terça-feira, 26 de outubro de 2010

A EXPERIÊNCIA DO ABANDONO À LUZ - HILDEGARDE DE BINGEN – 25-10-2010 - COM ÁUDIO

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HILDEGARDE DE BINGEN
25/10/2010
 
 
 
 
A EXPERIÊNCIA DO
ABANDONO À LUZ
 
 
De meu Espírito a seu Espírito, de seu Espírito a meu Espírito,
Irmãos e Irmãs em Espírito e na humanidade, eu sou Hildegarde.

Eu venho para vocês, em Espírito de Verdade, para falar do caminho de meu Espírito que será o caminho de seu Espírito.

Permitam-me voltar sobre minha experiência e minha vida na densidade Dimensional na qual vocês estão hoje.

Muito jovem, eu vivi a Luz do Espírito.

Eu escapei, como alguns de vocês o fazem hoje, a esta densidade.

Eu me reencontrei, muito jovem, aliás, nos mundos que me foram, frequentemente, impossíveis de descrever com as palavras.

Eu vivi, sozinha, o que ninguém podia me explicar, que nenhuma história humana ou nenhuma experiência humana havia consignado.

O que eu vivi naquela época não podia de forma alguma se explicar, nem mesmo ser reportado de outro modo que no interior do que, naquela época, pareceu-me o mais próprio a estar, no mínimo em adequação, no ideal do que eu tinha vivido.

Do exterior, o lugar onde eu fui, onde eu vivi, foi chamado de arrebatamento, êxtase, ausência, ou mesmo epilepsia, por alguns médicos, ou possessão.

O que eram essas palavras com relação ao que minha Consciência estava imersa?

É claro, a tradução foi esta soma de conhecimentos musicais, da natureza, dos mundos invisíveis, que eu passei toda minha vida a consignar.

Eu não estou aqui para falar disso, porque isso é acessível.

Eu vim, antes, testemunhar, por minha Presença, pela própria Vibração de minha Presença e, sobretudo, tentando colocar em forma com vocês, o processo, além das palavras, que eu vivi então.

Em um momento preciso de minha vida, em que mais nada parecia possível, eu decidi me abandonar, de algum modo morrer e, para isso, eu mergulhei em mim mesma, não num fluxo de pensamentos, nem numa qualquer tristeza, mas foi então um mergulho em mim mesma – eu não encontrei melhor expressão – como se eu diminuísse.

Eu acompanhei essa diminuição porque esperava que, no final dessa diminuição, eu desapareceria desse mundo.

Eu parecia concentrar minha Consciência sobre um ponto.

Eu queria me fundir nesse ponto para que esse ponto desaparecesse, ou seja, que eu tivesse mais existência para sair, mesmo, desse mundo.

Nesse processo de diminuição, não havia qualquer angústia, simplesmente a certeza de desaparecer, inteiramente, a certeza de não mais existir.

Esse ponto, eu havia primeiro imaginado atrás de meus olhos, mas o ponto permanecia sempre.

Então, ao final de um tempo que eu não posso determinar, eu decidi desaparecer por outro ponto, eis que aquele não queria desaparecer.

Então, eu decidi que seria no meio de meu peito que talvez eu pudesse desaparecer.

Eu observei, primeiro, que esse ponto pulsava e que minha Consciência pulsava segundo o modo pelo qual eu respirava; então, eu decidi também não mais respirar.

E, de um golpe, de um único, eu perdi a consciência desse ponto e desse corpo e mesmo desta respiração.

E aí, efetivamente, de um golpe, eu não existia mais.

No momento mesmo em que tive a impressão de que tudo desaparecia, eu me encontrei em outro lugar, num estado em que não havia mais a menor possibilidade de se agarrar ao que quer que fosse.

Não havia mais respiração, mais corpo e, no entanto, isso não era o nada porque, pouco a pouco, em me fundi em algo que nenhuma palavra pode traduzir.

Minha Consciência se tornava o que eu queria.

É claro, o que me atraiu mais, num primeiro tempo, foram os sons que eu não podia localizar (eu não era mais esse corpo, eu não estava mais em parte alguma) e, focalizando-me nesse som, eu me tornei esse som.

O som se modula e depois eu me tornei esta modulação.

Esta modulação tornou-se uma cor, inexistente de onde eu vinha, e eu me tornei esta cor.

As formas que eu podia adivinhar e não ver, que eu podia também me tornar, frequentemente os triângulos.

Eu me apercebi então que eu podia me tornar, literalmente, tudo o que estava lá.

Muito rapidamente, então, eu me disse: «eu, que não queria mais existir, eis que eu existo no Todo».

Então, naquele momento, eu emiti o que chamaria de um pensamento, mas, antes, uma tensão que, para mim, na realidade que eu acabava de deixar, evocava a perfeição.

Eu me coloquei a evocar uma tensão para o sol e, depois, para o Cristo, ao mesmo tempo.

E aí ocorreu o que eu poderia chamar, em palavras humanas, uma detonação, uma explosão.

Eu me tornei então o sol e eu penetrei então algo que não era eu, eu tinha a convicção, mas que eu me tornei instantaneamente.

Quando eu digo que eu me tornei, não era mais eu, mas eu era Ele em sua carne, em sua memória, em seu Espírito.

Uma experiência, uma vivência que nenhuma palavra pode traduzir.

Então eu decidi que não era realmente tudo o que eu havia me tornado, mas o que eu queria, então, era desaparecer.

E, naquele momento, eu ouvi uma palavra ecoar em seu corpo.

Essa palavra eu posso traduzir pelo «Si» e, naquele momento, instantaneamente, eu me tornei o Todo, se é que eu posso expressar essa palavra tão simplesmente.

E aí, eu passo por sensações extremamente violentas, eu as chamaria assim, ainda hoje, de uma intensidade extrema de sons, de formas, de cores, de mundos, de Consciências diferentes nas quais, literalmente, eu estava.

Naquela época, não havia ainda, em minha cabeça, a possibilidade, voltando, de encontrar o que quer que corresponda à vivência que eu acabo de expressar.

É claro, hoje, lá onde eu estou, esta experiência é conhecida, foi vivida e descrita, bem melhor do que por mim.

Naquela época, eu não procurava descrever o que era indescritível, sob pena de ser queimada, então eu decidi, em minha vida, me impregnar desta experiência que eu tinha a possibilidade de dirigir, desta vez sem querer desaparecer e traduzir isso do modo como eu tudo transcrevi.

Este estado foi descrito e a expressão a mais adequada que eu posso encontrar seria a dissolução do ego, a realização do Si e, ao mesmo tempo, a dissolução final.

Eu lhes falo disso quando de minha primeira vinda, assim, coletiva, entre vocês, para lhes dizer que toda vida criada, toda vida existente, toda Consciência existente não pode se perder ou desaparecer.

Ela pode se transformar.

Ela pode ir (chame assim, se querem) do infinitamente pequeno ao grande Todo.

É exatamente isso que se prepara.

Cada um de vocês se tornará o que criou, em sua própria Consciência.

Lembrem-se do início de minha história: eu coloquei o ponto onde eu queria me fundir e desaparecer, primeiro, muito logicamente, na cabeça.

O único lugar onde eu pude viver realmente o que eu havia projetado foi o centro de meu Coração, lá onde isso respirava, lá onde isso batia.

Eu sei que hoje vocês sabem todos, mesmo sem realizá-lo verdadeiramente, que o essencial atua ali: esse ponto central de seu Coração.

Eu lhes falei também de concentração.

A aniquilação total da consciência, nesse ponto, conduz ao Todo.

Então, um determinado Arcanjo, como Uriel, falou-lhes de reversão.

Um Melquisedeque falou de switch.

Eu, eu lhes digo que o abandono à Luz e a tensão ou concentração nesse ponto conduz ao infinito e que extrair-se do mundo que eu queria me extrair (tendo compreendido naquele momento que era uma ilusão, aí também), permitiu-me, contudo, viver, nesse ponto, esta alquimia.

A passagem do infinitamente pequeno, o fato de não ser mais nada nesse mundo conduz ao ser tudo em outro lugar.

Eu compreendi também (porque havia estudado e compreendido a vida do Cristo) o que já exprimi (e que exprimiram na sequência, é claro, inúmeras Consciências que se liberaram): de fato, vocês não podem se liberar estando apegados ao que quer que seja e, sobretudo, vocês não podem se liberar enquanto estão apegados a vocês mesmos.

Não é a negação da vida, mas é a própria compreensão e a própria vivência do que eu chamei, seguindo a Cristo, o Renascimento ou a Ressurreição, porque é exatamente a mesma coisa.

Vocês devem desaparecer inteiramente, no espaço de um instante, desta realidade, para se levar ao outro lado.

Vocês são grandemente ajudados, hoje, por tudo o que esse sistema solar e nós mesmos lhes enviamos.

Mas são apenas vocês que podem se fazer muito pequenos para não mais existir em nenhum lugar, a não ser nesse ponto e passar, então, para o Tudo.

Este abandono é verdadeiramente um abandono de tudo.

É preciso, como lhes disse o Arcanjo Anael, se dar.

É um mecanismo preciso da Consciência.

Não é uma visão do Espírito.

É, eu diria, uma tensão, mas uma tensão que não é da ordem da vontade, mas uma tensão do Espírito para ele mesmo.

O que está acontecendo nesse sistema solar para todas as consciências é exatamente a mesma coisa.

A reversão, a minha, que eu lhes expressei, será também a sua.

A experiência que eu acabo de lhes contar não é simplesmente a história de uma experiência, mas, bem mais, uma tela de que será preciso rememorar o Estado de Ser, no momento vindo, ou no momento em que vocês decidirem dar esse último passo.

A grande diferença é que, hoje, vocês fazem isso estando informados de várias maneiras de outras realidades, de outros mundos, de outras Dimensões, mas a passagem é estritamente a mesma.

Tornar-se, como o disse minha Irmã Santa Teresa, em sua vida, a menor entre todos.

Apenas fundindo-se nessa pequenez, nesta insignificância, como ela o disse, que vocês percebem o tudo.

O intelecto é exatamente o inverso enquanto ele não está aberto a esta Verdade do Coração.

Em contrapartida, eu demonstrei, voltando de minha experiência, que o acesso ao verdadeiro conhecimento, naquele momento, era instantâneo e direto no Coração.

Não era o conhecimento intelectual, nem um conhecimento que vocês chamariam hoje de esotérico ou iniciático, mas efetivamente um conhecimento direto e instantâneo situando-se no Coração, o lugar por onde eu passei.

Porque, uma vez que a passagem é realizada, tudo é possível, absolutamente tudo.

Naquele momento, vocês se tornam criadores de sua realidade, aqui como em outros lugares, porque vocês não estão limitados ao aqui.

Sua consciência investiu inteiramente neste aqui.

Assim, portanto, vocês são limitados, e vocês ainda creem, a esse corpo, a essas funções, a esta personalidade, mas, agora e já, sua Consciência é, desde sempre, multidimensional.

Nós havíamos todos, simplesmente, coletivamente, esquecido.

Fizeram-nos esquecer.

Assim, sua Consciência existe nesse corpo, nesta vida, mas ela existe, de maneira simultânea, em todos os corpos e em todas as vidas que vocês tiveram nesta matriz, não num passado, não num futuro, mas agora, do mesmo modo que vocês existem em seu corpo de Luz ou seu corpo imortal, corpo de Estado de Ser, de toda a Eternidade.

É isso que se avança, agora, para vocês.

Nesta Ilusão, vocês estão presentes por toda parte, efetivamente, ao mesmo tempo.

É isso o que vocês irão revelar.

Não é uma criação, mas, verdadeiramente, uma revelação.

É por isso que vocês só podem aceder à Consciência, chamada de pura e liberada, aceitando se extraírem, inteiramente, do que vocês creem ser.

Extrair-se não é se suprimir ou morrer, é totalmente o inverso.

Há realmente, pela Luz Vibral que desce agora em fluxos contínuos sobre esta Terra, que se desidentificarem de um papel, de uma função, para se identificarem à Verdade que não é absolutamente o que os sentidos comuns lhes sugerem.

Aliás, o silêncio dos sentidos, o silêncio das atividades exteriores é o caminho para conduzi-los para seu Ser Interior.

Aí está, Irmãos e Irmãs em Espírito e na Humanidade, o que queria compartilhar, com vocês, pela Vibração de minha Presença.

Se existe, em vocês, especificamente com relação a esse processo de Consciência, não o meu, mas também o de vocês, questionamentos, então, eu responderei.


Questão: poderia voltar a desenvolver sobre a multidimensionalidade?

Irmão em Espírito, isso é extremamente difícil porque, como eu o disse, as palavras são bem frágeis, extremamente limitadas pelo próprio cérebro, porque o cérebro não terá jamais acesso à multidimensionalidade.

O que tem acesso à multidimensionalidade é, justamente, a Consciência desembaraçada desse cérebro.

A melhor descrição é aquela que eu lhes dei, não há outras: vocês se tornam ao mesmo tempo a forma, o som, a cor, vocês se tornam todas as formas, todas as cores, todos os sons, todas as músicas, vocês se tornam a estrela, o átomo, a flor, vocês se tornam a própria Luz, o próprio Cristo.

Em resumo, vocês se tornam o que sua Consciência é.

E sua Consciência é exatamente o que ela decide.

É impossível, pelas palavras, fazê-los mesmo vislumbrar o que isso pode ser.

Alguns Arcanjos e alguns Melquisedeques ou algumas Irmãs têm a capacidade de fazê-los se aproximar, nesse corpo, deste estado, chamado de estado de Presença ou realização do Si.

É um primeiro esboço – e eu digo sim esboço – do que é a multidimensionalidade.

A melhor forma de ali chegar é, como eu disse, se desidentificar, quer dizer, tornar-se pequeno, cada vez menor, até não mais querer ser o que quer que seja, ao mesmo tempo estando totalmente na vida.

É o único modo de ali chegar.

Descrever, o que é impossível com as palavras, os estados Vibratórios da própria Consciência, não seria de qualquer ajuda, porque as palavras são bem frágeis.

Se você espera colocar isso em equações, mesmo se alguns de seus cientistas ali cheguem hoje, a equação não é a vivência, a compreensão ainda menos, a descrição ainda menos, porque apenas a Consciência pode vivê-lo e certamente não o intelecto.


Questão: você pode desenvolver o que é a Repulsão no âmbito das Estrelas de Maria?

É exatamente o que eu expressei através de minha experiência.

Esta repulsão é o que me permitiu, na experiência inicial de aniquilação de minha consciência e de minha presença nesse mundo, viver o que eu vivi.

A Repulsão a que se refere não é nem o Mal, nem o fato de estar em repulsão com relação a um elemento ou um acontecimento.

É uma transcendência da Repulsão, que eu chamei, esta tensão para a aniquilação, esta tensão do Espírito, este abandono à Luz: a doação de si.

Minha Irmã Teresa teria chamado a isso a própria negação, em Consciência, chamada a humildade extrema, sem ir, como o viveram alguns, até a flagelação ou outros (as sevícias corporais a nada servem, estritamente a nada).

É somente uma atitude da Consciência que conduz a isso.

É isso a Repulsão.

De outro lado, a Repulsão, eu poderia chamá-la de atração final, aquela em que tudo se resolve, ou seja, o retorno final à Fonte.

Voltar Si mesmo, voltar a ser a totalidade da Fonte por uma forma – e ainda a palavra é frágil – de mimetismo ou de sobreposição, seria talvez a palavra exata.

Ainda uma vez, essa palavra não pode ser compreendida com seu cérebro, em termos dinâmicos, somente pela oposição ao Bem ou à Atração.

Ainda uma vez, as palavras são bem frágeis.

Olhem, por exemplo, o que foi chamada a Estrela Visão.

Quando vocês falam de Visão vocês têm tendência a falar da visão ocular ou de uma visão Interior, mas Visão é bem mais do que isso.

Não é unicamente a visão tal como a entende o cérebro e os sentidos.

Aí está o que eu posso dizer de Repulsão.

Em resumo, em minha vida, eu tive êxito em sair, literalmente, do confinamento no triângulo a que vocês chamaram Luciferiano, para transcender minha própria condição.

O que eu vivi, de maneira única, vai se viver hoje.

Quando os místicos orientais disseram que tudo estava no Interior, é a estrita Verdade.

Há mesmo, nesse corpo, no próprio Interior do que vocês são, a totalidade dos mundos.

Eu não sei quem disse que, se o conjunto da matéria dos universos e das Dimensões se concentrasse em um único ponto, este não seria maior do que a cabeça de uma agulha.

Eu penetrei a cabeça da agulha.


Questão: por que se tem um cérebro que incomoda para atingir a multidimensionalidade?

Irmã em Espírito, não é o cérebro que incomoda, é a própria arquitetura do cérebro.

Sem entrar nos detalhes, vocês estão num corpo de baixa Vibração ou de baixa densidade, de densidade muito pesada onde, antes mesmo da falsificação, a opacidade e a compacidade eram a regra, sem, contudo bloquear o acesso ao outro lado.

Não há, portanto, que julgar seu cérebro como responsável, mas, sim, a própria consciência, que foi confinada.

O cérebro é apenas a concretização deste confinamento, não em sua totalidade, mas em alguns aspectos.

Não há, portanto, criação de cérebro que limitaria o que quer que seja.

O cérebro é criado para um objetivo e para uma Dimensão.

A Consciência existe em todas as Dimensões.


Questão: para viver o que você viveu, é preciso consagrar um máximo de tempo?

Eu jamais pronunciei essas palavras, uma vez que esta experiência chegou de modo inicial, como para muitos seres que viveram isso.

Querer ali emprestar um tempo, querer ali emprestar algo de longo, é um erro.

Todos aqueles, sem exceção, Irmãos e Irmãs em Espírito presentes sobre esta humanidade, que o realizaram, em diversos períodos, realizaram-no instantaneamente.

Instantaneamente.

Não é, portanto, um caminho, é um mecanismo da Consciência.

Enquanto vocês permanecem na Ilusão de crer que é um caminho, vocês não viverão esta Consciência.

É o mental que crê e que criou isso.

Sem exceção, quaisquer que sejam as tradições, os povos, as culturas, sem qualquer exceção, aqueles que viveram isso, viveram-no instantaneamente.

É justamente o momento em que a Consciência aceita que não há nada a buscar no exterior que isso se produz.

É exatamente o inverso da proposição formulada.


Questão: como se pode viver esse processo na sociedade de hoje?

Mas eu responderia, como lhes disse o Arcanjo Uriel, o que você quer se tornar?

E, sobretudo, o que você quer ser?

Não é questão de reconduzir este estado para ostentá-lo nesse mundo.

Não é algo que se adquira.

Não é algo que possa se conformar, justamente, a esse mundo.

É uma escolha.

A escolha, quando vai para esta Consciência, como o mostraram todos aqueles que o viveram antes de vocês, fez com que eles tenham, no entanto, persistido, para alguns, muito tempo, nesta ilusão.

Cada um a seu modo tentou transmitir os ensinamentos, os fragmentos.

É o mental que pensa assim, como sempre.

O mental é crença.

A Consciência é experiência.

O mental não poderá jamais resolver o problema da experiência, porque ele não é a experiência, ele é crença.

A Consciência é Liberdade, o mental é confinamento.

Não há outras possibilidades de saída, nenhuma.

E, no plano coletivo, o conjunto de Irmãos e Irmãs em Espírito terá que realizar essa escolha.

Que vocês a tenham realizado agora ou no último instante, é, em definitivo, sempre a mesma escolha: o confinamento ou a Liberdade.

Mas a Liberdade não se pode viver permanecendo confinados.

É preciso, primeiro, viver a Liberdade.

Nós lhes demos, uns e outros, muito numerosos elementos, pelas palavras, pelas Vibrações, por muitos exercícios, mas, definitivamente, nós sempre dissemos que apenas você é quem pode dar esse passo.

Não há qualquer obstáculo que exista, da ordem mental, dizendo que não é compatível com isso, não é compatível com minha vida.

Então, naquele momento, muda a vida.

Enquanto o mental é derivado e preso aos medos – medo da falta, medo de não mais estar inserido nesta realidade – isso apenas faz traduzir o medo da transformação.

Este medo de que lhes falou Sri Aurobindo, como uma secreção do mental.

O choque e os choques que estão para viver e que vocês viverão, poderão apenas aumentar a secreção do medo ou então conduzi-los a este último abandono, que eu chamei esta tensão.

Em resumo, a Unidade, a multidimensionalidade é proposta a todo o mundo, sem exceção.

Mas, para aceitar e aceder à multidimensionalidade, é preciso fazer o luto, a renúncia a esta Dimensão, mesmo o mental, sabendo que é uma experiência, em definitivo, quando vocês voltam, antes do fim, o mental existe sempre, mas você o superou.

Enquanto a questão se coloca é que o mental não quer soltar e que o medo está subjacente.

É o mesmo princípio que pode existir no que vocês chamam, eu creio, hoje, de esportes extremos, onde é preciso vencer o medo.

Mas o medo não se vencerá jamais pelo mental.

Ele apenas pode se vencer através do que eu acabo de expressar.

Se você analisa, com o mental, o que acontece hoje, a própria questão que você acaba de colocar é a ilustração perfeita e total do mental que recusa deixar soltar, porque ele não pode conceber e aceitar que a Consciência exista independentemente do mental.


Questão: parece-me difícil de ali chegar como você chegou.

Tudo isso representa, aí também, apenas o mental, e exclusivamente o mental.

Da visão que eu tenho, de onde estou, isso se tornaria, em outros termos – e não veja aí qualquer ofensa – patético e dramático.

O que é patético e dramático é o mental e não você, Irmã em Espírito.


Questão: é então tão simples como soprar uma vela para apagá-la?

A imagem é perfeitamente encontrada.

É preciso que a tensão da Consciência, traduzida por soltar, abandono à Luz, seja total.

O mental fará sempre tudo para impedi-los.

É o papel dele.


Não temos mais perguntas. Agradecemos.

Irmãos e Irmãs em Espírito e na humanidade,
queiram aceitar minha bênção.
 
Eu lhes digo até mais tarde.
 
 
 
 
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Mensagem da Amada HILDEGARD von BINGEN,
pelo site Autres Dimensions
em 25 de outubro de 2010
 
 
 
 
 
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