, uma dúvida final ilustrada, também, de maneira simbólica, pelo Cristo na Cruz.
É o momento em que é preciso abandonar-se, inteiramente, à Luz.
É o momento em que a própria Consciência vai compreender que ela não tem papel algum em relação à Luz, a não ser tornar-se essa Luz, e tornar-se a Luz apenas é possível se há parada de tudo o que é da ordem emocional, mental, de apego, de crença, sem exceção, ao mesmo tempo mantendo, de momento, esse corpo aqui.
Existem testemunhos desse acesso ao Ilimitado ou ao Desconhecido.
Eles são testemunhos indiretos, mas, entretanto, a prova formal do que é vivido.
São as Doze Estrelas, antes de tudo.
São as Coroas Radiantes: aquela da Cabeça, aquela do Coração e aquela do Sacrum.
É o único meio que existe, eu diria, racionalmente, de saber que vocês vivem essa transformação.
Todo o resto é apenas ilusão.
A reminiscência de suas vidas passadas, o acesso às suas vidas passadas, a reivindicação de um papel nesse mundo, como líder ou como ser desperto, é uma armadilha importante do ego porque, como havia dito em sua vida o Mestre Philippe, é sendo nada aqui, absolutamente nada, que vocês são tudo em outro lugar.
Mas, se vocês são algo aqui, como podem ser algo e tudo em outro lugar?
É impossível.
Em outros termos (e espero que essas algumas palavras falem a vocês), enquanto vocês creem possuir a Luz, é o ego que os possui.
A Luz os possuirá e os liberará, a partir do instante em que vocês nada mais forem aqui.
Em outras palavras (e em sua terminologia Ocidental), isso se chama a humildade e a simplicidade.
Isso não é uma vã palavra.
Não é um vão conceito, mas é a estrita verdade.
Compreendam, efetivamente, também, que, quando eu falo do corpo de desejo, o conjunto de desejos não deve ser contrariado porque, se vocês se opõem aos seus próprios desejos, vocês os reforçarão, inevitavelmente.
Mas os desejos são, realmente, transmutados. Não por sua vontade, mas pela própria Luz, que põe fim a todos os desejos ilusórios, sem exceção, em graus diversos para cada um, em função de sua progressão para o Desconhecido.
Questão: como encontrar a causa da defasagem causada pelo fato de não estar na Alegria, ao mesmo tempo vivendo o Fogo do Coração?
Procurar a causa não quer dizer encontrar uma explicação.
A ignição ou a ativação do que é chamado o Fogo do Coração corresponde, em verdade, à ativação conjunta do que vocês chamam o 8º e o 9º Corpos (ponto OD e ponto ER), traduzindo-se pela ignição da Coroa Radiante do Coração, passando-se (como já lhes foi detalhado) em sete etapas.
A primeira etapa não é, necessariamente, na Alegria.
Ela corresponde às primícias dessa abertura e traduz-se, frequentemente, por percepções de compressão e de dores que ocorrem na região do coração ou em torno da região do coração ou acima.
O ego está ainda presente naquele momento.
A Porta Estreita, a Passagem real, total e definitiva, do ego ao Coração faz-se quando o ego é dissolvido.
É naquele momento que a Alegria pode instalar-se de maneira definitiva.
Quando eu digo definitiva, isso não quer dizer que será permanente.
Alguns seres foram capazes de manifestar essa permanência durante tempos muito longos.
O melhor exemplo que daria é a vida de Ma Ananda Moyi.
Mas alguns seres manifestaram esse estado de Alegria em alguns determinados momentos da vida, ao mesmo tempo podendo manifestar, também, cóleras, quando eles voltavam a descer à personalidade, porque a Porta Estreita não estava ainda fechada.
Ela estava entreaberta, permitindo passar do ego ao Coração e do Coração ao ego.
É essa Porta que, quando da revelação da Luz, vai voltar a fechar inteiramente, traduzindo, portanto, a separação final da Consciência, entre aqueles que vivem a Consciência do Desconhecido (e ali penetram em plena Consciência e em plena lucidez) e aqueles que continuarão na consciência limitada, contudo, deixando os mundos da separação e da Ilusão.
Assim, para responder de outra maneira a essa questão, se existe uma percepção, mesmo nas primeiras etapas, do Fogo do Coração, e se a Alegria não está presente, é que o ego está em luta contra o Coração.
A esfera da Unidade, vivida no Samadhi, na Consciência Unificada (estado de Turiya, Sat Chit Ananda) propicia uma espécie de distanciamento e não uma indiferença a todos os jogos existentes na matriz, porque vocês não estão mais identificados à sua pessoa, vocês não estão mais identificados a um papel, vocês não estão mais identificados a uma função, nem a qualquer ilusão presente nesse mundo, e isso propicia um estado de Alegria.
A Alegria é a própria Essência do Espírito.
O medo é a própria essência do ego.
Questão: como fazer, então, para diminuir essa defasagem?
Abandonar-se à Luz.
Não há outra possibilidade.
Enquanto vocês não se dão à Luz, vocês não podem penetrar o Espírito.
Enquanto vocês mantêm uma ilusão de pessoa, através mesmo de sofrimentos passados, realmente vividos, vocês estão no passado, vocês não estão no Aqui e Agora.
Se vocês estivessem inteiramente no Aqui e Agora, seu Coração estaria saturado de Alegria, do mesmo modo que Ma Ananda Moyi ou outros.
Assim, portanto, nada há a fazer, porque o fazer situar-se-á, sempre, ao nível do ego.
Agora, cada vez mais, há apenas a Ser.
E Ser encontra-se apenas no Espírito, no Aqui e Agora, não por constrangimento do ego, mas pelo abandono do ego em proveito da Luz.
Isso é muito complexo, o que eu digo, para perceber pelo ego porque, justamente, é o ego que escuta.
Mas aquele que vive, ainda que apenas em parte, o Ilimitado, compreenderá facilmente, uma vez que ele vive o que eu digo.
A Alegria apenas pode existir quando o medo está ausente.
Todo medo, qualquer que seja, é um condicionamento do ego e, portanto, um não Abandono à Luz.
Enquanto vocês creem que dirigem, dominam, controlam a Luz, vocês não são a Luz, uma vez que, obviamente, vocês estão na distância em relação ao que vocês consideram como exterior.
Vocês permanecem no conhecido e, portanto, na limitação e, portanto, no sofrimento e, portanto, no medo.
Em outros termos, o medo ligado ao ego gostaria de desaparecer, incorporando a Luz no medo ou nas Sombras.
Isso é impossível.
A Luz deve tomar todo o lugar, expulsando todas as partes reptilianas de seu cérebro.
Questão: como fazer, no quotidiano, para ir para o Abandono à Luz?
Quem não consegue, se não é o ego?
E o ego não conseguirá, jamais.
O Abandono à Luz não é uma vontade.
Não é um fazer, tampouco.
Não é um trabalho em suas próprias Sombras, ainda que a Luz ilumine as Sombras.
É a aceitação, pura e simples, da Luz.
Há, simplesmente, sofrimento e afastamento da Luz pela adesão ao que você é, em verdade ou, em todo caso, ao que você crê ser em verdade, ou seja, esse corpo, essa presença nesse corpo que é, de fato, apenas uma projeção de seu próprio espírito na Ilusão na qual você foi presa.
É preciso, já, aceitar esse conceito.
A partir do instante em que você aceita, inteiramente, esse conceito, você já toma certa forma de distância em relação ao que é chamada sua própria personalidade.
Essa tomada de distância em relação à personalidade é já uma primeira etapa para a crucificação da personalidade, que não vai desaparecer.
A Passagem ao Coração faz, simplesmente, com que aquele que conduz o veículo não é mais a personalidade, mas o Espírito.
Mas o ego gostaria de apropriar-se do Espírito.
É, aliás, por isso que ele criou regras do Espírito nesse mundo, chamado livre arbítrio, que absolutamente não existe na Graça.
Questão: um sentimento de paz profunda é o que você chamava, há pouco, o Desconhecido?
Não.
Isso são as primícias.
O Desconhecido libera-os, inteiramente, do jogo do ego, e isso vocês não podem ignorar, quando o vivem, porque é uma mudança radical de percepção, de concepções, mas, é claro, antes de tudo, de Consciência.
Tudo o que é vivido na matriz pode aproximá-los, pela Luz Vibral, desse estado de que falo.
Mas não pode ser referenciado como experiência pertencente a esse mundo.
Vocês estão sobre esse mundo, mas vocês não são desse mundo.
O Reino dos Céus é inexistente sobre a Terra, dado que esta Terra é uma projeção que foi privada do Espírito.
Portanto, vocês não podem pretender encontrar o Espírito, inteiramente, nesse mundo, mas, sobre esse mundo.
Nesse sentido, a Luz Vibral vem liberá-los.
Questão: você pode ajudar-nos, justamente, a superar esse ego e esse mental?
Se excluídas minhas palavras concernentes à Consciência pura, o conjunto do Yoga da Unidade, da Verdade (que lhes foi comunicado por Um Amigo) e o conjunto dos Casamentos Celestes, concorrem, de maneira formal, a fazê-los fazer esse caminho, cada um ao seu ritmo, mas, apreendam, efetivamente, que o que chega agora é a revelação da Luz e que a revelação da Luz em si mesma vai fazer-se na totalidade, para todo ser vivo, quer ele queira ou não, quer ele aceite ou não.
Portanto, não há preocupação a ter-se para o desaparecimento do mental.
Simplesmente, as circunstâncias do desaparecimento dele serão profundamente diferentes, segundo sua capacidade para dele extrair-se ou para manter o que eu chamei o fogo do ego ou os jogos do ego.
Progressivamente e à medida que vocês penetrarem a Luz Vibral, ou, antes, mais exatamente, progressivamente e à medida que a Luz Vibral penetra-os, sua Consciência vive acessos temporários a estados de Samadhi.
É nesse estado de Samadhi que vocês tomam consciência da Verdade da assertiva de que esse mundo é Ilusão, não antes.
Se não, é apenas uma crença, aí também, mental.
Vocês podem viver apenas a experiência da Ilusão e a experiência do Desconhecido, e isso não é função de um fazer do ego, bem ao contrário.
É nesse sentido que a Luz Vibral tem por vocação primeira, quando de suas primeiras revelações (anteriores à revelação da Luz agora), de levá-los a viver a proximidade dessa Passagem que é, de algum modo, a última Porta.
É o lugar em que vocês se despojam de todas as suas ilusões, de todas as suas pretensões, inteiramente.
De algum modo, vocês se despojam de si mesmos.
Vocês aceitam, ou não, nada mais ser, para poder ser tudo.
Não temos mais perguntas, agradecemos.
Caríssimas Irmãs e caríssimos Irmãos, eu lhes transmito toda a Graça que é possível transmitir-lhes através do corpo onde estou.
Eu lhes digo até muito em breve para prosseguir, de maneira, eu espero, mais explícita, as diferentes Passagens que se produzem quando dessa última Passagem do conhecido ao Desconhecido, da revelação da Consciência Ilimitada, Sat Chit Ananda.
Saudações e Bênçãos.
Áudio da Mensagem em Francês
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Áudio da Mensagem em Português
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Mensagem do IRMÃO K,
pelo site Autres Dimensions
em 03 de julho de 2011
Rendo Graças às fontes deste texto:
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Tradução: Célia G.
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